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Caixa Seguridade (CXSE3): O melhor primeiro tri da história ofuscado por um prestamista mais fraco | Revisão de resultados 1T25

Confira nossa revisão do resultado do 1T25 para a Caixa Seguridade

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A Caixa Seguridade reportou resultados meio amargos, ligeiramente abaixo de nossas estimativas. Embora a empresa tenha mantido seu resultado acima da marca de R$ 1,0 bilhão, impulsionada por uma forte atividade comercial nos segmentos Habitacional e Residencial, o desempenho fraco nos prêmios de seguro prestamista chamou nossa atenção — especialmente considerando que, no primeiro trimestre, o crescimento A/A do saldo de crédito, de acordo com dados do Banco Central, permaneceu em dígitos duplos. Apesar disso, a empresa conseguiu manter o crescimento das receitas, o que reafirma nossa perspectiva positiva e apoia nossa recomendação de Compra. Além disso, a empresa anunciou novamente dividendos juntamente com seus resultados. O Conselho de Administração aprovou um pagamento de dividendos de R$ 930 milhões, correspondente a 92,1% do lucro líquido ajustado do primeiro trimestre.

Os prêmios emitidos totalizaram R$ 2,3 bilhões no primeiro trimestre, o que representa uma queda de 1,2% e 7,6% em relação ao 1T24 e 4T24, respectivamente. O desempenho mais fraco durante o trimestre foi em grande parte devido à queda de 33,3% ano a ano (e -33,8% em relação ao trimestre anterior) nos prêmios de seguro prestamista, que ofuscou o desempenho positivo nos prêmios do Habitacional (+12,4% A/A), Residencial (+26,5% A/A) e Assistência (+52,6% A/A). O segmento habitacional, que representa 41% dos prêmios emitidos, continuou a ser o destaque. Esse sólido crescimento, marcando o 22º trimestre consecutivo de volumes recordes, foi impulsionado pela expansão da carteira de crédito imobiliário da CAIXA. O segmento Residencial também é digno de menção, pois registrou o maior volume histórico para um trimestre pelo quarto trimestre consecutivo. Esse forte desempenho foi impulsionado pela venda de apólices de vários anos e uma melhoria nas taxas de renovação (aumento de 4,9 p.p. em relação ao 1T24).

Para os Prêmios Ganhos, no entanto, a comparação anual apresentou uma melhoria de 6,7% e 0,4% A/A e em relação ao trimestre anterior, respectivamente, encerrando o trimestre em R$ 2,4 bilhões.

O índice de sinistralidade encerrou o trimestre em 24,6%, 640 bps e 300 bps acima do 4T24 e 1T24, respectivamente. A sinistralidade no 1T25 foi afetada principalmente pelos indicadores do Habitacional, retornando a níveis normalizados após ajustes no processo de comunicação. Além disso, o segmento Residencial registrou um aumento nas provisões para reclamações legais dentro da parceria em run-off. Excluindo o efeito dessas provisões legais, o indicador seria de 23,9%.

No segmento de previdência privada, as Contribuições cresceram 8,5% ano a ano. Durante o trimestre, a CXSE fez melhorias em seus produtos, permitindo que os investimentos em previdência privada fossem usados como garantias para empréstimos individuais na CAIXA e lançou novos fundos de previdência privada. As reservas cresceram 12,1% ano a ano, e as taxas de administração diminuíram para 1,08% (-1 ponto base em relação ao trimestre anterior), devido ao mix de fundos que constituem as reservas, com uma maior alocação em fundos conservadores.

Em Títulos de Capitalização, a empresa reportou o melhor desempenho histórico em um trimestre para Fundos Captados neste segmento, refletindo o foco contínuo nas vendas da modalidade de Pagamento Mensal (PM). Considerando os fundos totais captados, houve um crescimento de 8,7% ano a ano e 10,4% em relação ao trimestre anterior. As arrecadações através da modalidade PM cresceram 55,5% ano a ano e refletiram um crescimento de 30,7% na margem operacional entre os períodos comparados.

Os Consórcios aumentaram 37,8% A/A, mas diminuíram 17,5% em relação ao trimestre anterior, totalizando R$ 5,5 bilhões vendidos durante o trimestre. O estoque alcançou R$ 36,6 bilhões, um aumento de 62,2% e 10,8% em relação ao 1T24 e 4T24, respectivamente.

O segmento de Previdência Privada continua a ser o maior contribuinte, representando 54,6% do total de captação em 2024, seguido pelas Cartas de Consórcio, que aumentaram sua participação para 28,8% (contra 24,8% no 1T24) e Títulos de Capitalização (16,7%).

O índice de Despesas Administrativas (IDA) encerrou o trimestre em 10,4%, 160 pontos base abaixo em relação ao 4T24. Por outro lado, o Índice Combinado (IC) aumentou em 60 pontos base, para 57,6%. Esse aumento pode ser atribuído em grande parte ao aumento no índice de sinistralidade. Em relação ao Índice Combinado Ampliado (ICA), também subiu (+50 pontos base em relação ao trimestre anterior), encerrando o trimestre em 51,5%.

DRE:

As receitas operacionais totalizaram R$ 1,4 bilhão, 10,5% superiores ao 1T24, mas 3,2% abaixo do 4T24.

  • Os Resultados de Inv. em Part. Societárias somaram R$ 766,8 milhões, 8,5% e 1,1% superiores ao 1T24 e 4T24, respectivamente.
  • As receitas de comissionamento totalizaram R$ 615 milhões, 13% superiores ao 1T24. Esse desempenho foi em grande parte devido aos segmentos de Cartas de Crédito (+59%), Hipoteca (+32%) e Residencial (+31%). Esses três juntos compensaram mais do que a queda de 29% nos Prêmios de Seguro Prestamista.

Os custos de serviços, que incluem as compensações para premiar funcionários e a rede de parceiros, além dos custos associados ao uso da rede de distribuição da CAIXA, aumentaram 56,1% no 1T25 em relação ao mesmo período de 2024, resultando do desempenho das vendas e impactados pelo mix de produtos.

A linha de outras despesas/rendimentos operacionais cresceu ano a ano, devido à variação nas despesas tributárias sobre a receita de corretagem, que aumentaram no período. Em comparação com o 4T, o desempenho reflete a sazonalidade observada nas despesas administrativas, nas quais a participação nos lucros e o adiantamento do 13º salário são pagos aos funcionários durante o primeiro trimestre.

O Resultado Financeiro totalizou R$ 28,7 milhões (-18,3% em relação ao trimestre anterior, -31,6% em relação à XPe, e +R$ 36 milhões A/A). Em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, essa linha foi influenciada pelo aumento nas receitas, refletindo a maior taxa SELIC entre os períodos, e um melhor desempenho da carteira em relação ao CDI. No 1T, o montante registrado para a carteira de investimentos consolidada cresceu 6,1% ano a ano e 2,7% em relação ao trimestre anterior. Do total de R$ 14,2 bilhões em investimentos financeiros em março de 2025, 46,6% estavam alocados em títulos pós-fixados, 34,9% em títulos pré-fixados, 13,5% em títulos indexados à inflação e 5,0% em outros tipos de títulos. O rendimento médio da carteira de taxa fixa aumentou em 100 pontos base em relação a dezembro de 2024, alcançando 12,4% ao ano. Na visão consolidada, a rentabilidade total da carteira foi equivalente a 104,4% do CDI no período.

A alíquota efetiva de IR foi de 11,5% neste trimestre. Abaixo dos 12,9% vistos no 4T, mas acima dos 11,2% do 1T24.

Como resultado, o Lucro Líquido Gerencial alcançou R$ 1,0 bilhão, -4,5% em relação ao trimestre anterior e -4,7% em relação à XPe, mas 9,2% superior A/A. Isso marca o maior lucro líquido para um primeiro trimestre na história da empresa. O Retorno sobre o patrimônio líquido recorrente (ROE) foi de 58,6% (-8,8 p.p. em relação ao trimestre anterior, mas +20 bps A/A).

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