IBOVESPA -0,30% | 111.184 Pontos
CÂMBIO -0,73% | 5,62/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Apesar do Ibovespa ter caído apenas 0,30% e fechado o pregão de ontem (3) cotado a 111.184 pontos, quem olha apenas esse número não imagina a volatilidade que o mercado enfrentou. O Ibovespa chegou a tocar os 107.465 pontos (-3,6% de queda), mas se recuperou fortemente após Arthur Lira, presidente da Câmara, descartar a possibilidade que vinha sendo ventilada de retirar o Bolsa Família do teto de gastos. O anúncio de que o Ministério da Saúde comprará vacinas da Pfizer e da Janssen também contribuiu positivamente.
O dólar comercial, que chegou a atingir o patamar de R$5,77 (+1,9%), zerou as perdas e fechou cotado a R$5,62 enquanto no mercado de juros futuros, as taxas fecharam o dia em alta novamente, refletindo não só o cenário local como também o contínuo avanço no rendimento do título de 10 anos do tesouro americano (T Note), que atingiu 1,5% ontem. DI jan/22 fechou em 3,81%; DI jan/24 encerrou em 6,74%; DI jan/26 foi para 7,63%; e DI jan/28 fechou em 8,18%.
Apesar do “ruído”, o Senado aprovou na noite de ontem, a PEC do Auxílio Emergencial em primeiro turno por 62 votos a 16 e limitou em R$ 44 bilhões o gasto máximo com o Auxílio fora do teto. Com participação de Arthur Lira e mudança de posição do presidente Jair Bolsonaro, o governo conseguiu reverter a tendência pouco antes da sessão começar. Hoje, o Senado deve aprovar a medida em segundo turno e transmiti-la à Câmara, onde nosso time político acredita que deve passar sem alterações de maneira a permitir o quanto antes o início do pagamento da nova rodada de auxílio emergencial.
Ainda no Brasil, o PIB do quarto trimestre avançou 3,2% frente ao 3º trimestre de 2021, acima do +2,3% t/t esperado. Com o resultado, a queda em 2020 foi de 4,1%, menor que a esperada inicialmente. Apesar de positivo, o resultado diz pouco sobre 2021. Este ano a renda mais baixa, a piora da Covid e o aumento da volatilidade dos mercados financeiros devem pesar sobre a continuidade da retomada.
Nesta manhã, bolsas internacionais recuam (EUA -0,6% e Europa -1,0%) com as preocupações de que estímulos excessivos (~US$ 1,9 tri) possam acelerar a inflação e forçar o Fed a subir taxas de juros antes do esperado. Vale ressaltar que o S&P 500 recuou 1,3%, enquanto a Nasdaq caiu 2,7% no dia de ontem, refletindo o contínuo avanço no rendimento do título de 10 anos do tesouro americano (T Note). O destaque hoje é o discurso às 14h do presidente do Fed, Jerome Powell, que deve reforçar que os estímulos monetários não serão retirados no curto prazo.
Por fim, ontem tivemos o segundo dia da Expert ESG, edição especial do maior evento de investimentos do mundo, com o pilar Social sendo o tema central da pauta. Diversos foram os tópicos discutidos ao longo do dia, e destacamos três principais conclusões: (i) A diversidade traz pluralidade de pensamentos e promove inovação; (ii) O exemplo vem de cima: Governança é imperativo para garantir a diversidade; e (iii) É necessário fazer mais do que apenas falar.
Agenda do dia: Na Zona do Euro, a taxa de desemprego ficou em 8,1% em janeiro, igual ao número de dezembro, que foi revisado de 8,3% para 8,1%. As vendas no varejo de janeiro na região caíram 5,9% em relação ao mês anterior, bastante abaixo do consenso (-1,4%). Nos EUA, teremos dados semanais de seguro-desemprego e números finais para custo e produtividade do trabalho do 4º trimestre de 2020 às 10:30.
Tópicos do dia
Agenda de resultados
Arezzo (ARZZ3): após o fechamento
Iguatemi (IGTA3): após o fechamento
B3 (B3SA3): após o fechamento
B2W (BTOW3): após o fechamento
Lojas Americanas (LAME4): após o fechamento
MRV (MRVE3): após o fechamento
Temporada de Resultados do 4° Trimestre – O que esperar?
Calendário do 4T20
Resumo dos resultados do 4º tri de 2020: Superando nossas estimativas até o momento
Clique aqui para saber mais
Internacional
- Política internacional: Democratas fazem ajustes finais ao pacote de estímulo antes de votação no Senado
- Petróleo: Alta nos preços de petróleo é impulsionada por queda nos estoques de combustíveis nos EUA e expectativas em relação à reunião da OPEP+
Acesse aqui o relatório internacional
Empresas
- Expert ESG: Feedback do 2º dia do evento; Trazendo o impacto social para a mesa de discussão
- TAESA (TAEE11): Resultados do 4T20: Ligeiramente abaixo das nossas expectativas; Pagamento de dividendos ainda em níveis elevados
- Banco do Brasil (BBAS3): Governo estaria avaliando novo presidente para o BB
- Banco do Brasil (BBAS3): BB DTVM na mira de gestoras internacionais
- Magazine Luiza (MGLU3): Anúncio de aquisição da “VipCommerce”
- Shopping Centers (BRML3, JHSF3, IGTA3, MULT3): Novos Fechamentos – O que esperar dos shopping em razão da iminente regressão para Fase Vermelha em São Paulo
- Siderurgia: Mercado automotivo dá sinais de dificuldade
Veja todos os detalhes
Internacional
Política internacional: Democratas fazem ajustes finais ao pacote de estímulo antes de votação no Senado
- Com um calendário apertado para aprovação, democratas ajustam o pacote de estímulo à economia americana: o presidente Joe Biden concordou nesta quarta-feira (3) em alterar o critério para elegibilidade do auxílio de USD 1,400 com intuito de reduzir número de beneficiados e reduzir o custo da proposta. O ajuste deve facilitar a aprovação do pacote no Senado, reduzindo resistências entre democratas moderados, cujo voto é crítico. Devido à apertada margem dos democratas na Casa, Biden precisa que 100% dos seus correligionários votem a favor do pacote;
- Apesar de expectativa de que o debate formal sobre o projeto fosse aberto na quarta-feira, o evento foi postergado devido às alterações acordadas com o presidente que alteram o custo da iniciativa. O processo deve ser iniciado uma vez que projeções oficiais sobre o custo do pacote sejam finalizadas. Segundo o líder da maioria, Chuck Schumer, a votação deve ser realizada no fim de semana;
- Vale ressaltar ainda que a sessão da Câmara dos EUA marcada para esta quinta-feira (4) foi cancelada após ameaças de nova tentativa de invasão ao Capitólio;
- No lado das relações internacionais, o secretário de Estado americano, Anthony Blinken, abordou a estratégia do governo Biden sobre a China em seu primeiro discurso oficial. Com tom marcadamente diferente ao de seu antecessor, Blinken disse que a China é o único pais com a capacidade de ameaçar o sistema internacional e afirmou que os EUA irá confrontar Beijing quando necessário, mas ressaltou a importância de cooperação entre os países;
- E na China, atores políticos se preparam para o evento político mais importante do ano no país, a reunião do Congresso do Povo, cujo foco deve ser a economia e o plano de desenvolvimento tecnológico de 5 anos apresentado por Xi Jingping nesta semana. Em linha com as discussões sobre auto-suficiência tecnológica nos EUA, o projeto visa reduzir a dependência externa das cadeias de tecnologia chinesa.
Petróleo: Alta nos preços de petróleo é impulsionada por queda nos estoques de combustíveis nos EUA e expectativas em relação à reunião da OPEP+
- Na última quarta-feira o preço do petróleo tipo Brent fechou alta de +2,2% em R$ 64,07/barril impulsionado por uma grande queda nos estoques de combustíveis nos EUA. O mercado também monitora com atenção os desenrolares da reunião de hoje (4 de março) da a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e aliados, juntos conhecidos como OPEP +;
- Diferentes fontes apontam para decisões divergentes da reunião dos maiores produtores de petróleo do mundo. Segundo fontes consultadas pela Reuters, os países da OPEP +, estão considerando prorrogar a suspensão dos cortes de produção em vez de aumentar a produção na reunião desta semana devido à natureza frágil da recuperação da demanda de petróleo;
- Por outro lado, fontes consultadas pela Bloomberg apontam que a OPEP+ estaria inclinada a realizar uma elevação de produção para conter a rápida elevação dos preços de petróleo, e também refletindo expectativas de que o mercado global consegue absorver barris adicionais por estar em modo de recuperação;
- Segundo a Reuters, a expectativa do mercado é que a OPEP+ decida na reunião desta quinta-feira elevar sua produção em cerca de 500.000 barris por dia (bpd) a partir de abril de 2021, e que a Arábia Saudita, líder de fato da OPEP, cesse seu corte voluntário de produção de 1 milhão de bpd adicional. As intenções do reino saudita, no entanto, ainda não estariam totalmente claras, segundo o portal.
Empresas
Expert ESG: Feedback do 2º dia do evento; Trazendo o impacto social para a mesa de discussão
- Ontem tivemos o segundo dia da Expert ESG, edição especial do maior evento de investimentos do mundo, com o pilar social sendo o tema central da pauta. Diversos foram os tópicos discutidos ao longo do dia, e destacamos três principais conclusões:
- (i) A diversidade traz pluralidade de pensamentos e promove inovação. Pessoas diferentes amplificam a capacidade criativa, e esses fatores caminham de forma correlacionada: Empresas mais diversas são mais inovadoras, e empresas mais inovadoras são mais diversas – afinal, todo CNPJ é composto por uma série de CPFs;
- (ii) O exemplo vem de cima: Governança é imperativo para garantir a diversidade. A diversidade e inclusão estão condicionadas a uma mudança iniciada pela liderança, e é essencial que esse tema faça parte do planejamento estratégico das companhias – mais do que isso, faça parte do DNA das empresas. Assim como no 1º dia do evento, colaboração se destaca novamente como uma palavra-chave: para além da liderança, faz-se extremamente importante que todos se vejam como parte desse processo a caminho de ambientes mais diversos e inclusivos;
- (iii) É necessário fazer mais do que apenas falar. Atitudes concretas e que podem parecer até simples em um primeiro momento são chave – nas palavras de Rachel Maia, “são pequenas pérolas que fazem toda a diferença”. E essa mudança já está em curso. Nossa geração é mais idealista, enquanto que a que está por vir já está transformando pensamentos em ações. Sejam as pessoas consumidoras ou investidoras, elas estão, cada vez mais, cobrando a adesão das empresas.
- Clique aqui para ler o relatório com o feedback completo do segundo dia do evento. Hoje damos continuidade à Expert ESG, com debates focados no pilar de Governança – clique aqui para se inscrever.
TAESA (TAEE11): Resultados do 4T20: Ligeiramente abaixo das nossas expectativas; Pagamento de dividendos ainda em níveis elevados
- Em 03 de março, após o fechamento do mercado, a Taesa reportou um EBITDA Ajustado (incluindo resultado de participações por equivalência patrimonial) de R$ 334,0 milhões, ligeiramente abaixo (-8,5%) da nossa estimativa de R$ 364,8 milhões. Além disso, a Taesa reportou Lucro Líquido de R$ 93,7 milhões, abaixo da nossa expectativa de R$185,3 milhões devido à combinação de um resultado de equivalência patrimonial menor do que o esperado e maiores despesas financeiras líquidas do que o esperado;
- Adicionalmente, o Conselho de Administração da companhia aprovou uma distribuição de dividendos adicionais de R$561,9 milhões (R$1,63/unit ou um dividend yield de 5,3%). A distribuição dos dividendos ainda deverá ser submetida à deliberação da Assembleia de Acionistas. As units negociaram ex-dividendos em 05 de maio de 2021. Sendo aprovada, a distribuição total será de R$ 4,66 / unit referente ao resultado de 2020. Consideramos tal patamar de distribuição de dividendos muito positivo, e uma evidência da nossa visão da Taesa como um dos melhores veículos pagadores de dividendos. Atualmente as units da TAEE11 pertencem à nossa carteira recomendada Top Dividendos XP. Estimamos um dividend yield de 9,6% em 2021-22 para as ações;
- Temos uma avaliação negativa dos resultados do 4T20 da Taesa, dado que o EBITDA ajustado da companhia veio ligeiramente abaixo das nossas projeções. No entanto, destacamos como positivo que a empresa manteve sua prática de distribuição de proventos nos patamares elevados, refletindo o forte potencial de geração de caixa da companhia e o menor perfil de risco do setor de transmissão de energia. Mantemos nossa recomendação Neutra para a TAESA, com um preço-alvo de R$32/unit.
Banco do Brasil (BBAS3): Governo estaria avaliando novo presidente para o BB
- De acordo com a mídia, o governo estaria avaliando Sr. Márcio Schettini, ex-diretor geral de varejo do Itaú, para o cargo de presidente do BB;
- Além do Sr. Márcio Schettini, outros nomes também teriam sido apontados como possíveis sucessores como: Caio Ibrahim David, ex-diretor geral de atacado do Itaú, Gustavo Montezano, presidente do BNDES e Mauro Neto, vice-presidente corporativo do BB;
- Lembramos que após o anúncio de demissão do CEO da Petrobras, o Presidente Bolsonaro comentou que outras mudanças poderiam ocorrer, o que elevou os riscos de que o atual presidente do Banco do Brasil, Sr. André Brandão, poderia ser destituído de sua posição. Apesar disso, o BB comunicou ao mercado ontem de que não houve pedido de renúncia por parte do Sr. Brandão;
- Nossa visão permanece negativa apesar do levantamento do reconhecido Schettini como sucessor, dado: i) a ampla experiência do Sr. Brandão; ii) suas sinalizações positivas para ganho de eficiência; e iii) pode ser visto como interferência política do governo (acionista controlador) em detrimento dos acionistas minoritários; e iv) um reconhecido nome sem independência teria problemas para implementar as mudanças estruturais de que o banco precisa.
Banco do Brasil (BBAS3): BB DTVM na mira de gestoras internacionais
- De acordo com a mídia, o BB estaria estudando a venda da participação majoritária da BB DTVM (divisão de gestão de recursos do BB) e pelo menos 5 players internacionais estariam em fases finais de negociação;
- Além disso, a mídia revelou que alguns dos potenciais compradores já enviaram ofertas vinculantes e que o BB deve escolher seu futuro sócio até o final do mês. Apesar disso, a estratégia está em linha com as expectativas do mercado, uma vez que a empresa está atualmente estudando alternativas e avaliando possibilidades para uma nova estratégia na atividade de gestão de recursos;
- Em nossa opinião, consideramos a notícia como positiva, uma vez que: i) instituições privadas com expertise em gestão de ações poderiam sustentar a rentabilidade de longo prazo e os níveis competitivos do BB; ii) a capacidade de contratar, demitir e reter funcionários mais capacitados fortaleceria os serviços da BB DTVM; e iii) a possibilidade de gerar valor por meio de outra subsidiária bem avaliada. Portanto, reiteramos nossa recomendação de compra e preço alvo de R$ 43,0/ação para o Banco do Brasil (BBAS3). Clique aqui para acessar nosso relatório completo.
Magazine Luiza (MGLU3): Anúncio de aquisição da “VipCommerce”
- O Magazine Luiza comunicou nesta quarta-feira (7) a aquisição da “VipCommerce”. A aquisição proporcionará uma relevância futura ainda maior do Magalu no segmento de supermercados. De acordo com o comunicado, a combinação da categoria de mercado do Magalu (1P) com o sortimento de supermercados locais (3P) possibilitará a oferta de uma ampla cesta de produtos no SuperApp do Magalu, incluindo itens perecíveis. Vale ressaltar que com a entrega mais rápida e a melhor experiência de compra, a categoria deverá contribuir para o aumento da frequência dentro do SuperApp da companhia;
- O valor da transação não foi relevante o suficiente para tornar a divulgação do mesmo obrigatória. De qualquer forma, a aquisição vai totalmente de encontro com um dos principais pilares estratégicos do Magazine Luiza – o “Magalu ao seu Serviço” (Magalu-as-a-Service). Com aquisição da VipCommerce, o Magalu poderá não apenas oferecer sua tecnologia a milhares de supermercados, mas também outros serviços como o Magalu Pagamentos e o Magalu Entregas;
- Um comentário breve sobre a adquirida: A VipCommerce é uma plataforma de e-commerce white-label que atua no varejo alimentar, sendo a interface para que supermercados e atacarejos vendam online. A VipCommerce oferece uma loja online e também a gestão do ciclo total do pedido de seus clientes. Atualmente a VipCommerce oferece tecnologia para mais de 100 redes de supermercados, com 400 lojas distribuídas em 18 estados. A plataforma possui mais de 300 mil itens diferentes em catálogo e processa atualmente cerca de R$250 milhões em vendas anualizadas, que, segundo o comunicado, representou um crescimento de mais de 10x A/A;
- Vemos a aquisição como positiva, mas mantemos nossa recomendação Neutra e preço-alvo de R$27,0 por ação ao final de 2021. Conforme mencionado recentemente em nosso relatório “Magazine Luiza (MGLU3): Difícil achar qualidade em promoção – Neutro”, acreditamos os preços atuais já refletem as iniciativas da empresa postas em prática durante 2020 para reforçar seu ecossistema, como as nove aquisições anunciadas no ano passado e o fortalecimento das capacidades omnicanais, enquanto o ambiente mais competitivo deve ser um desafio.
Shopping Centers (BRML3, JHSF3, IGTA3, MULT3): Novos Fechamentos – O que esperar dos shopping em razão da iminente regressão para Fase Vermelha em São Paulo
- Ontem (03/03), o Governador João Dória anunciou uma nova regressão de São Paulo para a Fase Vermelha a partir do dia 06 de março devido ao aumento da ocupação das UTIs em razão da covid-19. Na Fase Vermelha, os shoppings e restaurantes devem permanecer fechados, com exceção de serviços essenciais como supermercados e drogarias. Essa fase deve durar pelo menos duas semanas. Com isso, São Paulo se junta com Rio Grande do Sul, Paraná, Goiás e Distrito Federal, onde as restrições estão mais rígidas e os shoppings fechados;
- Com as restrições mencionadas acima, as companhias sob nossa cobertura serão negativamente impactadas, uma vez que as operadoras de shoppings provavelmente só cobrarão o aluguel proporcional ao tempo de operação dos shoppings. Posto isto, o impacto de cada companhia deverá estar diretamente relacionado com a parte de seu portfólio com operações suspensas. A Iguatemi possui a maior exposição às regiões mais afetadas com 100% de sua ABL temporariamente suspensa a partir do dia 06 de março. Já a Multiplan, 65% de sua ABL será afetada; a brMalls terá 54% da ABL fechada e a JHSF terá 59% da ABL (lembramos que as atividades dos restaurantes e hotéis em São Paulo também serão temporariamente suspensas, afetando a JHSF);
- Destacamos que o impacto nos resultados dos shoppings deve ser não apenas proporcional ao tempo de funcionamento de cada shopping, mas também deve ser diluído em seus resultados ao longo da vigência de cada contrato (efeito da linearização dos contratos). Até o momento, vemos um impacto limitados nos resultados de curto prazo dos shoppings, sendo a Iguatemi provavelmente a mais impactada da nossa cobertura;
- Dito isso, esperamos maior volatilidade das ações no curto prazo, já que a visibilidade sobre as suspensões das restrições segue baixa. Continuamos vendo valor de longo prazo nas ações nos valuations atuais, mas acreditamos que o desempenho mais robusto das ações dependerá da reabertura dos shopping centers.
Siderurgia: Mercado automotivo dá sinais de dificuldade
- Em reportagem publicada no Autoesporte, as montadoras Chevrolet e Honda vêm demonstrando sinais de que enfrentarão dificuldades para retomar as vendas em 2021. A principal razão apontada é a escassez da oferta de componentes elétricos disponíveis no mercado, obrigando as companhias a paralisarem a produção de veículos no Brasil;
- Segundo a notícia, a Chevrolet teve de interromper as operações em Gravataí (RS) e suspenderá suas atividades por ao menos um mês. Já a Honda anunciou a suspensão temporária da fabricação do modelo Civic na fábrica de Sumaré (SP), por “problemas na cadeia global de suprimentos” no começo de fevereiro e, agora, nos primeiros dias de março. Atualmente, para contornar a crise e adiar as paralisações, as fabricantes vêm utilizando peças em seus estoques;
- Na nossa visão, o impacto ainda é limitado para os fabricantes de aços planos no Brasil, embora seja importante monitorar a evolução da oferta de suprimentos para a indústria automotiva.
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