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FIIs na Semana (11/11/2022): semana de forte queda no IFIX

Confira o desempenho dos Fundos Imobiliários na semana e um resumo dos principais acontecimentos.

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Cotações

Gráfico de Cotação IFIX


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O IFIX fechou a semana em queda de -1,95%, impulsionado pelos segmentos de Ativos Logísticos e Recebíveis, enquanto o IBOV apresentou uma performance de -5,00%. Os FIIs de papel integrantes do IFIX tiveram desempenho médio de -0,77%, enquanto os FIIs de tijolo tiveram performance média de -2,92% na semana.

Fonte: Economatica
Fonte: Economatica

As notícias econômicas da semana tiveram foco nos EUA, que acompanham a apuração das eleições de meio de mandato, realizadas na terça-feira. As pesquisas indicavam fortes ganhos do Partido Republicano na Câmara e no Senado, o que poderia significar um arrefecimento da política fiscal expansionista seguida pelo governo atual. Os resultados parciais indicam que os ganhos republicanos foram menores que os projetados, porém o partido deve conquistar o controle da Câmara, ainda que por uma margem mais estreita. Na quinta-feira, foi divulgado o resultado do índice de preços ao consumidor (CPI) do país, que avançou 0,4% em outubro relativamente a setembro, em uma leitura em linha com a projeção da XP, mas abaixo do consenso de mercado, de 0,6%. A inflação acumulada em 12 meses recuou, com isso, de 8,2% para 7,7%. A surpresa baixista com o resultado levou a forte elevação das bolsas americanas no mesmo dia, com aumento de 5,5% do S&P500 e de 7,4% no índice Nasdaq, à medida em que favorece o cenário de uma desaceleração do ritmo de alta da taxa de juros de referência do Federal Reserve (Fed). A projeção dos economistas da XP é de que o Fed deve realizar um aumento da taxa de 0,50 pontos percentuais em sua reunião de dezembro, fazendo uma pausa no ciclo de aperto monetário após essa reunião. Outra surpresa da semana veio com a divulgação do índice de preços ao consumidor (IPC) da China, que subiu 0,1% em outubro, relativamente ao mês anterior, abaixo do consenso de mercado, de 0,3%. Novamente, a desaceleração destacou o setor imobiliário fraco e as interrupções na produção causadas pelas restrições contra a COVID-19.

No Brasil, o destaque da semana foi a divulgação do IPCA de outubro, que apresentou elevação de 0,59% com relação ao mês anterior, encerrando uma sequência de três leituras de deflação mensais consecutivas. O número veio acima da projeção de mercado, de 0,49%, e da estimativa dos economistas da XP, de 0,46%. A surpresa altista na leitura mensal se deveu, principalmente, aos preços de combustíveis e de produtos de higiene pessoal, cujo aumento foi mais forte que o previsto. Do lado das surpresas baixistas, o destaque ficou com o grupo de preços de serviços, considerados mais sensíveis à política monetária e ao ciclo econômico. A projeção para o IPCA de 2022 da XP foi levemente alterada, de 5,6% para 5,8%, considerando os resultados de outubro e uma expectativa de preços de combustíveis mais elevados em novembro. Para 2023, a projeção atual é de 5,2%, valor que incorpora o retorno da cobrança de PIS/COFINS sobre os combustíveis no próximo ano. Ainda esta semana, foram divulgados dados das vendas no varejo restrito, que cresceram 1,1% em setembro, em relação ao mês anterior. O resultado veio acima do consenso de mercado e da projeção da XP (0,3% e 0,2%, respectivamente), e encerrou uma série de três quedas mensais.

No noticiário político, a transição presidencial manteve o destaque na semana, que começou com o anúncio dos primeiros membros da equipe de transição na área econômica: André Lara Resende, Pérsio Arida, Guilherme Mello e Nelson Barbosa. A equipe do presidente eleito, Luís Inácio Lula da Silva, negocia com o congresso a apresentação de uma proposta de emenda constitucional que permita um aumento de gastos acima do teto constitucional, de modo a permitir principalmente novas despesas sociais, como as relacionadas ao Auxílio Brasil, e envolveria valores em torno de R$ 175 bilhões. Em discurso proferido na semana, o presidente eleito destacou a necessidade do uso do aumento de gastos para retomada do crescimento econômico e geração de empregos. A fala provocou aumento acentuado na percepção de risco fiscal no mercado, além da preocupação de que uma política fiscal muito expansionista possa manter a pressão inflacionária e comprometer o espaço para cortes de juros nos próximos anos.

Por fim, no âmbito dos fundos imobiliários, a B3 divulgou, em seu boletim mensal de FIIs, que o número de investidores nesses fundos aumentou em 45 mil no mês de outubro, aproximando-se da marca de 2 milhões de investidores em FIIs, número composto em sua grande maioria por pessoas físicas. O valor de mercado dos FIIs, ainda segundo o relatório, atingiu R$ 150 bilhões em setembro, enquanto o patrimônio líquido somou R$ 189 bilhões no mesmo mês. Em dados também divulgados nesta semana, o índice FipeZap+, que se baseia em dados de vendas de imóveis em 50 cidades brasileiras, registrou uma alta de 0,59% nos preços de imóveis residenciais em outubro, acumulando uma alta de 5,35% no ano, valor superior à inflação medida pelo IPCA no período, de 3,79%, porém inferior à inflação medida pelo IGP-M, de 5,58%. Com base na amostra de outubro, o indicador calcula o preço médio de venda residencial no Brasil em R$ 8.262/m².

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