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Setembro fecha no positivo para o Tesouro Direto

Os investimentos no Tesouro Direto atingiram aplicações líquidas de R$ 759 milhões em setembro de 2023. Veja mais detalhes aqui.

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No dia 24 de outubro, o Tesouro Nacional divulgou os dados do Tesouro Direto referentes a setembro de 2023. Por mais uma vez, as aplicações nos títulos públicos por pessoas físicas superaram o volume de resgates, atingindo uma captação líquida de R$ 759 milhões no mês.

Visão geral

No total, o volume de vendas (aplicações) somou R$ 3,2 bilhões no mês de setembro, abaixo dos R$ 3,7 bilhões registrados no mês anterior, mas em linha com o registrado em setembro de 2022 (R$ 3,2 bilhões). Já os resgates totalizaram R$ 2,4 bilhões, contra R$ 3,0 bilhões no mês anterior e R$ 2,0 bilhões no comparativo anual. 

Assim, as aplicações no Tesouro Direto superaram em R$ 758,7 milhões o volume de resgates no mês. Com exceção de janeiro de 2023, o Tesouro Direto apresenta captação líquida, ou seja, volume de aplicações maior do que resgates, desde abril de 2021.

Como resultado, o estoque dos investimentos no Tesouro Direto atingiu R$ 123,4 bilhões ao final de setembro, maior volume da série observada e 24% maior do que setembro de 2022.

Quanto aos títulos em estoque, aqueles atrelados à inflação possuem a maior representatividade, com cerca de 50%.

Em setembro, o principal ativo comprado por investidores foi o Tesouro Selic, com 64,4% das vendas, seguido dos títulos indexados à inflação (que incluem Tesouro IPCA+, Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais, Tesouro RendA+ e Tesouro Educa+), com 25,3% das aplicações.

Em relação ao prazo de emissão, 49,3% das vendas no Tesouro Direto no mês corresponderam a títulos com vencimento entre 5 e 10 anos, seguidos pela venda de títulos com prazo entre 1 e 5 anos, com 33,4%, e com prazo acima de 10 anos, com 17,3% do total.

Desde o início de 2023, nota-se um maior interesse por títulos de médio e longo prazos, em detrimento de títulos de 1 a 5 anos. Tal fato foi reforçado no mês de setembro, como observa-se na imagem abaixo.

Acreditamos que estes movimentos estejam relacionados à atratividade dos investimentos em títulos públicos no momento, com boa relação de risco x retorno, destacando-se os pós-fixados e híbridos, com os ainda elevados patamares tanto da taxa Selic, em 12,75%, mesmo com a trajetória de queda, quanto do carrego dos títulos atrelados à inflação, respectivamente.

Investidores

Em setembro, o número de investidores cadastrados no programa teve acréscimo de 354,6 mil novos participantes, atingindo 25,8 milhões de clientes (+22,1% nos últimos doze meses). Deste total, a parcela de 2,4 milhões é de investidores ativos (aqueles que possuem investimentos de fato), cerca de 9,3% da base.

Em relação ao perfil dos investidores cadastrados no Tesouro Direto em agosto, o destaque foi o aumento de jovens até 25 anos, que compreendem aproximadamente 23% do total. Destacamos que tal fato pode estar associado ao lançamento do novo título Tesouro Educa+ pelo Governo, voltado ao financiamento de estudos. Devido às recentes novidades no título Tesouro Educa+, esperamos uma continuação da maior presença de jovens, principalmente até 15 anos.

Em termos de gênero, a maioria da base do Tesouro Direto é composta por homens (73,4%), e apenas 26,6% por mulheres.

Nossa visão

Consideramos o Tesouro Direto uma excelente porta de entrada ao mundo dos investimentos. Sendo assim, o crescimento do número de investidores é um bom indicativo não apenas para esta aplicação, mas para investimentos como um todo.

Entendemos fazer sentido alocação em títulos IPCA+, sejam eles públicos ou privados, de prazos médios a longos. Afinal, em nossa visão, são os títulos que protegerão os investidores de pressões inflacionárias que possam vir a aparecer ao longo dos próximos anos, principalmente se mantidos até o vencimento. Além disso, o patamar de juro real atual oferecido ainda é elevado, apesar de certa queda recente, representando boa oportunidade de retorno às carteiras.

Além disso, estimamos que a inflação se mantenha acima da meta do Banco Central nos próximos dois anos. De acordo com o nosso time de economia, a inflação de 2023 e 2024 devem atingir, respectivamente, 4,8% e 3,9%, Além disso, em 2025, o índice de preços deve permanecer acima da meta, impulsionado, em especial, por inércia inflacionária, persistência da inflação global e perspectiva de déficits primários ou gastos públicos mais elevados.

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Fonte

Tesouro Nacional

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