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Feedback da reunião sobre energia nuclear com Marcelo Lopez

Em meio aos recentes eventos geopolíticos que estão remodelando as prioridades das políticas energéticas dos países, as discussões sobre energia nuclear estão (re)surgindo - veja aqui os destaques da nossa reunião com Marcelo Lopez sobre o tema

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As idas e vindas do tema: Revisitando o debate frente à preocupação com a segurança energética

Em meio aos recentes eventos geopolíticos que estão remodelando as prioridades das políticas energéticas dos países, as discussões sobre energia nuclear estão (re)surgindo. Diante desse cenário, o time de Research ESG, em conjunto com a equipe de Utilities, realizou uma reunião para investidores com o Sr. Marcelo Lopez, da L2 Capital. De forma geral, as mensagens foram: (i) três principais fatores estão impulsionando o retorno dessa fonte; (ii) a oferta atual é restrita, enquanto novos projetos indicam adições relevantes de capacidade por vir (…); (iii) (…) mas é importante alinhar as expectativas; (iv) alta nos preços de urânio; e (v) altos custos e escassez de mão de obra como desafios.


Três principais fatores estão impulsionando o retorno dessa fonte. Depois que acidentes de grande repercussão¹ minaram a confiança da população, o mundo diminuiu a dependência da energia nuclear. Ao mesmo tempo em que os principais prós e contras da tese nuclear permanecem inalterados, o Sr. Marcelo destacou o aumento do interesse global por essa fonte de energia, principalmente impulsionado por: (i) preocupações com a segurança energética que estão levando os países a diversificarem suas fontes; (ii) metas de zerar as emissões líquidas de carbono por parte de vários países; e (iii) os riscos de fornecimento associados à dependência de fontes intermitentes, como eólica e solar.

A oferta atual é restrita, enquanto novos projetos indicam adições relevantes de capacidade por vir (…) Atualmente, a energia nuclear fornece cerca de 10% da eletricidade do mundo a partir de aproximadamente 440 reatores de energia, sendo um mercado restrito. No entanto, o Sr. Marcelo destacou que esse cenário está prestes a mudar frente aos vários anúncios de projetos de expansão, principalmente no oriente. Dentre os destaques, vale mencionar a construção em andamento de 55 reatores na China, com mais 140 planejados, a mudança nas políticas energéticas do Japão para reabrir instalações fechadas e as iniciativas da França para reiniciar reatores e construir 14 novos. Com relação ao Brasil, não está previsto aumento de capacidade².

(…) mas é importante alinhar as expectativas. Embora o panorama recente indique um sólido aumento de capacidade nos próximos anos, o Sr. Marcelo observou que (i) o desenvolvimento de novas minas é um processo demorado, com projetos brownfield levando cerca de 2 anos e projetos greenfield até 10 anos; e (ii) é difícil mapear a escala real e a viabilidade de produção de cada projeto, dado os desafios de manter a produção em ritmo acelerado ao longo do tempo; e (iii) a escassez de ácido sulfúrico, que é essencial para extrair o urânio do minério.

Alta nos preços de urânio. Devido ao aumento da demanda e à restrição da oferta a curto prazo, os preços do urânio dispararam nos últimos anos, com os valores spot chegando a US$100/lb, mais de três vezes acima dos níveis de 2021. No entanto, o Sr. Marcelo afirmou que, ao contrário do mercado spot, a maior parte do urânio é negociada por meio de contratos de longo prazo, atualmente negociados a US$ 75/lb. Embora a especulação afete o mercado spot, ele reforçou que os fundamentos devem sustentar os preços adiante, com muito metal sendo necessário para abastecer a esperada expansão da geração de energia nuclear.

Altos custos e escassez de mão de obra como desafios. Apesar da perspectiva otimista, o Sr. Marcelo observou que, além dos altos custos para construir reatores, o setor passou quase uma década sem contratar e capacitar nova mão de obra, criando uma escassez de trabalhadores qualificados. Os resíduos nucleares, muitas vezes mencionados como um obstáculo, foram minimizados, considerando seu (i) baixo volume; e (ii) a possibilidade de reutilização.

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