IBOVESPA +0,31% | 146.172 Pontos
CÂMBIO +0,09% | 5,39/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa encerrou a semana passada em alta de 1,9% em reais e 2,5% em dólares, aos 146.172 pontos.
O destaque positivo da semana foi Vamos (VAMO3, +13,2%), após a companhia divulgar sua prévia operacional do 3T25 (veja aqui o comentário completo).
Por outro lado, Brava (BRAV3, -5,0%) foi pressionada pela incerteza gerada após o anúncio de uma reestruturação organizacional envolvendo a saída do diretor financeiro (veja mais detalhes aqui). Em seguida, a aprovação de um novo CFO contribuiu para uma recuperação parcial das ações (veja aqui a nota completa dos nossos analistas).
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Renda Fixa
No comparativo semanal, os juros futuros encerraram com movimentos forte fechamento ao longo da curva, refletindo a elevação das apostas em cortes da Selic com dados de inflação fracos. As taxas de juro real também tiveram alívio, com os rendimentos das NTN-Bs com vencimento em 2030 terminando em 7,9% a.a. (vs. 8,07% na semana anterior). O DI jan/26 encerrou em 14,89% (- 0,7bps no comparativo semanal); DI jan/27 em 13,81% (- 20,5bps); DI jan/29 em 13,07% (- 29,5bps); DI jan/31 em 13,3% (- 30,5bps); DI jan/35 em 13,49% (- 26,5bps). Nos EUA, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram em 3,48% (-8,56 bps vs. semana anterior), enquanto os de dez anos em 4,02% (-9,78bps).
Mercados globais
Nesta segunda-feira, os futuros nos EUA avançam (S&P 500: +0,9%; Nasdaq 100: +1,3%) após sinais de trégua comercial com a China. Autoridades dos dois países chegaram a um framework preliminar durante o fim de semana, reduzindo tensões e abrindo caminho para que Donald Trump e Xi Jinping fechem um acordo na quinta-feira, durante o encontro na Coreia do Sul. O plano inclui suspensão das restrições chinesas às exportações de terras raras, cancelamento das tarifas de 100% sobre importações chinesas que entrariam em vigor em 1º de novembro e retomada das compras de soja pelos chineses. As empresas de tecnologia puxam o rali, com Nvidia, Broadcom e AMD em alta de cerca de 2%, enquanto Tesla e Apple avançam 1%. Investidores também aguardam resultados de Alphabet, Amazon, Meta e Microsoft nesta semana e apostam em corte de juros pelo Fed em 29 de outubro.
Na Europa, as bolsas operam em leve alta (Stoxx 600: +0,1%) com foco nas negociações comerciais e na reunião do Fed. O otimismo vem após dados de inflação abaixo do esperado nos EUA reforçarem apostas de corte de juros e sustentarem os ganhos da semana anterior. Porsche sobe 3,3% após divulgar receita trimestral de 26,9 bi de euros, enquanto Galp Energia avança 1,8% com lucro líquido ajustado acima do consenso. O mercado também acompanha o Fórum FII em Riad, que reúne 20 chefes de Estado e grandes nomes do mercado financeiro, incluindo Jamie Dimon, David Solomon e Larry Fink.
Na China, os mercados fecharam em alta (HSI: +1,1%; CSI 300: +0,8%), impulsionados pelas notícias de uma trégua comercial e expectativa de encontro entre Trump e Xi nesta quinta-feira. No Japão, o Nikkei 225 saltou 2,5%, ultrapassando pela primeira vez os 50.000 pontos, e o Topix subiu 1,7%, apoiados por otimismo em relação à política econômica da primeira-ministra Sanae Takaichi e à melhora nas perspectivas de demanda doméstica. O sentimento positivo na Ásia reflete o alívio nas tensões EUA-China, as expectativas de corte de juros pelo Fed e a continuidade da temporada de resultados fortes nos EUA.
IFIX
O IFIX encerrou a semana passada com leve alta de 0,03%, em um cenário marcado pela ausência de eventos relevantes diretamente ligados aos fundos imobiliários. O desempenho do índice foi influenciado principalmente pelos fundos de papel, que avançaram 0,14% enquanto os fundos de tijolos registraram queda de 0,11%. Acreditamos que a correção observada ao longo de outubro — com o IFIX acumulando retração de 0,30% — reflete um ajuste natural do mercado após o estreitamento do prêmio de risco nos últimos meses em relação às taxas das NTN-Bs de referência, que seguem em patamares elevados. Além disso, alguns fundos de papel com operações indexadas ao IPCA continuam com suas distribuições temporariamente impactadas pela deflação registrada em agosto.
Economia
Ontem, negociadores dos Estados Unidos e da China anunciaram ter chegado a um entendimento preliminar sobre tarifas e outros temas comerciais, antes da reunião entre Donald Trump e Xi Jinping na Coreia do Sul. Além das questões comerciais, Donald Trump afirmou que poderá anunciar até o fim do ano sua indicação para a presidência do Fed, banco central dos Estados Unidos. Com relação ao Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu ontem com Donald Trump, na Malásia. Durante a reunião, Lula solicitou a suspensão temporária das tarifas de 50% enquanto durar o processo de negociação. Como próximos passos, espera-se o início das tratativas entre as equipes técnicas nos próximos dias.
Na Argentina, com 91% das urnas apuradas, as eleições legislativas confirmam a vitória da coalizão governista La Libertad Avanza (LLA), liderada pelo presidente Javier Milei. Embora a contagem ainda esteja em andamento, o resultado superou as expectativas e fortalece a base do governo, que deve garantir mais de um terço da Câmara.
Na agenda internacional desta semana, destaque para a decisão de política monetária do Fed, banco central dos Estados Unidos (4ª-feira). O mercado espera mais um corte de 0,25 p.p. na taxa de juros básica após retomada do ciclo de cortes na reunião anterior. O país segue em shutdown, mantendo suspensa a publicação de dados econômicos oficiais. Decisões de política monetária também ocorrerão no Japão (4ª-feira) e na zona do euro (5ª-feira). Por fim, também conheceremos o PIB do 3º trimestre (5ª-feira) e a inflação ao consumidor (6ª-feira) da zona do euro.
No Brasil, o foco será a divulgação das estatísticas de mercado de trabalho (PNAD, na 6ª-feira, e CAGED, na 5ª-feira) e as estatísticas monetárias e de crédito (4ª-feira). Na seara fiscal, será divulgado o resultado primário do setor público consolidado (6ª-feira).
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Economia
Lula e Trump se encontram para discutir tarifas
- Ontem, negociadores dos Estados Unidos e da China anunciaram ter chegado a um entendimento preliminar sobre tarifas e outros temas comerciais, antes da reunião entre Donald Trump e Xi Jinping na Coreia do Sul. O avanço das negociações, segundo representantes de ambos os países, indica um consenso inicial. As discussões ocorrem após semanas de tensões provocadas pela ameaça de tarifas adicionais de três dígitos dos Estados Unidos, em resposta às restrições chinesas sobre minerais de terras-raras. Autoridades americanas avaliam que as tarifas podem ser evitadas, com a China sinalizando disposição para concessões.
- Além das questões comerciais, Donald Trump afirmou que poderá anunciar até o fim do ano sua indicação para a presidência do Fed, banco central dos Estados Unidos. O cargo é atualmente ocupado por Jerome Powell, cujo mandato termina em maio de 2026. Embora tenha sido nomeado por Trump no fim de 2017 e assumido o cargo em fevereiro de 2018, Powell tem sido alvo constante de críticas da Casa Branca, devido à postura cautelosa do Fed em relação à política monetária ao longo deste ano. A decisão ocorre em meio à defesa de Trump por cortes mais agressivos nas taxas de juros. Segundo Scott Bessent, o governo pretende apresentar uma lista de substitutos após o feriado de Ação de Graças, incluindo nomes como o assessor da Casa Branca Kevin Hassett, o ex-diretor do Fed Kevin Warsh, os atuais diretores Christopher Waller e Michelle Bowman, e o executivo da BlackRock Rick Rieder.
- Com relação ao Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu ontem com Donald Trump, na Malásia, marcando o primeiro encontro oficial entre os dois líderes para tratar das tarifas impostas pelos Estados Unidos às exportações brasileiras. Durante a reunião, Lula solicitou a suspensão temporária das tarifas de 50% enquanto durar o processo de negociação e argumentou que o déficit comercial brasileiro com os EUA não justifica as medidas adotadas. Trump, por sua vez, afirmou que instruirá sua equipe a iniciar um processo de negociação bilateral abrangendo todos os setores afetados, incluindo o de minerais críticos e terras-raras. Como próximos passos, espera-se o início das tratativas entre as equipes técnicas nos próximos dias e a definição de um cronograma para um acordo comercial mais amplo.
- Na Argentina, com 91% das urnas apuradas, as eleições legislativas confirmam a vitória da coalizão governista La Libertad Avanza (LLA), liderada pelo presidente Javier Milei, que obteve 40,8% dos votos e 64 cadeiras. Embora a contagem ainda esteja em andamento, o resultado superou as expectativas e fortalece a base do governo, que deve garantir mais de um terço da Câmara. Isso assegura margem para sustentar vetos e decretos presidenciais e aproxima Milei da maioria necessária para aprovar reformas estruturais. A votação mostrou forte polarização. O desempenho consolida politicamente o presidente após um período de tensões e incertezas. O novo equilíbrio no Congresso favorece o avanço das reformas tributária e trabalhista, alinhadas ao programa econômico liberal e aos compromissos com o FMI, indicando um governo mais fortalecido para a próxima etapa de sua agenda fiscal e institucional.
- Na agenda internacional desta semana, destaque para a decisão de política monetária do Fed, banco central dos Estados Unidos (4ª-feira). O mercado espera mais um corte de 0,25 p.p. na taxa de juros básica após retomada do ciclo de cortes na reunião anterior. O país segue em shutdown, mantendo suspensa a publicação de dados econômicos oficiais. Decisões de política monetária também ocorreram no Japão (4ª-feira) e na zona do euro (5ª-feira). Por fim, também conheceremos o PIB do 3º trimestre (5ª-feira) e a inflação ao consumidor (6ª-feira) da zona do euro.
- No Brasil, semana de indicadores econômicos relativamente vazia. O foco será a divulgação das estatísticas de mercado de trabalho (PNAD, na 6ª-feira, e CAGED, na 5ª-feira) e as estatísticas monetárias e de crédito (4ª-feira). Na seara fiscal, será divulgado o resultado primário do setor público consolidado (6ª-feira).
Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Em Wall Street, há quem fale em pausa no ciclo de cortes de juros do Fed no fim do ano (Valor Econômico)
- Spread negativo de debênture incentivada frente a NTN-B deve persistir (Valor Econômico)
- Braskem aprova investimento de R$ 4,2 bilhões em central petroquímica no Rio de Janeiro (Invest News)
- Fitch Rebaixa IDRs da Raízen para ‘BBB-’; Observação Negativa (Fitch)
- Clique aqui para acessar o clipping.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- Fundos imobiliários aceleram reciclagem e captações em meio ao juro alto (FIIs);
- Ocupação de escritórios supera pré-pandemia em SP (Valor Econômico);
- XPML11 conclui transação de R$ 382 milhões com Capitânia (ClubeFII);
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
UE discute medidas para reduzir dependência da China em terras raras | Café com ESG, 27/10
- O mercado fechou a semana passada em alta, com o IBOV avançando 1,9% e o ISE subindo 2,1%. No pregão de sexta-feira, o Ibovespa e o ISE tiveram leve alta de 0,3% e 0,7%, respectivamente;
- No internacional, neste sábado, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, aderiu ao debate sobre terras raras ao afirmar que a União Europeia está elaborando um novo plano para reduzir sua dependência de matérias-primas críticas provenientes da China – “o objetivo é garantir acesso a fontes alternativas de matérias-primas críticas no curto, médio e longo prazo para nossas indústrias europeias”, declarou durante uma conferência em Berlim;
- De olho na COP30, (i) Francesco La Camera, Diretor-Geral da Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA), afirmou que metas para o uso de biocombustíveis sustentáveis e aspectos sociais da transição energética estarão em foco na conferência – La Camera disse que espera um compromisso com os biocombustíveis que possa se tornar uma meta na declaração final; e (ii) a diretora de transição energética e sustentabilidade da Petrobras, Angélica Laureano, disse que a estatal chega à COP30 “com significativo portfólio de investimentos em baixo carbono e petróleo de menor intensidade de carbono do mundo”, reforçando o papel da empresa na redução da emissão de gases de efeito estufa;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.

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