IBOVESPA -0,31% |141.708 Pontos
CÂMBIO +0,58% | 5,37/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa encerrou a quinta-feira em queda de 0,3%, aos 141.708 pontos, dando continuidade ao movimento de correção do índice, que acumula queda de 3,1% em outubro. O mercado permaneceu atento ao cenário político após a derrubada da MP 1.303 no Congresso Nacional e suas possíveis implicações para a política fiscal, especialmente a partir de 2026.
O destaque positivo do dia foi Weg (WEGE3, +4,8%), após um relatório de um banco de investimentos indicar que a renovação antecipada da concessão da Light (LIGT3, -1,0%) no Rio de Janeiro, caso aprovada, poderia beneficiar a companhia, ao impulsionar a demanda por suas soluções elétricas e industriais. Na ponta negativa, Brava (BRAV3, -5,1%) recuou em movimento técnico, estendendo as perdas recentes e acumulando queda de 15,6% desde 18 de setembro.
Para esta sexta-feira, o destaque da agenda econômica será a divulgação dos dados de expectativas do consumidor de outubro nos EUA.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de quinta-feira com redução ao longo da curva. O movimento refletiu a derrubada da MP 1303 pelo Congresso, e a divulgação do IPCA de setembro (+0,48%), abaixo da expectativa do mercado (+0,52%), que contribuiu para o alívio nas taxas, com destaque para a desaceleração dos preços de serviços. No cenário internacional, o Hamas anunciou ter chegado a um acordo de cessar-fogo com Israel. No entanto, o governo israelense ainda discute a aprovação do acordo, que segue sem vigência. Além disso, o presidente Donald Trump sugeriu a possibilidade de impor novas sanções ao governo russo, em resposta à continuidade do conflito no leste europeu. Em um dia sem dados econômicos nos EUA, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,60 (+1,6bp vs. pregão anterior), enquanto os de dez anos em 4,14% (+2,0bps). Na curva local, o DI jan/26 encerrou em 14,9% (- 0,1bp vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14,02% (- 7,8bps); DI jan/29 em 13,34% (- 10bps); DI jan/31 em 13,6% (- 7,2bps).
Mercados globais
Nesta sexta-feira, os futuros nos EUA operam próximos da estabilidade (S&P 500: 0,0%; Nasdaq 100: 0,0%) após a leve realização de lucros da véspera, quando os índices recuaram de máximas históricas. Investidores seguem cautelosos diante da continuidade do shutdown do governo americano, que já dura nove dias, e aguardam o início da temporada de resultados corporativos na próxima semana, liderada por JPMorgan e Citigroup. O mercado também aguarda o índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan, que ganha destaque em meio à escassez de dados oficiais.
Na Europa, as bolsas operam estáveis (Stoxx 600: 0,0%), após sinais iniciais de trégua no Oriente Médio com o governo de Israel aprovando o primeiro estágio do acordo de paz proposto por Donald Trump, que prevê cessar-fogo e libertação de reféns. O setor de defesa recua -0,7%, enquanto mineradoras também caem diante das novas restrições chinesas à exportação de terras-raras. Entre os destaques corporativos, a Comissão Europeia prepara uma ação contra a Itália por impor restrições à aquisição do Banco BPM pela UniCredit.
Na China, as bolsas fecharam em queda (CSI 300: -2,0%; HSI: -1,7%), pressionadas por realizações no setor de tecnologia. Na Ásia, os mercados encerraram mistos. O Kospi da Coreia do Sul disparou 1,7%, com ações da Samsung e SK Hynix atingindo recordes, impulsionadas pelo otimismo em torno do acordo entre a OpenAI e a AMD. Já no Japão, o Nikkei 225 recuou 1,0% e o Topix caiu 1,9%, acompanhando a realização em Wall Street.
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou o pregão de quarta-feira com queda de 0,11%. O movimento foi impulsionado, principalmente, pelo desempenho negativo dos fundos de tijolo, que recuaram em média 0,20% na sessão, enquanto os fundos de papel permaneceram estáveis. A correção do índice ocorreu mesmo diante do fechamento da curva de juros futura, reflexo da divulgação do IPCA de setembro, que veio abaixo das expectativas do mercado, e da derrubada da MP 1303 no Congresso.
Entre as maiores altas do dia, destacaram-se AIEC11 (1,0%), KISU1 (0,9%) e VRTM11 (0,9%). Já entre as principais quedas, figuraram TEPP11 (-2,2%), HGBS11 (-1,5%) e RBRP11 (-1,2%).
Economia
No cenário internacional, o mercado repercute o cessar-fogo entre Israel e o Hamas, evento que derrubou as cotações de petróleo e ouro na sessão de ontem. Nos EUA, a agenda de indicadores segue pouco movimentada, devido ao shutdown. Destaque hoje para a divulgação da confiança do consumidor de outubro, medida pela Universidade de Michigan. O mercado projeta queda de 55,1 pontos no último mês para 54,0 pontos nesse. Além disso, projeta-se que as expectativas de inflação de 1 ano e de médio prazo se mantenham em 4,7% e 3,7%, respectivamente.
No Brasil, o IPCA de setembro avançou 0,48% m/m, tendo a inflação anual subido de 5,13% para 5,17%, influenciada pela alta de 10,3% nas tarifas de energia. Os alimentos registraram deflação, puxados por cereais, alimentos in natura e proteínas, enquanto a alimentação fora do domicílio teve alta menor que o esperado. Houve moderação nos preços de serviços e nos núcleos de inflação, especialmente nos serviços intensivos em mão de obra, que cresceram menos que o previsto. A inflação de bens industriais subiu levemente, com queda nos preços dos bens duráveis pelo terceiro mês consecutivo, e os preços monitorados subiram 1,87%, influenciados pela normalização dos preços de energia. Com isso, reduzimos nossa projeção para o IPCA de 2025 para 4,7% (antes 4,8%). Apesar da melhora, a inflação corrente permanece elevada e desafiadora, exigindo juros altos por mais tempo, com início do ciclo de cortes previsto para março e Selic a 12,00% no final de 2026.
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Economia
IPCA mostra sinais de moderação, embora siga acima do topo da meta
- No cenário internacional, o mercado repercute o cessar fogo entre Israel e o Hamas, evento que derrubou as cotações de petróleo e ouro na sessão de ontem.
- Nos EUA, a agenda de indicadores segue pouco movimentada, devido ao shutdown. Destauque hoje para a divulgação da confiança do consumidor de outubro, medida pela Universidade de Michigan. O mercado projeta queda de 55,1 pontos no último mês para 54,0 pontos nesse. Além disso, projeta-se que as expectativas de inflação de 1 ano e de médio prazo dos consumidores se mantenham em 4,7% e 3,7%, respectivamente.
- No Brasil, o IPCA de setembro avançou 0,48% no mês, ligeiramente abaixo da nossa projeção e da mediana de mercado, com a inflação anual subindo de 5,13% para 5,17%. A leitura foi marcada pela alta de 10,3% nas tarifas de energia devido ao estorno do bônus de Itaipu. Entre os preços livres, os alimentos registraram deflação, puxados por cereais, alimentos in natura e proteínas, enquanto a alimentação fora do domicílio teve alta menor que o esperado. O destaque positivo ficou para a moderação nos preços de serviços e nos núcleos de inflação, especialmente nos serviços intensivos em mão de obra, que cresceram menos que o previsto.
- A inflação de bens industriais subiu levemente, com queda nos preços dos bens duráveis pelo terceiro mês consecutivo. Os preços monitorados subiram 1,87%, influenciados pela normalização dos preços de energia, após o pagamento do bônus de Itaipu em agosto. Com isso, reduzimos nossa projeção para o IPCA de 2025 para 4,7% (antes 4,8%). Apesar da melhora, a inflação corrente permanece elevada e desafiadora, exigindo juros altos por mais tempo. Projetamos o início do ciclo de cortes de juros em março e Selic a 12,00% no final de 2026. Para detalhes, ler nossa análise completa.
Empresas
Cury (CURY3): Geração de caixa operacional impulsionada por fortes dados operacionais
- A Cury divulgou uma sólida prévia operacional no 3T25. Os lançamentos (100%) aumentaram para R$ 1,98 bilhão (+27% A/A) e os preços por unidade lançada diminuíram (-3,6% A/A), explicado por um forte crescimento nos lançamentos em SP, que tem preços médios por unidade mais baixos em comparação com RJ.
- A participação da Cury diminuiu para 87,3% (-9,0 p.p. A/A), levando os lançamentos (%Co) a atingir R$ 1,73 bilhão (+15% A/A), em linha com nossas estimativas. As vendas líquidas (100%) aumentaram para R$ 1,82 bilhão (+27% A/A), impulsionadas pela forte expansão dos lançamentos.
- As vendas líquidas (%Co) atingiram R$ 1,63 bilhão (+20% A/A), ficando 12% abaixo de nossas estimativas. A VSO trimestral foi robusto, com 40,6% (-3,3 p.p. em relação ao A/A), quase em linha com nossas estimativas, explicado por uma queda na VSO trimestral no RJ (-5,6 p.p. em relação ao A/A).
- Nossa visão: Os resultados operacionais da Cury foram sólidos, abrindo caminho para que a empresa continue acelerando tanto o ritmo de lançamentos quanto o crescimento da receita nos próximos trimestres.
- Clique aqui para acessar o relatório
Cyrela (CYRE3): Dados operacionais sólidos impulsionados pelo segmento de alta renda
- A Cyrela divulgou resultados operacionais sólidos para o terceiro trimestre de 2025. Os lançamentos (100%) foram robustos, atingindo R$ 5,05 bilhões (+62% A/A, +22% no T/T anterior), impulsionados por (i) forte expansão no segmento de alta renda, com R$ 3,3 bilhões (+120% A/A), e (ii) desempenho sólido contínuo da Vivaz (+107% A/A), apesar da desaceleração esperada da Living (-As vendas líquidas (100%) foram sólidas, atingindo R$ 3,55 bilhões (+11% em relação ao A/A), em grande parte em linha com nossas estimativas. 65% A/A).
- As vendas líquidas (100%) foram sólidas, atingindo R$ 3,55 bilhões (+11% em relação ao A/A), em grande parte em linha com nossas estimativas.
- A VSO trimestral atingiu 19,2% (-50 pb em relação ao T/T), impulsionado pelo aumento do VSO no segmento de alta renda, de 18% (+6 p.p.). T/T), potencialmente beneficiando-se da forte VSO de lançamento da Cyrela (41% no trimestre), embora compensado por um declínio no VSO da Vivaz para 27,5% (de 41% no 2T25).
- Consideramos os dados operacionais da Cyrela sólidos, apoiados pela forte expansão contínua dos lançamentos acima das expectativas e pelas vendas líquidas e VSO resilientes, superando os pares do setor.
- Clique aqui para acessar o relatório.
Camil (CAML3) | Revisão do 2T25 (Ago/25): Lucros e FCF superam expectativas, mas não são catalisadores
- A Camil entregou resultados acima do esperado, com o desempenho superior sendo impulsionado principalmente por resultados mais fortes do que o previsto no Brasil. Os lucros se recuperaram T/T, embora ainda estejam abaixo A/A, refletindo a queda nos preços do arroz e comparações difíceis de volume devido a efeitos pontuais.
- Sequencialmente, (i) melhores volumes no segmento High Turnover; (ii) preços mais altos no segmento High Value; e (iii) volumes mais fortes no Uruguai compensaram a queda nos preços do arroz. A receita líquida foi de BRL 2,9bi (+6% vs. XPe e +11% T/T) e o EBITDA ajustado foi de BRL 251mi (+8% vs. XPe e +7% T/T), enquanto o lucro líquido foi 78% acima das nossas estimativas, totalizando BRL 79mi, devido a um efeito positivo¹ nos impostos.
- Devido a uma necessidade de capital de giro menor do que o esperado, o consumo de caixa foi de BRL 150mi, abaixo do esperado (~BRL 600mi), o que levou a alavancagem para ND/EBITDA de 4,1x (contra o covenant de 3,5x para o final do ano). Embora os lucros e o fluxo de caixa livre tenham superado as expectativas, não esperamos que os resultados do 2T25 representem um catalisador forte para a ação.
- Link: https://conteudos.xpi.com.br/acoes/relatorios/camil-caml3-revisao-do-2t25-ago-25-lucros-e-fcf-superam-expectativas-mas-nao-sao-catalisadores/
VIVT3 e TIMS3: Prévia dos Resultados do 3T25
- Neste relatório, apresentamos nossas estimativas para os resultados do 3º trimestre de 2025 da Vivo (VIVT3) e da TIM (TIMS3):
- De modo geral, antecipamos a continuidade da dinâmica operacional para ambas as empresas, com o pós-pago impulsionando o crescimento da receita, compensando o desempenho fraco do pré-pago;
- Também esperamos que ambas as empresas reportem expansão nas margens EBITDA.
Clique aqui para acessar o relatório completo
Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Juros dos títulos soberanos recuam na França com anúncio iminente de novo primeiro-ministro (Valor Econômico);
- Exportações de suco de laranja caíram após atraso na colheita das frutas (Globo Rural);
- Dívida atualizada da FMU, em recuperação judicial, é de quase R$ 245 milhões (Estadão);
- Fitch Revisa Perspectiva do Banco Fibra para Estável; Afirma Ratings ‘B+’/‘BBB+(bra)’ (Fitch Ratings);
- Clique aqui para acessar o clipping.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- O que explica os recordes do IFIX mesmo com juros altos? Analistas apontam fatores (InfoMoney);
- Cotistas do IRDM11 aprovam incorporação pelo IRIM11; gestão dá sequência a processo (FIIs);
- TRXF11 inicia período de exercício do direito de preferência em sua 12ª emissão de cotas (FIIs);
- Clique aqui para acessar o relatório..

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