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Data Expert | Carrinho XP – O que esperar do Natal para as varejistas?

Nessa edição do Carrinho XP, analisamos o que pesquisas de mercado recentes indicam para as vendas do varejo no Natal

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Um cenário incerto para as vendas de Natal; Varejistas de alta renda e alimentares parecem estar melhor posicionadas

Nesta edição do Carrinho XP, trazemos um mapeamento das nossas expectativas para as vendas de Natal e de final de ano. Analisamos pesquisas com consumidores e notamos um cenário de incerteza à frente, com uma temporada de compras como nenhuma outra, dada a sobreposição de eventos importantes (Black Friday, Copa do Mundo e Natal) combinada com um cenário macro desafiador. Apesar da intenção de compra dos consumidores ter caído de forma generalizada vs. 2021, o menor volume de vendas pode ser parcialmente compensado por maiores tickets médios. Esperamos que os varejistas de alta renda e alimentares se destaquem, enquanto as plataformas de e-commerce/bens duráveis devem se beneficiar do impulso da Copa do Mundo, e potencialmente também suportadas por suas estratégias de crédito aos consumidores.

Uma temporada de compras como nenhuma outra; um cenário incerto à frente. A perspectiva para as vendas de final de ano permanecem incertas, dada a sobreposição de três importantes eventos promocionais (Black Friday, Copa do Mundo e Natal) combinados com um cenário macro desafiador. De acordo com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), as vendas do Natal em 2022 devem totalizar R$65bi (estáveis A/A), apresentando o primeiro crescimento real em dois anos mas ainda abaixo dos níveis de 2019, enquanto a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Est de São Paulo (FCDLESP) estima uma queda de 5%.

A intenção de compra dos consumidores está menor. Com a inflação e taxas de juros permanecendo em níveis recordes, uma pesquisa da Confederação Nacional dos Lojistas (CNDL) indica que a intenção de compra dos consumidores está menor este ano (-4p.p A/A), com 73% dos respondentes dizendo que pretendem presentear alguém neste Natal. Destacamos que essa tendência é vista até entre a classe de alta renda, com a intenção de compra entre as classes A e B caindo para 86% (vs. 93% em 2021). Neste sentido, a falta de renda disponível, desemprego e maior endividamento foram mencionados como as principais motivações para esta queda. Entretanto, o tom negativo pode ser parcialmente compensado pelo aumento do ticket médio (R$133/pedido), crescimento de 2% A/A em termos reais.

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Vestuário, calçados e cosméticos com os destaques; varejo alimentar também pode se beneficiar. Itens de moda, perfumes e cosméticos historicamente se destacam como as principais categorias procuradas para o Natal, e esperamos que continuem sendo. De acordo com a CNC, vendas de vestuário e acessórios devem totalizar R$22bi, um aumento de 9% A/A e 34% do total de vendas esperado, enquanto as vendas de eletrônicos e bens duráveis devem crescer 8%. Além disso, com o fim da pandemia, esperamos que as reuniões familiares e celebrações de ano novo retornem aos níveis de 2019, o que deve contribuir para as vendas das varejistas alimentares. Neste sentido, de acordo com uma pesquisa da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), 66% dos varejistas alimentares esperam que as vendas de Natal cresçam na comparação anual, suportadas pela restituição do imposto de renda e pagamentos do 13º salário.

Varejistas de alta renda e alimentares estão melhor posicionadas. De acordo com uma pesquisa do Instituto de Desenvolvimento do Varejo (IDV), as varejistas de calçados e vestuário se mostraram as mais otimistas, esperando que as vendas de dezembro cresçam 19% A/A. Estamos mais otimistas com os resultados do 4T das (i) varejistas de alta renda, por conta de suas marcas fortes, posicionamento de presentes e público-alvo mais resiliente; e (ii) varejistas alimentares, especialmente o atacarejo, por conta de seu posicionamento de custo/benefício melhor; enquanto (iii) as vendas das plataformas de e-commerce e de bens duráveis devem ser beneficiadas pela Copa do Mundo, potencialmente suportadas pelas suas estratégias de concessão de crédito.

Veja o relatório completo abaixo

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