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Morning Call XP (29.ago): Maior otimismo no exterior puxa alta do Ibovespa, que subiu 0,9% ontem

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O que pode impactar o mercado hoje

No Brasil, seis partidos de oposição começam a se posicionar em relação às alterações pretendidas na seara tributária. São a favor do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), ao estilo do IVA americano ou europeu, contanto que haja previsão de desoneração para produtos da cesta básica e remédios.

Outra bandeira que prometem defender é a autonomia de estados e municípios na gestão do imposto, como querem prefeitos e governadores. Apesar de não constar originalmente na PEC 45, em discussão na Câmara, defendem maior tributação da renda e da riqueza. São contra a volta de um tributo ao estilo da CPMF, como quer a equipe econômica de Paulo Guedes.

No internacional, futuros dos EUA negociam em alta, em meio a uma sessão positiva na Europa e mista na Ásia durante a noite. O sentimento melhorou em meio a comentários do porta-voz do Ministério do Comércio da China, que disse que EUA-China continuam em contato e se opõe à escalada da guerra comercial.

No entanto, a situação continua delicada. O Secretário do Tesouro americano Steven Mnuchin disse que as autoridades comerciais esperam que os negociadores chineses visitem Washington, embora ele não diga se uma reunião foi previamente planejada para se realizar em setembro. Além disso, o Consultor de Comércio da Casa Branca Peter Navarro minimizou as perspectivas de uma resolução rápida.

Grande destaque hoje para a Argentina. Em coletiva de imprensa, o novo ministro da Fazenda, Hernán Lacunza, anunciou que não conseguirá honrar a maior parte da dívida de curto prazo de investidores institucionais (bancos, seguradoras e fundos) e anunciou um novo calendário de pagamentos.

Apesar do governo argentino poder enfrentar uma crise de balanço de pagamentos se os credores não aceitarem a renegociação proposta, a medida foi uma saída para aliviar o Peso Argentino, preservar reservas e ausência de ofertas para rolagem de dívida local, evitando um calote maior. E de certa forma, é melhor do que o controle de capital ou um calote maior que o mercado esperava.

O impacto total desse evento sobre o crescimento econômico brasileiro ainda é incerto e no curto prazo deve apenas por um pouco de pressão sobre a taxa de câmbio dada a maior aversão ao risco global e ao fato do Brasil estar, de alguma forma, mais exposto à Argentina.

Do lado das empresas, participamos ontem do primeiro evento da XP focado em E-commerce, que reuniu investidores institucionais e as principais empresas do setor. O tom, no geral, foi otimista e confirmou nossa visão positiva para o e-commerce.

Aproveitamos a oportunidade para atualizar nossas estimativas e, seguindo uma melhor visibilidade no potencial de melhora da operação da Via Varejo, resolvemos dar o benefício da dúvida para a nova diretoria e mudamos nossa recomendação de Neutro para Compra (preço-alvo de R$8,60/ação). Reiteramos Compra na B2W (preço-alvo de R$58/ação) e mantemos Neutro em Magazine Luiza (preço-alvo de R$39/ação).

Tópicos do dia

Brasil

  1. Política Brasil: Partidos de oposição se posicionam em relação à reforma tributária
  2. Governo quer adotar mais uma medida emergencial para poupar recursos

Internacional

  1. Argentina busca negociar novos vencimentos da dívida de investidores institucionais
  2. Indicadores econômicos apresentam melhora na Zona do Euro, mas estabilidade na Alemanha

Empresas

  1. XP E-commerce Day: Destaques do evento e nossa visão para o setor
  2. Copel (CPLE6): Potencial revisão da política de dividendos e venda da Compagás: Destaques da Apimec
  3. Cemig (CMIG4): Governador Zema afirma que privatização pode ficar para 2020 ou 2021
  4. Frigoríficos: ABPA eleva para 20% a estimativa de crescimento das exportações brasileiras de carne suína
  5. Companhias Aéreas: Veto à gratuidade de bagagens adiado
  6. BR Distribuidora (BRDT3): Renovação de conselho de administração

Renda Fixa

  1. Rating ‘brAA+ (sf)’ atribuído à 4ª emissão de CRAs – risco Marfrig
  2. Governo vai liberar R$600 milhões para MCMV e Saneamento
  3. Agibank reformula operação e prepara IPO
  4. Governo retoma ideia de leilão para trocar térmicas a óleo por gás
  5. Invepar se prepara para disputar novos leilões


Veja todos os detalhes

Brasil

Política Brasil: Partidos de oposição se posicionam em relação à reforma tributária

  • Reforma tributária: seis partidos de oposição começam a se posicionar em relação às alterações pretendidas na seara tributária. São a favor do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), ao estilo do IVA americano ou europeu, contanto que haja previsão de desoneração para produtos da cesta básica e remédios. Outra bandeira que prometem defender é a autonomia de estados e municípios na gestão do imposto, como querem prefeitos e governadores. Apesar de não constar originalmente na PEC 45, em discussão na Câmara, defendem maior tributação da renda e da riqueza. São contra a volta de um tributo ao estilo da CPMF, como quer a equipe econômica de Paulo Guedes;
  • Em noite de apreciação de vetos presidenciais por parte do Congresso Nacional, os deputados e senadores mantiveram 4 vetos presidenciais. No entanto, com o voto de 326 deputados e 48 senadores, foi derrubado o veto que acabava com o endurecimento da pena pela divulgação de fake news com objetivo eleitoral. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, anunciou ainda CPMI para apurar a divulgação de notícias falsas. O tema é espinhoso por potencialmente afetar os apoiadores digitais do presidente Jair Bolsonaro. Sem articulação por parte do governo, a sessão foi encerrada por falta de quórum antes que fosse apreciado o veto à gratuidade para despacho de bagagens e a autorização orçamentária que permitirá o governo a pagar as emendas prometidas aos parlamentares;
  • Em conversa com a bancada do RJ, seu estado, Bolsonaro ontem se posicionou contra a autonomia da Polícia Federal. Por outro lado, um sinal de aproximação foi feito com Sérgio Moro, que afirmou que o diretor da PF fica no cargo.

Governo quer adotar mais uma medida emergencial para poupar recursos

  • De acordo com matéria divulgada no Estadão, o governo quer propor o congelamento das progressões de servidores públicos nas carreiras para economizar recursos em 2020. A medida integra um conjunto de ações que visa poupar mais de R$10 bilhões em despesas obrigatórias no ano que vem, iniciativa necessária para fechar a proposta orçamentária de 2020 sem risco de estouro do teto de gastos e sem sacrificar ainda mais as despesas com custeio da máquina e investimentos;
  • Hoje, os servidores avançam na carreira e ganham aumentos salariais de acordo com o tempo de serviço. A intenção do governo é congelar justamente essas progressões que seriam chanceladas no ano que vem como medida emergencial para poupar recursos, assim como foi o caso de outras medidas anunciadas ao longo desta semana (como a proposta de acabar com o adicional de 10% da multa rescisória sobre o FGTS pago pelas empresas);
  • De acordo com o Estadão, fontes da área econômica afirmaram que as medidas “mexem com muitas áreas” e por isso devem enfrentar resistências. Além disso, mesmo que sejam enviadas por MP, as ações precisarão do aval do Congresso Nacional para não caducarem.

Internacional

Argentina busca negociar novos vencimentos da dívida de investidores institucionais

  • Em uma coletiva de imprensa, o novo ministro da Fazenda da Argentina, Hernán Lacunza, anunciou que não conseguirá honrar a maior parte da dívida de curto prazo de investidores institucionais (bancos, seguradoras e fundos) e anunciou um novo calendário de pagamentos;
  • O governo argentino pode enfrentar uma crise de balanço de pagamentos se os credores não aceitarem a renegociação proposta. Apesar do Banco Central argentino deter US$57 bilhões em reservas internacionais, analistas de mercado estimam que uma parte pequena desse volume (algo entre US$7bi e US$19bi) está à disposição do Banco Central, pois a maior parte desse montante consiste em depósitos compulsórios de bancos comerciais;
  • O impacto total desse evento sobre o Brasil ainda é incerto e no curto prazo deve apenas por um pouco de pressão sobre a taxa de câmbio dada a maior aversão ao risco global e ao fato do Brasil estar, de alguma forma, mais exposto à Argentina. Há alguns dias estimamos que o impacto de primeira ordem dos últimos eventos políticos sobre o PIB Brasil seria de -0,12 pontos percentuais. Resta saber como o mercado reagirá ao anúncio, pois a expectativa de era de que o governo daria calote. Dessa forma, se o mercado reagir positivamente com o anúncio, o impacto sobre o Brasil tenderá a ser mais brando.

Indicadores econômicos apresentam melhora na Zona do Euro, mas estabilidade na Alemanha

  • O índice de sentimento econômico da Zona do Euro, que mede o nível de confiança de setores corporativos e dos consumidores, subiu de 102,7 em julho para 103,1 em agosto. O resultado superou as expectativas do mercado, que previa queda do indicador, a 102.3;
  • Além disso, o índice de clima das empresas do bloco europeu também apresentou melhora, passando de -0,11 em julho para 0,11 em agosto;
  • Na Argentina, a taxa de desemprego ficou em 5% em agosto, inalterada ante julho e em linha com as expectativas do mercado.

Empresas

XP E-commerce Day: Destaques do evento e nossa visão para o setor

  • O e-commerce brasileiro está tão aquecido que justificou, pela primeira vez, um evento da XP totalmente focado no setor;
  • O XP E-commerce Day reuniu investidores institucionais e as principais empresas do setor, como Magazine Luiza, B2W, Via Varejo, OLX e Delivery Center, e confirmou nossa visão positiva para o e-commerce;
  • Aproveitamos a oportunidade para atualizar nossas estimativas para MGLU, BTOW e VVAR, bem como nossa visão para o Varejo como um todo. Clique aqui e confira os destaques do evento e a nossa opinião detalhada sobre o setor para ajudar você em seus investimentos. 

Copel (CPLE6): Potencial revisão da política de dividendos e venda da Compagás: Destaques da Apimec

  • Em evento promovido pela Apimec em São Paulo, o presidente da Copel afirmou que a empresa avalia a revisão de sua política de dividendos de 25% e lucro, desde que não existam investimentos em novos ativos ou dispêndios com a renovação da concessão da hidrelétrica Foz do Areia. A política poderia ser revista entre 2020 e 2021, de acordo com o executivo;
  • Atualmente, a prioridade da companhia é manter a concessão da usina mencionada anteriormente, que representa 30% da capacidade de geração da companhia. No entanto, uma solução alternativa poderia surgir com a aprovação do PL 10.985/2018 no Senado, que permite a renovação de concessões hidrelétricas desde que o ativo seja privatizado, a exemplo da Usina de Porto Primavera, da Cesp;
  • Além disso, o executivo afirmou que espera concluir a venda da distribuidora de gás Compagas, na qual a Copel tem participação de 51%, até 2021. No entanto, o processo de venda teria complexidades porque necessitaria a renovação da concessão do ativo, que expira em 2024. Finalmente, a empresa espera concluir até março de 2020 a venda da Copel Telecom;
  • Vemos as mensagens transmitidas pela administração da Copel como positivas, e em linha com nossa tese de investimentos, ancorada na redução do endividamento e venda de ativos. Reiteramos nossa recomendação de Compra, com preço-alvo de R$65/ação.

Cemig (CMIG4): Governador Zema afirma que privatização pode ficar para 2020 ou 2021

  • O Governador de Minas Gerais, Romeu Zema, afirmou que as privatizações da Cemig, da Copasa e da Gasmig devem ficar para o segundo semestre de 2020 ou até 2021. Segundo o governador, os processos devem tramitar de forma mais lenta devido a necessidade de aprovação na Assembleia Legislativa e devido ao porte das companhias. Em primeiro lugar, o governo concentrará seus esforços na venda de participações da Cemig;
  • A proposta de privatização da empresas estatais deve ser apresentada ao poder legislativo estadual entre os dias 10 e 20 de setembro, de acordo com Zema. O governador afirmou que ainda não foi feito um trabalho de esclarecimento sobre o balanço de prós e contras da privatização da Cemig, mas tem certeza que as pessoas optarão por essa alternativa;
  • Uma eventual aprovação de privatização de empresas estatais em Minas Gerais é um processo político, e continuamos a ver poucos avanços na articulação política entre poderes executivo e legislativo por viabilizar essa alternativa. Dessa forma, mantemos recomendação Neutra na Cemig por ceticismo quanto à privatização, com preço-alvo de R$15/ação.

Frigoríficos: ABPA eleva para 20% a estimativa de crescimento das exportações brasileiras de carne suína

  • Segundo o presidente da ABPA, Francisco Turra, as exportações brasileiras de carne suína deverão crescer 20% neste ano em relação a 2018 diante da demanda aquecida da China pela proteína. Antes, a estimativa era de um aumento de 12%;
  • A revisão veio frente à expectativa de exportações para a China ainda mais fortes no segundo semestre, com destaque para os meses de outubro e novembro. Além disso, Francisco ainda destacou que é preciso levar em conta que a peste suína africana está afetando diversos países da Ásia, não apenas a China;
  • Olhando para 2020, estima-se que aumento das exportações poderá chegar até 30%. Quanto à produção brasileira de carne suína, a ABPA vê um crescimento ainda modesto nesse ano (entre 1% e 2,5%), mas ressalta que para 2020 haverá espaço para uma ampliação maior. Reiteramos nosso otimismo com o setor, e mantemos recomendação de Compra nos três frigoríficos em nossa cobertura, com JBS sendo o nosso nome preferido, seguido de BRF e, por fim, Marfrig.

Companhias Aéreas: Veto à gratuidade de bagagens adiado

  • Devido à falta de quórum de senadores no Congresso Nacional ontem, foi adiada a votação do veto do presidente Jair Bolsonaro à franquia de bagagem no Congresso. Dessa forma, fica mantida a isenção da cobrança por bagagens, e ainda não há previsão para que a votação seja retomada;
  • De acordo com o jornal O Globo, a suspensão ocorreu após intensa mobilização junto a parlamentares de autoridades do setor da aviação civil e companhias aéreas. Vemos a cobrança pelo despacho como alinhada com as práticas internacionais, e positiva para a concorrência no setor.

BR Distribuidora (BRDT3): Renovação de conselho de administração

  • Segundo o Valor Econômico a recém privatizada BR Distribuidora pretende renovar praticamente todo o conselho de administração em assembleia no dia 18 de setembro. Nove candidatos foram indicados pelos principais investidores da empresa;
  • Dentro dos indicados pelo antigo controlador, citamos: Edy Kogut (atual integrando do colegiado), Alexandre Carneiro (ex-vice-presidente da Shell Brasil) e Maria Carolina Lacerda (ex- UBS e ex-diretora do Merrill Lynch e atual conselheira da Hypera Pharma). Os nomes apresentados pelos demais acionistas da companhia são: Carlos Augusto Piani (conselheiro da Equatorial Energia e diretor da Kraft Heinz), Claudio Ely (ex-presidente da Raiadrogasil e da Drogasil e conselheiro da Dimed, Leonel Dias de Andrade Neto (ex-presidente da Smiles e ex-diretor da Losango Financeira e da Visa do Brasil), Mateus Affonso Bandeira (ex-presidente do Banrisul e ex-conselheiro da PDG), Pedro Ripper (conselheiro da Iguatemi Shopping Centers e da Positivo Tecnologia e ex-diretor da Cisco e Oi), e Ricardo Carvalho Maia (ex-diretor da Ipiranga);
  • Vemos a notícia como positiva, sinalizando o avanço da transição da BR Distribuidora para uma companhia privada com a inclusão de conselheiros com ampla experiência profissional nas áreas que a empresa deseja focar nos próximos anos. Temos recomendação neutra, com preço-alvo de R$30/ação;

Renda Fixa

Rating ‘brAA+ (sf)’ atribuído à 4ª emissão de CRAs – risco Marfrig

  • A S&P Global Ratings atribuiu rating ‘brAA+ (sf)’ à série única da 4ª emissão de CRAs da RB Capital. A emissão será lastreada por debêntures devidas pela Marfrig Global Foods S.A;
  • A agência entende que o rating reflete a opinião de crédito sobre as debêntures, que possuem a Marfrig como única devedora;
  • O montante da emissão será de R$250 milhões

Governo vai liberar R$600 milhões para MCMV e Saneamento

  • Segundo informações do Valor Econômico, o ministério da Economia irá liberar, por meio de portaria a ser publicada hoje, R$600 milhões. Os recursos serão destinados ao programa de habitação Minha Casa Minha Vida (R$500 milhões) e ao saneamento (R$100 milhões);
  • Estão incluídos nesses recursos os R$20 milhões que faltam para cumprir o valor estipulado de recursos do Orçamento Geral da União (OGU) para o MCMV. Enquanto esses recursos não são liberados, a Caixa Econômica Federal não pode liberar os recursos do FGTS para novos financiamentos às obras e clientes das faixas 1,5 e 2 do programa habitacional;
  • A expectativa é de que, com a liberação dos recursos hoje, os financiamentos para as faixas 1,5 e 2 sejam retomados na sexta-feira, dia 30. A notícia é positiva para as construtoras que atuam no segmento.

Agibank reformula operação e prepara IPO

  • Segundo matéria do Valor Econômico, o Agibank se encontra no meio de um processo de guinada em seu modelo de negócios, enquanto se prepara para seu IPO (oferta inicial de ações) até o início de 2020. A estratégia foi reformulada para crescer em mercados de menor risco;
  • Como resultado da reformulação estratégica, o banco observou impacto em seus números, com recuo do lucro líquido para R$13,9 milhões e do retorno sobre o patrimônio líquido para 13% no primeiro semestre de 2019. No entanto, o presidente do banco, Marciano Testa, espera que o resultado do ano volte a patamares comparáveis a 2018, quando lucrou R$153 milhões;
  • A expectativa é que, com o novo posicionamento, o banco mude o foco em crédito pessoal, que continuará existindo como negócio complementar e com outro perfil de risco. O crescimento virá de crédito consignado, que apresenta menor risco do que crédito pessoal às classes C e D (foco atual). Com a mudança, a taxa média de juros cobrada pelo branco reduziu em mais de 20% no primeiro semestre. Em agosto, a taxa média era de 17,33% e o banco espera atingir um dígito até o final de 2020;
  • O banco tentou o IPO em 2018, porém recuou. Atualmente, prepara uma nova investida, listando as ações no Novo Mercado da B3 ou no mercado americano. Para isso, espera decreto presidencial que autorize investimento estrangeiro em seu capital.

Governo retoma ideia de leilão para trocar térmicas a óleo por gás

  • O governo deverá retomar planos de realização de leilão de contratação de energia nova e existente com o intuito de substituir grupo de termelétricas a óleo combustível e diesel, cujos contratos vencem em 2024. A substituição seria por térmicas a gás natural, menos poluentes e com custo mais baixo;
  • De acordo com o secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia (MME), Ricardo Cyrino, para o Valor Econômico, será lançada nos próximos dias consulta pública para discutir o assunto com o mercado. Há ideia de realizar leilão “A-4” no início de 2020 para substituir térmicas cujos contratos terminem no fim de 2023. Essas usinas representam 3 mil MW de capacidade instalada. Os contratos poderão ser de 15 anos de duração;
  • A iniciativa é apoiada também pelo regulador, a Aneel, uma vez que ajuda a reduzir o custo de geração de energia no país.

Invepar se prepara para disputar novos leilões

  • A Invepar, dona do Aeroporto de Guarulhos, deve disputar a nova leva de concessões que virá. Para isso, a empresa pretende vender ativos para conseguir pagar dívida de R$1 bilhão com o fundo Mubadala, podendo também captar no mercado para reforçar seu caixa. As informações são do Estadão;
  • A empresa passou por crise desde 2014, período em que a receita caiu e a dívida atingiu R$2 bilhões. Com isso, os acionistas fizeram aportes de R$680 milhões para pagamento de juros e investimentos em concessões. O valor não é suficiente para equilíbrio das contas e, por isso, a empresa colocou à venda a Concessionária Raposo Tavares e espera que o processo esteja concluído até março. Com esses recursos, conseguirá pagar a dívida com o Mubadala, que vencerá em abril de 2021;
  • Para investir em novos negócios, poderá ser realizada uma nova captação de dívida através de uma de suas concessionárias ou pela entrada de novo investidor. No entanto, na visão da agência de risco S&P Global Ratings, a empresa precisa primeiro equacionar suas dívidas atuais para depois pensar em novas captações para entrar em leilões. Portanto, apesar da intenção da empresa, é preciso acompanhar se haverá condições para isso.
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