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A política na semana – 21 de junho

A prisão de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, desponta como problema de maior potencial lesivo para o governo Bolsonaro e no Congresso a expectativa é pela aprovação do marco legal do Saneamento

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A última semana começou e terminou com a atenção voltada para ações judiciais que são notícias negativas para o governo de Jair Bolsonaro e com grande potencial de gerar ainda mais instabilidade. O destaque foi a prisão do ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, na casa do advogado do senador, Frederick Wasseff, em Atibaia. 

Impressiona a quantidade de informações que o Ministério Público do Rio de Janeiro reuniu sobre o funcionamento e a organização do esquema de “rachadinhas” que supostamente funcionava no gabinete do então deputado estadual Flávio, filho 01 do presidente. A prisão de Queiroz preocupa ainda mais pela proximidade dele com integrantes de milícia no RJ e pelas chances de um acordo de delação premiada de Queiroz. A possibilidade de uma colaboração com os investigadores, depois de ter estado na intimidade dos Bolsonaro por tantos anos, é perturbadora para o Palácio do Planalto.

Outro tema que faz parte do rol de problemas judiciais já listado por Bolsonaro a investida do Supremo contra ativistas e apoiadores do presidente. Líderes do grupo que estava acampado na Esplanada do Ministérios, em Brasília, foram presos e permanecem sob custódia para depor no inquérito que apura o financiamento de atos antidemocráticos pedindo o fechamento do STF e do Congresso. Empresários e parlamentares, apoiadores e próximos ao presidente, sofreram busca e apreensão e quebra de sigilos fiscais nos últimos dias.

Bolsonaro fala, em sua live semanal, sobre a prisão do ex-assessor de Flávio Bolsonaro (Reprodução redes sociais)

Fake news

O inquérito das fake news no Supremo foi validado, por 10 votos a 1, e segue também com o objetivo de identificar quem financia e coordena uma rede de notícias fraudulentas.  A decisão demonstrou união poucas vezes vista entre os ministros do STF e é, de fato, uma derrota do governo Bolsonaro por representar perigo para aliados e ser uma fonte de informações para os pedidos de cassação de mandato na Justiça Eleitoral.

No entanto, a demissão de Abraham Weintraub foi entendida como um sinal de atenuar o embate. O STF reconhece que houve algum esforço do Planalto em busca de uma solução, mas ainda é preciso ver se a trégua vai se materializar do lado do governo.

O principal risco de em todos esses casos, em especial da investigação envolvendo Queiroz, é a possibilidade de a polícia aproximar os crimes investigados do Palácio, dos filhos do presidente e do próprio Bolsonaro. Algo nessa linha pode gerar uma desestabilização ainda inédita no governo e é considerado pelo núcleo duro do presidente o problema mais grave a ser enfrentando no momento.

Auxílio Emergencial

A aproximação com os partidos de centro continua e alimenta em Brasília expectativas de que o governo consiga formar de uma base de apoio e facilitar o diálogo com o Legislativo. Nesta semana, tomou posse o novo ministro das Comunicações, Fábio Faria (PSD), a prova de que as legendas até então rechaçadas pelo bolsonarismo chegaram aos cargos de primeiro escalão.

O desafio agora da equipe econômica é compatibilizar os anseios dos parlamentares por gastos de apoio financeiro a setores econômicos e à população com o necessário equilíbrio fiscal. Nesta semana, o país ultrapassou a marca de 1 milhão de casos de Covid-19 e monitora os efeitos da pandemia na economia.

Apesar do perigo fiscal representado pela pressão do Congresso para a renovação do auxílio emergencial de R$ 600, por exemplo, uma boa notícia para o mercado deve dominar a pauta nos próximos dias: foi marcada para semana que vem a votação do marco legal do saneamento.

Marco do Saneamento

No relatório sobre o novo Marco do Saneamento, apresentando pelo senador Tasso Jereissati, não foi acatada nenhuma emenda. Se for mesmo mantido o texto da Câmara, não será necessária outra rodada de votação pelos deputados. Até o momento da votação, esperada para a próxima quarta-feira (24), podem ser feitas alterações no texto, mas a expectativa ainda é positiva. O texto facilita a entrada da iniciativa privada no setor tem potencial de impulsionar novos investimentos no setor. 

Na última semana, o Senado aprovou a medida provisória, que institui o programa de manutenção de empregos, prevendo possibilidade de redução de jornada/salário e suspensão de contratos, mediante compensação paga pelo governo. O programa é um dos carros-chefe do pacote emergencial da equipe econômica, que tinha urgência na votação do texto para que a possibilidade de suspensão de contratos pudesse ser prorrogada por mais 60 dias.

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