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Destaques da 1ª Conferência da XP no Brasil

Realizamos nos dias 3-4 de outubro a XP Institutional Meetings, nossa primeira conferência no Brasil, com a participação de mais de 50 empresas (listadas e não-listadas) e investidores institucionais. Abaixo detalhamos os principais destaques das empresas da nossa cobertura que participaram do evento.

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Realizamos nos dias 3-4 de outubro a XP Institutional Meetings, nossa primeira conferência no Brasil, com a participação de mais de 50 empresas (listadas e não-listadas) e investidores institucionais.

No geral, as empresas domésticas seguem impactadas por um cenário de atividade econômica fraco no país, mas as expectativas para 2020 são positivas. Em momentos como esse, as iniciativas microeconômicas ganham ainda mais relevância e vemos as companhias fazendo um bom trabalho na busca por ganhos de eficiência e redução no endividamento. Isso deve se traduzir em melhores resultados ao longo dos próximos trimestres juntamente com a recuperação da economia.

Abaixo detalhamos os principais destaques das empresas da nossa cobertura que participaram do evento.

SETOR ELÉTRICO

De modo geral, as empresas do setor elétrico acreditam em melhorias dos resultados, refletindo iniciativas de redução de custos, como no caso das estatais Cemig e Copel, seja em ações de combate a perdas de energia, como no caso da Equatorial Energia. Finalmente, a AES Tietê demonstrou continuar atenta a oportunidades de crescimento, principalmente em geração eólica e solar.

AES Tietê (TIET11, Compra)

  • A AES Tietê permanece focada em duas estratégias de crescimento: (1) fusões e aquisições, como observado no passado e (2) uma frente mais recente de desenvolvimento de serviços e soluções para empresas;
  • O desenvolvimento da área de soluções se deve principalmente ao aumento esperado esperado de consumidores do mercado livre de energia. Tal segmento demandará investimentos em tecnologia, além de áreas de risco de mercado e de crédito, similar a uma instituição financeira;
  • Na frente de fusões e aquisições, a Tietê está focada em ativos renováveis (energia eólica e solar) e de menor porte. A companhia também enxerga maior potencial de sinergias em energia eólica, com a consolidação do controle dos ativos no centro de operações em Bauru;
  • Apesar de enxergar um retorno elevado no setor de geração distribuída, tal segmento não é o foco da companhia, mas uma linha adicional de soluções para seus clientes;
  • Para mais detalhes sobre a AES Tietê, acesse aqui nossa tese de investimento.

Cemig (CMIG4, Neutro)

  • Após os ganhos de eficiências de custos da Cemig com os planos de demissão voluntária executados e a reestruturação interna de diretorias, outras iniciativas deverão ter impactos marginais;
  • A Cemig mantém seu compromisso de continuar o plano de venda de ativos, mas sem um prazo de execução definido por não haver mais pressões de endividamento e liquidez do passado;
  • Com respeito à Light, a Cemig está aguardando a atual reestruturação e melhoria das operações para poder vender o restante de sua participação em um valor melhor;
  • Quanto à Gasmig, a empresa poderá vender integralmente sua participação, se a proposta de venda de empresas estatais for aprovada na Assembleia Legislativa. Caso contrário, ou a Cemig buscará um parceiro estratégico, ou listará uma participação minoritária a mercado, embora a companhia tenha pequeno porte;
  • O aumento de investimentos na subsidiária de distribuição (Cemig D) se direciona a melhorar a capacidade de atender à elevada demanda do setor de geração distribuída em Minas Gerais, além de levar à redução de despesas operacionais e melhoria de indicadores de qualidade;
  • Para mais detalhes sobre a Cemig, acesse aqui nossa tese de investimento.

Copel (CPLE6, Compra)

  • A empresa reiterou a intenção de vender a Copel telecom, e espera completar a transação até março de 2020;
  • A convergência do EBITDA da distribuidora de energia para os patamares previstos na tarifa de energia (ou EBITDA regulatório) é fruto de um processo de demissão voluntária (PDV) de 2018, com redução de 500 funcionários;
  • Mais inciativas de redução de custos, como outros PDVs devem ser propostas pela companhia. Mencionou-se um potencial de R$150 milhões de redução adicional de custos;
  • Com a redução do endividamento da Copel, o pagamento de dividendos deveria ser maior ante o mínimo de 25% do lucro. Tal movimento deve se acelerar após haver maior clareza sobre a renovação da concessão da Usina Hidrelétrica de Foz da Areia, e os impactos do pagamento da outorga para o endividamento da companhia;
  • Para mais detalhes sobre a Copel, acesse aqui nossa tese de investimento.

Equatorial Energia (EQTL3, Compra)

  • Os resultados da Equatorial devem apresentar tendência de melhoria nos próximos trimestres, refletindo os resultados de ações de combate a perdas. Dentre essas, destacam-se ações que limitam o acesso de consumidores a redes, como linhas mais altas e monitoramento inteligente;
  • A audiência pública para a Revisão Tarifária Extraordinária da Cepisa estaria próxima de começar;
  • Até agora não ocorreram grandes avanços nas discussões sobre os efeitos da exclusão do ICMS da base de cálculo de PIS/COFINS para as tarifas de consumidores;
  • Para mais detalhes sobre a Equatorial Energia, acesse aqui nossa tese de investimento.

VAREJO E SHOPPINGS

Magazine Luiza (MGLU3, Neutro)

  • Estratégia de crescimento segue pautada na melhora da experiência de compra do cliente através de uma plataforma multicanal em que amplitude do sortimento de produtos bem como prazo e custo de entrega tem se mostrado importantes alavancas de venda. Particularmente com relação a logística, a companhia destacou a expansão expressiva da área de atuação da Logbee, que já está em mais de 100 cidades, e aceleração da abertura de lojas em regiões cuja penetração online ainda é reduzida em função do tempo de entrega;
  • Outra importante frente de atuação discutida é o Magalu as a Service, em que a companhia oferece uma série de serviços relacionados a tecnologia, como pagamento, gestão de estoque e contabilidade, para auxiliar os varejistas a expandirem a operação de lojas físicas para o online, tornando-se vendedores do marketplace da Magazine Luiza;
  • Por fim, com relação à Netshoes, o desempenho da operação tem superado as expectativas com aceleração do crescimento de vendas desde que os pagamentos em atraso com os fornecedores foram regularizados. Em termos de sinergias, a maior parte da integração deverá ocorrer em 2020 e a companhia vê espaço para melhora das margens. Além da ampliação do sortimento para as categorias de vestuário e cosméticos, uma das vantagens da aquisição é o acesso a uma base nova de clientes, uma vez que quase dois terços dos 6 milhões de usuários ativos da Netshoes não estão na base da Magazine Luiza;
  • Para mais detalhes sobre Magazine Luiza, acesse aqui nossa tese de investimento.

BrMalls (BRML3, Compra)

  • A brMalls está em fase de conclusão da estratégia traçada há quase 2 anos de reciclagem de portfólio, focando na venda das participações em shoppings onde a operação é menos rentável. Com isso, o balanço da empresa permite olhar novas oportunidades de investimento;
  • O segmento de mídia vem ganhando relevância na empresa, devido a parques de mídias (áreas dos shoppings com uma concentração de mídias digitais) que estão sendo instalados nos shoppings;
  • A empresa está passando por uma transformação digital, com um modelo de integração do online com o offline (múltiplos canais de venda). O shopping passou a ser visto também como um centro de distribuição em uma área adensada. Dentro desse contexto a operação junto ao Delivery Center (empresa em que a brMalls é a maior acionista minoritária) vem ganhando novos parceiros como Mercado Livre, Ifood, Rappi e UberEats;
  • Há um esforço na proposta de valor do shopping para os lojistas, com a parceria com um programa de empreendedorismo, inovação via relacionamento com startups, e exposição dos lojistas ao e-commerce.
  • Para mais detalhes sobre a BrMalls, acesse aqui nossa tese de investimento.

TRANSPORTE E BENS DE CAPITAL

Azul (AZUL4, Compra)

  • A Azul reforçou que o crescimento de oferta (ASK) e as margens deverão ficar dentro do guidance. Para 2020, o crescimento será impulsionado principalmente pela introdução de jatos maiores;
  • Apesar da presença ainda pouco expressiva na ponte aérea Rio-São Paulo, a empresa vê oportunidade de crescer neste segmento. Ainda há uma curva de maturação a acontecer, e a elasticidade da demanda ao preço está relativamente sensível;
  • A Azul enxerga a união entre Latam Airlines e Delta Airlines como menos agressiva do que a antiga união com American Airlines para o mercado local. Observa também a melhora no nível de serviços da companhia no mercado doméstico;
  • Parcerias com companhias aéreas internacionais agregam valor estratégico e expertise para as empresas nacionais, enquanto que o principal valor agregado para as internacionais se dá na conectividade e aumento do tráfego;
  • Para mais detalhes sobre a Azul, acesse aqui nossa tese de investimento.

Movida (MOVI3, Compra)

  • A Movida vê como baixas as chances do Projeto de Lei da Venda Direta ser aprovado, que determina que veículos adquiridos com descontos das montadoras só poderiam ser revendidos a partir de dois anos da aquisição. No entanto, caso seja aprovado, a empresa possivelmente entraria com novas alternativas de geração de receita durante o período estendido;
  • Em relação à entrada de montadoras no segmento de aluguel de veículos, o movimento já aconteceu no exterior. No entanto, a empresa não espera que essa tendência se replique no Brasil. A diversificação e o mix são menos favoráveis para as montadoras. Além disso o movimento envolve altos investimentos e expertise diferente da atual;
  • A empresa vê potencial de crescimento no segmento de veículos de aplicativo e tendência de maior competição entre suas concorrentes. Quanto ao segmento de Seminovos, os esforços estão voltados para o aumento de volumes e margens atingindo 0% em 2020. No segmento de aluguel de carros (RAC), apesar do crescimento sequencial a Movida ainda vê espaço para mais expansão, especialmente no que diz respeito à fidelização de clientes. Ainda há pouca medida disruptiva no mercado que fidelize clientes;
  • Ainda em RAC, apesar do segmento corporativo estar relativamente reprimido, ele vem apresentando sinais de recuperação e potencial de crescimento no curto prazo. A companhia se vê confortável frente à competição, apesar dessa ter aumentado;
  • Para mais detalhes sobre a Movida, acesse aqui nossa tese de investimento.

Weg (WEGE3, Neutro)

  • A Weg reiterou a expectativa de crescimento saudável em GTD Brasil no ano, ainda que abaixo dos níveis de 2018. No mercado internacional, o crescimento deverá ser impulsionado por projetos de geração em países como Índia, China e África do Sul;
  • Em relação ao setor de energia, a empresa destacou os seguintes segmentos: (1) aerogeradores, que possui excesso de oferta por este tipo de geração de energia no Brasil; (2) eólica, em que a Weg busca otimização dos parques através do desenvolvimento de geradores mais eficientes; e (3) solar, em que a companhia vê concorrentes pressionando margens para captura de contratos nos leilões;
  • A empresa também destacou seus avanços nas aquisições frente ao seu objetivo de atingir soluções para a indústria 4.0. Visando oferecer um serviço mais eficientes para seus clientes através da otimização de custos e rendimento, a Weg adquiriu recentemente a V2COM capaz de produzir sensores de telemetria e, anteriormente, comprou a PPI-Multitask capaz de integralizar dados de produção com modelos de planejamento e controle. Apesar de grandes avanços na frente tecnológica para o longo prazo, não vemos grandes projetos surgindo no curto prazo. Para seus próximos resultados, espera-se crescimento em linha com o já recorrente;
  • Por fim, a Weg foi confirmada no e-Consórcio da Volkswagen, grupo que compõe os fornecedores do projeto da Volkswagen de produção do primeiro caminhão 100% elétrico do Brasil. Na visão da empresa, o segmento de carros elétricos tem grande potencial de ganho de escala no médio e longo prazo. A empresa fornecerá para a Volkswagen o sistema e-Powertrain, motores elétricos e inversores para sistemas auxiliares. As margens no segmento são mais altas que nos segmentos de energia solar e eólica;
  • Para mais detalhes sobre a Weg, acesse aqui nossa tese de investimento.

ALIMENTOS E BEBIDAS

Ambev (ABEV3, Neutro)

  • Mercado doméstico continua desafiador. A AmBev começou a aumentar os preços para os consumidores em julho e, de acordo com fontes do setor, os concorrentes não seguiram amplamente o movimento de repasse de preço até o início de setembro, com sinais de aumento de promoções. Isso, somado a uma recuperação econômica do Brasil ainda lenta, deve levar a Ambev a reportar volumes mais fracos do que previamente esperados no terceiro trimestre, na nossa visão;
  • Foco em inovação e tecnologia para melhorar a experiência do consumidor. Hoje, a dificuldade advém, principalmente, da distância que existe entre a Ambev e o consumidor final, com partes intermediárias entre as duas pontas, de forma que um relacionamento direto com ele se torne difícil – a Ambev ainda não reconhece um padrão de consumo personalizado para fornecer promoções específicas aos clientes, como faz a Amazon, por exemplo. A Ambev reconhece o desafio adiante, mas já vem realizando investimentos para conseguir atingir esse objetivo no longo prazo, via desenvolvimento de algaritmos e inteligência (machine learning);
  • Plataforma digital permite que a Ambev agregue valor aos clientes por meio de serviços de excelência. Dois exemplos do que tem sido feito pela empresa a caminho da digitalização é o “Venda Certa” e o “Meu Parceiro Ambev”. Quando questionados sobre os custos frente a tais iniciativas, a Ambev reiterou que os custos com a melhoria do ecossistema e a conexão com os clientes de uma maneira mais eficiente não são necessariamente maiores. Pelo contrário, a tecnologia ajuda a atender mais pontos de vendas com melhor NPS e eficiência;
  • Para mais detalhes sobre a Ambev, acesse aqui nossa tese de investimento.

BRF (BRFS3, Compra)

  • A busca por parceiros na Arábia Saudita continua dado que o objetivo do país é se tornar autossuficiente na produção de aves, mas ainda não há data definida para um potencial acordo. Enquanto isso, os resultados da empresa nesse segmento devem vir ainda mais sólidos, frente a (1) preços que continuam em patamares elevados e (2) medidas do país saudita em direção ao fechamento do mercado. Neste segundo ponto, a BRF destacou que recentemente a Arábia Saudita baniu as importações advindas da Ucrânia, país que, assim como o Brasil (que é responsável por 70% das importações do país saudita), era um importante exportador para a região. Somado a isso, os impostos de importação permenecem. Estes dois fatores, em conjunto, favorecem a BRF, importante fornecedor da proteína para o país, com 30% de seu EBITDA advindo do mercado Halal;
  • Quanto aos resultados do terceiro trimestre, o recente rali nos preços das proteínas, frente ao surto de peste suína africana na China, deve continuar impactando positivamente a performance no 3T. Do lado do mercado doméstico, o segmento de processados continua pressionado pela atividade fraca. Em um cenário de recuperação do Brasil, a BRF destacou que, embora o aumento da produção de frango não ocorra no curto prazo, dado o ciclo do frango, o ganho deve vir principalmente de maiores preços;
  • Alavancagem continua em queda, e já recuou de 5,6x no 1T19 para 3,7x no 2T19. A empresa reiterou sua meta de atingir 3,15x no fim de 2019, podendo ser ainda mais beneficiada pelos impactos positivos do mercado de proteínas para a geração de caixa;
  • Para mais detalhes sobre a BRF, acesse aqui nossa tese de investimento.

Marfrig (MRFG3, Compra)

  • A demanda doméstica permanece fraca, mas a demanda dos restaurantes, por sua vez, está um pouco mais forte. A peste suína africana continua a ser o principal impulsionador dos resultados da empresa na América Latina, levando a um aumento nas exportações e, consequentemente, a margens mais altas (para a Argentina, espera-se margens de dois dígitos). Das 14 plantas da Marfrig no Brasil, 5 delas são capazes de exportar para a China, com mais de 50% dos volumes sendo destinados ao páis asiático. No caso do Uruguai e Argentina, a China responde por ~70% das exportações;
  • A performance na América do Norte segue forte e as notícias positivas continuam impulsionando os resultados. Segundo a Marfrig, o incêndio na fábrica da Tyson Foods, ocorrido no início de agosto, já afeta positivamente as operações da Marfrig, tendo em vista que: (1) a fábrica da Tyson Foods está localizada entre as duas plantas da Marfrig nos EUA; (2) os pagamentos do gado são spot (ou seja, no momento), fazendo com que o ajuste de preços aconteça de forma rápida. Além disso, o 3T já é sazonalmente mais forte, impulsionando ainda mais os resultados;
  • Para mais detalhes sobre a Marfrig, acesse aqui nossa tese de investimento.

MINERADORAS

CSN (CSNA3, Neutro)

  • A dinâmica do setor siderúrgico permanece lenta. A operação do alto-forno III de Volta Redonda deve ser retomada na segunda quinzena de outubro. Isso posto, dada a menor diluição do custo fixo no terceiro trimestre, as margens devem vir pressionadas, recuperando-se no 4T. Quanto aos preços, a implementação de aumentos tem sido difícil frente a uma demanda ainda fraca e um cenário de alta competitividade, embora a expectativa é que os volumes permaneçam estáveis e a paridade de preços entre 0% e -5%;
  • O segmento de mineração deve continuar com resultados sólidos, mas os custos mais altos de frete devem pressionar as margens no 3T. Olhando para frente, os preços do minério de ferro devem sofrer uma correção, mas permanecendo em um nível saudável. Para 2019, a CSN espera produção de 33mt e compra de terceiros de 7mt. Até 2022, a produção de pelotas deve aumentar à medida que a CSN caminha em direção à produtos de maior qualidade;
  • A descaracterização das barragens da CSN deve ser finalizada em dois meses e a empresa deixará de usar barragens de rejeitos. Em relação à desalavancagem, esperamos que a CSN conclua a venda da SWT, ativo da empresa na Alemanha, ainda este ano. A CSN reiterou sua meta de atingir 3x Dívida Líquida / EBITDA até o final do ano, vs. 3,65x no 2T19;
  • Para mais detalhes sobre a CSN, acesse aqui nossa tese de investimento.

Vale (VALE3, Compra)

  • Em linha com o discurso da Vale no evento anual para Analistas & Investidores, mais uma vez, o destaque foi o caminho para que os riscos da Vale sejam mitigados. O foco principal esteve na disciplina de capital e no compromisso com o retorno dos acionistas. A Vale espera uma sólida geração de fluxo de caixa para 2019, com estimativas da empresa entre US$6,5-9,4 bilhões. De acordo com a Vale, a sustentação de uma forte geração de caixa adiante traz várias oportunidades para alocação de capital e a Vale vai continuar a analisar e explorar as opções de forma disciplinada, contando com progresso da reparação dos danos da tragédia de Brumadinho e reconhecimento da sociedade;
  • Sobre Brumadinho, o foco da empresa permanece na reparação dos impactos, com vários acordos que abordam os impactos do acidente já em vigor. No que se refere à segurança das barragens e integridade de ativos, a Vale reforçou que está acelerando o descomissionamento das suas 9 barragens a montante, com um custo total provisionado de ~US$ 2 bilhões;
  • A administração da Vale reiterou a projeção de vendas de minério de ferro e pelotas de 307-332mt para 2019 e mencionou que o atual ritmo de produção anualizado está em 340-350mt. Do total da produção de minério de ferro da Vale interrompida após a tragédia de Brumadinho (90mt), a Vale retomou a produção de 30mt, com 60mt ainda paradas. A expectativa é que até 2021 a Vale retome 100% da produção;
  • Para mais detalhes sobre a Vale, acesse aqui nossa tese de investimento.

SEGURADORAS

SulAmérica (SULA11, Compra)

  • O novo plano “Direto Sampa” da empresa, baseado em um novo modelo de negócio com diferencial na contratação da rede de médicos e preços mais baixos, foi destaque das discussões. Este plano já é oferecido no segmento corporativo e deve se expandir também para o PME;
  • A empresa reforçou que seu objetivo com o produto é atingir frequências de uso menores e não somente preços de tabela mais baixos. Seu desenvolvimento visa parcerias com médicos alinhados com o protocolo da SulAmérica, oferta de uma rede de hospitais de qualidade, preços competitivos e criação de um fluxo de informações clínicas integrado junto aos dados do Dr. Consulta e do Oswaldo Cruz, principais atuantes do Direto Sampa. Caso haja aumento extraordinário da demanda, a empresa pode expandir a rede de fornecedores, dado que há muitos hospitais de alto padrão em São Paulo com potencial de agregar valor;
  • Quanto à competição com as seguradoras verticalizadas, a companhia afirmou não ser concorrente direta neste produto, pois o plano é voltado aos clientes de maior renda comparado ao público alvo das verticalizadas;
  • Por fim, a SulAmérica acredita que os níveis de VCMH (Variação de Custo Médico-Hospitalar) estão em patamares favoráveis e ainda vê espaço para queda nos reajustes;
  • Para mais detalhes sobre a Sul América, acesse aqui nossa tese de investimento.
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