IBOVESPA +0,2% | 135.511 Pontos
CÂMBIO +0,1% | 5,56/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa encerrou em alta de 0,2% ontem, aos 135.511 pontos, interrompendo uma sequência de sete quedas. No cenário internacional, os mercados começaram o dia pressionados por especulações sobre uma possível demissão do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, após Donald Trump consultar parlamentares republicanos sobre o tema. No entanto, ao longo do dia, Trump classificou a medida como altamente improvável, o que contribuiu para a recuperação dos índices dos EUA, que finalizaram o pregão com uma leve alta (S&P 500 +0,3%; Nasdaq +0,1%). No Brasil, o cenário político seguiu no radar, após nova pesquisa indicar aumento na aprovação do governo. Os ativos locais tiveram um dia negativo: a curva de juros abriu, e o dólar avançou 0,1%, encerrando o dia em R$ 5,56.
Os papéis do Pão de Açúcar tiveram forte alta (PCAR3, +10,7%), impulsionada pelo anúncio de aumento de participação na companhia por cinco membros da família Coelho Diniz, que agora detêm, em conjunto, 17,7% das ações ordinárias. Na ponta oposta, Usiminas (USIM5, -4,5%) recuou após a revisão da recomendação de um banco de investimento de Compra para Neutra.
Nesta quinta-feira, a agenda internacional inclui vendas no varejo de junho nos EUA e o CPI da Zona do Euro. Pela temporada internacional de resultados do 2T25, serão divulgados os balanços de Netflix, Pepsico e TSMC.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de quarta-feira com abertura da curva. No Brasil, o movimento reflete as preocupações com a indefinição em torno do IOF e a aprovação, pela comissão especial da Câmara, do projeto que eleva a faixa de isenção do Imposto de Renda para R$ 5 mil. Nos EUA, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,89% (-6,7bps vs. pregão anterior), enquanto os de dez anos em 4,46% (-2,5bps). Na curva local, DI jan/26 encerrou em 14,94% (+0,1bp vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14,36% (+1,5bp); DI jan/29 em 13,7% (+6,9bps); DI jan/31 em 13,89% (+7,9bps).
Mercados globais
Nesta quinta-feira, os futuros dos Estados Unidos operam próximos da estabilidade (S&P 500: +0,1%; Nasdaq 100: +0,1%) após uma sessão de recuperação ontem. Ao longo de quarta-feira, o Dow chegou a cair mais de 260 pontos após rumores de que Trump teria redigido uma carta de renúncia para Powell. No entanto, o próprio presidente minimizou as especulações, dizendo que não está planejando fazer isso. Para o mercado, a leitura foi de que o risco político no Fed ainda existe, mas perdeu força no curtíssimo prazo.
Na Europa, as bolsas operam em alta (Stoxx 600: +0,7%) em meio ao alívio com a fala de Trump e expectativa por divulgação de resultados. A agenda de resultados de hoje inclui nomes como TSMC, Novartis e Volvo. O mercado também segue atento às negociações comerciais entre EUA e União Europeia, após o anúncio de tarifas de 30% previsto para entrar em vigor em 1º de agosto.
Na China, os mercados fecharam mistos (CSI 300: +0,7%; HSI: -0,1%) acompanhando o alívio nos EUA e expectativas positivas para a temporada de resultados. O Nikkei, no Japão, também avançou, mesmo após queda nas exportações pelo segundo mês seguido e confirmação de tarifas de 25% sobre produtos japoneses pelos EUA.
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a quarta-feira em queda de 0,12%, pressionado novamente pela alta dos juros futuros. Tanto os fundos de tijolo quanto os FIIs de papel registraram desvalorizações médias de 0,13% na sessão. As maiores altas do dia foram VGIR11 (+1,6%), HGPO11 (+1,5%) e BROF11 (+1,4%), enquanto as principais quedas ficaram com HCTR11 (-2,0%), AIEC11 (-1,8%) e SNCI11 (-1,7%).
Economia
Nos Estados Unidos, os preços ao produtor ficaram estáveis em junho, apesar do aumento nos preços de bens industriais, indicando que as tarifas anunciadas por Trump começam a pressionar a inflação. Os preços de serviços, porém, se mantiveram controlados, sustentando expectativas de cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve ainda este ano. A produção industrial cresceu 0,3% em junho, superando as expectativas, enquanto o Livro Bege destacou que a maioria dos membros do Fed vê provável uma redução nas taxas de juros, apesar da incerteza elevada devido a políticas comerciais, fiscais e riscos geopolíticos. Na agenda de hoje, destaque para a divulgação das vendas no varejo americanas de junho.
No Brasil, a comissão especial da Câmara aprovou o parecer sobre a reforma do Imposto de Renda, com votação em plenário prevista para após o recesso parlamentar, em agosto. O relator reincorporou os redutores para dividendos e isentou lucros e dividendos distribuídos até o fim de 2025. O Senado aprovou a PEC 66, que altera regras para pagamento de precatórios, liberando R$ 12,4 bilhões para, entre outras coisas, licença-maternidade para autônomas. O ministro Alexandre de Moraes validou o aumento do IOF, excluindo operações de risco sacado, o que deve reduzir a arrecadação esperada pelo governo em cerca de R$ 1,2 bilhão. Na agenda, destaca-se o IGP-10 de julho, com expectativa de deflação nos preços ao produtor, especialmente industriais.
Veja todos os detalhes
Economia
STF valida decreto do IOF e Senado aprova em 1º turno PEC dos precatórios
- Os preços ao produtor nos EUA (PPI) ficaram estáveis em junho (expectativa: 0,3% m/m). O aumento nos preços de bens industriais foi mais um indício de que as tarifas anunciadas pelo presidente Donald Trump começam a pressionar a inflação. No entanto, os preços de serviços se mostraram bem-comportados, o que oferece suporte àqueles que apostam que o Federal Reserve retome o ciclo cortes nas taxas de juros ainda este ano.
- Mais uma vez, notícias de que o presidente dos EUA, Donald Trump, estaria disposto a antecipar a troca do comando do banco central americano (Fed) fez preço no mercado. Após reação significativa em preços de ativos, Trump negou a intenção. Mesmo assim, as taxas dos títulos soberanos dos Estados Unidos cederam no fechamento de mercado de ontem.
- O Fed divulgou ontem o Livro Bege. A maioria dos membros do banco central americano considerou provável que uma redução nas taxas de juros seja apropriada em algum momento deste ano, observando que a pressão inflacionária das tarifas pode ser temporária ou modesta, ao passo que as expectativas de inflação de médio e longo prazo permanecem bem ancoradas. O texto destaca que a incerteza sobre as perspectivas segue elevada devido à política comercial, ao fiscal e riscos geopolíticos, mas que a incerteza, em geral, diminuiu desde maio.
- A produção industrial americana cresceu 0,3% m/m em junho, superando as expectativas do mercado (0,1%), após ter ficado estável em abril e maio. A produção manufatureira, avançou 0,1%, ligeiramente acima das previsões de estabilidade. Enquanto isso, o setor de mineração contraiu 0,3%. Na agenda de hoje, as vendas no varejo de junho estão em destaque – o mercado espera avanço de 0,1% m/m.
- No Brasil, a comissão especial da Câmara aprovou o parecer do deputado Arthur Lira sobre a reforma do Imposto de Renda – a votação em plenário, no entanto, deve ficar para depois do recesso parlamentar, em agosto. O relator alterou seu parecer e reincorporou os redutores para quem recebe dividendos, retomando assim o que havia sido proposto pela Fazenda. Além disso, incluiu determinação para que lucros e dividendos, cuja decisão de distribuição ocorra até 31 de dezembro de 2025, sejam isentos de IR.
- O Senado aprovou nesta terça-feira a PEC 66, que altera as regras para o pagamento de precatórios por parte da União, estados e municípios. A análise dos destaques e a votação em segundo turno ficaram para depois do recesso parlamentar. A proposta libera R$ 12,4 bilhões de folga orçamentária, que serão direcionados, entre outros pontos, ao pagamento de licença-maternidade para trabalhadoras autônomas.
- Alexandre de Moraes, ministro do Superior Tribunal Federal, validou o decreto do governo que aumentou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). No entanto, a decisão excluiu a incidência sobre operações de risco sacado. Com tal isenção, é esperado que o governo deixe de arrecadar R$ 1,2 bi, cerca de 10%, do que foi originalmente proposto pelo decreto. Foi mantida, inclusive, a incidência sobre os planos VGBL
- Não há indicadores relevantes na agenda dessa quarta-feira. Apenas o IGP-10 de julho, para o qual ainda é esperada deflação relevante nos preços ao produtor, especialmente nos custos industriais.
Empresas
TMT: Prévia para o 2T25 – Bemobi (BMOB3) e Positivo (POSI3)
- Neste relatório, apresentamos nossas estimativas para os resultados do 2T25 da BMOB3 e da POSI3:
- Esperamos que a Bemobi (BMOB3) apresente resultados sólidos, com crescimento de dois dígitos da receita em todos os quatro segmentos, com destaque para a divisão de pagamentos;
- Por fim, esperamos um EBITDA ajustado de R$58 milhões, com margens praticamente estáveis T/T e uma expansão de 97 bps A/A, e um lucro líquido ajustado de R$30 milhões;
- Para a Positivo (POSI3), esperamos que ela apresente resultados fracos, uma vez que a empresa é afetada por uma menor receita de instituições públicas, uma falta de receitas de projetos especiais e vendas fracas de smartphones que impactam o segmento de consumo.
- Além disso, esperamos que o resultado financeiro pressione o lucro líquido;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Auren (AURE3): Investor Day 2025 – Flexibilidade no centro das atenções
- A Auren realizou seu Investor Day com a participação de diversos executivos de suas divisões, abordando as principais pautas estratégicas. Os principais destaques foram:
- Amaior dependência de fontes intermitentes está levando a um cenário mais complexo e volátil, com preços de energia estruturalmente mais altos no longo prazo, o que exige maior flexibilidade no portfólio de geração;
- Resultados consistentes na área de comercialização de energia como componente fundamental para reduzir riscos operacionais e ampliar a rentabilidade;
- O processo de integração com a AES Brasil segue dentro do esperado e deve ser concluído até o fim do ano, contribuindo para o processo de desalavancagem financeira da companhia. Em geral, temos uma visão construtiva em relação às iniciativas da Auren para aprimorar os resultados operacionais em meio a um cenário desafiador e mantemos nossa recomendação de Compra.
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
PRIO (PRIO3) | Wahoo prestes a receber Licença Prévia do Ibama
- Nesta quarta-feira (16), após o fechamento do mercado, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) emitiu um parecer técnico recomendando a aprovação da Licença Prévia (LP) para o projeto Wahoo da PRIO;
- Esta é a etapa final antes da concessão da licença – com base em nossa própria experiência, acreditamos que a licença LP em si provavelmente será concedida em breve – acreditamos que isso seja um catalisador positivo para as ações e um passo importante para desbloquear valor;
- Se tudo correr bem, acreditamos que a PRIO realizará o projeto de tieback durante o restante de 2025 e, eventualmente, produzirá o primeiro óleo de Wahoo no início de 2026. A PRIO continua sendo nossa preferência no setor de óleo e gás;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Bens de Capital: Indicações de melhora nos lucros esperadas para os resultados da Marcopolo no 2T25E
- Este é o nosso Resumo Semanal de Bens de Capital, onde discutimos temas-chave para o setor.
- Nesta semana, destacamos:
- (i) nossa discussão em torno das expectativas para a Marcopolo antes de uma nova temporada de balanços, com a recuperação das exportações e um mix sazonalmente melhor que deve gerar resultados sólidos no 2T25E, abrindo caminho para atender às nossas expectativas e as do consenso para 2025E;
- (ii) a Randon anunciou aumento de capital entre R$ 76-200 milhões, com redução de alavancagem de até 0,2x para a companhia (e também para a Randon excl. Frasle);
- (iii) entrevistas com o CEO da Embraer discutindo as implicações das tarifas, alertando que medidas podem impactar a empresa tão severamente quanto a pandemia de COVID,
- (iv) a Flexjet indicou que manterá seu acordo com a Embraer apesar das recentes tensões comerciais; e
- (v) o vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin, sinalizando que a prioridade é reverter a sobretaxa de Trump até agosto, mas não descarta um pedido de prorrogação do prazo.
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Renda com LCI e LCA ficará de fora de conta do imposto mínimo, propõe Lira (Folha de São Paulo);
- Neoenergia assina contratos para vender participação em eólica e energia à Nexus Ligas (Valor Econômico);
- Moody’s Local Brasil eleva rating da Castrolanda para A+.br (Moody´s Local);
- Clique aqui para acessar o clipping.
Setorial de Saneamento: Regulação e principais empresas– O que acompanhar?
- Este relatório apresenta uma visão atual do setor de saneamento básico no Brasil, com foco nos principais pontos que impactam sua operação e desenvolvimento.
- A regionalização dos serviços de saneamento básico no Brasil foi criada como uma resposta à dificuldade enfrentada por muitos municípios, especialmente os de pequeno porte, em cumprir as metas de universalização de forma isolada.
- A formação de blocos regionais, ao integrar grandes e pequenos municípios, viabiliza economicamente os leilões de concessão ao proporcionar escala às empresas privadas.
- Também traz uma comparação entre as empresas que atuam no setor, destacando desempenho, investimentos e desafios enfrentados.
- O objetivo é oferecer um panorama claro e objetivo do cenário atual.
- Acesse aqui o conteúdo completo.
Estratégia
Pesquisa com investidores institucionais – Sentimento positivo em relação à Bolsa brasileira, com preferência por cíclicos domésticos
- Rodamos uma pesquisa de 8 dias de 7 de julho até 15 de julho com investidores institucionais após o término do primeiro semestre de 2025. As principais conclusões foram:
- O sentimento dos investidores em relação as ações brasileiras é positivo, com 65% desejando aumentar exposição e somente 4% querendo diminuir, e a média de sentimento em 6,8;
- A política fiscal doméstica e instabilidade política local são os principais riscos negativos para a Bolsa;
- Papéis sensíveis à taxa de juros é o tema preferido dos investidores;
- Os investidores estão mais alocados em cíclicos domésticos e menos alocados em commodities nesta temporada de resultados do 2T25.
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- Congresso derruba veto e livra fundos imobiliários e do agronegócio de taxação na reforma tributária (Estadão);
- Governo do RJ lidera maior locação de escritórios no 2T25 com contrato de R$ 725 mil mensais na Cidade Nova (SiiLA);
- XP Log (XPLG11) celebra novo contrato de locação em Santana de Parnaíba (Clube FII);
- Clique aqui para acessar o relatório.
Alocação XP | Evolução do Modelo de Alocação
- Apresentamos algumas das principais melhorias realizadas na metodologia de alocação, que trarão ainda mais eficiência à forma como construímos portfólios.
- Na definição de nossas carteiras de alocação estruturais, adotamos uma abordagem multimodelo, que busca aproveitar o melhor de cada método, mitigando suas fragilidades.
- Na revisão mais recente realizada pelo nosso Comitê Estrutural, incorporamos o modelo de Risk-Parity aos já existentes – Markowitz e Black-Litterman – com o objetivo de melhorar a qualidade da definição do orçamento de risco dedicado a cada classe de ativo.
- Acesse aqui o conteúdo completo.
ESG
Câmara aprova texto-base do PL que altera regras do licenciamento ambiental | Café com ESG, 17/07
- O mercado fechou o pregão de quarta-feira em território misto, com o IBOV avançando 0,19%, enquanto o ISE andou de lado (+0,03%);
- No Brasil, (i) a Câmara dos Deputados aprovou, por 267 votos a favor e 116 contra, o texto-base do novo marco legal do licenciamento ambiental – os parlamentares ainda devem analisar os destaques, e depois, o texto segue para sanção presidencial; (ii) o Ibama suspendeu a análise da licença de exploração da Petrobras para a 4ª etapa do pré-sal na Bacia de Santos, um projeto de R$ 196 bilhões – o motivo dado pelos técnicos: a ausência de um programa específico contra mudanças climáticas no pedido de licenciamento;
No internacional, a Blackstone, firma de private equity com US$ 1,2 trilhão sob gestão, disse que vai investir US$ 25 bilhões na Pensilvânia para construir data centers e usinas de gás natural que vão alimentá-los – em contexto, o estado americano está se tornando um polo estratégico de AI dado seu sistema célere para aprovação de projetos, além de energia de baixo custo; - Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.

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