IBOVESPA +0,56% | 143.150 Pontos
CÂMBIO -0,24% | 5,39/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa fechou a quinta-feira em alta de 0,6%, renovando sua máxima histórica aos 143.151 pontos, encerrando o pregão acima da marca de 143.000 pontos pela primeira vez na história. Nos EUA, os destaques foram o CPI de agosto, que veio em linha com as expectativas, e os pedidos de seguro-desemprego, que surpreenderam negativamente. No cenário doméstico, o noticiário político ganhou protagonismo após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e a divulgação de pesquisas apontando avanço na popularidade do governo. As vendas no varejo de agosto vieram em linha com o consenso, reforçando a perspectiva de desaceleração da atividade econômica ao longo do segundo semestre.
As ações do Magazine Luíza (MGLU3, +8,1%) subiram, e mantêm forte desempenho no mês (+22,1% em setembro). Na ponta oposta, Caixa Seguridade (CXSE3, -2,5%) recuou após o conselho de administração destituir o diretor-presidente da companhia.
Nesta sexta-feira, destaque para a pesquisa mensal de serviços de julho no Brasil e, nos EUA, os dados de expectativas de inflação e o índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de quinta-feira com leve abertura ao longo da curva. Nos Estados Unidos, os juros dos títulos soberanos fecharam em queda, pressionados pelos dados de seguro-desemprego, que vieram acima do esperado. No Brasil, o movimento externo não se sustentou ao longo da curva, diante do impacto do noticiário político. Com isso, na curva local, DI jan/26 encerrou em 14,9% (- 0,1bp vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14,03% (+3,1bps); DI jan/29 em 13,22% (+2,9bps); DI jan/31 em 13,47% (+2,5bps). Os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram em 3,52% (-2,00bps vs. pregão anterior), enquanto os de dez anos em 4,61% (-4,00bps).
Mercados globais
Nesta sexta-feira, os futuros nos EUA recuam levemente (S&P 500: -0,1%; Nasdaq 100: -0,1%) após os índices renovarem recordes na véspera. O movimento ocorreu após dados mistos: o CPI de agosto veio levemente acima do esperado, mas as solicitações de seguro-desemprego surpreenderam em alta, no maior nível desde 2021, reforçando a expectativa de corte de juros na reunião do Fed da próxima semana.
Na Europa, as bolsas operam em queda (Stoxx 600: -0,2%) após o BCE manter as taxas inalteradas. Dados mostraram que o PIB do Reino Unido ficou estagnado em julho, após alta de +0,4% em junho. Entre os destaques corporativos, Sabadell (-0,7%) rejeitou formalmente a oferta hostil do BBVA (-0,5%), enquanto Vestas recuou 4,3% após o governo Trump afirmar que não usará energia eólica offshore.
Na China, os mercados fecharam mistos (HSI: +1,1%; CSI 300: -0,6%). As ações de Alibaba e Baidu dispararam em Hong Kong após notícias de que as empresas começaram a usar chips próprios para treinar modelos de inteligência artificial, reduzindo a dependência da Nvidia. No Japão, o Nikkei 225 subiu 0,9%, renovando recorde histórico.
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou o pregão de quinta-feira estável, em um dia sem grandes eventos domésticos diretamente relacionados ao setor, após ter renovado sua máxima histórica na quarta-feira (10). Com isso, o índice acumula alta de 1,1% na primeira metade do mês e de 12,8% no ano.
Os fundos de papel foram o destaque da sessão, com avanço médio de 0,13%, mesmo diante de preocupações com os possíveis efeitos da deflação do IPCA de agosto sobre a distribuição de rendimentos. Já os fundos de tijolo registraram valorização média de apenas 0,06%. Entre as maiores altas do dia, destacaram-se RBFF11 (3,4%), BBIG11 (1,8%) e VIUR11 (1,6%). Nas principais quedas, figuraram TGAR11 (-1,7%), RECR11 (-1,5%) e VCJR11 (-1,2%).
Economia
Nos EUA, o CPI veio em linha com as projeções, acelerando para 0,3% MoM (2,9% YoY) no índice cheio e 0,3% MoM (3,1% YoY) no núcleo, atingindo o maior nível em sete meses. Porém, os pedidos semanais de seguro-desemprego subiram para 263 mil, o maior em quatro anos, reforçando sinais de enfraquecimento no mercado de trabalho. Isso consolidou apostas de cortes de juros pelo Fed nas três reuniões de 2025, beneficiando moedas emergentes e ativos de risco. Na Europa, o BCE manteve a taxa de depósito em 2,0%, com Christine Lagarde adotando tom duro sobre a inflação e descartando cortes próximos, o que valorizou o euro.
No Brasil, as vendas no varejo ampliado caíram 2,5% YoY em julho, com setores sensíveis ao crédito enfraquecidos, enquanto segmentos ligados à renda se mantêm estáveis. Hoje, destaque para a sondagem ao consumidor da Universidade de Michigan nos EUA. No Brasil, o protagonismo ficará pela Pesquisa Mensal de Serviços de julho.
Veja todos os detalhes
Economia
Enfraquecimento do mercado de trabalho consolida cortes de juros pelo Fed
- Nos EUA, o CPI (índice de preços ao consumidor) veio em linha com as projeções dos analistas, acelerando na margem, tanto para o índice cheio (0,3% MoM; 2,9% YoY) quando para o núcleo (0,3% MoM; 3,1% YoY) – trata-se do maior patamar em sete meses.
- No entanto, o que chamou a atenção foram os pedidos semanais de seguro-desemprego, que marcaram 263 mil na última semana, o maior valor registrado em cerca de quatro anos. O indicador é mais um na sucessão de divulgações frágeis sobre o mercado de trabalho americano. Com isso, o mercado consolida as apostas de que o Fed (banco central) cortará os juros básicos nas três reuniões de 2025. Moedas emergentes e demais ativos de risco se beneficiaram na sessão de ontem.
- O Banco Central Europeu (BCE) manteve a taxa de depósito em 2,0%, conforme amplamente esperado. Na coletiva de imprensa após a decisão, a presidente Christine Lagarde adotou tom duro sobre a inflação, afirmando que a queda da inflação no bloco terminou e que não enxerga cortes adicionais de juros no horizonte próximo. Com isso, o euro se valorizou contra o dólar e os juros curtos alemães registraram elevação nas taxas.
- Na agenda de hoje, destaque para a sondagem ao consumidor da Universidade de Michigan, referente a setembro.
- No Brasil, as vendas no varejo ampliado caíram 2,5% A/A em julho, abaixo das expectativas, puxadas pela forte revisão em veículos de junho. Embora o avanço de julho frente a junho tenha surpreendido positivamente, o varejo restrito recuou, reforçando sinais de enfraquecimento em setores sensíveis ao ciclo econômico. Apesar de seis das dez atividades terem crescido, o efeito base fraco distorce os resultados, e o carrego estatístico aponta fraqueza no 3T. Segmentos ligados ao crédito caíram cerca de 3,0% T/T-1, com destaque negativo para Veículos e Materiais de Construção, enquanto o atacarejo de alimentos e bebidas manteve forte retração.
- Em contrapartida, Produtos Farmacêuticos e Cosméticos seguem em alta, e Móveis e Eletrodomésticos reagiram a descontos e estoques elevados, mantendo os setores sensíveis à renda praticamente estáveis. Atividades dependentes de crédito seguem desaquecendo diante de juros altos e endividamento das famílias, enquanto as ligadas à renda permanecem mais sólidas, apoiadas pelo mercado de trabalho e transferências fiscais. Projetamos leve expansão nas vendas no segundo semestre, sem reversão brusca, e estimamos alta de 0,4% T/T-1 no PIB do 3T25 (1,9% A/A), com crescimento de 2,2% em 2025.
- Na agenda de hoje, destaque para a divulgação da Pesquisa Mensal de Serviços de julho pelo IBGE. O mercado projeta alta de 0,4% ante junho, condizente com crescimento de 2,7% a/a.
Empresas
Banco do Brasil (BBAS3): um caminho lento para a recuperação
- Após a divulgação dos resultados do 2T e a reavaliação do guidance para 2025, estamos aproveitando a oportunidade para ajustar nossas estimativas:
- Esperamos que a inadimplência do agro continue pressionada, com uma melhora atrasada e mais gradual, e a normalização provavelmente em níveis piores do que nos últimos anos;
- Além disso, a desaceleração macro e o ambiente de altas taxas de juros continuam afetando as carteiras de PF e PMEs;
- O custo de risco pode atingir 4,5% em 2025 e permanecer elevado nos próximos anos;
- Enquanto isso, o NII pode continuar enfrentando pressão devido às novas regras contábeis de reconhecimento de juros;
- Além disso, com base nas comunicações recentes, melhorias significativas na otimização de despesas são improváveis no curto prazo;
- Assim, revisamos para baixo a estimativa de lucro líquido para 2025, para R$ 20,6 bn, esperando um ROE abaixo do custo de capital e um payout de 30%, implicando um DY de 4,8%.
- Apesar de BBAS3 estar sendo negociado a múltiplos P/B aparentemente atrativos, o P/E parece esticado em relação às médias históricas, e a combinação de recuperação lenta, ROE baixo e DY modesto nos leva a manter o rating Neutro. Nosso novo preço-alvo para 2026 é R$25/ação (ante R$32/ação);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Estratégia
Factor Pulse: Momentum segue abaixo da linha d’água
- Atualizamos nossos modelos de fatores, oferecendo insights sobre seus desempenhos recentes. Os principais destaques são:
- Valor é o fator com melhor desempenho no ano e liderou em agosto, seguido de perto por Qualidade;
- Ações com forte Momentum tiveram desempenho superior, mas o fator ainda está atrás no acumulado do ano após o fraco desempenho no primeiro semestre
- Demonstramos que, embora o Índice de Sharpe assuma que os retornos sigam uma distribuição normal, essa hipótese ignora fatores importantes de risco. Utilizando o Índice de Sharpe Probabilístico (PSR), incorporamos obliquidade e curtose para fornecer uma avaliação mais precisa de desempenho e risco.
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
Biodiversidade em foco: Mapeando oportunidades e desafios
- Participamos do webinar da WayCarbon, “O valor estratégico da natureza: como integrar Soluções Baseadas na Natureza aos negócios”, que reuniu especialistas da indústria e do setor corporativo.
- De modo geral, a discussão enfatizou que, embora a ação climática permaneça no foco das agendas empresariais, a biodiversidade está ganhando força. Abaixo estão os principais pontos do webinar, abrangendo desde a adoção do TNFD e insights práticos de implementação por empresas brasileiras até a evolução do papel da biodiversidade na divulgação de riscos financeiros.
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
BC afirma incorporação da Taxonomia Sustentável em sua regulação nos próximos anos | Café com ESG, 12/09
- O mercado fechou o pregão de quinta-feira em território positivo, com o IBOV e o ISE avançando 0,56% e 0,91%, respectivamente.
- Do lado das empresas, a Petrobras realizou o teste da produção de combustível sustentável de aviação (SAF) coprocessado na Refinaria Henrique Lage (Revap), em São José dos Campos (SP) – segundo o diretor de Processos Industriais e Produtos da Petrobras, William França, o teste representa um marco tecnológico para a companhia e um passo importante para o Brasil no cenário global de combate às mudanças climáticas.
- Na política, (i) a chefe da Gerência de Sustentabilidade e de Relacionamento com Investidores Internacionais de Portfólio do Banco Central (BC), Isabela Ribeiro Maia, afirmou que os padrões estabelecidos pela Taxonomia Sustentável Brasileira (TSB) passarão a fazer parte da regulação do BC nos próximos anos, considerando custos para as entidades reguladas e adaptação gradual das novas regras – o objetivo é padronizar e estabelecer critérios para distinguir o que são atividades econômicas sustentáveis; e (ii) o Ministério de Minas e Energia (MME) abriu ontem a consulta pública sobre as metas anuais de descarbonização da Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio) – a proposta prevê que distribuidoras de combustíveis tenham que adquirir 48,09 milhões de créditos de descarbonização (CBIOs) em 2026.
- Clique aqui para acessar o relatório completo.

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