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Caixa Seguridade (CXSE3): De volta aos trilhos (corretos) | Resultados 3T24

Confira nossa revisão do resultado do 3T24 para a Caixa Seguridade

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A Caixa Seguridade registrou mais um conjunto de resultados trimestrais sólidos. Como resultado da forte atividade comercial, a empresa registrou uma receita operacional de R$ 1,329 bilhão e um lucro líquido gerencial de R$ 1 bilhão (+3% vs Xpe). Esse conjunto de resultados confirmou nossa visão de que os impactos não recorrentes ficaram restritos ao 2T. Portanto, reafirmamos nossa visão positiva para a empresa e nossa recomendação de compra. Finalmente, é importante enfatizar que, por mais um trimestre, a empresa declarou dividendos juntamente com seus resultados. De acordo com a empresa, no terceiro trimestre, um dividendo de R$ 930 milhões foi aprovado pelo Conselho de Administração. Esse valor corresponde a 92,5% do Lucro Líquido Gerencial ajustado do terceiro trimestre, com pagamento previsto para 17 de janeiro de 2025. Em relação ao resultado acumulado do ano, a Companhia já distribuiu R$ 2.472,0 milhões, equivalentes a 91,6% do Lucro Líquido Gerencial ajustado do período.

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Confira todos os resultados do 3º trimestre de 2024

Os prêmios emitidos totalizaram R$ 2.506,8 milhões no trimestre, 7,8% superior ao 3T23 e +2,7% T/T. Esse foi o maior nível histórico de prêmios emitidos em um trimestre para o segmento de seguros. Com exceção de Vida e Outros Não Estratégicos, que caíram 4,5% e 6,6% A/A, respectivamente, outras linhas aumentaram em dois dígitos. Destaque para o segmento de Hipoteca, no qual a Caixa Seguridade é líder de mercado, que apresentou crescimento de 13,4% A/A (R$ 109 milhões), atingindo R$ 922,4 milhões. O segmento Habitacional também merece destaque, pois apresentou, por mais um trimestre consecutivo, o maior volume histórico para um trimestre, R$ 238,8 milhões, com crescimento de 13,3% A/A. O sólido desempenho do segmento Residencial reflete sua estratégia de estimular a venda de apólices plurianuais.

Os prêmios ganhos também aumentaram, 2,8% e 1,8% T/T e A/A, respectivamente. Encerrou o trimestre em R$ 2.303,2 milhões.

O índice de sinistralidade encerrou o trimestre em 20,1%, 160 bps abaixo do 3T23. A comparação com o trimestre anterior está comprometida pelos seguintes eventos não recorrentes: i) envio pela CEF à Caixa Vida e Previdência, de banco de dados contendo a relação de pessoas falecidas que constavam como titulares de contratos de crédito; e ii) sinistros relacionados às enchentes no Rio Grande do Sul. Em comparação com o 3T23, a melhora se deve, em grande parte, ao menor índice de sinistralidade de 720 bps no segmento Hipotecário. No geral, consideramos que o índice de perdas do trimestre está retornando aos seus níveis históricos.

Houve um aumento de 8,2% A/A e 12,9% T/T nos recursos captados. A marca de R$ 8,217 bilhões foi impulsionada pelo salto de 82,3% em Consórcio. A linha de previdência privada continuou como a maior contribuinte, respondendo por 82,7% dos recursos captados no trimestre, com aumento da representatividade das Consórcio (13,0% vs. 8,0% no 3T23) e manutenção dos níveis de Titúlos de Capitalização (5,0%).

Na Previdência Privada, as Contribuições cresceram apenas 2,4% A/A, influenciadas pela concorrência com outros produtos de captação. As reservas cresceram 11,9% A/A, e a taxa de administração vem mantendo seu percentual em 2024, com redução de 0,05 p.p. em relação ao 3T23, devido ao mix de fundos que compõem as reservas, com maior alocação em fundos conservadores.

Nos Títulos de Capitalização, a empresa manteve o foco na modalidade de pagamento mensal, que cresceu 49,0% A/A, e gera uma melhor margem operacional dada a menor necessidade de provisões para resgates. Considerando o total de recursos captados, houve uma queda de 10,4% no 3T24 em relação ao 3T23.

As cartas de Consórcio apresentaram aumento de 11,3% e 29,0% A/A e T/T, respectivamente, totalizando R$ 4,9 bilhões vendidos no trimestre. O estoque atingiu R$ 28,1 bilhões, com aumento de 57,7% em relação a setembro de 2023.

As receitas operacionais registraram R$ 1,329 bilhão, 10,5% e 23,5% acima do 3T23 e 2T24, respectivamente.

As receitas de comissionamento totalizaram R$ 573 milhões, 12% superior ao 3T23. Esse desempenho deveu-se, em grande parte, aos segmentos de Financiamento Imobiliário (+37,9%), Habitação (+16,6%), Assistência (+113,7%) e Letras de Crédito (+6,9%).

O Índice de Despesas Administrativas (IDA) encerrou o trimestre em 10,6%, 10 bps acima do trimestre anterior. Paralelamente, o Índice Combinado (IC) apresentou queda de 11,9 p.p., atingindo 55,5%, voltando aos níveis normalizados após o impacto dos sinistros não recorrentes decorrentes dos eventos no Rio Grande do Sul e das apólices de crédito vida. Como resultado, o Índice Combinado Ampliado (ICA) também apresentou queda de 11,2 p.p., encerrando o trimestre em 49,5%.

O Resultado Financeiro foi de R$ 29,3 milhões (-7,6% A/A), impactado pelo aumento das despesas financeiras com o ajuste dos dividendos mínimos obrigatórios para 2023. As Receitas Financeiras apresentaram redução de 13,4% em relação ao 3T24, em função da variação do volume médio das aplicações financeiras e da redução da taxa SELIC.

A carteira de investimentos consolidada em setembro apresentou crescimento de 5,5% em relação ao mesmo período de 2023, e redução de 4,1% em relação ao 2T24. Dos R$ 13,4 bilhões de aplicações financeiras, 44% foram alocados em títulos pós-fixados, 38% em títulos prefixados, 13% em índice de inflação e 5% em outros tipos de fundos. Na visão consolidada, o retorno total anualizado da carteira foi de 10,9%, correspondendo a 98,8% do CDI.

O Lucro Líquido atingiu R$ 1,0 bilhão, +8,3% T/T, +9,7% A/A e +9,6% vs Xpe, o maior resultado trimestral de sua história. O retorno sobre o patrimônio líquido recorrente (ROE) foi de 62,9% (+6,1 p.p A/A).

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