XP Expert

A semana na Renda Fixa (20/03 a 24/03)

O que aconteceu nesta semana na renda fixa? Acompanhe os principais movimentos da semana no mercado de renda fixa e o que esperar para a semana que se inicia.

Compartilhar:

  • Compartilhar no Facebook
  • Compartilhar no Twitter
  • Compartilhar no Whatsapp
  • Compartilhar no LinkedIn
  • Compartilhar via E-mail

O que aconteceu nesta semana na renda fixa?
A curva futura de juros encerrou a semana novamente em queda, refletindo a persistência de temores em relação ao setor bancário e de recessão, além de reação às decisões de política monetária. No entanto, os vértices curtos apresentaram um leve aumento em decorrência da comunicação mais conservadora da autoridade monetária. O tom do documento reduziu as expectativas para um início próximo do ciclo de afrouxamento da Selic e aumentou as tensões entre o governo federal e o Banco Central.

Em relação à semana anterior, o rendimento das Treasuries (Tesouro americano) de 2 anos passaram de 3,81% para 3,76% nesta sexta-feira. Já no caso das Treasuries de 10 anos, as taxas mantiveram-se próximas da estabilidade, passando de 3,39% para 3,38% no comparativo semanal.

O que esperar para a próxima semana?
Na semana que vem serão publicados dados de atividade e fiscais, mas o evento mais aguardado será a divulgação da ata da última reunião do Copom. Nos EUA, será divulgado o deflator do consumo de fevereiro (PCE, em inglês) – indicador de inflação favorito do Fed – e o PIB anualizado de março.

Para facilitar a navegação pelo conteúdo, utilize o índice à esquerda da página.

Cenário macroeconômico

Nesta semana, o destaque foi para a “Super-quarta” de juros nos EUA e Brasil, e a turbulência bancária nos países centrais. Além disso, no Brasil, o anúncio do novo arcabouço fiscal foi adiado para abril e o IPCA-15 veio em linha com o consenso. Na Europa, UBS adquiriu o Credit Suisse, enquanto o Federal Reserve agiu em conjunto com outros bancos centrais para prover liquidez para o sistema financeiro global.

O Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) levou a taxa básica de juros americana para o intervalo entre 4,75% e 5,00%, apesar dos problemas que os bancos regionais enfrentam no país. O Fed justificou a decisão apontando a inflação elevada e a atividade econômica ainda aquecida.

Na Europa, o UBS, concordou em comprar o antes concorrente Credit Suisse, em acordo firmado com o SNB (banco central suíço) por US$ 3,25 bilhões. Outro destaque foi o índice de gerente de compras (PMI) composto de março, melhor do que o esperado, que atingiu 54,1 pontos e indica expansão.

No Brasil, conforme esperado, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) manteve a taxa Selic em 13,75%. O comunicado apontou riscos altistas pelo lado da inflação e ancoragem de expectativas, e baixistas pelo aperto nas condições de crédito doméstico e estabilidade financeira no resto do mundo. 

O IPCA-15 de março (prévia da inflação mensal) subiu 0,69% em março ante fevereiro; no acumulado em 12 meses, recuou de 5,63% para 5,36%. Os números desagregados mostram alívio na dinâmica inflacionaria, com abertura relativamente benigna.

Leia o resumo completo de economia da semana

Juros e inflação

A curva futura de juros encerrou a semana novamente em queda, refletindo a persistência de temores em relação ao setor bancário e de recessão, além de reação às decisões de política monetária. No entanto, os vértices curtos apresentaram um leve aumento em decorrência da comunicação mais conservadora da autoridade monetária. O tom do documento reduziu as expectativas para um início próximo do ciclo de afrouxamento da Selic e aumentou as tensões entre o governo federal e o Banco Central.

Em relação à semana anterior, o rendimento das Treasuries (Tesouro americano) de 2 anos passaram de 3,81% para 3,76% nesta sexta-feira. Já no caso das Treasuries de 10 anos, as taxas mantiveram-se próximas da estabilidade, passando de 3,39% para 3,38% no comparativo semanal.

No cenário doméstico, permanecem as expectativas em torno do novo arcabouço fiscal, e o tom mais hawkish do Banco Central no comunicado do Copom indica que o risco fiscal, a inflação e o cenário de crédito se mantêm no radar.

A curva de juros pode ser compreendida como as expectativas dos rendimentos médios de títulos públicos prefixados sem cupom (ou seja, sem pagamentos semestrais), de hoje até uma determinada data futura, a partir dos contratos futuros de juros (ou DI). Enquanto isso, a Taxa Selic Esperada é a rentabilidade da taxa básica de juros esperada no final de cada período. Entenda mais aqui.

Títulos públicos

Mercado primário (leilões)

Para mais informações sobre o funcionamento de leilões de títulos públicos, clique aqui.

Leilão do dia 21/03 – NTN-B e LFT

Na terça-feira, o Tesouro Nacional (TN) ofertou 1,05 milhão de Notas do Tesouro Nacional – Série B (NTN-B). Além disso, ofertou 1,5 milhão de Letras Financeiras do Tesouro (LFT), reduzindo a oferta para ambas as categorias, em comparação ao último leilão.

As NTN-Bs ofertadas foram parcialmente absorvidas. Nos vencimentos de 2026 e 2033, as taxas ficaram abaixo dos 6% a.a., enquanto para 2050, ficou acima deste patamar. Por sua vez, o volume financeiro foi de, aproximadamente, R$ 3,9 bilhões.

O TN obteve performance semelhante com as LFTs, uma vez que também foram parcialmente absorvidas. Nos vencimentos, o volume financeiro somado foi cerca de R$ 9,7 bilhões.

Leilão do dia 23/03 – LTN e NTN-F

No leilão de quinta-feira, houve oferta de 7 milhões de Letras do Tesouro Nacional (LTN), com vencimentos para os próximos três anos, e 300 mil Notas do Tesouro Nacional – Série F (NTN-F), divididas em duas séries de vencimentos em 2029 e 2033. Houve redução para a primeira categoria e manutenção para a segunda, em comparação com o volume da semana anterior.

O TN obteve demanda para a totalidade das LTNs ofertadas e o volume financeiro totalizou R$ 5,3 bilhões. Além disso, vale mencionar que apenas o vértice mais curto fechou acima do patamar de 13%.

As NTN-Fs, por sua vez, foram parcialmente colocadas. Nos dois vencimentos, as taxas ficaram próximas a 13,0% a.a. e o volume financeiro foi de R$ 213 milhões.

Mercado Secundário

O IMA-B representa a evolução, a preços de mercado, da carteira de títulos públicos indexados ao IPCA (NTN-B). O IRF-M representa a evolução, a preços de mercado, da carteira de títulos públicos prefixados (LTN e NTN-F).

Ambos são calculados pela Anbima e podem sofrer variações devido à dinâmica de oferta e demanda de títulos no mercado, reflexo das movimentações no cenário econômico.

O preço dos títulos sobe quando a expectativa de juro futuro cai (e vice-versa) devido à relação inversa entre os dois. Esse mecanismo que mostra o efeito dos juros sobre preços é a marcação a mercado. Entenda mais aqui.

Acompanhe as taxas do títulos do Tesouro Direto disponíveis para compra e para resgate

Crédito Privado

Fluxo

Nesta seção, analisamos os dados da Anbima de negociações definitivas de crédito privado, realizando um filtro cujo spread (diferença) entre os preços máximo e mínimo negociados representam mais do que 0,01% do volume negociado no dia, com o intuito de descartar o que acreditamos serem as operações diretas dentro de instituições.

Na última semana, o fluxo médio diário de negociações em debêntures não incentivadas foi de R$ 703 milhões (ante R$ 912 milhões na semana anterior), R$ 487 milhões em debêntures incentivadas (vs. R$ 575 milhões), R$ 269 milhões em CRIs (vs. 149 milhões) e R$ 329 milhões em CRAs (vs. R$ 329 milhões).

Os papéis mais negociados por classe de ativos foram as debêntures da Itausa (ITSA15), a debênture incentivada da Petro Rio (PEJA11), o CRI do BTG Log Mauá e, por fim, o CRA da Klabin.

Como não são disponibilizados a tempo da publicação do relatório, os dados desta sexta-feira serão considerados no acumulado da próxima semana.

Ações de rating

Ratings são notas atribuídas por agências classificadoras de risco de crédito que podem impactar diretamente seus investimentos em Renda Fixa. Entenda mais aqui.

O que esperar – Semana de 27/03 a 31/03

Agenda econômica

Na próxima semana a agenda de indicadores será cheia no Brasil. 

Referente à atividade, serão publicados dados de emprego de fevereiro e a produção industrial de janeiro. Do lado fiscal, o resultado primário do governo fiscal e resultado primário do setor público, ambos para fevereiro. Por fim, e certamente o evento mais aguardado, será divulgada a ata da última reunião do Copom. 

Nos EUA semana também importante. Será divulgado o deflator do consumo de fevereiro (PCE, em inglês) – indicador de inflação favorito do Fed – e o PIB anualizado de março. Na Europa, serão publicados os números de desemprego de fevereiro e a prévia da inflação ao consumidor de março. Por fim, os dados a sondagem empresarial PMI da China será divulgada na quinta-feira.

Leilões do Tesouro Nacional

Vencimentos de debêntures da próxima semana

Relatórios recentes em destaque

Renda Fixa

Outras editorias

Gostou? Tem alguma sugestão? Não deixe de avaliar e deixar seus comentários!

XPInc CTA

Se você ainda não tem conta na XP Investimentos, abra a sua!

XP Expert

Avaliação

O quão foi útil este conteúdo pra você?


Newsletter
Newsletter

Gostaria de receber nossos conteúdos por e-mail?

Cadastre-se e receba grátis nossos relatórios e recomendações de investimentos

Disclaimer:

Este material foi elaborado pela XP Investimentos CCTVM S/A (“XP Investimentos” ou “XP”) tem caráter meramente informativo, não constitui e nem deve ser interpretado como sendo material promocional, solicitação de compra ou venda, oferta ou recomendação de qualquer ativo financeiro, investimento, sugestão de alocação ou adoção de estratégias por parte dos destinatários. Os prazos, taxas e condições aqui contidas são meramente indicativas. As informações contidas neste relatório foram consideradas razoáveis na data em que ele foi divulgado e foram obtidas de fontes públicas consideradas confiáveis. A XP Investimentos não dá nenhuma segurança ou garantia, seja de forma expressa ou implícita, sobre a integridade, confiabilidade ou exatidão dessas informações. Este relatório também não tem a intenção de ser uma relação completa ou resumida dos mercados ou desdobramentos nele abordados.
Os instrumentos financeiros discutidos neste material podem não ser adequados para todos os investidores. Este material não leva em consideração os objetivos de investimento, situação financeira ou necessidades específicas de qualquer investidor. Os investidores devem obter orientação financeira independente, com base em suas características pessoais, antes de tomar uma decisão de investimento. A XP Investimentos não se responsabiliza por decisões de investimentos que venham a ser tomadas com base nas informações divulgadas e se exime de qualquer responsabilidade por quaisquer prejuízos, diretos ou indiretos, que venham a decorrer da utilização deste material ou seu conteúdo. Os desempenhos anteriores não são necessariamente indicativos de resultados futuros. Este relatório é destinado à circulação exclusiva para a rede de relacionamento da XP Investimentos, incluindo agentes autônomos da XP e clientes da XP, podendo também ser divulgado no site da XP. Fica proibida sua reprodução ou redistribuição para qualquer pessoa, no todo ou em parte, qualquer que seja o propósito, sem o prévio consentimento expresso da XP Investimentos. A Ouvidoria da XP Investimentos tem a missão de servir de canal de contato sempre que os clientes que não se sentirem satisfeitos com as soluções dadas pela empresa aos seus problemas. O contato pode ser realizado por meio do telefone: 0800 722 3710.

A XP Investimentos CCTVM S/A, inscrita sob o CNPJ: 02.332.886/0001-04, é uma instituição financeira autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil.Toda comunicação através de rede mundial de computadores está sujeita a interrupções ou atrasos, podendo impedir ou prejudicar o envio de ordens ou a recepção de informações atualizadas. A XP Investimentos exime-se de responsabilidade por danos sofridos por seus clientes, por força de falha de serviços disponibilizados por terceiros. A XP Investimentos CCTVM S/A é instituição autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil.


Este site usa cookies e dados pessoais de acordo com a nossa Política de Cookies (gerencie suas preferências de cookies) e a nossa Política de Privacidade.