IBOVESPA -1,61% | 133.382 Pontos
CÂMBIO + 0,69% | 5,58/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa encerrou a semana em queda de 2,1% em reais e 2,2% em dólares, aos 133.382 pontos.
O destaque positivo da semana foi Pão de Açúcar (PCAR3, +12,8%), após o anúncio de que cinco membros da família Coelho Diniz aumentaram sua participação na companhia.
Por outro lado, Embraer (EMBR3, -8,1%) recuou, em meio à continuidade das incertezas em torno das tarifas dos EUA ao Brasil. Segundo o nosso relatório Os impactos das tarifas dos EUA sobre o Brasil, a Embraer é a empresa listada com a maior exposição de receitas para os EUA (veja mais detalhes sobre o impacto para a Embraer aqui).
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Renda Fixa
No comparativo semanal, os juros futuros encerraram com abertura na curva, com o mercado preocupado com um possível agravamento nas relações comerciais entre Brasil e EUA. O diferencial entre os contratos com vencimento em janeiro de 2035 e 2026 saiu de –131,00bps pontos-base (bps) na sexta-feira passada para -107,50 bps nesta semana. As taxas de juro real tiveram fechamento, com os rendimentos das NTN-Bs com vencimento em 2030 consolidando-se em patamares próximos a 7,81% a.a. (vs. 7,84% a.a. na semana anterior). O DI jan/26 encerrou em 14,97% (+2,5bps no comparativo semanal); DI jan/27 em 14,37% (+3,5bps); DI jan/29 em 13,66% (+17,5bps); DI jan/31 em 13,85% (+23bps); DI jan/35 em 13,89% (+26bps).
Mercados globais
Nesta segunda-feira, os futuros dos EUA operam em leve alta (S&P 500: +0,3%; Nasdaq 100: +0,3%), com investidores acompanhando os desdobramentos da guerra comercial e aguardando resultados trimestrais importantes na semana, como de big techs. O governo americano reforçou que o dia 1º de agosto será o “prazo final” para a imposição de tarifas a parceiros comerciais, embora siga aberto a negociações. Alphabet e Tesla lideram as expectativas da semana, em meio à perspectiva de que as “Magnificent Seven” puxem o crescimento de lucros no 2º trimestre. Até agora, 86% das 59 empresas do S&P 500 que divulgaram resultados superaram as estimativas.
Na Europa, as bolsas operam em queda (Stoxx 600: -0,1%), com perdas no setor automotivo após a Stellantis projetar prejuízo líquido de 2,3 bi de euros no 1º semestre devido às tarifas dos EUA. Por outro lado, a Ryanair avança 6% após divulgar lucro acima do esperado, com bom desempenho nas tarifas.
Na China, os mercados fecharam em alta (CSI 300: +0,7%; HSI: +0,7%), com destaque para ações de infraestrutura e cimento após o anúncio de um megaprojeto hidrelétrico no Tibete, liderado pelo novo grupo estatal China Yajiang. Papéis como Anhui Conch Cement e China National Building Material dispararam mais de 8%.
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a sexta-feira em queda de 0,29%, acumulando uma desvalorização de 0,52% na semana. Tanto os FIIs de Papel quanto os Fundos de Tijolo registraram desempenho negativo na sessão, com recuos médios de 0,23% e 0,17%, respectivamente. As maiores altas do dia foram: BLMG11 (1,8%), HGPO11 (1,4%) e BROF11 (1,3%). Já as principais quedas ficaram por conta de IRDM11 (-3,5%), BTAL11 (-2,2%) e CCME11 (-2,1%).
Economia
As negociações comerciais entre os Estados Unidos e a União Europeia permanecem indefinidas. Enquanto o bloco europeu tenta manter a tarifa básica em 10%, autoridades norte-americanas sinalizaram que Trump deve exigir concessões adicionais, com tarifas a partir de 15%. Na China, o banco central manteve a taxa primária de empréstimo em níveis historicamente baixos, conforme amplamente antecipado. A expectativa é de que a política monetária permaneça expansionista diante do fraco desempenho econômico.
No Brasil, segundo o jornal Folha de São Paulo, autoridades do Departamento de Estado dos Estados Unidos teriam comunicado que a revogação de vistos de entrada para alguns ministros do Supremo Tribunal Federal seria apenas a primeira de uma série de sanções previstas para os próximos dias. De acordo com relatos, “o Brasil terá uma longa semana a partir do dia 21”. Dentre as possíveis medidas, estariam (i) o aumento de tarifas de importação de 50% para 100%, (ii) sanções conjuntas com a Otan, (iii) restrições ao uso de satélites e GPS, além da (iv) possível aplicação da Lei Magnitsky.
Na agenda internacional desta semana, destaque para as decisões de juros na Zona do Euro. Além disso, as leituras preliminares dos PMIs das principais economias serão publicadas – PMIs são sondagens com empresas que visam medir o clima da atividade econômica. No Brasil, o protagonismo ficará para a divulgação do IPCA-15 de julho. Na seara fiscal, serão publicados os dados de arrecadação federal e de resultado primário do governo central de junho, mas sem data definida. Por fim, as estatísticas do setor externo do último mês também serão divulgadas.
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Economia
Sanções dos Estados Unidos contra o Brasil podem aumentar nesta semana
- As negociações comerciais entre os Estados Unidos e a União Europeia permanecem indefinidas, com destaque para a divergência quanto à alíquota mínima de importação. Enquanto o bloco europeu tenta manter a tarifa básica em 10%, autoridades norte-americanas sinalizaram que Trump deve exigir concessões adicionais, com tarifas a partir de 15%. Diante desse cenário, Alemanha e França passaram a defender uma postura mais assertiva frente à administração norte-americana, e a União Europeia já considera adotar novas medidas retaliatórias contra empresas, caso não haja acordo, ampliando o risco de escalada nas tensões comerciais.
- Na China, os mercados acionários registraram alta após o banco central manter a taxa primária de empréstimo em níveis historicamente baixos, conforme amplamente antecipado. A decisão alivia temores de uma retirada dos estímulos monetários. Embora haja sinais de que o governo possa reduzir o ritmo de afrouxamento (especialmente após os recentes acordos tarifários com os Estados Unidos) a expectativa é de que a política monetária permaneça expansionista diante do fraco desempenho econômico.
- No Japão, o iene valorizou após a derrota da coalizão governista nas eleições para a câmara alta do Parlamento (instância responsável por revisar legislações aprovadas pela câmara baixa). A renovação parcial de seus membros ocorre a cada três anos, e o pleito mais recente resultou na perda da maioria pelo grupo político do primeiro-ministro Shigeru Ishiba. Apesar do revés, sua permanência no cargo reduziu temores de uma crise política mais profunda, embora a oposição deva intensificar a pressão por estímulos fiscais e cortes tributários. O contexto eleitoral se insere em um momento delicado, com o Japão buscando avançar em um acordo comercial com os Estados Unidos, cujo secretário de Comércio, Howard Lutnick, reafirmou que o prazo de 1º de agosto é definitivo para a aplicação de tarifas, ainda que as negociações prossigam até lá.
- No Brasil, segundo o jornal Folha de São Paulo, autoridades do Departamento de Estado dos Estados Unidos teriam comunicado que a revogação de vistos de entrada para alguns ministros do Supremo Tribunal Federal seria apenas a primeira de uma série de sanções previstas para os próximos dias. De acordo com relatos, “o Brasil terá uma longa semana a partir do dia 21”. Dentre as possíveis medidas, estariam (i) o aumento de tarifas de importação de 50% para 100%, (ii) sanções conjuntas com a Otan, (iii) restrições ao uso de satélites e GPS, além da (iv) possível aplicação da Lei Magnitsky, que proíbe operações financeiras e impõe outras penalidades a indivíduos envolvidos em violações de direitos humanos.
- Na agenda internacional desta semana, destaque para as decisões de juros na Zona do Euro (5ª-feira), para a qual o mercado espera manutenção das taxas básicas. Além disso, as leituras preliminares dos PMIs das principais economias serão publicadas – PMIs são sondagens com empresas que visam medir o clima da atividade econômica.
- No Brasil, o protagonismo ficará para a divulgação do IPCA-15 de julho na 6ª-feira – esperamos que a inflação acelere na margem, puxada por passagens aéreas, reajustes de loterias e preços de energia elétrica, enquanto alimentos devem moderar a alta. Na seara fiscal, serão publicados os dados de arrecadação federal e de resultado primário do governo central de junho, mas sem data definida. Por fim, as estatísticas do setor externo do último mês também serão divulgadas (6ª-feira).
Empresas
Construtoras: Navegando por um ambiente desafiador com forte lucratividade
- Estamos divulgando nossa prévia de resultados do 2T25 para Cyrela, Moura Dubeux e Lavvi, que esperamos que se destaquem entre as construtoras de alta renda nesta temporada, com sólidas expansões de lucro líquido de 8%, 39% e 81% A/A, respectivamente, apoiadas por dados operacionais robustos;
- Aproveitamos essa oportunidade para atualizar nossos números, atualizando nossos preços-alvo para 2026 e elevando CYRE3 para R$ 37,0/ação (de R$ 30,0/ação), MDNE3 para R$ 31,0/ação (de R$ 26,0/ação) e LAVV3 para R$ 17,0/ação (de R$ 13,0/ação);
- A Cyrela continua sendo nossa principal escolha, combinando (i) resiliência operacional, (ii) forte dinâmica de lucros, (iii) níveis atrativos de ROE, (iv) alta liquidez e (v) um valuation atrativo de 4,6x P/L 26E;
- Ela é seguida pela Moura Dubeux, que está em um forte ciclo de expansão que deverá proporcionar um crescimento anual de LPA atrativo, e pela Lavvi, que deverá manter lançamentos elevados e, ao mesmo tempo, capturar o crescimento dos lucros de sua receita a apropriar.
- Clique aqui para acessar o relatório.
Vivara (VIVA3): Voltando para casa; Paulo Kruglensky pode integrar o Conselho
- Possíveis mudanças no Conselho em vista. Segundo notícias (link), Nelson Kaufman, presidente e fundador da Vivara, deixará seu cargo devido a problemas de saúde e será substituído por sua filha, Marina Kaufman Bueno Neto, que já fazia parte do Conselho como vice-presidente. Além disso, Paulo Kruglensky, que foi CEO da Vivara antes do retorno de Nelson (link), ocupará a cadeira remanescente;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Exclusive: Europe Readies for U.S. Trade Confrontation (WSJ);
- Tesouro deve manter ritmo intenso e postura agressiva em emissões (Valor Econômico);
- Rede D’Or negocia aquisição do Fleury, dizem fontes (Valor Econômico);
- Fitch Atribui Rating ‘A(bra)’ à Alares; Perspectiva Estável (Fitch Ratings);
- Clique aqui para acessar o clipping.
Estratégia
Investidores estrangeiros encerram o 1º semestre com forte entrada de fluxos, mas julho registra saídas até o momento – Fluxo em foco
- Os investidores estrangeiros encerraram o primeiro semestre de 2025 como fortes compradores de ações brasileiras, com entradas líquidas de R$ 26,9 bilhões no mercado à vista, apesar de saídas líquidas de R$ 2,2 bilhões em futuros — marcando o melhor primeiro semestre desde 2022. Em junho, os fluxos foram ligeiramente positivos, com entradas líquidas totais de R$ 0,6 bilhão;
- Acreditamos que essa forte onda de fluxos estrangeiros tenha sido impulsionada principalmente pelo movimento de rotação global de capital para fora dos EUA que iniciou em 2025, com os mercados da América Latina se tornando um dos principais beneficiários;
- No entanto, em julho, essa tendência se inverteu até o momento, com saídas de R$ 2,3 bilhões no mercado à vista e R$ 4,2 bilhões em futuros, em meio à retomada da performance dos mercados dos EUA e à queda do Ibovespa no acumulado do mês;
- Por outro lado, os investidores institucionais mantiveram-se vendedores líquidos, com saídas de R$ 8,4 bilhões no mercado à vista, parcialmente compensadas por entradas de R$ 6,0 bilhões em futuros. Já os investidores pessoa física registraram um mês positivo em junho, com entradas de R$ 2,0 bilhões no mercado à vista e saídas de R$ 1,0 bilhão em futuros;
- Por fim, a indústria de fundos registrou um mês positivo após cinco meses consecutivos de resgates líquidos, com captação líquida de R$ 13,6 bilhões, impulsionada mais uma vez pelos fundos de renda fixa (+R$ 9,5 bilhões);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Como está o sentimento dos investidores com a Bolsa brasileira? | Gráfico da Semana
- Nesta semana, publicamos duas pesquisas com o objetivo de capturar o sentimento e o posicionamento atual dos investidores: nossa Pesquisa com Assessores, que reflete a visão dos investidores pessoa física, e uma Pesquisa com Investidores Institucionais;
- De forma geral, observamos um sentimento otimista, ainda que mais forte entre os investidores institucionais. Essa melhora no sentimento ocorre após o desempenho positivo das ações brasileiras no primeiro semestre de 2025, impulsionado principalmente por fortes entradas de fluxos estrangeiros;
- Além disso, a possibilidade de novos cortes de juros à frente tem sido uma importante fonte de otimismo para o mercado, com o tema sendo citado por 70% dos institucionais e 59% dos assessores~;
- Nesse cenário, como se posicionar? Nós também estamos com uma visão mais construtiva em relação à Bolsa brasileira devido a, entre outros fatores, um cenário global mais favorável para mercados da América Latina e à mudança do regime de juros. Como resultado, temos ampliado gradualmente nossa exposição ao risco, com maior alocação em setores domésticos e cíclicos;
- Clique aqui para acessar o Gráfico da Semana.

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