IBOVESPA +2,57% | 137.968 Pontos
CÂMBIO -1,02% | 5,42/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa encerrou a semana em alta de 1,2% em reais e 0,7% em dólares, aos 137.968 pontos.
Entre os destaques positivos da semana, Pão de Açúcar (PCAR3, +13,3%) avançou após a companhia afirmar que as recentes renúncias de membros dos comitês financeiro e de auditoria estatutário não impactam o funcionamento dos colegiados.
Na ponta negativa, Marfrig (MRFG3, -2,8%) recuou após o Cade suspender a análise do processo de fusão com a BRF (BRFS3, -0,2%), em função de um pedido de vistas.
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Renda Fixa
No comparativo semanal, os juros futuros encerraram com forte abertura da curva. Esse movimento foi impulsionado pelo impasse entre Brasil e EUA no âmbito da validade da Lei Magnitsky em território nacional. Como efeito secundário, a curva também foi influenciada pelas pesquisas eleitorais recém divulgadas no país. As taxas de juro real tiveram alta, com os rendimentos das NTN-Bs com vencimento em 2030 consolidando-se em patamares próximos a 7,94% a.a. (vs. 7,60% na semana anterior). O DI jan/26 encerrou em 14,9% (inalterada 0bps no comparativo semanal); DI jan/27 em 13,96% (+4,5bps); DI jan/29 em 13,28% (+19bps); DI jan/31 em 13,64% (+28bps); DI jan/35 em 13,85% (+33bps). Nos EUA, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram em 3,70% (-5,4bps vs. semana anterior), enquanto os de dez anos em 4,26% (-5,7bps).
Mercados globais
Nesta segunda-feira, os futuros nos EUA recuam (S&P 500: -0,2%; Nasdaq 100: -0,3%), após a forte alta da sexta-feira, quando o Dow Jones disparou 1,9% e fechou em nova máxima histórica. O rali foi impulsionado pelo discurso de Jerome Powell em Jackson Hole, sinalizando possível início de cortes de juros já em setembro — o mercado precifica 84% de chance, segundo o CME FedWatch. O foco da semana recai sobre o balanço da Nvidia, na quarta-feira, e o PCE de julho, na sexta-feira.
Na Europa, as bolsas operam em baixa (Stoxx 600: -0,2%), com quedas na Alemanha (DAX: -0,5%) e França (CAC 40: -0,5%), enquanto Londres permanece fechada por feriado. Orsted despenca 15% após autoridades dos EUA ordenarem a paralisação de um projeto offshore em Rhode Island, e a holandesa JDE Peet’s salta 17% após anúncio de compra pela americana Keurig Dr Pepper por EUR 15,7 bi.
Na China, os mercados subiram com força (CSI 300: +2,1%; HSI: +1,9%), após Powell reforçar a expectativa de afrouxamento monetário nos EUA. Investidores também reagiram à flexibilização das regras de compra de imóveis em Xangai, o que impulsionou papéis do setor imobiliário. O movimento foi acompanhado por altas em Taiwan (+2,2%) e Coreia do Sul (+1,3%).
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a sexta-feira em alta de 0,13%, embora tenha acumulado uma queda de 0,04% ao longo da semana. O desempenho semanal refletiu a expressiva abertura da curva de juros, impulsionada pelas crescentes tensões diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos e pela piora na percepção de risco fiscal entre os agentes de mercado, intensificada pela divulgação de pesquisas eleitorais favoráveis ao atual governo.
No desempenho setorial, os fundos de tijolo lideraram os ganhos da sessão, com alta média de 0,14%, seguidos pelos fundos de papel, que avançaram 0,09%. Entre os destaques positivos figuraram RBRX11 (2,3%), URPR11 (2,2%) e SARE11 (1,3%). Por outro lado, as principais quedas foram observadas em RBFF11 (-1,5%), BLMG11 (-1,0%) e BTAL11 (-1,0%).
Economia
Na sexta-feira, Jerome Powell, presidente do banco central dos Estados Unidos, sinalizou a possibilidade de retomada do ciclo de cortes de juros já na próxima reunião de política monetária (setembro). Ademais, o Canadá anunciou a retirada de parte das tarifas retaliatórias impostas aos Estados Unidos. A medida entra em vigor em 1º de setembro e sinaliza um avanço nas negociações bilaterais. O anúncio ocorreu após conversa entre o primeiro-ministro Mark Carney e o presidente Donald Trump, em que ambos concordaram em retomar as negociações.
Nesta semana, agenda internacional de indicadores relativamente vazia. A principal divulgação será a inflação ao consumidor de julho dos Estados Unidos, medida pelo deflator do PCE (despesas de consumo), o principal índice de inflação utilizado pelo banco central.
No Brasil, o destaque fica para o IPCA-15 de agosto, que deverá apresentar queda devido à distribuição do bônus de Itaipu, que causa recuo na tarifa de energia elétrica. Do lado da atividade econômica, atenções voltadas para a criação de empregos formais (relatório Caged). Na seara fiscal, teremos o resultado primário do governo central. Por fim, o Banco Central divulgará as estatísticas de crédito e setor externo. Todos os indicadores são referentes a julho.
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Economia
Fed deixa porta aberta para cortar juros em setembro
Em discurso no simpósio de Jackson Hole na sexta-feira, Jerome Powell, presidente do banco central dos Estados Unidos, sinalizou a possibilidade de retomada do ciclo de cortes de juros já na próxima reunião de política monetária (setembro). Segundo ele, a desaceleração do mercado de trabalho alterou o balanço de riscos da economia dos Estados Unidos. A fala ocorreu três semanas após os dados de emprego serem fortemente revisados para baixo em julho. No entanto, apesar da sinalização de corte de juros, Powell ressaltou que a inflação permanece acima da meta de 2% e que os efeitos das tarifas sobre os preços já são evidentes e tendem a se acumular nos próximos meses. Ele reconheceu que esse choque é, a princípio, de caráter transitório, mas alertou que pode se prolongar caso pressões salariais decorrentes da perda de renda real se consolidem.
O Canadá anunciou a retirada de parte das tarifas retaliatórias impostas aos Estados Unidos. A medida entra em vigor em 1º de setembro e sinaliza um avanço nas negociações bilaterais. Permanecem, contudo, as tarifas de 25% sobre automóveis, aço e alumínio norte-americanos. O anúncio ocorreu após conversa entre o primeiro-ministro Mark Carney e o presidente Donald Trump, em que ambos concordaram em retomar as negociações. A decisão acontece em meio à revisão do USMCA (acordo de livre comércio entre Canadá, Estados Unidos e México) prevista para este ano e segue um histórico recente de tensões comerciais, marcado pelo aumento de tarifas norte-americanas sobre o Canadá e pelo uso de questões de segurança, como o tráfico de fentanil, como justificativa para medidas mais duras.
Nesta semana, agenda internacional de indicadores relativamente vazia. A principal divulgação será a inflação ao consumidor de julho dos Estados Unidos (sexta-feira), medida pelo deflator do PCE (despesas de consumo), o principal índice de inflação utilizado pelo Fed (banco central) em suas decisões de política monetária. No Brasil, semana repleta de indicadores. O destaque fica para o IPCA-15 de agosto (terça-feira), que deverá apresentar queda devido à distribuição do bônus de Itaipu, que causa recuo na tarifa de energia elétrica. Do lado da atividade econômica, atenções voltadas para a criação de empregos formais (relatório Caged) na quinta-feira. Na seara fiscal, teremos o resultado primário do governo central. Por fim, o Banco Central divulgará as estatísticas de crédito (quarta-feira) e setor externo (terça-feira). Todos os indicadores são referentes a julho.
Empresas
Distribuição de combustíveis | Dados de volume de julho da ANP
- A ANP publicou dados atualizados sobre o volume de distribuição de combustíveis com novas informações para julho;
- A demanda total do mês ficou ligeiramente acima em relação ao mesmo período do ano anterior (+1% a/a), impulsionada por um aumento nas vendas de diesel (+3% a/a), parcialmente compensado por uma queda nos volumes do ciclo otto (-1% a/a);
- Em termos de market share, as distribuidoras regionais e bandeira branca perderam terreno no mês (-1,7 p.p. m/m), enquanto todos as distribuidoras listadas ganharam market share, especialmente a Vibra (+1,3 p.p. m/m). O market share da Ipiranga e da Raízen cresceu +0,2 p.p. m/m;
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C&A (CEAB3): Conhecendo o novo conceito da C&A
- A C&A realizou uma visita guiada à sua nova loja conceito com a presença da alta gestão e executivos importantes para apresentar os principais elementos que devem sustentar o novo posicionamento da empresa;
- No geral, a visita reforça nossa visão construtiva sobre a C&A, já que as iniciativas internas devem continuar impulsionando uma melhor produtividade de vendas;
- Embora o curto prazo possa ser pressionado por condições climáticas adversas, permanecemos otimistas com a história;
- Mantemos nossa recomendação de COMPRA;
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Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Jay Powell’s risk-averse stance at Jackson Hole missed an opportunity (Financial Times);
- CMN regulamenta linhas de financiamento contra tarifaço no valor de R$ 30 bi (Valor Econômico);
- Mesmo com fim de acordo de exclusividade, Tanure e Novonor continuam negociações sobre Braskem (Valor Econômico);
- Ratings da Braskem na escala global rebaixados para ‘BB-’ por forte aumento na alavancagem e queima de caixa e colocados em CreditWatch negativo (S&P Global);
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Estratégia
Resultados do 2º trimestre de 2025: Uma temporada melhor do que o esperado no Brasil
- Com o fim da temporada de resultados do 2T25, avaliamos os números como melhores do que o esperado, com 57% das empresas sob nossa cobertura superando nossas estimativas de lucro líquido e 32% superando em receita;
- Na comparação anual, as empresas apresentaram um crescimento sólido tanto de receita (+7,8%) quanto de lucro líquido (+22,5%). Além disso, Cíclicos Domésticos apresentaram crescimento em todas as métricas, incluindo uma alta de dois dígitos em EBITDA. Em relação ao Ibovespa, todos os três principais indicadores também avançaram em base anual: receita cresceu 13,3%, EBITDA 7,7% e lucro líquido 30,1%;
- Entre os destaques setoriais estão as construtoras de baixa renda e o setor de Saneamento, enquanto Agro e Bens de Capital foram os destaques negativos;
- Em termos de reação de mercado, o comportamento foi majoritariamente neutro para as ações do Ibovespa (+0,41%, em média simples), ligeiramente acima da média histórica, mas também observamos uma precificação positiva das surpresas – em média, as surpresas positivas geraram alta de +1,32%, enquanto as negativas trouxeram queda de -0,50%;
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