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Resumo Diário de Política 21/02/2020: Bolsonaro cobra de Paulo Guedes crescimento de 2%

Leitura crítica das principais notícias do dia sobre política, com resultados de apurações em Brasília e pesquisas do time de Análise Política, antes da abertura do mercado.

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Paulo Guedes agora também tem um Falconi para preencher. Segundo notícia da Folha, o ministro da Economia ganhou meta de entregar um crescimento de 2% em 2020 (http://bit.ly/2vSeOdE) para tranquilizar as aspirações políticas de Jair Bolsonaro. 

Brincadeiras à parte, a lógica da cobrança é a que temos dito desde o começo: enquanto tiver boas notícias a dar ao governo, melhor a vida de Guedes e mais fácil para Bolsonaro se convencer da pertinência da agenda liberal. Sem boas notícias, o descrédito aumenta, aumentando também a possibilidade de o presidente querer recorrer a políticas menos ortodoxas.

O ministro ontem se desculpou pela fala sobre empregadas domésticas na semana passada (https://glo.bo/39PTPqD). O ato em que Guedes falou, o lançamento de uma linha de crédito da Caixa, foi tratado por parte da imprensa como um sinal de apoio do Planalto ao ministro (https://glo.bo/2vRagEn).

A conturbada relação do governo com o Congresso segue em semana tensa. Há um movimento, que inclui o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, para convocar General Heleno a dar explicações sobre a frase em que acusa os parlamentares de chantagear o governo (http://bit.ly/2uW0P6G ).

O ministro recebeu apoio de bolsonaristas nas redes e no Planalto (http://bit.ly/2PsDSiz). Uma manifestação começou a ser chamada para o dia 15 de março.

Desde o início do ano passado, o Congresso tomou a decisão de não ir para o confronto público com Bolsonaro, embora trabalhasse nos bastidores para minar seu poder. A questão, agora, é o quanto o gesto do Congresso de enfrentá-lo não inverte a lógica e reforça na população ainda mais a ideia disseminada pelo ministro na gravação (http://bit.ly/2HJJTms).

O BCB efetivou ontem mudanças liberarão R$ 135 bilhões aos bancos. Serão R$ 49 bi pela redução do compulsório sobre depósitos a prazo e R$ 86 bi pela alteração no Indicador de Liquidez de Curto Prazo (LCR) (http://bit.ly/2SJQCDk https://glo.bo/38NFn2m).

Já faz algum tempo que o BCB tem sinalizado que é favorável a mudanças no compulsório e já havia feito uma rodada de flexibilização em junho de 2019, quando liberou R$ 16,1 bi. As medidas não podem ser encaradas, no entanto, como substituição da definição da Selic como instrumento de política monetária.

Os desdobramentos da greve de PMs no Ceará e o incentivo que podem dar a novos movimentos preocupam outros Estados, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (https://glo.bo/38ODOkyhttp://bit.ly/2Vaq9Aw http://bit.ly/2SPQnH3). Na política, a ação dos militares tem sido colocada na conta de Bolsonaro.

Curta: A reforma administrativa, agora, ficou para depois do Carnaval. É, pelo menos, o sexto adiamento feito pelo governo (https://glo.bo/38PCKgn).

Internacional

Nos EUA, a Câmara dos Deputados relata que inteligência sugere interferência russa nas eleições a favor de Trump. A informação também foi compartilhada com o presidente, que decidiu substituir o chefe da agência de inteligência por um apoiador, Richard Grenell. A mídia local afirma que a decisão foi resultado da ira de Trump com a divulgação da informação, mas a Casa Branca insiste em imparcialidade (https://nyti.ms/37P7H2S e https://wapo.st/39M8MKe).

Por ter mentido para o Congresso e interferido nesta investigação, Roger Stone, aliado de Trump, foi condenado a 40 meses de prisão após repetidas investidas do presidente contra a promotoria, que acabou pedindo uma sentença menor, o que quase levou à saída do procurador geral, William Barr (http://bit.ly/2HETsTT).

Coronavírus: apesar de desaceleração na taxa de contágio, o temor cresce com nova revisão de dados na China e aumento em número de casos internacionais. A Coreia do Sul, por exemplo, reportou 48 novos casos confirmados, ou seja, um total de 204. Já a China, computa 75.465 casos e 2.236 mortes (https://bloom.bg/2uVGQ8a), e a OMS registra 75.204 casos no mundo e 2.129 mortes (http://bit.ly/2v3Bjwc ). 

Hoje é o 417° dia do governo Jair Bolsonaro.

Faltam 226 dias para as eleições municipais.

Faltam 256 dias para as eleições nos EUA.

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