IBOVESPA -0,3% | 156.522 Pontos
CÂMBIO -0,24% | 5,32/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa encerrou a terça-feira em queda de 0,3%, aos 156.522 pontos, acompanhando o desempenho dos mercados globais (S&P 500: -0,8%; Nasdaq: -1,2%), e continuando a apresentar um desempenho mais tímido após a forte sequência de altas dos dias anteriores.
O destaque positivo do dia foi Cogna (COGN3, +9,9%), em movimento de recuperação, retomando patamares anteriores após a queda da semana passada, quando a companhia divulgou seus resultados do 3T25. Na ponta negativa, Hapvida (HAPV3, -5,6%) voltou a recuar, ainda refletindo o impacto do balanço do 3T25, que veio significativamente abaixo das expectativas do mercado.
Nesta quarta-feira, o Federal Reserve divulga a ata da última reunião de política monetária, enquanto os investidores permanecem divididos entre um corte de 25 bps ou manutenção da taxa na próxima decisão do FOMC, em dezembro. No lado micro, todas as atenções estarão voltadas para a divulgação dos resultados da Nvidia.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros fecharam esta terça-feira com leve alta ao longo da curva, após um dia de baixa oscilação. A agenda doméstica foi pouco relevante, mas, diante do feriado de quinta-feira, os investidores voltaram as atenções para o leilão de títulos prefixados que ocorrerá amanhã, após o leilão da semana passada ter registrado o maior volume financeiro desde março e o maior risco (DV01) desde dezembro de 2020. Assim, o DI jan/26 encerrou em 14,9% (+0,2bps vs. pregão anterior); DI jan/27 em 13,67% (+5,1bps); DI jan/29 em 12,92% (+9,4bps); DI jan/31 em 13,24% (+7,3bps). Já nos EUA, os rendimentos dos Treasuries recuaram, refletindo a continuidade do movimento de aversão ao risco global, enquanto investidores aguardam sinais mais claros sobre a trajetória dos juros do Federal Reserve (Fed). Os títulos de dois anos terminaram o dia em 3,57% (- 3,03bps vs. pregão anterior); enquanto os de dez anos em 4,10% (- 2,22bps).
Mercados globais
Nesta quarta-feira, os futuros nos EUA operam próximos à estabilidade (S&P 500: +0,1%; Nasdaq 100: +0,1%) após uma nova sessão negativa, marcada pela fraqueza do setor de tecnologia e pela expectativa em torno dos resultados da Nvidia. A pressão veio novamente das empresas ligadas à AI, com Nvidia, Palantir, Microsoft e AMD encerrando o pregão no vermelho, levando o ETF XLK (Setor de Tecnologia) a recuar 1,6%. Bitcoin chegou a cair abaixo de US$ 90 mil antes de recuperar parte das perdas, enquanto o ouro subiu a partir de mínimas de uma semana. O mercado aguarda o balanço da Nvidia, que deve apresentar forte crescimento impulsionado pela demanda por chips de IA, mas enfrenta expectativas muito elevadas após o rali do setor.
Na Europa, as bolsas operam em leve queda (Stoxx 600: -0,1%) com investidores cautelosos diante das dúvidas sobre valuations de IA e à espera do balanço da Nvidia. Entre destaques, Kering cai 2,4% após o novo CEO afirmar que a volta ao crescimento exigirá reduzir lojas e a dependência da Gucci. Roche avança 6,3% após divulgar resultados positivos de um estudo clínico de sua nova pílula contra câncer de mama. No Reino Unido, a inflação desacelerou para 3,6% em outubro, em linha com expectativas e reforçando a probabilidade de corte de juros no Natal.
Na China, os mercados fecharam mistos (HSI: -0,4%; CSI 300: +0,4%), acompanhando a queda nos EUA. O setor de tecnologia voltou a pressionar as bolsas, com quedas expressivas em nomes como Advantest, Renesas e Xiaomi após alertas sobre custos crescentes de chips. Nos juros, os JGBs avançaram, com o rendimento do título japonês de 20 anos atingindo 2,81%, o maior desde 1999.
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a sessão de terça-feira praticamente estável, com uma leve queda de 0,02%. No acumulado de novembro, o índice registra alta de 0,62%, enquanto no ano o avanço é de 16,03%. Os fundos de tijolo mantiveram-se estáveis ao longo do dia, sem variações significativas. Já os fundos de papel apresentaram leve valorização de 0,03%. Entre as maiores altas do dia, destacaram-se BROF11 (1,5%), TRBL11 (1,1%) e KNIP11 (0,8%). Já entre as principais quedas, figuraram BTAL11 (-2,4%), URPR11 (-1,5%) e WHGR11 (-1,4%).
Economia
As encomendas à indústria mostraram recuperação em agosto nos Estados Unidos, crescendo 1,4% após uma queda de 1,3% em julho, em linha com as expectativas. Apesar do resultado positivo, a indústria americana continua enfrentando dificuldades como consequência das tarifas de importações. Já os dados de pedidos de seguro-desemprego, divulgados pela primeira vez após o fim da paralisação do governo americano, mostraram alta ante o período anterior e atingiram o maior nível desde 2021, em linha com evidências de enfraquecimento do mercado de trabalho. No Brasil, o Senado aprovou um projeto de lei que resgata as medidas de redução de despesas e uma parte das de aumento de receita que acabaram caindo após o prazo da MP nº 1303/25 expirar. As medidas são consideradas fundamentais para o governo atingir a meta de resultado primário no ano que vem.
Na agenda do dia, o principal evento é a divulgação da ata da última reunião do FOMC, o comitê de política monetária dos Estados Unidos. A ata deve apresentar mais detalhes sobre a decisão que cortou 25 pontos-base da taxa de juros norte-americana. Também haverá a divulgação da balança comercial, a primeira após o retorno das atividades do governo. Na Europa, a inflação ao consumidor deve mostrar queda na margem para o indicador cheio, mas estabilidade acima da meta para o núcleo da inflação. Na China, o banco central (PBoC) define a taxa de juros de 1 e 5 anos. Não há divulgação de dados no Brasil.
Veja todos os detalhes
Economia
Ata do FOMC em destaque hoje
- As novas encomendas de produtos manufaturados nos EUA se recuperaram em agosto, embora os gastos das empresas em equipamentos não tenham sido tão fortes quanto inicialmente previsto. As encomendas às fábricas aumentaram 1,4% após uma queda não revisada de 1,3% em julho, informou o Departamento do Censo do Departamento de Comércio na terça-feira. O aumento ficou em linha com as expectativas dos economistas. As encomendas aumentaram 3,3% em relação ao ano anterior em agosto. A indústria, que representa cerca de 10,2% da economia, está enfrentando dificuldades com as consequências das tarifas sobre as importações. O PMI de manufatura do Institute for Supply Management contraiu-se por oito meses consecutivos;
- Também nos Estados Unidos, os pedidos iniciais de seguro-desemprego ficaram em 232 mil, significativamente acima do número anterior de 218 mil. Esta foi a primeira atualização de dados pelo Departamento do Trabalho desde que o governo dos EUA paralisou suas operações federais no primeiro dia de outubro. Com as novas informações, os pedidos de seguro-desemprego pendentes subiram para 1,957 milhão na semana anterior, em base não ajustada sazonalmente, permanecendo relativamente próximos do nível mais alto desde 2021 e alinhados com outras evidências de menor atividade de contratação na economia dos EUA;
- O Senado brasileiro aprovou na terça-feira um projeto de lei que inclui medidas de contenção de gastos, como controles sobre a concessão de benefícios sociais a pescadores, sobre auxílio-doença e sobre incentivos a estudantes do ensino médio. Além disso, a proposta também limita o uso de créditos fiscais pelas empresas. Essas medidas foram anteriormente rejeitadas quando a medida provisória nº 1.303/25 expirou sem votação e são consideradas cruciais para atingir a meta de resultado primário no próximo ano. O texto agora vai à sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva;
- A agenda internacional destaca nesta quarta-feira a ata da última reunião do Federal Reserve (Fed), que deve detalhar as discussões em torno da decisão de cortar as taxas de juros em 25 pontos-base. Além disso, com a retomada dos dados oficiais dos EUA após a paralisação, a balança comercial dos EUA também deve ser divulgada. Na zona do euro, os dados da inflação ao consumidor de outubro devem mostrar um aumento anual de 2,1% para o indicador completo, abaixo dos 2,2% do mês anterior, e de 2,4% para o núcleo, estável em relação ao mês. Na China, o banco central (PBoC) define as taxas de juros de 1 e 5 anos. Não há previsão de divulgação de dados no Brasil.
Commodities
Mineração e Siderurgia: Vale atualiza a provisão sobre processo no Reino Unido; Preços do Minério de Ferro Subiram +2% S/S
- Nesta semana, a Suprema Corte de Londres considerou a BHP responsável no caso Mariana, embora os valores da indenização sejam determinados em uma fase posterior, já que a BHP planeja recorrer. Em resposta, a Vale espera registrar uma provisão adicional de US$ 500 milhões em sua demonstração financeira do 4T25E, com todos atentos a discussões futuras sobre potenciais dividendos extraordinários (alguns insights em nossa última atualização do papel aqui).
- Além disso, a produção industrial e as vendas no varejo da China registraram seu crescimento mais fraco em mais de um ano em out’25, destacando tensões comerciais persistentes nos EUA e demanda interna fraca.
- Por fim, sobre dados setoriais recentes, observamos que
- (i) os preços do minério de ferro subiram +2% S/S, com estoques de portos de minério de ferro da China em +1% S/S, com estoques de aço longo e plano -2% e -1% S/S, respectivamente; e
- (ii) os preços de BQ e de vergalhão permaneceram estáveis S/S no Brasil, com paridade do aço plano em +17% e paridade de aço longo em -8% para vergalhões da Turquia, com importações de aço do Egito (isentas de tarifas de importação) sugerindo paridade de +4%.
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Empresas
Frasle Mobility (FRAS3): Acelerando o alcance global com disciplina e oportunidade
Feedback do Investor Day 2025
- A Frasle Mobility realizou seu Investor Day 2025 (“Universo Frasle“), contando com a presença de vários executivos-chave.
- Saímos do evento com maior confiança na estratégia de crescimento de longo prazo da Frasle, em nossa visão, ancorada em ganhos de market share, captação de sinergias e alocação disciplinada de capital.
- A empresa busca superar o mercado em linhas de produtos chave, aproveitando suas marcas conhecidas, manufatura ágil e prazos de entrega competitivos (com a co-manufatura continuando a ganhar relevância em meio a vendas consolidadas).
- Além disso, vemos o México se tornando um pilar estratégico, com as sinergias da Dacomsa avançando acima das expectativas (~R$500 milhões de sinergias esperadas agora parecem mais prováveis para os primeiros 5 anos, segundo as expectativas da gestão), abrindo caminho para uma futura expansão nos EUA também.
- No geral, enquanto a empresa continua a desalavancar rumo a um nível de dívida líquida/EBITDA de ~1,0x, vemos que permanece atenta a novas oportunidades de fusões e aquisições.
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Mercado Livre (MELI34): Atualizando nossas estimativas após o 3T25
- O MELI tem sido um tema recorrente em nossas discussões com investidores, com alguns reduzindo recentemente suas posições devido a preocupações contínuas com a concorrência;
- No entanto, vemos vários investidores monitorando de perto a ação em busca de um ponto de entrada potencial, já que a recente fraqueza do papel parece exagerada;
- Em nossa visão, isso realmente é o caso: os preços atuais implicam um CAGR do lucro por ação (EPS) de cerca de 15% no período 2025-28e, segundo nosso modelo de múltiplo de saída;
- Embora os investimentos crescentes devam pressionar os resultados de curto prazo, permanecemos otimistas quanto às oportunidades de longo prazo e esperamos que as tendências de receita de curto prazo se mantenham sólidas, com aceleração do GMV no Brasil no 4º trimestre;
- Ajustamos nossas estimativas após os resultados do 3º trimestre e atualizamos nosso preço-alvo para o final de 2026 para R$ 2.800;
- Reiteramos nossa recomendação de COMPRA;
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Assaí (ASAI3): Buscando formas de lidar com um cenário macroeconômico desafiador
- Hoje (18), o Assaí realizou seu Investor Day 2025, com a presença de muitos investidores locais e alguns estrangeiros;
- Embora a empresa tenha destacado que a dinâmica macroeconômica continua sendo um desafio, com vendas mesmas lojas (SSS) abaixo da inflação no curto prazo, também ressaltou que continuará focada no que está ao seu alcance, ou seja, iniciativas estratégicas para capturar mais valor dos ativos atuais e um forte controle sobre SG&A (despesas administrativas e comerciais);
- Nesse sentido, a diretoria trouxe mais detalhes sobre seus projetos de marca própria e farmácias, bem como potenciais novos serviços financeiros, todos previstos para ganhar força ao longo de 2026;
- Mantemos nossa recomendação de COMPRA;
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B3 (B3SA3): Um Mês Positivo para os Mercados
- No dia 18 de novembro, a B3 divulgou seus dados operacionais de outubro de 2025. De modo geral, consideramos os números mensais positivos.
- A renda fixa manteve o desempenho positivo, porém em ritmo mais lento, com novas emissões crescendo 5,1% A/A (contra 12,6% A/A em Set’25).
- Destacamos que as emissões de CDB atingiram o segundo melhor mês da história, totalizando R$ 1,3 trilhão (+17,5% A/A).
- No mercado de renda variável, o ADTV voltou a ficar positivo após três meses consecutivos de queda, crescendo 3,6% A/A em outubro de 2025, impulsionado por Ações à Vista e Mercado de Opções (+3,4% e +17,6% A/A, respectivamente).
- Observamos que o número de investidores institucionais caiu 3,5% A/A no mês, enquanto investidores estrangeiros e individuais cresceram 1,9% e 2,5%, respectivamente.
- Derivativos também apresentaram desempenho positivo, com aumento do ADV de 8,1% A/A, impulsionado por taxas de juros em BRL, USD e outras moedas, ao custo de uma queda de -4,4% A/A no RPC.
- Por fim, as vendas de veículos aumentaram 18,9% A/A, enquanto a utilização mensal em tecnologia desacelerou seu ritmo de crescimento para 2,7% A/A (contra 7,4% em outubro de 2024).
- Em resumo, consideramos a recuperação de renda variável e derivativos, ainda que modesta, como positiva, enquanto a renda fixa continua sustentando seu momentum positivo.
- Aguardando sinais mais claros de recuperação dos volumes, mantemos nossa recomendação Neutra para a B3.
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Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Foreign demand for US Treasuries slips in September, but Japan steps up buying (Reuters);
- FGC terá de refazer caixa e regra pode mudar (Valor Econômico);
- Raízen detalha custos de linha de crédito rotativo de US$ 1 bilhão (Valor Econômico);
- Rating da CSN na escala global colocado em CreditWatch negativo por endividamento alto (S&P);
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FGC na prática: Por que o investidor pode confiar na garantia do sistema bancário brasileiro
- Como o Fundo Garantidor de Créditos funciona como garantia para investidores, protegendo aplicações em caso de quebra de instituições financeiras;
- Aumento da popularidade de CDBs e outros títulos bancários nos últimos anos, impulsionado por juros baixos, plataformas digitais e maior educação financeira;
- Existência do FGC fortalece a segurança do sistema bancário e aumenta a confiança dos investidores, favorecendo a captação pelos bancos;
- FGC é uma entidade privada, mantida pelo sistema financeiro, com gestão independente e não pertencente ao governo;
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Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- Fundos imobiliários oscilam após recorde, e IFIX fecha o dia em queda mínima (Suno);
- Troca de cotas por imóveis vira aposta de FIIs; mas modelo gera preocupações (InfoMoney);
- EXCLUSIVO: Patria negocia fundos listados da RBR em transação de R$ 400 mi (Metro Quadrado);
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ESG
Na COP30, Brasil e outros 80 países se unem para traçar caminho para saída dos fósseis | Café com ESG, 19/11
- O mercado fechou o pregão de terça-feira em território negativo, com o IBOV e o ISE recuando 0,30% e 0,12%, respectivamente;
- Na COP30, (i) um grupo de 80 países liderados pela Dinamarca, Alemanha, Reino Unido, Colômbia, Quênia e Serra Leoa anunciou apoio ao movimento iniciado pelo Brasil para começar um mapa do caminho para a saída dos combustíveis fósseis; e (ii) um estudo do Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO), financiado pelo BID, calculou que a eventual ausência de ações para evitar o aquecimento global, elevando a temperatura do planeta em 4ºC acima dos níveis pré-industriais, faria o Brasil perder entre R$ 10,3 trilhões e R$ 17,1 trilhões de PIB no acumulado de 2025 a 2050, a depender do cenário analisado;
- Do lado das empresas, o mercado brasileiro começa a se preparar para receber investimentos em “data centers” que poderão somar ao menos R$ 60 bilhões até 2029, com a maior necessidade de infraestrutura digital no país – o Brasil é forte candidato a receber esses investimentos por possuir matriz energética limpa, com a chegada dos “data centers” podendo endereçar o excesso de geração de eletricidade durante o dia;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.

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