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Resumo Diário de Política 16/11/2020: Retomada da Agenda após as Eleições Municipais

Leitura crítica das principais notícias do dia sobre política, com resultados de apurações em Brasília e pesquisas do time de Análise Política, antes da abertura do mercado.

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A semana que vem pela frente

O Congresso volta ao trabalho (ainda em ritmo reduzido, diga-se) com decisões importantes à frente, depois de um primeiro turno de eleição municipal que vinha sendo tratado como uma espécie de marco a partir do qual a discussão sobre teto e Renda Brasil poderia caminhar para um desfecho.

Dois pontos merecem lembrança: o primeiro é que, entre os articuladores do governo, o intervalo entre os turnos não é visto como uma boa oportunidade para essa discussão. A tendência é de semanas de “readaptação”, segundo um líder da Câmara com quem falamos ontem, com a tentativa de algum avanço na pauta apresentada por Ricardo Barros, que deve ser discutida em reuniões no início da semana. Ela inclui, ainda sem definição, o programa de recuperação dos estados, liberação de estoque de fundos, MP da Casa Verde e Amarela, autonomia do BC e marco da Cabotagem.

O segundo é o impacto que os resultados que saem deste primeiro turno podem ter na discussão da agenda fiscal. Jair Bolsonaro, apesar de não ter feito campanha propriamente dita (ele chegou a tuitar que seu apoio se resumiu a “4 lives num total de 3 horas https://glo.bo/2IC4xsu), decidiu perder a oportunidade de ficar afastado das disputas, quando viu naufragar a criação do seu Aliança pelo Brasil (https://glo.bo/3kAMmk7) – e agora carregará o peso de algumas derrotas das quais poderia ter se desvinculado (https://glo.bo/3nuwqC0, https://bit.ly/36DJwpD e https://bit.ly/3famNFx). A de São Paulo, em que Guilherme Boulos superou Celso Russomanno e surpreendeu indo a mais de 20% dos válidos, é a mais evidente (https://bit.ly/2H3AnxM).

Joga nessa mesma direção a percepção de que houve uma escolha do eleitorado por candidatos mais tradicionais e menos extremos (https://glo.bo/2UyeUjD e https://bit.ly/3nrEsLH). “Depois de 2018, Bolsonaro está voltando ao seu tamanho normal”, disse, depois de votar, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (https://glo.bo/2UvmnQB).

Antes da disputa, Bolsonaro hesitava em tomar uma decisão sobre o caminho que seguiria na bifurcação da discussão do Renda Brasil e do teto de gastos que aparece agora à frente. Se, para decidir, Bolsonaro esperava capital político vindo das urnas neste domingo, ele não veio — o que tende a reforçar sua hesitação. A pressão no Congresso será, como sempre foi, por gastos. Para se manter no rumo, a agenda fiscal se torna ainda mais dependente da equipe econômica e da liderança de Maia.

Por fim, destaque para o atraso na totalização dos votos em algumas cidades e as teorias deflagradas pelo episódio (https://glo.bo/2II0iLS)

Nas redes
No Facebook, segundo o monitor XP-Conatus, entre as dez últimas notícias com maior engajamento citando Bolsonaro, oito abordam o baixo desempenho das candidaturas apoiadas pelo presidente. No Twitter, houve queda da participação do bolsonarismo no debate, registrando apenas 19,5% dos nós e 28,9% das conexões. A atuação da rede antibolsonarista nas últimas 24 horas foi focada em pregar o voto em “qualquer candidato menos bolsonaristas”, que se defenderam tentando se esquivar de referências a uma possível derrota nas disputas municipais.

Internacional
Nos EUA, a imprensa concluiu a contagem de votos no colégio eleitoral ao dar a Geórgia para Joe Biden, que foi a 306 votos contra 232 de Donald Trump — que tuitou que o democrata “venceu porque a eleição foi fraudada”. A fala foi vista como um sinal de reconhecimento de derrota, o que foi rapidamente negado em nova postagem pouco depois.

Ainda sobre o imbróglio político, os republicanos têm mostrado pouco apetite em conduzir investigações contra Biden e seu filho Hunter para explorar um terreno comum com os democratas, especialmente no que tange infraestrutura e comércio. Biden e Kamala Harris devem se pronunciar nesta segunda-feira sobre os planos para uma recuperação econômica pós-pandemia.

Sobre o coronavírus, a Florida reportou no domingo o maior número de casos desde julho. A Califórnia tem o maior número em três meses. New Jersey reporta recorde de casos pelo segundo dia consecutivo. O governador de Michigan anunciou lockdown parcial por três semanas. O estado de Washington anuncia o retorno de restrições. Dois dos conselheiros de Biden disseram que são a favor de medidas locais direcionadas para conter a pandemia e se opõem a um lockdown nacional. A Alemanha está considerando limitar aglomerações e banir festas privadas até o Natal. Na França e na Itália, o número de novos casos diminui.

Hoje é o 686° dia do governo Jair Bolsonaro.
Hoje é o 250° dia da pandemia de Covid-19.
Faltam 13 dias para o segundo turno das eleições municipais.

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