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Entrada de capital estrangeiro continua positiva, apesar dos riscos fiscais – Fluxo em foco

Quais foram os principais fluxos e participantes da Bolsa brasileira no último mês? Neste relatório, destacamos as principais movimentações do mês.

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Em novembro, a Bolsa brasileira, câmbio e a curva de juros foram pressionadas pelo aumento de riscos fiscais. O mercado continuou preocupado com as seguintes questões: 1) quem fará parte da equipe econômica do novo governo eleito, e 2) qual será a agenda fiscal, principalmente, em relação ao teto de gastos. Com isso, o Ibovespa caiu -3,1% em reais e -4,6% em dólares no mês passado, bem abaixo das bolsas globais que tiveram forte alta de 7,6%. O Real também foi a única moeda dentre as principais moedas que se desvalorizou frente ao dólar.

Quer saber a nossa visão do que esperar da Bolsa brasileira? Veja o nosso último Raio XP – Antigos hábitos são difíceis de mudar? Mercados preocupados (novamente) com riscos fiscais no Brasil

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Fluxo de capital estrangeiro continua positivo na Bolsa apesar do aumento de riscos fiscais.

Novembro foi mais um mês positivo para o fluxo de capital estrangeiro na Bolsa brasileira em 2022, com uma entrada líquida de R$ 2,9 bilhões. O total acumulado de 2022 é de +R$ 109,3 bilhões.

Fonte: B3, XP Research. * Dados de 8/12/2022.

Recentemente, as perspectivas para o Brasil, principalmente quanto ao fiscal, deterioraram. Daqui pra frente, para que o fluxo estrangeiro continue positivo precisamos ver: i) melhor resolução sobre a trajetória fiscal e política do país; ii) a continuação da recuperação econômica; iii) cenário positivo para as commodities e os mercados emergentes.

Fonte: Bloomberg, XP Research. Dados até 8/12/2022.
Fonte: Bloomberg, XP Research.

Investimentos em fundos de ações têm fluxo negativo

O investimento em fundos de ações teve um fluxo negativo de R$ 3,8 bilhões em outubro, último dado disponível, chegando a R$ 544,2 bilhões de patrimônio líquido. Fundos multimercados tiveram um fluxo positivo de 2,1 bilhões chegando a um patrimônio líquido de RS 1,2 trilhões.

Com a taxa Selic agora em 13,75%, os fundos de renda fixa continuam com a alocação em alta. Em outubro, houve um fluxo negativo de de R$ 6,6 bilhões nessa classe de ativos, mas esse tipo de fundo continua com níveis altos de patrimônio líquido, em R$ 3,0 trilhões.

Fonte: Anbima, XP Asset, XP Research.
Fonte: Anbima, XP Asset, XP Research.

Fundos de pensão: Alocação em fundos de renda variável apresenta queda

Quando olhamos apenas para os fundos de pensão, segundo dados mais recentes disponíveis de agosto de 2022 da Abrapp, o fluxo de alocação em ações diretamente foi de -R$5,7 bilhões em relação à dezembro de 2021. Com isso, eles estão com uma alocação de R$81,6 bilhões em ações até agora em 2022.

O fluxo para fundos de renda variável também foi negativo em agosto, quando comparado com o final de 2021, em -R$8,4 bilhões, chegando a R$67,5 bilhões.

Juntos, investimentos em ações e fundos de renda variável representam 13,7% da carteira desses fundos de pensão, resultando em um total de R$149 bilhões. Já para renda fixa, o saldo é de R$849,0 bilhões, representando 78,2% do total.

Fonte: Abrapp, XP Research. *Dados até agosto/22.
Fonte: Abrapp, XP Research. *Dados até agosto/22.

Os dados acima revelam que a participação das instituições no mercado acionário ainda é baixa quando comparado à exposição à renda fixa, ou seja, ainda existe um grande potencial de migração da renda fixa para a variável.

Número de investidores pessoas físicas continua a aumentar

Fonte: B3, XP Research.

Em novembro, último dado disponível, o número de investidores pessoas físicas (PFs) na Bolsa brasileira (B3) atingiu 5.403.046. Em relação a outubro, houve um aumento de 20.761 investidores PFs, equivalente a um crescimento mensal de +0,4%. Quanto à posição total desses investidores PFs, houve uma queda do valor total mensal de -6,6%, atingindo R$468,6 bilhões investidos.

Investidores estrangeiros possuem as maiores participações na Bolsa

Os principais investidores da Bolsa brasileira são: 1) investidores estrangeiros (58,0%), 2) instituições (24,4%) e 3) pessoas físicas (13,3%). Juntos, eles representam 95,7% dos participantes do mercado acionário.

*Até 8/12/2022
Fonte: B3, XP Research
*Até 8/12/2022
Fonte: B3, XP Research

Nessa publicação, considera-se apenas o fluxo do mercado à vista.

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