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Apple bate recorde na Índia – 🌎RADAR GLOBAL

Vendas do iPhone crescem na Índia, Sony perde US$ 25bi em valor de mercado e Tesla avança na indústria japonesa de veículos elétricos.

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MACRO

Bolsas internacionais amanhecem levemente negativas (EUA -0,2% e Europa -0,1%) após o S&P 500 registrar a sua melhor performance semanal na última sexta-feira (+1,5%), impulsionado pela temporada de resultados e dados do mercado de trabalho acima das projeções. Em relação à temporada de balanços, os destaques da semana serão os resultados da Pfizer, Twitter, Coca-Cola e Walt Disney. Até o momento, das 278 empresas presentes no S&P 500, 78% superaram as expectativas de lucro do consenso, segundo o Refinitiv. Na China, o CSI 300 (+1,5%) encerra em alta enquanto o índice de Hang Seng (0%) fecha sem movimentos expressivos com a retomada das negociações após o feriado do ano novo lunar. No universo das criptomoedas, o Bitcoin (+2,1%) e o Ethereum (+2,6%) amanhecem em alta e dão sequência à semana de recuperação dos criptoativos.

Coronavírus: As internações por Covid-19 registraram queda na média dos últimos sete dias nos Estados Unidos. O número de pacientes confirmados ou suspeitos caiu para 130 mil, uma redução de 18% em relação vs. o pico em 20 de janeiro, de acordo com os dados do Departamento de Saúde e Serviços Humanos.

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EMPRESAS

Temporada de resultados do 4T21 nos EUA – Amanhã: Lyft e Pfizer.

Apple (AAPL34) bate recorde na Índia: A Apple registrou o seu maior número de vendas trimestrais do iPhone na Índia, avançando em um dos mercados mais numerosos do mundo. As entregas no país subiram para 2,3 milhões no quarto trimestre de 2021, refletindo um aumento de 34% a/a de acordo com as pesquisas da Counterpoint.  Neil Shah, sócio e chefe de pesquisas da Counterpoint, afirma que este é um ponto de virada para a gigante da tecnologia, já que os indianos estão mais dispostos a gastar com smartphones de última geração.  

A Xiaomi e a Samsung ainda lideram as vendas na índia, com 9,3 milhões e 7,2 milhões de celulares entregues respectivamente no trimestre. Embora as vendas sejam superiores as da empresa, a receita da Apple é estimada em US$2,09 bilhões, um pouco maior que a da Samsung que é cerca de US$ 2 bilhões, sendo justificado pelo alto preço do iPhone. Por outro lado, apesar da Índia possuir o mercado de smartphones que mais cresce no mundo, conquistar uma posição relevante no país ainda parece um desafio para a gigante americana, uma vez que os seus aparelhos com custo mais elevado e voltados ao público mais premium acabam não sendo acessíveis a grande parte da população.

Sony perde US$ 25bi em valor de mercado devido à crise de chips e aumento da concorrência: A Sony (SNEC34) enfrentou um início de ano desafiador, cortando suas previsões de vendas para o PlayStation 5 e enfrentando uma competição mais intensa. As ações da empresa caíram aproximadamente -14% desde o início do ano, eliminando cerca de US$ 25 bi da capitalização de mercado da empresa, segundo dados da Refinitiv. Na quarta-feira, durante a divulgação de resultados, a empresa cortou sua meta de vendas anual para o PS5 de 14,8 mi para 11,5 mi de unidades, uma redução de -22%. A divisão de jogos da empresa registrou um faturamento de US$ 7,1bi, uma queda de -8% em relação ao ano anterior. A Sony, como muitas outras empresas de eletrônicos de consumo e até montadoras, está sofrendo com a escassez global de semicondutores. Embora a demanda permaneça forte, a companhia não consegue produzir consoles suficientes.

Além disso, O aumento da concorrência também pesou nas ações da Sony neste ano. No mês passado, a Microsoft (MSFT34) anunciou planos de comprar a Activision Blizzard, por mais de US$ 68bi em uma tentativa de reforçar sua unidade de jogos Xbox. As ações da Sony caíram mais de 12% após o anúncio por temores do mercado que a gigante norte-americana, que está atrás de sua rival japonesa há muito tempo, agora represente um sério desafio.

black Tesla steering wheel

Tesla (TSLA34) avança no Japão: A montadora de veículos americanos foi responsável por 5,2 mil dos 8,6 mil veículos elétricos vendidos no Japão em 2021, segundo a IHS Markit. O mercado de veículos elétricos ainda é incipiente e representa cerca de 1% da frota total do Japão, mas os volume de unidades vendidas em 2021 cresceu 169% vs. 2020. O aumento na adoção do novo tipo de veículo no país aparenta ser consequência de dois fatores: adiantamento do plano governamental para tornar o país carbono neutro já em 2030 ao invés de 2050, o que favorece a indústria com subsídios, e a crescente popularidade dos carros elétricos em meio ao público jovem. O país é atrativo para a Tesla, uma vez que possui um elevado PIB per capita, além disso em 2010 Elon Musk previu que o Japão seria o seu maior mercado consumidor após os EUA, o que ainda não se concretizou.

Longo caminho pela frente: Em contrapartida, vale ressaltar que a companhia enfrentará forte concorrência de montadoras locais como a Honda, Toytota e Nissan. Até o momento, a Tesla possui estações de carregamento apenas nos grandes centros urbanos, enquanto suas rivais já anunciaram ambiciosos investimentos e planejam possuir redes robustas até 2025. Mesmo com todos os obstáculos atuais, a empresa foi capaz de conquistar 60,5% do mercado japonês. Olhando para o futuro, Musk espera introduzir o Model Y no país até o final do ano, o que deverá servir como novo catalisador de vendas por lá.

  

ANÁLISE

Fonte: Goldman Sachs

Janeiro registrou segundo maior aumento da história no fluxo de investimentos em ações globais: O gráfico acima, do Goldman Sachs, mostra que o fluxo de investimentos de ações globais, em janeiro de 2022, registrou o segundo melhor início de ano, com entradas de US$ 84,2 bi. O mais interessante é que este aumento de capital está indo para ações que não são listadas nas bolsas dos Estados Unidos e sim em outras partes do mundo. Com o atual cenário, de uma inflação subindo e a previsão de uma alta de juros que deve ser realizada pelo Federal Reserve em breve, os investidores passaram a buscar novas opções de investimento fora dos EUA, especialmente em empresas com maior exposição a commodities e que estejam com valuation atrativo.

Contudo, as ações listadas nos Estados Unidos vêm se recuperando, e registraram sua segunda semana consecutiva de entradas, trazendo US$ 4,3 bilhões nesse período. A maior parte deste capital foi direcionada para setores cíclicos como materiais e energia, de acordo com um relatório do Bank of America. Os setores de tecnologia, comunicação e consumo discricionários sofrem com saídas de capital, dado o cenário macroeconômico desfavorável para os mesmos.

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