IBOVESPA -0,56% | 105.009 Pontos
CÂMBIO 0,28% | 5,16/USD
O que pode impactar o mercado hoje
O Ibovespa encerrou o pregão de ontem em leve queda, a 105.009 pontos (-0,56%). As taxas futuras de juros também fecharam o dia em queda após a oferta de títulos prefixados do Tesouro e com apostas do mercado em novo corte da Selic, de 0,25 na reunião da semana que vem. Além disso, redução na percepção de risco tanto externa quanto interna também ajudaram no movimento de baixa. DI jan/21 atingiu nova mínima histórica, de 1,91%; DI jan/23 fechou em 3,63%; e DI jan/25 encerrou em 5,19%.
Os índices futuros de NY estão no campo positivo nesta manhã, um dia após grandes empresas de tecnologia dos EUA, como Apple, Amazon e Facebook, divulgarem resultados acima das expectativas dos analistas. Na Europa as bolsas também operam em alta, apesar da divulgação de uma queda no PIB na zona do euro mais forte que a esperada no segundo trimestre em relação ao primeiro. O destaque nesta manhã é também o setor de tecnologia.
Na Ásia, os sinais foram mistos. As bolsas fecharam majoritariamente em baixa nesta sexta-feira, um dia após a divulgação de queda recorde do PIB dos EUA. Os mercados chineses, por outro lado, regiram a dados melhores que o esperado de PMI (índice de gerentes de compras). O indicador subiu de 50,9 em junho para 51,1 em julho, o que sugere que a manufatura no país está crescendo em ritmo superior às expectativas.
No noticiário econômico local, ganhou destaque a divulgação do IBGE de que 52,9% das empresas em funcionamento no país apresentaram dificuldades em realizar todos os pagamentos de rotina durante a pandemia, o que deve provocar o aumento da inadimplência no país nos próximos meses. As pequenas companhias, com até 59 funcionários, mostraram-se as mais afeitadas (53,2%), seguidas das médias (42,1%) e grandes empresas (29,5%).
No exterior, o destaque ficou para a divulgação do PIB da zona do euro, que contraiu 12,1% entre o primeiro e o segundo trimestres de 2020, a maior contração histórica do indicador. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o PIB do bloco apresentou contração de 15% entre abril e junho, frustrando as expectativas dos analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam queda de 14%.
A agenda de indicadores e eventos do dia traz a divulgação do déficit do setor público consolidado do mês de junho. Nos Estados Unidos, serão divulgados os dados de renda pessoal, de inflação e o consolidado do mês de julho para a confiança do consumidor.
Entre os destaques corporativos, o Bradesco reportou ontem um resultado em linha com o esperado, porém fortalecendo seu balanço para enfrentar a crise. O banco também melhorou consideravelmente seu nível de capitalização. Conforme esperado, os destaques positivos vieram da tesouraria e do ramo de seguros. Por fim, reiteramos nossa recomendação de compra e R$ 27,00, pois esperamos que o banco continue melhorando seu resultado trimestral.
Além disso, a Omega Geração (OMGE3) anunciou a aquisição de dois parques eólicos da Eletrobras localizados no Rio Grande do Sul. Os parques possuem capacidade total de geração de 582.8MW, e possuem contratos de fornecimento de energia no mercado livre de longa duração (2031 a 2035) a preços atrativos de aproximadamente R$220/MW. Consideramos as condições da aquisição muito atrativas para a companhia, e acreditamos que a operação deve reforçar ainda mais a convicção de investidores na tese de investimentos da companhia de crescimento a taxas de retorno atrativas. Reiteramos recomendação de Compra nas ações, com preço-alvo de R$42/ação.
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Internacional
Empresas
- Engie Brasil (EGIE3): resultados do 2T20 em linha com nossas estimativas
- Copasa (CSMG3): resultado do 2T20 em linha com as expectativas
- CTEEP (TRPL4): 2T20 em linha com nossas estimativas
- Bradesco (BBDC4): uma fortaleza | Revisão 2Q20
- Azul (AZUL4): destaques da live com o Sr. Alex Malfitani, CFO da Azul
- Banco do Brasil (BBAS3): participação em índice de sustentabilidade
- Banco do Brasil (BBAS3): ainda sem nome para CEO
Veja todos os detalhes
Empresas
Engie Brasil (EGIE3): resultados do 2T20 em linha com nossas estimativas
- A Engie Brasil reportou um EBITDA Ajustado (Pro-forma) do 2T20 de R$ 1.341,6 milhões, em linha (-2,7%), com nossa estimativa de R$ 1.378,6 milhões. O Lucro Líquido foi de R$ 765,7 milhões, acima da nossa estimativa de R$ 601,9 milhões, principalmente devido a um ganho não recorrente de R$ 79,9 milhões em ações judiciais bem-sucedidas, juntamente com pagamentos de indenizações por atrasos na conclusão das obras;
- O resultado refletiu uma combinação de (i) margem de contribuição menor que a esperada (-9,2%), reflexo de maiores custos de aquisição de eletricidade e menores resultados de comercialização de energia; (ii) custos gerenciáveis em linha com nossas expectativas e (iii) maiores resultados de participações na TAG devido ao reconhecimento de créditos fiscais relacionados ao benefício da SUDENE;
- Na frente ESG, dois projetos de desenvolvimento sustentável da ENGIE foram selecionados pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) como casos de investimentos transformacionais em direção a uma economia sustentável;
- Temos uma avaliação de neutra dos resultados da Engie no 2T20, uma vez que o EBITDA Ajustado registrado pela empresa no período veio em linha com nossas expectativas. Mantemos nossa recomendação Neutra na Engie Brasil, com um preço-alvo de R$ 42/ação.
Copasa (CSMG3): resultado do 2T20 em linha com as expectativas
- No dia 30 de julho após o fechamento de mercado, a Copasa divulgou seus resultados do 2T20. O EBITDA ajustado de R$ 380,0 milhões veio exatamente linha com nossa estimativa de R$ 381,6 milhões (-0,4%). Tal performance reflete uma combinação de (i) uma maior tarifa média em relação às nossas expectativas em função da maior migração de clientes da tarifa social para residencial devido à revisão na base do CadÚnico na esfera federal e (ii) a redução de R$9,9 milhões na receita indireta de água e esgoto, em função, principalmente, das medidas tomadas para minimizar os impactos à população ocasionados pela pandemia do coronavírus, compensados parcialmente por um aumento do número de dias de consumo contabilizados pela companhia em 1,3%, sendo 92,1 dias no 2T20, contra 90,9 dias no 2T19;
- Passando para a linha do lucro, o lucro líquido de R$ 146,3 milhões ficou acima da nossa estimativa de R$ 134,2 milhões (9%) e do consenso da Bloomberg de R$ 112,5 milhões, devido a maiores receitas e menores despesas financeiras líquidas em relação às nossas estimativas;
- Temos uma avaliação neutra dos resultados do 2T20 da Copasa, dado que vieram em linha com nossas estimativas. Por outro lado, continuamos a enxergar um cenário complexo para a concretização de uma eventual privatização da companhia nos ambientes estadual e municipal. Assim sendo, continuamos a acreditar que há poucos motivos para se investir nas ações da Copasa, e mantemos recomendação de Venda, com preço-alvo de R$46/ação.
CTEEP (TRPL4): 2T20 em linha com nossas estimativas
- Em 30 de julho, a CTEEP anunciou seu resultado do 2T20, com EBITDA ajustado de R$ 566,7mi vindo em linha (-3,0%) com nossa estimativa de R$ 584,4mi. Vale destacar, que a empresa apresentou custos e despesas operacionais menores do que o esperado, o que é visto com positivo;
- O lucro líquido foi de R$ 919,1mi bem acima da nossa estimativa de R$ 307,6mi. A diferença, no entanto, pode ser explicada pelos seguintes fatores não recorrentes: (i) um provisionamento de R$803,4mi de Parcela de Ajuste (RTP e RBSE) e (i) um receita de R$ 75,0 mi referentes a decisão favorável em um processo judicial e (iii) ganhos de R$ 73 mi relacionados a uma operação de Real Estate;
- Os resultados do 2T20 da CTEEP reforçam a estabilidade e resiliência do segmento de transmissão de energia, que, como esperávamos, não apresentaram quaisquer impactos da crise desencadeada pela pandemia do coronavírus. Mantemos nossa recomendação Neutra na CTEEP, com preço-alvo de R$ 23/ação.
Bradesco (BBDC4): uma fortaleza | Revisão 2Q20
- Do lado das empresas, o Bradesco reportou ontem um resultado em linha com o esperado, porém fortalecendo seu balanço para enfrentar a crise;
- O banco também melhorou consideravelmente seu nível de capitalização. Conforme esperado, os destaques positivos vieram da tesouraria e do ramo de seguros;
- Por fim, reiteramos nossa recomendação de compra e R$ 27,00, pois esperamos que o banco continue melhorando seu resultado trimestral.
Azul (AZUL4): destaques da live com o Sr. Alex Malfitani, CFO da Azul
- Realizamos ontem uma live com o CFO da Azul, Sr. Alex Malfitani, para debater a dinâmica atual do setor e os efeitos da pandemia nas operações da Azul. Entre os pontos abordados, destacaram-se a redução de custos feita pelas companhias aéreas, o acordo de Code Share da Azul com a Latam e a estratégia da Azul no médio e longo prazo;
- Redução de custos: segundo Malfitani, a própria redução de ASK feita no período (~-90% a/a) para se adequar ao novo cenário de demanda já representou um grande corte de custos, uma vez que os custos variáveis representam ~60% dos custos totais da companhia. A Azul também negociou a postergação de pagamentos aos lessores e adiou o recebimento de novas aeronaves que estavam no plano de frota;
- Code share com a Latam: para Alex, o acordo foi uma das oportunidades trazidas pela pandemia, não só para as empresas, que conseguem reduzir custos e ampliar o número de destinos, como também para os clientes, que agora têm acesso a uma malha muito mais diversificada. Para o executivo, ainda é muito cedo para conversas sobre uma possível Joint Venture ou mesmo fusão entre a Azul e a Latam, dada a baixa visibilidade sobre demanda e o momento de dificuldade ainda vivido por ambas as companhias;
- Para assistir a live na íntegra, basta clicar aqui.
Banco do Brasil (BBAS3): participação em índice de sustentabilidade
- Ontem, o BB comunicou ao mercado que estava listado pelo quinto ano consecutivo no índice FTSE4Good. Este índice pertence a bolsa de valores de Londres e fazem parte as empresas que seguem boas práticas ambientais, sociais e de governança corporativa (ASG, ou pela sigla ESG em inglês);
- Em nossa visão, a notícia é positiva, pois nos mostra que os outros países estão reconhecendo as boas práticas e o comprometimento do banco com a frente de sustentabilidade.
Banco do Brasil (BBAS3): ainda sem nome para CEO
- De acordo com a mídia, o ministério da Economia ainda não havia decidido quem seria o sucessor de Rubem Novaes na presidência do banco;
- A notícia ainda afirma que um nome de mercado seria a preferência, mas que dificuldades estariam sendo encontradas para aceitação de um perfil deste nome;
- Nossa visão sobre essa incerteza é negativa, principalmente se um nome não for anunciado até o resultado. Investidores mantém cautela até entenderem qual o perfil de quem vai assumir o cargo e seu posicionamento em temas como alinhamento de interesses com minoritários, criação de valor e responsabilidade com o balanço do banco.
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