Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O Ibovespa e o ISE terminaram a semana passada em território negativo, recuando 0,2% e 0,1%, respectivamente. Já o pregão de quinta-feira fechou em território neutro, com o IBOV (+0,04%) e o ISE (-0,12%) andando de lado.
• No Brasil, as estatais Petrobras, Itaipu Binacional, Banco do Brasil, Caixa Econômica e BNDES enviaram uma carta com propostas para os chefes de estado que compõem o G20, defendendo a importância da exploração de petróleo e gás eficiente em custo e emissões para assegurar que a transição energética seja justa e inclusiva - segundo as empresas, a exploração responsável vai ser importante para assegurar a segurança energética global com menores emissões.
• No internacional, (i) a presidência da COP29 anunciou, durante reunião ministerial sobre iniciativas energéticas, o lançamento da Hydrogen Declaration – a iniciativa busca acelerar a produção de hidrogênio de baixo carbono e renovável e reduzir a dependência de 96 milhões de toneladas de hidrogênio produzidas a partir de combustíveis fósseis sem captura de carbono; e (ii) começa hoje no Rio de Janeiro a cúpula do G20, encontro anual entre as maiores nações do mundo - a expectativa é que os países avancem em negociações de temas globais, que vão desde a pobreza e a fome até as mudanças climáticas.
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Brasil
Empresas
"Um tribunal federal brasileiro decidiu que as mineradoras Vale, BHP Group e sua joint venture Samarco não são criminalmente responsáveis pelo colapso mortal da barragem de rejeitos de Fundão em 2015, de acordo com uma declaração do tribunal na quinta-feira. O rompimento da barragem em uma mina de minério de ferro de propriedade da Samarco, perto da cidade de Mariana, no sudeste do Brasil, resultou em 19 mortes, deixou centenas de pessoas desabrigadas, inundou florestas e poluiu o rio Doce. A juíza Patricia de Carvalho decidiu inocentar os três mineiros e 21 pessoas, incluindo ex-executivos, “devido à falta de provas de ações individuais que determinariam a responsabilidade criminal direta pelo desastre”, disse o tribunal. O Ministério Público Federal do Brasil, que havia apresentado as acusações criminais, disse em um comunicado que recorrerá da decisão. A decisão sobre as acusações criminais é separada de um acordo civil de US$ 31,7 bilhões divulgado no final de outubro, que trata de obrigações estruturais e outras reivindicações relacionadas ao rompimento da barragem. O acordo civil poderia encerrar mais de cem processos contra as empresas de mineração no país sul-americano e, possivelmente, limitar a ação legal no exterior, segundo três fontes próximas ao assunto disseram anteriormente à Reuters. A BHP enfrenta uma ação judicial no Reino Unido pelo desastre da barragem da Samarco, com potencial para receber US$ 47 bilhões em indenizações. A BHP, com sede na Austrália, disse na manhã de sexta-feira, horário local, que estava aguardando receber formalmente a decisão do tribunal brasileiro para avaliar as implicações e os próximos passos."
Fonte: Reuters; 14/11/2024
Acionistas da Vale elegem dois novos conselheiros, dizem fontes
"Os acionistas da Vale reunidos nesta quinta-feira (14) em assembleia geral extraordinária (AGE), aprovaram, segundo fontes, os nomes de Heloisa Bedicks e Reinaldo Duarte Castanheira Filho como conselheiros de administração da companhia para cumprir mandato até abril de 2025. Os acionistas aprovaram ainda, também segundo fontes, a incorporação da Aços Laminados do Pará (Alpa). Bedicks e Castanheira substituem José Luiz Duarte Penido e Vera Marie Inkster, que renunciaram aos cargos em meio ao conturbado processo de sucessão no comando da empresa. O governo federal tentou fazer o ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, como CEO da companhia, em substituição a Eduardo Bartolomeo, mas acabou por desistir da indicação devido às fortes reações de acionistas e do mercado. Ao fim do processo de sucessão, que foi antecipado, o ex-vice-presidente-executivo de finanças e relações com investidores, Gustavo Pimenta, foi escolhido como presidente da companhia, ao fim de um processo de escolha que seguiu as normas de governança da companhia. Inicialmente, Pimenta tomaria posse no fim do ano, mas houve antecipação e ele assumiu o cargo no começo de outubro. Mesmo com a troca do CEO da companhia, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, criticaram, no fim de outubro, a relação do governo federal com a companhia. No evento que celebrou o acordo definitivo sobre o rompimento da barragem da Samarco, em Mariana, Lula afirmou que "é muito difícil negociar com uma ‘corporation’ [empresa sem controle acionário definido] se a gente não sabe quem é o dono e tem muita gente dando palpite.""
Fonte: Valor Econômico; 14/11/2024
Petrobras concluirá até fevereiro centro de preservação exigido da fauna pelo Ibama
"A diretora executiva de Assuntos Corporativos da Petrobras (PETR4), Clarice Coppetti, disse nesta sexta-feira que até fevereiro de 2025 ficará pronto o centro de preservação da fauna no município de Oiapoque (AP) a ser erguido em resposta a uma demanda do Ibama, que analisa pedido de licença ambiental da estatal para explorar a região da Foz do Amazonas, na costa do Amapá. Segundo a diretora, as despesas na obra da unidade e na contratação de mão de obra, aeronaves e embarcações, somarão 150 milhões de reais. Falando a jornalistas em evento do G20 Social, Coppetti disse que as áreas técnicas da Petrobras estão se reunindo com frequência para responder as últimas demandas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). “A gente pretende estar com a base construída … até fevereiro, final de fevereiro de 2025“, disse a diretora. Um primeiro pedido da empresa para perfurar a bacia da foz do rio Amazonas foi negado pelo Ibama no ano passado, mas uma nova tentativa foi feita pela petroleira agora em 2024. No mês passado, a Reuters noticiou que o presidente do órgão ambiental, Rodrigo Agostinho, solicitou por ofício mais esclarecimentos à Petrobras sobre o pedido da companhia, mesmo após técnicos da agência terem recomendado o indeferimento por considerar que a petroleira não apresentou “elementos suficientes” que permitam a revisão da sugestão original do corpo técnico. “A gente acredita que até o final agora do mês a gente faz mais essa entrega para o Ibama, respondendo aos últimos questionamentos”, afirmou a diretora da petroleira, acrescentando que foram feitos 14 questionamentos, todos relacionados à proteção da fauna”."
Fonte: InfoMoney; 15/11/2024
"Uma carta elaborada pelas estatais Petrobras, Itaipu Binacional, Banco do Brasil, Caixa Econômica e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com propostas para os chefes de estado que compõem o G20 defende a importância da exploração de petróleo e gás eficiente em custo e emissões para assegurar que a transição energética seja justa e inclusiva. As estatais defendem que a exploração responsável vai ser importante para assegurar a segurança energética global com menores emissões. O documento elaborado pelas empresas públicas foi entregue à ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, na sexta-feira (15/11). “Reconhecer a necessidade de conciliar a transição energética com a exploração responsável e eficiente em custo e em emissões de petróleo e gás nos países em desenvolvimento, especialmente naqueles que, como o Brasil, possuem uma matriz energética diversificada e limpa, bem como assumem compromissos explícitos de descarbonização e garantem uma menor pegada de carbono em seus processos”, afirma um dos itens. As estatais se comprometeram a estabelecer parcerias e relações com empresas socialmente e ambientalmente responsáveis. As companhias defendem a importância do reconhecimento de que “as empresas públicas possuem um papel estratégico e propulsor da transição energética justa, com inclusão social, podendo ser referência para todo o setor privado, em termos de investimentos socioambientais”. Ao todo, a carta tem 32 contribuições relacionadas à transição energética, à reforma da governança global e ao combate à pobreza e à fome."
Fonte: Eixos; 17/11/2024
Política
Pará lança concessão para restauração florestal
"O Pará lançou edital para concessão de 10,3 mil hectares de área pública para restauração de florestas por 40 anos. A remuneração da concessão será com ativos ambientais, entre eles créditos de carbono. O anúncio foi feito pelo governador do Estado, Helder Barbalho, nesta sexta-feira (15) durante a COP29, no Azerbaijão. “O Brasil não cumprirá as suas metas apenas reduzindo o desmatamento, precisará restaurar as áreas e as concessões de restauro apontam um caminho importante nesta construção”, disse Barbalho. O cálculo é que a área remova 3,7 milhões de toneladas de carbono. Cada uma delas corresponde a um crédito. Esses ativos, que representam CO2 retirado da atmosfera, têm sido negociados em valores mais altos que os de proteção de floresta – que evitam o lançamento de mais gases. O investimento do concessionário para instalação e na operação da concessão deverá ser de pelo menos R$ 258 milhões. A receita total estimada é de R$ 869 milhões, segundo o governo paraense. O vencedor será anunciado em 120 dias em um evento na sede da B3, em São Paulo. O plano é que o contrato seja assinado no começo de 2025 e as operações comecem em 2026. O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) está estruturando um fundo para oferecer garantias ao concessionário em caso de incêndios ou invasões de terra, afirma Raul Protázio Romão, secretário do Meio Ambiente do Estado. “É como uma espécie de seguro”, afirmou Romão ao Reset. “A estruturação ainda está sendo trabalhada, mas estamos em um estágio avançadíssimo.”"
Fonte: Capital Reset; 15/11/2024
"O presidente Lula defendeu que as cidades precisam ser contempladas nos mecanismos de financiamento da transição climática. Em discurso na abertura do Urban 20, grupo de engajamento do G20 sobre cidades, Lula lembrou que as cidades são responsáveis por 70% das emissões de gases de efeito de estufa e por 75% do consumo global de energia. “O planejamento urbano também terá um papel crucial na transição ecológica e no enfrentamento à mudança do clima”, afirmou no evento no Rio de Janeiro neste domingo (17/11). Lula ressaltou que os centros urbanos estão desproporcionalmente expostos às consequências das mudanças climáticas e lembrou dos exemplos recentes das enchentes no Rio Grande do Sul e na Espanha. O presidente criticou a dificuldade de acesso a financiamento para o Sul Global e defendeu a reforma da arquitetura financeira internacional. “Apenas uma parcela dos recursos necessários chega aos países em desenvolvimento e uma parte ainda menor alcança nossas metrópoles”, disse. “Existe um déficit no financiamento urbano, que não consegue acompanhar o ritmo da urbanização desordenada em muitas partes do mundo, como a África, a Ásia e a América Latina”, acrescentou. Durante o evento, que ocorre às vésperas da Cúpula de Líderes do G20, Lula recebeu uma carta assinada por representantes de mais de cem cidades ao redor do mundo com a proposta de criação de um fundo garantidor para facilitar a chegada de US$ 800 bilhões anuais em financiamento às cidades, direcionados a projetos de adaptação e mitigação climática."
Fonte: Eixos; 17/11/2024
Biden deve encerrar mandato sem cumprir promessa de US$ 500 mi para Fundo Amazônia
"O presidente americano Joe Biden desembarca no Brasil neste domingo, 17, para uma visita histórica à Amazônia. Em anúncio feito neste domingo, 17, a Casa Branca se compromete com a destinação de outros US$ 50 milhões (cerca de R$ 290 milhões) ao Fundo Amazônia. Com o valor, no entanto, o democrata deve encerrar o mandato sem conseguir cumprir a promessa de destinar US$ 500 milhões à Floresta. Biden, que vem ao Brasil para participar do G-20 no Rio de Janeiro, será o primeiro presidente incumbente dos EUA a visitar a região Amazônica em 200 anos de relação bilateral entre os países. O Fundo Amazônia é o esforço de cooperação internacional mais significativo para preservar a floresta tropical, financiado principalmente pela Noruega. O valor anunciado neste domingo ainda precisa ser submetido ao Congresso dos EUA, que terá as duas casas de maioria republicana a partir de 2025. Biden deixa a presidência em janeiro do ano que vem, quando Donald Trump assume a Casa Branca e terá seu partido no comando do Congresso. O republicano promete retirar os EUA novamente do Acordo Climático de Paris e reverter as políticas ambientais do antecessor. O governo Biden anunciou no ano passado que planejava contribuir com US$ 500 milhões para o Fundo Amazônia ao longo de cinco anos. O anúncio foi feito em abril de 2023, e aconteceu depois de os americanos terem frustrado o governo brasileiro ao indicar quem que destinariam US$ 50 milhões ao fundo – a cifra foi considerada baixa pela diplomacia do Brasil e por especialistas na questão climática."
Fonte: InfoMoney; 17/11/2024
Noruega anuncia doação de US$ 60 milhões ao Fundo Amazônia
"A Noruega anunciou neste domingo (17) a doação de 670 milhões de coroas norueguesas (cerca de US$ 60 milhões) ao Fundo Amazônia, apoio que, segundo o governo norueguês, se deu em conexão à redução do desmatamento no Brasil no último ano. O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro norueguês, Jonas Gahr Stoere, durante uma conferência global no Rio de Janeiro que antecede a cúpula de líderes do G20, segundo comunicados do governo da Noruega e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que administra o Fundo. “Durante a Cúpula do G20, o primeiro-ministro Jonas Gahr Stoere terá a oportunidade de se reunir com o presidente do Brasil para reafirmar a cooperação de longa data entre Noruega e Brasil em questões de mudanças climáticas e proteção da floresta tropical”, afirmou a Noruega em comunicado. Na declaração, o primeiro-ministro norueguês afirmou que “preservar a floresta amazônica é uma das medidas mais importantes do mundo para enfrentar os impactos das mudanças climáticas” e que a redução do desmatamento no Brasil durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva “é uma evidência clara da ambição e da capacidade do governo brasileiro de agir sob a liderança do presidente Lula”. O desmatamento na Amazônia brasileira caiu 30,6% nos 12 meses até julho em comparação com o mesmo período do ano anterior, de acordo com dados do governo divulgados mais cedo este mês – a menor área destruída na maior floresta tropical do mundo em nove anos. Os dados, que não são medidos conforme o ano calendário devido à intensa cobertura de nuvens durante a estação chuvosa entre novembro e abril, representam a primeira medida anual completa sob o governo Lula."
Fonte: InfoMoney; 17/11/2024
Brasil pode ser a maior liderança ambiental global, diz presidente do STF
"Ao comentar sobre a participação do Brasil no G20, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Luís Roberto Barroso, afirmou que o país tem total condição de se tornar uma liderança ambiental global. E que tem andado na direção certa para resolver seus principais problemas internos – pobreza, desigualdade, inclusão social. “O Brasil tem autoridade para isso, porque vem enfrentando a pobreza, mas infelizmente acho até que andamos na direção certa, mas nem sempre na velocidade desejada”, afirmou Barroso em entrevista à CNBC, citando programas sociais como Bolsa-Família, Minha Casa, Minha Vida, Pé de Meia e o Marco do Saneamento. Na visão do ministro, o Brasil tem um papel vocacional de se tornar uma liderança ambiental internacionalmente. “O Brasil hoje não tem condições de ser uma liderança industrial, espero que possa vir a ser. Não tem condições de ser uma grande liderança tecnológica, espero que possa vir a ser. Mas podemos ser a grande liderança ambiental”, disse. Para Barroso, o país tem tudo para assumir esse protagonismo, por conta de a energia ser predominante limpa, além do fato de existir a Amazônia e projetos de iniciativa pública e privada para a transição energética. “Esse é um papel que precisamos assumir e devemos assumir nesse mundo de mudança climática”. Ele cita ainda uma janela de oportunidade, por conta da eleição dos Estados Unidos, que elegeu Donald Trump. “Com a mudança nos Estados, eles vão perder o papel de liderança em muitas áreas e acho que vão se abrir oportunidades em áreas como a questão ambiental”, afirmou."
Fonte: Valor Econômico; 17/11/2024
Internacional
Empresas
Montadoras de veículos elétricos pedem que Trump não acabe com incentivos
"Um grupo que representa os principais fabricantes de veículos elétricos e baterias pediu nesta sexta-feira ao presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que não elimine os créditos fiscais para a venda e produção de veículos elétricos. A Zero Emission Transportation Association, cujos membros incluem montadoras e fabricantes de baterias como Rivian, LG, Tesla, Uber, Lucid e Panasonic, disse que os incentivos de produção geraram empregos e alertou que a eliminação desses créditos prejudicará investimentos e o crescimento do emprego no país. A Reuters noticiou na quinta-feira que a equipe de transição de Trump quer acabar com o crédito fiscal de 7.500 dólares para quem compra veículos elétricos."
Fonte: InfoMoney; 15/11/2024
"O Integrity Council for the Voluntary Carbon Market (ICVCM) anunciou nesta sexta (15/11) que aprovou três metodologias para emitir créditos de carbono de alta integridade para reduzir emissões de desmatamento e degradação florestal em países em desenvolvimento (REDD+). Nenhum crédito foi emitido ainda. A expectativa é que os títulos REDD+ sejam rotulados com o selo CCP (Core Carbon Principles) a partir do início de 2025. Uma das metodologias é a ART TREES de excelência ambiental, que tem potencial avaliado de emissão de 123 milhões de créditos, em nove jurisdições. Na quinta (14), durante a COP29, no Azerbaijão, o Governo do Tocantins anunciou a submissão oficial do seu sistema jurisdicional ao padrão ART TREES. Em parceria com a empresa de commodities Mercuria Energy Group, o projeto estima um potencial de mais de 50 milhões de créditos até 2030, e receitas da ordem de R$ 2,5 bilhões, caso o estado tenha sucesso na redução do desmatamento e degradação florestal. Estes recursos serão aplicados em ações de combate ao desmatamento e fortalecimento das políticas ambientais do estado, segundo o governo. A segunda metodologia é a VM0048, que certifica redução de emissões relacionadas a desmatamento e degradação florestal. Há 21 projetos em desenvolvimento, com potencial para emitir aproximadamente 300 milhões de créditos durante seu primeiro período. Já o JNR Framework da Verra, para projetos jurisdicionais, conta com cinco empreendimentos. Dois outros níveis de crédito ainda estão em processo de avaliação e as decisões são esperadas até o final do ano, juntamente com decisões sobre metodologias de fogões sustentáveis."
Fonte: Eixos; 15/11/2024
TotalEnergies, BP, Equinor e Shell comprometem US$ 500 milhões para impulsionar o acesso à energia
"As principais empresas de petróleo e gás TotalEnergies, BP, Shell e Equinor prometeram na sexta-feira investir US$ 500 milhões para aumentar o acesso à energia acessível, principalmente na África Subsaariana, sul e sudeste da Ásia. Isso representa cerca de 0,7% de cerca de US$ 70 bilhões em lucro líquido que as quatro empresas obtiveram coletivamente em 2023. O anúncio foi feito às margens da cúpula climática COP29 das Nações Unidas no Azerbaijão, onde a discussão se concentrou em levantar US$ 1 trilhão em financiamento climático das nações mais ricas para ajudar os países em desenvolvimento. Um porta-voz da TotalEnergies não quis dar o nome da empresa global de private equity selecionada para administrar os fundos, mas disse que os US$ 500 milhões seriam desembolsados ao longo de vários anos por meio de licitações para projetos ao longo da cadeia de valor da energia. Isso incluirá sistemas domésticos de energia solar, redes de microeletricidade, produção de energia, transporte, logística e armazenamento, tecnologias de mobilidade eletrônica e combustíveis modernos para cozinhar, como gás liquefeito de petróleo (GLP), principalmente na África Subsaariana, sul e sudeste da Ásia. A Agência Internacional de Energia estima, abre nova aba, que mais de 2,3 bilhões de pessoas em todo o mundo ainda cozinham suas refeições em fogões tradicionais que queimam madeira, carvão e esterco de animais, o que causa problemas de saúde. “Ainda estamos no início, mas esperamos que, ao investirmos juntos, possamos contribuir com esforços mais amplos para enfrentar o desafio real do acesso à energia”, disse."
Fonte: Reuters; 15/11/2024
Na COP29, seguradoras se apresentam como alternativa para cobrir danos de eventos de climáticos
"Na COP29, Conferência do Clima da ONU, realizada neste ano no Azerbaijão, o setor segurador tem se apresentado como uma alternativa para cobrir a reconstrução de países após eventos climáticos, segundo o presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), Dyogo Oliveira. “Há uma tentativa de aumentar os recursos do Fundo de Perdas e Danos para investimentos na infraestrutura dos emergentes. O setor tem buscado mostrar que pode atuar numa escala muito maior”, afirmou ao Valor. “Para nós, o mercado segurador é muito mais potente e se os governos se utilizarem disso será muito mais efetivo e mais viável, dependendo de menos esforço político”, disse. O Fundo de Perdas e Danos foi uma conquista relevante da COP28 e, neste ano, os países discutem como o fundo será operacionalizado. Segundo Oliveira, as seguradoras brasileiras têm buscado mais espaço na agenda de discussões sobre mudanças climáticas. “Tivemos uma pequena participação na COP do ano passado, que aumentou agora e deve ser ainda maior em Belém”, disse. “Queremos chegar em Belém com a matéria de seguros incorporada na proposta final da COP”. Para ele, houve avanço significativo nas conversas, com o setor de seguros passando a ser convidado para muitas discussões nas quais só as instituições financeiras eram chamadas. “Queremos mostrar que o setor tem papéis importantes em meio às mudanças climáticas. O primeiro é de assumir riscos, o segundo é na gestão do risco e o terceiro é o de investidor”, afirmou. “No Brasil, em particular, os governos não têm seguro de infraestrutura e quando acontece um desastre é necessário reconstruir com um orçamento que já é apertado. O seguro poderia ser uma solução mais interessante”, defende."
Fonte: Valor Econômico; 15/11/2024
"O setor de serviços públicos dos EUA quer que o novo governo Trump e o Congresso liderado pelos republicanos preservem a energia limpa e os créditos fiscais de veículos elétricos da Lei de Redução da Inflação, Pedro Pizarro, CEO da concessionária Edison International disse no sábado. A IRA de 2022 contém centenas de bilhões de dólares em subsídios para energia limpa e é anunciada como a lei de assinatura do presidente cessante Joe Biden para combater as mudanças climáticas. O presidente eleito Donald Trump, um cético em relação ao clima, prometeu rescindi-la, o que exigiria o apoio do Congresso. Pizarro, que até recentemente presidia o conselho do grupo comercial do setor Edison Electric Institute, disse que os membros do grupo de lobby têm defendido junto à equipe de transição de Trump e aos membros republicanos do Congresso que a preservação do IRA é boa tanto para as empresas quanto para os consumidores. “Uma de nossas grandes prioridades como setor será articular os benefícios do IRA”, disse Pizarro à Reuters à margem da cúpula climática COP29 no Azerbaijão. “A maior parte desses benefícios (do IRA) não se reverte de fato para nossos acionistas. Eles vão direto para nossas construções e para nossos clientes”, disse ele. A equipe de transição de Trump já está trabalhando em planos para eliminar o crédito fiscal ao consumidor de US$ 7.500 para compras de veículos elétricos como parte de uma legislação mais ampla de reforma tributária, informou a Reuters. Um grupo que representa os principais fabricantes de veículos elétricos e baterias, incluindo Rivian, Tesla, e Panasonic, na sexta-feira também pediu a Trump que não eliminasse os créditos fiscais de EV, citando o impacto nos principais estados que votaram no republicano."
Fonte: Reuters; 16/11/2024
Gigantes do petróleo europeus se afastam do caminho das energias renováveis
"Há quase cinco anos, a BP embarcou em uma ambiciosa tentativa de se transformar de uma empresa de petróleo em um negócio voltado para a energia de baixo carbono. Agora, a empresa britânica está tentando retornar às suas raízes como uma grande empresa de petróleo e gás, com uma história de crescimento à altura dos rivais, reavivar o preço de suas ações e dissipar as preocupações dos investidores em relação aos lucros futuros. As rivais Shell e Equinor, controlada pelo estado norueguês, também estão reduzindo os planos de transição energética estabelecidos no início desta década. A mudança de direção reflete dois acontecimentos importantes: o choque energético causado pela invasão da Ucrânia pela Rússia e a queda na lucratividade de muitos projetos de energia renovável, especialmente a energia eólica offshore, devido aos custos crescentes, problemas na cadeia de suprimentos e problemas técnicos. O CEO da BP, Murray Auchincloss, planeja investir bilhões em novos desenvolvimentos de petróleo e gás, inclusive na Costa do Golfo dos EUA e no Oriente Médio, como parte de seu esforço para melhorar o desempenho e aumentar os retornos. A BP também desacelerou as operações de baixo carbono, interrompendo 18 projetos potenciais de hidrogênio em estágio inicial e anunciando planos para vender operações de energia eólica e solar. Recentemente, cortou sua equipe de hidrogênio em Londres em mais da metade, para 40 funcionários, disseram fontes da empresa à Reuters. Um porta-voz da BP se recusou a comentar sobre as demissões."
Fonte: Reuters; 18/11/2024
Política
Parlamento Europeu adia lei antidesmatamento, mas mexe nas regras e renova incertezas
"O Parlamento Europeu aprovou o adiamento da aplicação da lei antidesmatamento proposto pela Comissão Europeia há um mês. Na sessão desta quinta-feira (14), os parlamentares também aprovaram novas emendas, vistas como uma tentativa de diminuir o rigor da norma, que renovaram as incertezas entre empresas e investidores sobre a legislação. Na votação de hoje, foram 371 votos favoráveis ao adiamento por um ano, 240 contra e 30 abstenções. A princípio, a lei passaria a valer no dia 30 de dezembro deste ano, mas agora será estendida para o fim de 2025 para grandes empresas e para 30 de junho de 2026 para as pequenas e médias. Por conta das mudanças, no entanto, o adiamento será oficializado depois que o novo texto receber o aval do Conselho Europeu e ser publicado no Diário Oficial. “A extensão do prazo de 12 meses já havia sido acordada pela Comissão, que apresentou a proposta, e pelo Conselho Europeu. Mas quando o Parlamento abre o texto e busca aprovação de coisas novas, ele mantém o processo legislativo rodando”, diz Bruno Galvão, advogado especialista da Blomstein. Ao todo, foram oito as emendas aprovadas, sendo a mais polêmica a que altera a classificação de risco dos países. Uma nova categoria foi criada, a de países “sem risco” de desmatamento, que deve beneficiar os próprios países europeus e reacende novos questionamentos sobre protecionismo na Organização Mundial do Comércio (OMC), segundo especialistas."
Fonte: Capital Reset; 14/11/2024
Argentina aumenta a preocupação com a possibilidade de sair do acordo climático de Paris
"Na quinta-feira, a Argentina disse que “reavaliaria” seu papel nas negociações globais sobre o clima depois de sair da cúpula da COP29, alimentando preocupações de que o país sul-americano poderia se tornar o primeiro a seguir a ameaça de Donald Trump de sair do acordo histórico de Paris. A campanha de Trump disse que ele retiraria os EUA do acordo climático de Paris em seu retorno à Casa Branca, como fez durante seu primeiro mandato, deixando os ministros e negociadores da COP29 no Azerbaijão preocupados com a possibilidade de outros líderes populistas seguirem o exemplo. O presidente libertário da Argentina, Javier Milei, retirou a delegação de negociadores que seu país havia enviado à cúpula climática da ONU em Baku na quarta-feira, um dia depois de falar com Trump por telefone. Milei rebaixou o portfólio ambiental da Argentina para um nível de departamento júnior depois de assumir o cargo no ano passado, como parte de um pacote de austeridade abrangente e de um realinhamento ideológico acentuado da política ambiental e externa de seu país. Ele disse que a mudança climática causada pelo homem é “uma mentira socialista”. O porta-voz de Milei disse em uma coletiva de imprensa na quinta-feira: “A [retirada da delegação da COP29] permitirá que o novo ministro das Relações Exteriores reavalie a situação e reflita sobre nossa posição. Isso faz parte das medidas que o ministro das Relações Exteriores está começando a tomar em sua nova função”. Ana Lamas, subsecretária do meio ambiente da Argentina, não quis comentar mais sobre se o país estava considerando sair do Acordo de Paris."
Fonte: Financial Times; 14/11/2024
"A Rússia pediu ao presidente eleito dos EUA, Donald Trump, que permaneça no acordo de Paris, enquanto a Arábia Saudita disse na cúpula da COP29 da ONU em Baku que estava comprometida em fazer a transição para um sistema de energia verde. As declarações dos produtores de petróleo e gás refletem a geopolítica invertida da cúpula, onde a incerteza foi lançada pela ameaça de uma retirada dos EUA do pacto. Isso aumentou quando o presidente da Argentina, Javier Milei, retirou a equipe de negociação de 20 pessoas de seu país da cúpula e levantou o espectro de uma saída do acordo de Paris. Em Baku, no Azerbaijão, países que historicamente têm sido vistos como bloqueadores do progresso nas negociações globais sobre o clima defenderam o Acordo de Paris, o acordo histórico apoiado por quase 200 países que sustenta os esforços para combater o aumento das temperaturas. Boris Titov, representante especial do presidente russo, Vladimir Putin, para a cooperação internacional em sustentabilidade, disse ao Financial Times na sexta-feira que estava “certo de que não é” a medida certa para países como a Argentina e os EUA deixarem o acordo de Paris. “Temos que trabalhar com o Acordo de Paris. Não podemos nos retirar de Paris, mas podemos torná-lo mais eficiente”, disse ele. Em Bruxelas, as autoridades da UE expressaram preocupação com um efeito dominó caso Trump desista do Acordo de Paris, bem como com a possibilidade mais perigosa de os EUA se retirarem do tratado principal de 1992, a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas."
Fonte: Financial Times; 15/11/2024
Ex-secretários das Nações Unidas pedem revisão urgente de negociações climáticas via COPs
"Carta aberta aos Estados-Membros da ONU e ao Secretário Executivo do Secretariado da UNFCCC, Simon Stiell, publicada nesta sexta (15/11) aponta que o processo de política climática global não é mais adequado e requer uma revisão abrangente para garantir a estabilidade e um futuro habitável para a humanidade. O documento assinado por ex-secretários das Nações Unidas chega enquanto líderes mundiais se reúnem em Baku, capital do Azerbaijão, justamente para debater políticas para o financiamento climático, durante a COP29. Os signatários incluem Sandrine Dixson-Declève, presidente executiva da Earth4All e embaixadora global do Clube de Roma, Johan Rockström, diretor do Instituto Potsdam para Pesquisa de Ação Climática, Ban Ki-moon, ex-secretário-geral das Nações Unidas, Christiana Figueres, ex-secretária executiva da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas e Mary Robinson, ex-presidente da Irlanda. Eles reconhecem avanços de COPs passadas, como o Acordo de Paris e compromissos para acabar com o desmatamento. No entanto, destacam limitações da estrutura atual para promulgar mudanças rápidas e em larga escala. “Agora está claro que a COP não é mais adequada ao propósito”, afirma a carta. “Precisamos mudar da negociação para a implementação”. A publicação da carta ocorreu após o presidente do país anfitrião da COP29 dizer que petróleo e gás — principais causadores de gases de efeito estufa relacionados a energia — são um “presente de Deus” e notícias de que um funcionário da presidência da COP do Azerbaijão estava usando o evento para promover acordos comerciais de combustíveis fósseis."
Fonte: Eixos; 15/11/2024
Países frágeis pressionam por financiamento climático de US$ 20 bilhões na COP29, diz carta
"Um grupo de países afetados por conflitos está pressionando na COP29 para dobrar a ajuda financeira para mais de US$ 20 bilhões por ano para combater os desastres naturais e as crises de segurança enfrentadas por suas populações, segundo uma carta vista pela Reuters. O grupo é um dos vários que estão se manifestando nas negociações sobre o clima no Azerbaijão nesta semana em busca de fundos para se preparar melhor para os impactos de condições climáticas extremas, já que os países estão tentando chegar a um acordo sobre uma nova meta anual de financiamento. As nações insulares, por exemplo, argumentam que a mudança climática ameaça sua própria existência à medida que os mares sobem, enquanto as nações com florestas tropicais dizem que precisam de mais dinheiro para proteger seus vastos sumidouros de carbono. Os países atolados em conflitos e suas consequências dizem que têm tido dificuldades para acessar o investimento privado, pois são vistos como muito arriscados. Isso significa que os fundos da ONU são ainda mais essenciais para suas populações, muitas das quais foram deslocadas pela guerra e pelo clima. Em resposta a isso, a Presidência do Azerbaijão na COP29 lançará na sexta-feira uma nova “Rede de Países Vulneráveis ao Clima”, incluindo vários países que pertencem ao g7+, um grupo intergovernamental de países frágeis, que foi o primeiro a enviar o apelo. A rede tem como objetivo advogar como um grupo junto às instituições de financiamento climático; desenvolver a capacidade dos estados-membros para que possam absorver mais financiamento; e criar plataformas nacionais para que os investidores possam encontrar mais facilmente projetos de alto impacto para investir, disse o think tank ODI Global, que ajudou os países a criar a rede."
Fonte: Reuters; 15/11/2024
Trump escolhe Chris Wright, CEO do setor petrolífero, como Secretário de Energia
"O presidente eleito Donald Trump disse no sábado que o executivo do setor de petróleo e gás Chris Wright, um defensor ferrenho do uso de combustíveis fósseis, seria sua escolha para liderar o Departamento de Energia. Wright é o fundador e CEO da Liberty Energy, uma empresa de serviços para campos petrolíferos sediada em Denver. Espera-se que ele apoie o plano de Trump de maximizar a produção de petróleo e gás e de buscar maneiras de aumentar a geração de eletricidade, cuja demanda está aumentando pela primeira vez em décadas. Também é provável que ele compartilhe da oposição de Trump à cooperação global no combate às mudanças climáticas. Wright chamou os ativistas da mudança climática de alarmistas e comparou os esforços dos democratas para combater o aquecimento global ao comunismo de estilo soviético. “Não há crise climática e também não estamos no meio de uma transição energética”, disse Wright em um vídeo publicado em seu perfil do LinkedIn no ano passado. Wright, que não tem nenhuma experiência política, escreveu extensivamente sobre a necessidade de mais produção de combustível fóssil para tirar as pessoas da pobreza. Ele se destacou entre os executivos de petróleo e gás por seu estilo descontraído e se descreve como um nerd da tecnologia. Wright causou impacto na mídia em 2019 quando bebeu fluido de fracking diante das câmeras para demonstrar que não era perigoso. A produção de petróleo dos EUA atingiu o nível mais alto que qualquer país já produziu durante o governo de Biden, e é incerto o quanto Wright e o novo governo poderão aumentar essa produção. A maioria das decisões de perfuração é conduzida por empresas privadas que trabalham em terras que não pertencem ao governo federal."
Fonte: Reuters; 16/11/2024
Brasil quer convencer Biden a anunciar meta climática antes do fim do mandato
"Em meio ao debate sobre transição energética e crise climática, a diplomacia brasileira articula, no âmbito da Cúpula do G20, para que o governo de Joe Biden anuncie a meta dos Estados Unidos para a redução de emissão de carbono para a próxima década. A negociação será um dos itens da reunião bilateral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com Biden, agendada para terça-feira (19), no encerramento do evento. Conforme reportagem de “O Globo”, Lula e Biden devem anunciar uma iniciativa conjunta sobre transição energética, tema prioritário para os dois países. A pauta perderá fôlego, todavia, com a posse do presidente eleito Donald Trump em janeiro, reconhecido pela defesa dos combustíveis fósseis e pela postura de negacionismo climático. Por isso, a ideia de diplomatas brasileiros defendida junto a Lula, segundo fontes do Itamaraty ouvidas pelo Valor, é de que antes de encerrar o mandato, Biden anuncie a meta dos Estados Unidos de redução de emissões de carbono. De acordo com a Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, os países têm até fevereiro de 2025 para divulgar suas metas de NDC (Contribuição Nacionalmente Determinada, na sigla em inglês) para os próximos dez anos. A instituição dessa meta é voluntária, e nenhum país é obrigado a cumpri-la, observou um diplomata. Mas há uma avaliação de que, uma vez anunciada, a meta servirá de referência às unidades federativas dos Estados Unidos. Como os Estados são autônomos, alguns deles – os que não sejam negacionistas – poderão adotar a meta como referência e aderir às diretrizes sobre clima da ONU, independente do negacionismo de Trump."
Fonte: Valor Econômico; 16/11/2024
Impasse sobre financiamento climático na COP29 'contamina' discussão no G20
"O impasse nas negociações sobre financiamento climático na COP29, no Azerbaijão, está contaminando as discussões sobre desenvolvimento sustentável do G20, relatam diplomatas a par das tratativas. Um pleito dos países ricos, sobretudo europeus, para que algumas nações em desenvolvimento também ajudem a injetar recursos enfrenta resistência para ser incorporado ao texto da declaração final do G20. Segundo um negociador brasileiro, os europeus estão querendo “juntar” COP e G20 em uma única discussão sobre financiamento climático, o que na sua avaliação não deveria acontecer. A ideia de europeus e americanos é que China, Índia, Brasil e Arábia Saudita, por exemplo, também ajudem a financiar a adaptação dos países mais pobres às mudanças climáticas. Neste sábado, na COP29, o chefe da ONU para o clima, Simon Stiell, pediu que os líderes das maiores economias do mundo reunidos no Rio enviem um sinal de apoio aos esforços globais de financiamento climático. “A cúpula da próxima semana deve enviar sinais globais claros”, disse Stiell, que é secretário-executivo da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima."
Fonte: Valor Econômico; 16/11/2024
COP29 avança na agenda do hidrogênio em meio ao lobby de combustíveis fósseis
"Na COP29, em Baku, Azerbaijão, o lançamento da Hydrogen Declaration pela presidência da conferência é um passo, ainda tímido, mas importante para o desenvolvimento de um mercado global de hidrogênio limpo, em mais uma COP marcada pela presença intensa de representantes do setor de óleo e gás. A iniciativa, apresentada durante a reunião ministerial sobre iniciativas energéticas, busca acelerar a produção de hidrogênio de baixo carbono e renovável. Entre outros compromissos, a declaração fala em aumentar a produção de hidrogênio renovável, atualmente estimada em apenas 1 milhão de toneladas por ano, e reduzir a dependência das 96 milhões de toneladas de hidrogênio produzidas a partir de combustíveis fósseis sem captura de carbono. O acordo também pede que os países integrem o hidrogênio em suas contribuições nacionalmente determinadas (NDCs, na sigla em inglês), e monitorem o progresso nas próximas negociações climáticas, como a COP30, que será realizada no Brasil em 2025. Além disso, a declaração destaca a necessidade de atuar em áreas como criação de demanda, padronização, certificação, financiamento, capacitação, comércio, pesquisa e desenvolvimento. O anseio pelo desenvolvimento da indústria do hidrogênio também se alinha às necessidades de tecnologias de armazenamento e transporte de energia renovável, após o compromisso da COP anterior de triplicar as energias renováveis até 2030 — visto que o hidrogênio pode ser um carregador de energia."
Fonte: Eixos; 17/11/2024
Conversas do G20 no Rio de Janeiro alcançam avanços no financiamento climático, dizem fontes
"As tensões diplomáticas sobre o aquecimento global se espalharam pelas negociações da cúpula do G20 no Brasil esta semana, com fontes dizendo que as 20 principais economias chegaram a um frágil consenso sobre o financiamento climático que havia escapado das negociações da ONU no Azerbaijão. Os chefes de Estado chegaram ao Rio de Janeiro no domingo para a cúpula do G20 e passarão a segunda e a terça-feira tratando de questões que vão desde a pobreza e a fome até a reforma das instituições globais. As conversações agora também devem abordar como lidar com a escalada da violência na Ucrânia após um ataque aéreo russo mortal no domingo. Ainda assim, as negociações sobre o clima em andamento na ONU destacaram seus esforços para combater o aquecimento global. Enquanto a cúpula da COP29 em Baku, Azerbaijão, tem a tarefa de chegar a um acordo sobre a meta de mobilizar centenas de bilhões de dólares para o clima, os líderes do Grupo das 20 principais economias, a meio mundo de distância, no Rio, estão segurando os cordões da bolsa. Os países do G20 respondem por 85% da economia mundial e são os maiores contribuintes para os bancos multilaterais de desenvolvimento que ajudam a direcionar o financiamento climático. “Os holofotes estão naturalmente voltados para o G20. Eles são responsáveis por 80% das emissões globais”, disse o Secretário Geral da ONU, Antonio Guterres, aos repórteres no Rio de Janeiro. Ele expressou preocupação com o estado das negociações da COP29 em Baku e pediu aos líderes do G20 que façam mais para combater as mudanças climáticas."
Fonte: Reuters; 17/11/2024
Biden pretende finalizar regra sobre combustível limpo antes de deixar Casa Branca
"O presidente democrata dos Estados Unidos, Joe Biden, pretende finalizar a regra sobre um crédito fiscal para combustíveis limpos antes de deixar o cargo em 20 de janeiro, disse uma autoridade de alto escalão da Casa Branca neste domingo. O programa de combustível limpo, que concederia créditos para a produção de combustível de aviação sustentável e outros combustíveis de transporte de baixa emissão, está programado para começar em 2025. "Não vou fazer anúncios, exceto que estamos trabalhando muito para terminar as regras", disse a repórteres a autoridade, que não garantiu que o trabalho será concluído. O governo Biden também planeja divulgar um estudo sobre os impactos ambientais e econômicos do gás natural liquefeito (GNL) antes de 20 de janeiro, disse a autoridade. Biden determinou neste ano uma pausa nas novas aprovações de exportação de GNL a fim de conduzir o estudo. O presidente eleito, Donald Trump, um republicano, tem dito que reverterá rapidamente essa pausa em seu segundo mandato."
Fonte: Reuters; 17/11/2024
Ministros desembarcam em Baku para ajudar a romper o impasse financeiro na COP29
"Ministros envolvidos na liderança das negociações da COP29 da ONU, de países como Alemanha, Austrália e África do Sul, desembarcaram em Baku em uma tentativa de romper um impasse sobre um novo acordo financeiro global na última semana da cúpula climática. Enquanto alguns diplomatas importantes, como John Podesta, funcionário do clima dos EUA, e Marina Silva e André Corrêa do Lago, do Brasil, viajaram para o Brasil para pressionar por apoio à ação climática na reunião de líderes do G20 no Rio, os ministros no Azerbaijão estavam preparados para uma batalha para manter as negociações na COP29. A eleição de Donald Trump e a postura agressiva do presidente do país anfitrião, Ilham Aliyev, lançaram uma sombra sobre a COP29 em sua primeira semana, deixando o principal negócio de arrecadar dinheiro para ajudar a lidar com as mudanças climáticas em desordem na metade do caminho. As negociações para chegar a um acordo sobre uma nova meta financeira fracassaram no sábado, antes de uma pausa programada de um dia no domingo. Os esforços para incluir no acordo final as etapas para a transição dos combustíveis fósseis e a mudança para uma energia mais verde até 2050, que foi acordada com ressalvas na última COP28 em Dubai, também foram interrompidos. Nas principais discussões financeiras, os países ricos não aceitaram as demandas dos países em desenvolvimento por uma meta de pelo menos US$ 1 trilhão, substituindo a meta de US$ 100 bilhões acordada há uma década. Uma pressão contínua para que a China, a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos contribuam foi fortemente combatida."
Fonte: Financial Times; 18/11/2024
Índices ESG e suas performances
(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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