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Discussão para reduzir dependência de combustível fósseis em destaque na COP30 | Café com ESG, 14/11 

Vale apresenta estudos para reduzir emissões em 90% até 2050; estados brasileiros negociam a venda de créditos de carbono

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• O mercado fechou o pregão de quinta-feira em território negativo, com o IBOV e o ISE recuando 0,30% e 0,32%, respectivamente.

• Na COP30, (i) a cúpula realizada em Belém trouxe maior protagonismo ao setor privado nas discussões sobre mudanças climáticas, segundo Rodrigo Lauria, diretor da Vale – a companhia lidera a Coalizão Minerais Essenciais, formada por 14 entidades, que apresentou estudo para reduzir em até 90% as emissões do setor até 2050; e (ii) um grupo de países está tentando fazer a transição para longe dos combustíveis fósseis uma realidade mais concreta, atendendo a um pedido do presidente Lula, que quer sair da COP com roadmap para a transição dos fósseis – países como Reino Unido, Alemanha, França, Dinamarca, Colômbia e Quênia sinalizaram seu apoio para tentar chegar a um acordo sobre as diretrizes de tal caminho.

• No Brasil, Goiás e Mato Grosso, conhecidos pelo agronegócio, assinaram memorandos de entendimento com a Emergent, gestora da Coalizão Leaf, para vender créditos de carbono gerados por programas de REDD+ jurisdicional, que abrangem os Estados inteiros – em ambos os casos, trata-se do início formal das negociações.

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Brasil

Mineração tem condições de reduzir emissões em 90% até 2050, diz diretor da Vale

“A COP30, realizada em Belém até 22 de novembro, trouxe maior protagonismo ao setor privado nas discussões sobre mudanças climáticas, segundo Rodrigo Lauria, diretor de Mudanças Climáticas e Descarbonização da Vale. Ele destacou que empresas agora têm mais voz e papel definido na agenda climática. A presidência brasileira da COP incentivou seis setores-chave — agricultura, energia, florestas, mineração, pecuária e transportes — a propor caminhos para descarbonização. A Vale lidera a Coalizão Minerais Essenciais, formada por 14 entidades, que apresentou estudo para reduzir em até 90% as emissões do setor até 2050. As estratégias incluem: eficiência energética; uso de biocombustíveis; expansão de eletricidade renovável; eletrificação da frota; recuperação de áreas degradadas. Para a Vale, as metas são: reduzir 33% das emissões de escopos 1 e 2 até 2030 (base 2017); zerar emissões líquidas até 2050; escopo 3 (cadeia de valor) é o maior desafio: reduzir 15% até 2035 (base 2018), pois representa 98% das emissões. Lauria ressaltou que, embora a mineração não seja a maior emissora no Brasil, ela é essencial para descarbonizar outras cadeias, como siderurgia e eletrificação (veículos elétricos, baterias, energia solar).”

Fonte: Bloomberg Línea; 14/11/2025

Nova linha de elétricos da BMW no país terá aporte bilionário

“A BMW já tem tudo pronto para produzir os veículos da família Neue Klasse no Brasil. A nova geração de carros da marca prevê uma lista com até 40 modelos e promete baterias mais duráveis, motores elétricos mais eficientes, comandos de instrumento e multimídia todos realocados para o para-brisa, com uma experiência de realidade aumentada, e design ousado. O primeiro deles, inclusive, já foi lançado: o iX3, grande atração da marca no Salão de Munique 2025. Autoesporte apurou que o time de engenharia do Brasil vem trabalhando desde o início do projeto da nova família Neue Klasse em parceria com a matriz na Alemanha. A operação nacional inclui uma forte área de pesquisa e desenvolvimento. Justamente por isso, tem atuado com equipes da BMW de outras partes do mundo na empreitada. Mas isso não é o mais importante. A reportagem pode afirmar que a fábrica brasileira da BMW localizada em Araquari (SC) irá produzir carros a combustão, híbridos e elétricos da Neue Klasse. Com a expertise do time de engenharia, a fábrica depende de um novo ciclo de investimentos e ajustes que já estão em estudo para comportar a produção nos novos veículos eletrificados da marca. Tais ajustes demandam, claro, novos investimentos. Os veículos da Neue Klasse não entrarão no aporte previamente anunciado pela montadora de US$ 1,1 bilhão (R$ 5,9 bi em conversão direta). Ou seja, a BMW irá anunciar novo montante bilionário para fazer a nova geração de carros eletrificados no Brasil.”

Fonte: Valor Econômico; 14/11/2025

Insper lança nova pós-graduação para formar líderes climáticos

“O Insper, em parceria com o prêmio ambiental Earthshot Prize, acaba de lançar o programa de pós-graduação lato sensu em Liderança Climática Earthshot. A proposta é capacitar 240 profissionais até 2030, formando lideranças capazes de conduzir a transição do Brasil para uma economia de baixo carbono. O novo curso, segundo o professor Vinicius Picanço, coordenador do Insper Earthshot Climate Leadership Program, representa uma evolução do Programa Avançado em Sustentabilidade (PAS) da escola, uma pós-graduação lato sensu oferecida desde 2021 voltada ao desenvolvimento de competências transversais e habilidades específicas em sustentabilidade, competências transversais e habilidades específicas em sustentabilidade, com ênfase na atuação corporativa. “Este novo programa de pós-graduação constrói sobre o legado e a experiência da escola no tema, oferecendo um currículo mais abrangente para a formação de lideranças climáticas”, explica Picanço. “Seu foco é integrar o desenvolvimento de competências em gestão, tecnologia, regulação e políticas públicas, de modo a preparar profissionais capazes de enfrentar os complexos desafios da sustentabilidade.”.”

Fonte: Valor Econômico; 14/11/2025

Brasil ganha apoio de Alemanha e França para reduzir dependência de combustíveis fósseis

“Há dois anos, na COP28 em Dubai, o mundo concordou em fazer a transição para longe dos combustíveis fósseis. Na COP30, há um grupo de países está tentando tornar essa meta uma realidade mais concreta, atendendo a um pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que quer sair da COP com roadmap (mapa do caminho) para a transição dos combustíveis fósseis. Liderados pela ministra do Meio Ambiente do Brasil, Marina Silva, países como Reino Unido, Alemanha, França, Dinamarca, Colômbia e Quênia sinalizaram seu apoio para tentar chegar a um acordo sobre as diretrizes de um caminho de transição longe dos combustíveis fósseis. Até agora, a ideia de um roteiro para os combustíveis fósseis vem se desenvolvendo, em grande parte, fora do labirinto de salas de negociação da cúpula, segundo pessoas familiarizadas com o assunto. Uma das possibilidades em discussão é incluir o plano na decisão final ou principal documento da COP, para que os países possam trabalhar nele ao longo do próximo ano. Um plano semelhante foi adotado no ano passado para ampliar o financiamento climático. — Apoiamos qualquer decisão de criar um roteiro para a transição dos combustíveis fósseis aqui em Belém — disse Jochen Flasbarth, secretário de Estado para o Clima da Alemanha. — Seria um grande sinal, e espero que consigamos isso.”

Fonte: Globo; 13/11/2025

Brasil lança plano global contra impactos do clima na saúde

“O Brasil lançou nesta quinta-feira na COP30 uma iniciativa internacional de ação climática para adaptar sistemas de saúde aos impactos da crise do clima. A ideia do projeto é atrair mais países interessados em avançar nessa área para levantar fundos. Batizado de Plano de Ação em Saúde de Belém, o projeto começou a ser montado em maio com apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Panamericana de Saúde (Opas) e foi divulgado no quarto dia da conferência do clima. Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que esteve na capital paraense nesta quinta para lançar a iniciativa, o plano já havia recebido mais de 80 adesões, entre governos, empresas e entidades da sociedade civil. A verba captada para iniciar o projeto é, por enquanto, modesta para o tamanho da ambição. Um grupo de 35 organizações filantrópicas, incluindo Wellcome Trust, Gates Foundation e Bloomberg Philanthropies, levantou US$ 300 milhões para o projeto. O plano é ancorado em três eixos: vigilância epidemiológica, suporte a grupos mais vulneráveis e pesquisa/ciência. O projeto de adesão voluntária não está ligado diretamente à agenda oficial de negociação da COP30, mas há possibilidade de que receba uma menção em algum texto decisório da conferência. A ideia é que a estrutura criada para o Plano de Ação em Saúde de Belém possa contribuir para o Objetivo Global de Adaptação, este sim, um dispositivo que está na mesa dos negociadores da COP30. A ideia é que o plano seja efetivamente incorporado às conferências do clima dentro de três anos, na COP33.”

Fonte: Globo; 13/11/2025

Goiás e Mato Grosso negociam venda de créditos de carbono jurisdicionais

“Goiás e Mato Grosso, conhecidos pelo agronegócio, assinaram memorandos de entendimento com a Emergent, gestora da Coalizão Leaf, para vender créditos de carbono gerados por programas de REDD+ jurisdicional, que abrangem os Estados inteiros. Em ambos os casos, trata-se do início formal das negociações. As transações só ocorrerão após validação e verificação das reduções de emissões e a assinatura de um compromisso de venda. A Coalizão Leaf reúne grandes companhias globais interessadas em compensar de maneira voluntária suas emissões de gases de efeito estufa. A lista dos membros, ou seja, os potenciais compradores, inclui empresas como Amazon, Airbnb, H&M, Walmart, BlackRock e Volkswagen. Durante a COP30, a aliança anunciou a entrada da Tencent, uma das gigantes da tecnologia na China.  A coalizão também recebeu doações dos governos de Estados Unidos, Noruega e Reino Unido. O Pará foi o primeiro governo estadual a formalizar um acordo de venda com a Leaf, em 2024. O contrato prevê a venda de até 12 milhões de créditos de carbono florestais. Acre, Tocantins e Piauí também têm contratos assinados para vender ativos jurisdicionais com outras iniciativas.”

Fonte: Capital Reset; 13/11/2025

Internacional

Partido Liberal conservador da Austrália abandona política de zero líquido

“O conservador Partido Liberal da Austrália se afastou nesta quinta-feira de sua política de atingir emissões líquidas zero até 2050 e, em vez disso, prometeu priorizar a redução dos preços da energia se eleito. O anúncio resolve meses de lutas públicas internas entre membros de facções moderadas e de direita sobre a política climática do partido e alinha os liberais com o Partido Nacional, seu parceiro de coalizão rural. A líder da oposição, Sussan Ley, disse que o Partido Liberal desmantelaria as políticas ambientais e energéticas do governo trabalhista de centro-esquerda se eleito, descartando metas de redução de emissões e geração de energia renovável. Mas não se retiraria do acordo climático de Paris, acrescentou. “Hoje, o Partido Liberal decidiu colocar a energia acessível em primeiro lugar”, disse Ley a repórteres em uma coletiva de imprensa. “O zero líquido seria bem-vindo se pudéssemos chegar lá com tecnologia, com escolha e mercados voluntários.” O plano do Partido Liberal também envolveria a prevenção do fechamento antecipado de usinas de carvão, o levantamento da proibição da energia nuclear na Austrália e o aumento do investimento em novo fornecimento de gás e infraestrutura.”

Fonte: Reuters; 13/11/2025

Parlamento Europeu apoia nova meta climática para 2040

“O Parlamento Europeu aprovou nesta quinta-feira o plano da União Europeia de reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 90% até 2040 e terceirizar 5% dessa meta para países fora do bloco por meio de créditos de carbono, abrindo caminho para que seja aprovado na legislação da UE. O plano fica aquém da meta de pelo menos 90% de cortes de emissões sem compensações de carbono que os consultores científicos da UE disseram que se alinhariam com a limitação do aquecimento global a 1,5 Celsius – o nível necessário para evitar calor e seca muito mais graves. Um compromisso duramente disputado, o plano ainda é mais ambicioso do que os compromissos de corte de emissões da maioria das grandes economias, incluindo o da China. Os ministros do clima dos países da UE já haviam apoiado a proposta na semana passada, bem a tempo de evitar ir de mãos vazias para a cúpula climática COP30 da ONU, que começou na segunda-feira. O Parlamento Europeu aprovou a meta com uma maioria de 379 votos a favor, 248 contra e 10 abstenções. Os legisladores também rejeitaram uma proposta dos Patriotas pela Europa, um grupo de legisladores de extrema direita, para descartar completamente a meta climática. Os países e legisladores da UE agora negociarão os detalhes finais de como cumprir a meta, que permite que os países comprem créditos de carbono estrangeiros para cobrir até 5% da meta. Isto enfraquece os cortes de emissões exigidos às indústrias europeias para 85% em relação aos níveis de 1990.”

Fonte: Reuters; 13/11/2025

Na COP30, ONU critica falha de segurança

“O secretário-executivo da UNFCCC, braço da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a Mudança do Clima, Simon Stiell, criticou ontem uma falha de segurança no segundo dia da COP30, quando um grupo de manifestantes tentou invadir a área restrita para credenciados. Em carta, Stiell também pediu que o Brasil desenvolva imediatamente um plano para lidar com as falhas de segurança, o calor excessivo em pavilhões e infiltrações provocadas pelas chuvas. Segundo ele, “muitas delegações” expressaram “séria preocupação” com as condições de alguns espaços usados pelos países. A carta foi enviada ao ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, e ao presidente da COP30, embaixador André Corrêa do Lago. À imprensa, o presidente da conferência afirmou que os problemas estão sendo solucionados.”

Fonte: Valor Econômico; 14/11/2025

UE oficializa doação de 20 milhões de euros ao Fundo Amazônia

“A União Europeia (UE) oficializou hoje a doação de 20 milhões de euros, aproximadamente R$ 124 milhões, do bloco ao Fundo Amazônia. O valor será pago ao longo dos próximos quatro anos. A doação havia sido anunciada pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, durante sua visita ao Brasil em 2023. Nesta quinta-feira, foi oficializada em meio às reuniões da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30). A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou que a doação é fruto de uma parceria que “entende que enfretamento da mudança do clima e esforços para proteger biodiversidade não é algo isolado de um país”, disse. “É algo que podemos fazer de forma cooperativa”, completou. Chefe da Delegação da UE no Brasil, a embaixadora Marian Schuegraf afirmou que a parceria do bloco com o fundo brasileiro demonstra o “compromisso inabalável da União Europeia no combate às mudanças climáticas” e reforça a intenção de colaboração com o Brasil nas causas ambientais. “União Europeia está empenhada em eliminar incentivos do mercado ao desmatamento”, disse. Marina ressaltou que sua pasta já levantou muitos recursos, não apenas para o Fundo Amazônia, mas também para o Fundo Clima e para o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF, na sigla em inglês).”

Fonte: Valor Econômico; 13/11/2025

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
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