IBOVESPA +0,07% | 159.189 Pontos
CÂMBIO -0,77% | 5,42/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa encerrou a quinta-feira próximo da estabilidade, com leve alta de 0,07%, aos 159.189 pontos. O mercado repercutiu a decisão do Copom, que manteve a Selic em 15,00% e adotou um tom ligeiramente mais duro no comunicado, reforçando a expectativa do nosso time de economia de que o ciclo de cortes de juros no Brasil deve começar em março, e não em janeiro. Além disso, os investidores seguem atentos ao cenário político, à medida que o ambiente eleitoral para 2026 começa a ganhar maior relevância na precificação dos ativos.
RD Saúde (RADL3, +3,2%) deu sequência ao movimento de alta, acumulando valorização de 7,8% na semana. Recentemente, nosso time de Varejo elevou a recomendação do papel de Neutro para Compra (veja mais detalhes aqui). Na ponta negativa, Suzano (SUZB3, -4,3%) recuou após a divulgação de suas estimativas de custo de produção de celulose para 2027.
Nesta sexta-feira, o principal destaque da agenda econômica será a divulgação da Pesquisa Mensal de Serviços de outubro no Brasil.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a quinta-feira com fechamento ao longo da curva, em um movimento de correção. No Brasil, sem a presença de ruídos relevantes no cenário político, o mercado encontrou espaço para aliviar parte da pressão acumulada na semana anterior, apoiado pela desvalorização do dólar. Com isso, o DI jan/26 fechou em 14,91% (-0,4bps frente ao pregão anterior); DI jan/27 em 13,74% (-1,8bps); DI jan/29 em 13,14% (-11,9bps); e DI jan/31 em 13,42% (-11,7bps). Nos Estados Unidos, após a divulgação de dados mais fracos do mercado de trabalho e a decisão de afrouxamento monetário anunciada ontem, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,53% (- 8,46bps vs. pregão anterior); enquanto os de dez anos em 4,14% (- 3,76bps).
Mercados globais
Nesta sexta-feira, os futuros nos EUA operam em queda (S&P 500: -0,1%; Nasdaq 100: -0,4%), após uma sessão marcada por forte rotação setorial e novos recordes históricos em Wall Street. Na véspera, o S&P 500 fechou em máxima histórica, impulsionado pelo fluxo para ações cíclicas e de valor após o terceiro corte de juros do Fed no ano, enquanto o Nasdaq recuou 0,3%, pressionado pela realização de lucros em ações ligadas à inteligência artificial, como Alphabet e Nvidia. No pós-mercado, Broadcom caiu quase 5% apesar de resultados fortes, enquanto Lululemon saltou 10% após anunciar a saída do CEO.
Na Europa, as bolsas operam em alta (Stoxx 600: +0,5%), acompanhando o forte desempenho recente dos mercados americanos e o apetite global por risco após o corte de juros nos EUA. O avanço é liderado por nomes específicos, como a francesa Wendel (+5,8%), após notícias de distribuição relevante de capital aos acionistas, enquanto ações ligadas à tecnologia recuam, refletindo a fraqueza recente do setor nos EUA. Investidores também acompanham dados finais de inflação na Alemanha, França e Espanha.
Na China, os mercados fecharam em alta (CSI 300: +0,6%; HSI: +1,7%), após reação positiva às sinalizações das autoridades sobre apoio amplo à economia em 2026, com foco em estímulos ao consumo, estabilização do setor imobiliário e fortalecimento das capacidades tecnológicas domésticas. O movimento refletiu a melhora do sentimento global e expectativas de condições financeiras mais acomodadas. No Japão e na Coreia do Sul, ações de tecnologia e setores cíclicos lideraram os ganhos.
IFIX
O IFIX fechou a quinta-feira com leve alta de 0,05%, acumulando ganho de 0,48% nos primeiros pregões de dezembro. No desempenho setorial, os fundos de papel avançaram, em média, 0,30%, enquanto os fundos de tijolo recuaram 0,16%, em movimento de correção. Entre as maiores altas do dia, destacaram-se BPML11 (+3,8%), DEVA11 (+1,6%) e VCJR11 (+1,4%). Já entre as principais quedas, figuraram HSLG11 (-1,6%), PVBI11 (-1,3%) e TGAR11 (-1,2%).
Economia
Os pedidos de auxílio-desemprego nos EUA subiram 44 mil, alcançando 236 mil, a maior alta semanal desde março de 2020. O dado reforça a percepção de desaceleração do mercado de trabalho, mas ainda em patamar historicamente sólido. Ainda nos EUA, a balança comercial de setembro registrou um déficit de US$ 52,8 bilhões, o menor desde junho de 2020, superando as expectativas de cerca de US$ 63 bilhões. As exportações avançaram 3% em relação a setembro, contra apenas 0,6% de aumento das importações. Por fim, o Senado mexicano aprovou aumento de tarifas comerciais sobre diversos produtos, afetando países como Brasil e China.
No Brasil, os dados divulgados pela Pesquisa Mensal de Comércio referentes a outubro vieram acima do esperado, com crescimento de 1,1% no varejo ampliado em relação a setembro (XP e Mercado: 0,3%) e 0,5% no varejo restrito (XP: -0,2%; Mercado: -0,1%). Entretanto, a economia perdeu tração neste semestre, em linha com a política monetária contracionista. Agenda de indicadores relativamente vazia, o destaque fica para a divulgação da Pesquisa Mensal de Serviços de outubro no Brasil, que esperamos avanço de 0,4% contra setembro (2,3% na comparação interanual).
Veja todos os detalhes
Economia
Vendas do varejo indicam arrefecimento da atividade econômica no Brasil
- Os pedidos de auxílio-desemprego nos EUA subiram 44 mil, alcançando 236 mil na semana encerrada em 6 de dezembro — a maior alta semanal desde março de 2020. Apesar do aumento, o mercado de trabalho segue resiliente, caracterizado como “sem contratações, sem demissões”. O dado reforça a percepção de desaceleração do mercado de trabalho, mas ainda em patamar historicamente sólido.
- A balança comercial dos EUA registrou em setembro um déficit de US$ 52,8 bilhões, o menor desde junho de 2020, representando uma queda de 10,9% em relação a agosto (US$ 59,3 bilhões) e superando as expectativas de cerca de US$ 63 bilhões. As exportações avançaram 3%, alcançando US$ 289,3 bilhões, segundo maior valor já registrado, enquanto as importações cresceram apenas 0,6%, totalizando US$ 342,1 bilhões, sinalizando expansão moderada do consumo de bens e serviços. Os maiores déficits bilaterais ocorreram com Irlanda (US$ 18 bilhões) e México (US$ 17,8 bilhões).
- O Senado mexicano aprovou, por ampla maioria (76 votos a favor, 5 contrários e 35 abstenções), um pacote que eleva tarifas de importação para até 35% sobre produtos de 17 setores, afetando países como Brasil, China e Índia, a partir de 2026. A medida foi justificada pelo governo como forma de proteger a indústria nacional, fortalecer cadeias produtivas e gerar receitas adicionais, além de alinhar o México às negociações do USMCA (Acordo Estados Unidos-México-Canadá). Em 2024, o Brasil exportou cerca de US$ 7,8 bilhões para o México, principalmente em automóveis, aço e químicos — sendo que, no caso do setor automotivo, as tarifas podem chegar a 50%, o teto previsto pelo pacote. Essa decisão coloca em risco uma relação estratégica, já que o México foi o 7º maior destino das exportações brasileiras em 2024, destacando sua relevância para a integração econômica regional.
- O petróleo recuou ontem, com o Brent (referência para precificação do petróleo) chegando a ser cotado a US$ 61,00 (-1,93%), refletindo um cenário de maior oferta e incertezas geopolíticas. A apreensão de um petroleiro venezuelano pelos EUA e as negociações envolvendo Rússia e Ucrânia adicionaram volatilidade ao mercado, enquanto o relatório da Opep manteve a previsão de crescimento da demanda em 1,3 milhão de barris/dia para este ano e elevou a projeção de oferta fora do grupo. Esse conjunto de fatores pressiona os preços e indica risco de continuidade da tendência baixista no curto prazo.
- No Brasil, as vendas no varejo ampliado cresceram 1,1% em outubro na comparação com setembro, acima das expectativas (XP e Mercado: 0,3%). O grupo de Atacarejo de Alimentos, Bebidas e Fumo respondeu por grande parte da diferença entre nossa estimativa e o resultado efetivo. O segmento cresceu pelo segundo mês consecutivo, após um longo período de 13 resultados negativos na métrica interanual. Por sua vez, as vendas no varejo restrito cresceram 0,5% em outubro, também acima das estimativas (XP: -0,2%; Mercado: -0,1%). O grupo de Produtos Farmacêuticos, Cosméticos e Perfumaria seguiu como protagonista, registrando a quarta alta consecutiva. Nesse sentido, chamamos atenção para a melhora disseminada nas vendas no varejo em outubro: nove dos dez grupos avançaram na comparação com o mês anterior. Entretanto, a economia perdeu tração neste semestre, em linha com a política monetária contracionista.
- Agenda de indicadores relativamente vazia, o destaque fica para a divulgação da Pesquisa Mensal de Serviços de outubro no Brasil, que esperamos avanço de 0,4% contra setembro (2,3% na comparação interanual).
Empresas
Guararapes (GUAR3): Feedback do Investor Day 2025
- Hoje, a Guararapes realizou seu primeiro Investor Day, com seus principais executivos compartilhando mais detalhes sobre um novo ciclo de crescimento. A empresa lançou o novo conceito da marca Riachuelo, acompanhado da introdução de um novo ticker a partir de fevereiro de 2026 (RIAA3), que será implementado nos próximos anos e deve sustentar o crescimento das vendas mesmas lojas (SSS) de vestuário em níveis de dígito alto;
- A gestão também tem como meta uma expansão de +100 pontos base por ano na margem bruta de vestuário, baseada em eficiências operacionais (por exemplo, precificação, logística). Além disso, o EBITDA da Midway deve acelerar com um portfólio mais rentável. Por fim, a monetização de ativos não essenciais, aliada a níveis saudáveis de alavancagem e a um CAPEX disciplinado, deve apoiar o crescimento e os retornos aos acionistas;
- Em resumo, vemos a empresa entrando em um novo ciclo estratégico com alavancas claras para destravar valor nos próximos anos, em linha com o que foi destacado em nossa atualização. Assim, reiteramos nossa recomendação de Compra.
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- UK economy contracts by 0.1% in October (Financial Times);
- Governo pode mudar regras para renegociar dívidas rurais (Globo Rural);
- BNDES aprova R$ 384,3 milhões para FS capturar e estocar carbono no solo (Globo Rural);
- Clique aqui para acessar o clipping.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- Após alta de 24% no ano, fiagros entram no radar da XP para renda passiva em 2026 (InfoMoney);
- Patria compra divisão de FIIs da RBR e alcança R$ 38 bi em ativos imobiliários (InfoMoney);
- Resultados fracos e inadimplência da Heineken reverberam no FII da Rio Bravo e no exterior (SiiLA);
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
Vendas globais de elétricos crescem em taxa mais lenta desde início de 2024 | Café com ESG, 12/12
- O mercado fechou o pregão de quinta-feira em território levemente positivo, com o IBOV e o ISE avançando 0,07% e 0,21%, respectivamente;
- Do lado das empresas, em reunião realizada ontem, o conselho de administração da Vivara determinou a destituição do diretor-presidente Icaro Borrello, que será substituído por Thiago Borges (ex-Arezzo) – em dois anos, foram cinco trocas de presidente na Vivara, e a ideia é que, com a nova troca, a empresa consiga mostrar mais estabilidade, com ciclos mais longos de permanência de CEOs no cargo;
- No internacional, (i) a Agência de Proteção Ambiental dos EUA está planejando adiar a aplicação de uma regulamentação da era Biden que exigia cortes significativos na poluição do ar causada por veículos, disse um alto funcionário da agência à Reuters; e (ii) as vendas globais de veículos elétricos cresceram em novembro na taxa mais lenta desde fevereiro de 2024, enquanto a China estabilizou, e o fim dos créditos fiscais para veículos elétricos nos Estados Unidos colocou o país no caminho para seu primeiro ano de queda desde 2019;
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