26/07, 13h |Como construir um patrimônio para viver de renda

Alcançar a independência financeira é o sonho de todo investidor. Contudo, o planejamento e a construção de um portfólio diversificado e adequado aos seus objetivos são essenciais para atingir o sucesso no longo prazo. Neste painel, os especialistas da XP explicam a importância do investimento recorrente e como se planejar para construir um patrimônio para obter um rendimento recorrente, seja para aposentadoria ou para aumentar a renda no longo prazo.

Veja os melhores momentos do painel.

Veja o painel na íntegra.

Veja aqui um breve resumo dos principais assuntos do painel

Na abertura do Viver de Renda, mais um evento online e 100% gratuito da XP Investimentos, tivemos Clara Sodré, Especialista em Investimentos da XP Investimentos, Pedro Mattos, Analista de alocação da XP Asset, e Thiago Godoy, Head de educação financeira da XP e colunista do InfoMoney, para falar sobre conceitos primordiais para se planejar para alcançar a construção de um patrimônio sólido, capaz de gerar renda constante para você.

Os especialistas começaram desmistificando o conceito de renda passiva, que muitas vezes é ligado a um grande patrimônio já possuído e repassado por herança, por exemplo. No entanto, é possível construir seu patrimônio até o ponto de renda passiva, sendo essencial para esse objetivo, organização, controle e investimento do seu capital.

Educação financeira é um processo

Thiago Godoy comparou esses conceitos com uma dieta, por se tratar de um hábito, adquirido e consolidado em um processo. “São processo comportamentais. Nós somos irracionais na nossa relação com o dinheiro muitas vezes, Então por ordem prática, é necessário ser realista no seu plano, pois educação financeira é um processo de longo prazo”, disse o especialista.

Apesar do desafio, Thiago vê passos claros para alcançar o objetivo de viver de renda. Como primeiro passo, você deve saber onde está, pesando gastos e receitas e buscando um equilíbrio em que você gaste menos do que ganha. Dívidas devem ser sanadas, seguido pela construção de uma reserva de capital. O objetivo também deve ser ponderado nesse primeiro momento, pois permite identificar seu perfil de investidor, através do prazo e do seu apetite ao risco.

Para auxiliar esse processo, Clara e Thiago indicaram 5 questões que podem auxiliar na definição desses primeiros passos:

• Qual a minha meta financeira? Busque um objetivo direto e específico.
• Quanto você precisa para alcançar sua meta? Defina um valor necessário para alcançar esse objetivo.
• Minha meta é viável? Após definir sua meta, você precisa avaliar se sua realidade consegue se adaptar em busca desse objetivo.
• Qual o peso dessa meta na sua vida? É a importância desse objetivo, que será essencial para entender o nível de disciplina e comprometimento necessário para chegar lá.
• Quanto tempo eu preciso para alcançar essa meta? Seja realista para definir quanto tempo você deseja alcançar sua meta, pois isso definirá a sua necessidade de risco, liquidez e prazo para investir. Defina a meta em anos, e não em acontecimentos como por exemplo, aposentadoria, casamento ou nascimento de filhos.

O poder do tempo

Pedro Mattos aproveitou o gancho da última questão para apontar para a importância de começar o quanto antes esse processo. Pelo conceito de juros compostos, quanto mais tempo você investir, mais você terá rentabilizado. Em um exemplo, dois investidor investem com uma rentabilidade de 9,5% ao ano. Um investidor demora um ano a mais para começar a investir.

Em 20 anos, esse ano que passou batido representa 53% a menos de rentabilidade. Por isso, começar o quanto antes é primordial para encontrar a independência financeira mais cedo. A recorrência nos aportes também é chave para acelerar esse processo, pois cresce o patrimônio que rentabiliza mensalmente e se torna renda passiva.

“Quanto mais cedo você investe, mais cedo você alcança seus objetivos. O tempo é um grande potencializador para seus investimentos”, finalizou o analista de alocação da XP Asset.

Desafie-se e passe pelas barreiras

Thiago Godoy também destacou a importância de encarar esse desafio, que inclui passar por três fases, que ele chama de zonas. A primeira é sair da zona de conforto, entender sua necessidade e se desafiar a mudar seus hábitos em busca do objetivo, atrelado à sua realidade.

Ao sair da zona de conforto, você entra na zona do medo, que aflige por se deparar com o desconhecido. Você pode se sentir intimidado por não ser um especialista do setor, ter medo de perguntar e buscar aprender. Isso pode te inibir e impedir seu crescimento.

Mas ao ultrapassar essa última barreira, você chega à zona de aprendizagem. Tão desafiadora quanto as outras, é o estágio de evolução constante, em que cada dia, cada investimento, alimenta seu conhecimento no assunto. Cada lição, te torna um investidor melhor e te aproxima do seu objetivo. Por isso, o essencial é encarar suas dificuldades com o foco no objetivo traçado no começo do seu processo.