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BNDES realiza evento sobre transição energética em parceria com a Petrobras

Ao longo deste relatório, trazemos os principais destaques do evento 'Caminhos para Transição Energética Justa no Brasil', realizado pelo BNDES

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Energia limpa no Brasil: Quais são os papéis do BNDES e da Petrobras em acelerar essa tendência no país?

Na quarta-feira, 11 de outubro, o BNDES realizou o evento 'Caminhos para Transição Energética Justa no Brasil', com a presença do Presidente do BNDES, Sr. Aloizio Mercadante, e do Presidente da Petrobras, Sr. Jean Paul Prates, entre outros executivos de alto escalão e representantes políticos. O evento reforçou o compromisso do BNDES em facilitar e prover investimentos em energia limpa, trabalhando em conjunto com a Petrobras para aumentar a competitividade local diante do impulso global de novas políticas climáticas. De forma geral, destacamos 3 principais mensagens: (i) apetite do BNDES em financiar e facilitar esforços visando a transição energética; (ii) claro consenso da economia verde como a maior vantagem competitiva do Brasil; e (iii) defesas enfáticas da exploração de petróleo na Margem Equatorial.


#1. Apetite do BNDES em financiar e facilitar esforços visando a transição energética. Comprometido em financiar projetos de energia limpa e soluções para acelerar o papel da Petrobras na transição energética, representantes do BNDES ressaltaram que a transição para uma menor dependência em combustíveis fósseis provavelmente ocorrerá de forma gradual e em uma perspectiva de longo prazo (embora dados da Agência Internacional de Energia já mostram que os investimentos globais em energia limpa superaram os investimentos em combustíveis fósseis já em 2019, permanecendo em níveis mais altos desde então). Além disso, com os palestrantes confiantes de que a demanda global por petróleo e gás provavelmente permanecerá estável a curto prazo, a chave agora é investir em soluções que reduzam as emissões de gases do efeito estufa por barril. Indo além, os palestrantes destacaram que o nível de emissões por barril pode, inclusive, afetar os preços do petróleo a longo prazo. Diante desse cenário, a Petrobras destacou que suas operações emitem menos CO2 por barril (~15kg) vs. a média global (~22kg). Portanto, investimentos em descarbonização do BNDES provavelmente se concentrarão em soluções de compensação da pegada de carbono, como tecnologias de captura e armazenamento de carbono (CCS) e no aumento da capacidade de produção de energia renovável.

#2. Consenso sobre a economia verde como a maior vantagem competitiva do Brasil.
Ao destacar a vantagem competitiva do país e sua capacidade de atrair investimentos estrangeiros, os palestrantes enfatizaram a importância da regulamentação, principalmente legislações sobre hidrogênio verde, energia eólica offshore e CCS, mencionando incentivos e pacotes verdes internacional (como o Inflation Reduction Act, na sigla em inglês IRA, dos EUA no valor de US$479 bilhões). O CEO da Cosan, Sr. Luiz Henrique Guimarães, também observou que não existe uma "solução única que sirva para todos" e que o Brasil pode aproveitar a infraestrutura e os produtos existentes para criar sua própria narrativa, com o requisito obrigatório de mistura de biodiesel como um exemplo positivo de política pública.

#3. Defesas enfáticas da exploração de petróleo na Margem Equatorial. Petrobras, BNDES e governadores de 2 estados do norte do Brasil (Amapá e Pará) reforçaram o interesse mútuo em relação à exploração de petróleo na Margem Equatorial. Classificando a região como o novo 'pré-sal', o CEO da Petrobras, Sr. Jean Paul Prates, afirmou que a empresa pretende iniciar a perfuração na costa do Amapá já no 1º semestre de 2024, pressionando por mais aprovações nas demais regiões que compõem a Margem, notando: (i) o projeto de petróleo da Exxon na Guiana como um proxy para a região em termos de características relacionadas ao território e ao potencial de alta capacidade de produção; e (ii) o provável declínio do petróleo do 'pré-sal' nas próximas décadas, aumentando a necessidade de novas descobertas no curto prazo. Representantes da Petrobras asseguraram que a empresa é capaz de realizar uma exploração segura com a tecnologia atual, ao mesmo tempo que observamos que os riscos relacionados ao meio ambiente merecem ser monitorados no futuro, com mais detalhes sobre os procedimentos operacionais sendo bem-vindos.

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