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Bolsonaro reage à Carta pela democracia com indicadores econômicos e empurrando o movimento à esquerda | Resumo Diário de Política 12/08/2022

Leitura crítica das principais notícias do dia sobre política, com resultados de apurações em Brasília e pesquisas do time de Análise Política

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A semana se encerra com ampla repercussão no noticiário da leitura de ontem da Carta pela democracia, que atingiu a marca de um milhão de assinaturas (https://bit.ly/3SIXspv). O ato que promoveu a leitura do texto na Faculdade de Direito da USP teve a participação de representantes de entidades empresariais, como a Fiesp e a Febraban (http://glo.bo/3QFO4Bm). Publicamos artigo de Carlos Melo que trata do peso simbólico do apoio desses setores ao manifesto, para além de parte da classe intelectual e artística com a qual Jair Bolsonaro nunca teve proximidade (https://bit.ly/3AhHAmT).

A campanha bolsonarista reagiu de duas maneiras: na primeira, tentou neutralizar a imagem de movimento amplo, atrelando os atos à esquerda (http://glo.bo/3JQJeiz) e restringindo-os a adversários (https://bit.ly/3bSQQo3 e https://bit.ly/3Aj63Iy) – o presidente foi nessa linha ao chamar a manifestação de “micareta do PT” e elencar ditaduras de esquerda (https://bit.ly/3QmAnrh). Governistas dobraram também a aposta na convocação para os atos do Sete de Setembro. A ausência de bandeiras do Brasil em lugares de destaque durante a leitura (https://bit.ly/3SPaEZZ) dá força à estratégia bolsonarista.

Na segunda, lançou ofensiva para divulgar medidas econômicas e indicadores recentes (https://bit.ly/3JSHHZm) – entre elas, mais uma redução no preço do diesel anunciada pela Petrobras (https://bit.ly/3JMqyjT). A ideia era contrapor o movimento a questões do dia a dia da população.

Nas pesquisas regionais, levantamento Quaest em Minas Gerais mostra retomada de fôlego do presidente, que viu cair sua taxa de ruim/péssimo de 46% para 39% em um mês e crescer a de ótimo/bom de 29% para 34% (http://glo.bo/3pctdK8). A diferença entre Lula e Bolsonaro recuou de 18 para 9 pontos no estado (http://glo.bo/3K4yyNr).

E um dos pools que se organizavam para realizar um debate entre presidenciáveis no dia 14 de setembro – composto por Folha, Estado, Globo e Valor –, suspendeu o evento diante da falta de resposta de Lula e de Bolsonaro (https://bit.ly/3AeT0b0).

Por fim, a relação entre Executivo e Judiciário dá sinais de distensionamento, depois de Bolsonaro receber Moraes e dizer que vai à posse dele no TSE (https://bit.ly/3SNIfU4). A corte já havia sinalizado com a possibilidade de acatar parte das sugestões dos militares sobre a segurança das urnas eletrônicas (http://glo.bo/3QdGduV). O comportamento de Bolsonaro no Sete de Setembro é tido como o ponto crucial para a manutenção do ambiente mais controlado (http://glo.bo/3zP4wZi).

Na agenda legislativa, o Valor reporta dificuldade para que o Senado promova alterações no projeto de lei já aprovado na Câmara que muda as regras para cobertura de procedimentos pelos planos de saúde (http://glo.bo/3JMswAN).

Nas redes

A nova redução no preço do diesel é fortemente explorada por atores centrais do bolsonarismo, como o presidente e seus filhos Flávio e Eduardo, além de Ciro Nogueira. A temática dos combustíveis, antes evitada pelo agrupamento, passou a ser disputada por ele nos últimos 60 dias. Em outra frente, a Carta pela democracia é utilizada como ferramenta convocatória para o Sete de Setembro.

Internacional

No Congresso americano, o ambiente permanece positivo para a aprovação do pacote de ajustes tributários, medidas de combate às mudanças climáticas e saúde de USD 437 bilhões, chamada de Lei de Redução da Inflação (https://bit.ly/3C0B6dm). A expectativa é que o projeto seja aprovado hoje na Câmara (https://reut.rs/3bRHTv9).

Hoje é o 1320º dia do governo Jair Bolsonaro.

Faltam 51 dias para as eleições presidenciais.

Hoje é o 877º dia da pandemia de Covid-19.

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