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Política na Semana | Corrida das eleições para presidente da Câmara e do Senado movimentam a semana em Brasília

Saiba as nossas perspectivas sobre os principais assuntos do momento e o que deve impactar na agenda política no restante da semana

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Para esta semana na política brasileira, as atenções seguem voltadas para a disputa pelas cadeiras de Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre. Na Câmara, Baleia Rossi e Arthur Lira seguem em viagem pelo Brasil. O líder do MDB estará em Santa Catarina, e o do PP segue para Tocantins e Goiás.

No domingo, Rossi deu sua primeira entrevista depois do lançamento da candidatura na semana passada. Três pontos principais valem a atenção: sobre a transferência de renda, defendeu priorizar o reforço do Bolsa Família, mas explicitou a necessidade de “reorganizar as despesas” e disse que “a solução tem de estar dentro do teto”. Por que importa? A fala mostra que, depois dos ruídos gerados com a defesa de novo auxílio emergencial sem menção ao teto na semana passada, houve preocupação para ajustar a fala e focar na questão fiscal.

Baleia também sinalizou que não pretende pautar a agenda conservadora de costumes: “Essas discussões dividem a Câmara, a sociedade, […] entendo que não é o momento”, disse ele na entrevista. Por que importa? A decisão de Maia de não pautar essa agenda nos dois primeiros anos criou atritos entre a Câmara e Bolsonaro. O Planalto pretende dar prioridade a ela no segundo biênio – há mais atritos à frente, portanto, em caso de vitória de Baleia. O tema é também um aceno à oposição, que apoia sua candidatura, e uma tentativa de minar a bandeira de Bolsonaro em 2022.

Por fim, sobre possibilidade de abertura de impeachment, disse: “Não é o caminho, não é bom para o Brasil. Precisamos hoje de estabilidade. E reafirmo que não houve compromisso de abertura de impeachment”. Por que importa? A fala ensejou reações da oposição, que cobrou o deputado, e mostra o equilíbrio difícil para o resto da campanha. Baleia relativizou a declaração, mas o recado da entrevista está dado.

O noticiário do fim de semana também registrou aumento do tom de Rodrigo Maia, que chamou Bolsonaro de “covarde” e disse que ele tem culpa pelas mortes do coronavírus. Maia e Baleia fazem campanha em oposição a Bolsonaro e o tensionamento faz parte da estratégia e é esperado até o momento da eleição – tanto que não muda o encaminhamento de Maia sobre um possível impeachment.

Um passo atrás, o Senado deve ver nesta semana conversas e reuniões para consolidação de apoios a Rodrigo Pacheco, que tem recebido sinais do Palácio do Planalto. Ainda assim, o anúncio do PT é esperado para os próximos dias. Na ponta rival, o MDB tenta impedir os acertos com Pacheco e acelerar a escolha do nome que deve enfrentá-lo.

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