IBOVESPA -1,3% | 119.625 Pontos
CÂMBIO +0,1% | 6,11/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa fechou em queda de 1,3% ontem, aos 119.625 pontos, quebrando uma sequência de dois dias consecutivos de alta, e com 77 dos 87 papéis do índice terminando o pregão no campo negativo. O desempenho repercutiu um dia negativo para as mineradoras como CSN, Usiminas e Vale (CSNA3, -7,2%; USIM5, -3,9%, VALE3, -1,0%), que sofreram com uma queda do preço do minério de ferro (-1,0%), e o contínuo pessimismo dos investidores com as perspectivas fiscais domésticas, o que impulsionou uma abertura das pontas longas da curva de juros.
Com isso, os papéis mais cíclicos como Carrefour, Magazine Luíza e MRV (CRFB3, -12,2%; MGLU3, -6,5%; MRVE3, -5,4%) foram os destaques negativos do dia. Já o Pão de Açucar subiu (PCAR3, +1,1%), em movimento técnico.
Para o pregão de quinta-feira, o destaque da agenda econômica será a Pesquisa Mensal do Comércio de novembro no Brasil. No cenário internacional, teremos os dados de vendas do varejo na Zona do Euro, também referentes a novembro.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de quarta-feira com movimentos mistos ao longo da curva. No Brasil, os investidores viram a possibilidade de o governo propor novas medidas de contenção de despesas aumentar, devido ao Orçamento ainda não ter sido aprovado. O DI jan/26 encerrou em 14,99% (- 1,6bps vs. pregão anterior); DI jan/27 em 15,39% (+1,4bps); DI jan/29 em 15,19% (+7,4bps); DI jan/31 em 14,92% (+10,3bps).
Nos EUA, o relatório ADP registrou a abertura de 122 mil de vagas de emprego no setor privado em dezembro (-24 mil m/m), abaixo das expectativas do mercado. Por lá, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 4,28% (-2,0bps), enquanto os de dez anos permaneceram estáveis em a 4,67%.
Mercados globais
Na quinta-feira, os mercados nos Estados Unidos permanecerão fechados devido ao luto nacional em honra a Jimmy Carter, ex-presidente americano que morreu no domingo.
Na China, as bolsas fecharam em queda (CSI 300: -0,3%; HSI: -0,2%). Enquanto isso, na Europa as bolsas operam em alta (Stoxx 600: +0,2%)
Economia
O banco central dos EUA (Fed) divulgou ontem a ata da última reunião de política monetária, realizada em 17-18 de dezembro. Na ocasião, a autoridade reduziu sua taxa de juros de referência em 0,25 p.p., para o intervalo entre 4,25% e 4,50%. O documento destacou a necessidade de uma abordagem cautelosa nos próximos trimestres. A atividade econômica vem crescendo com solidez, e o consumo teve desempenho acima do esperado recentemente. Ademais, as condições do mercado de trabalho mostram sinais de desaceleração suave, e existem incertezas sobre a continuidade do processo de desinflação. Nosso cenário prevê dois cortes adicionais de 0,25 p.p. no primeiro semestre de 2025, com a taxa terminal em 3,75%-4,00%. Há riscos crescentes, no entanto, de o Fed optar por deixar os juros estáveis ao longo deste ano.
Na China, o índice de preços ao consumidor (CPI) ficou estável entre novembro e dezembro, em linha com as expectativas. Com isso, a inflação encerrou 2024 em apenas 0,1%. Além disso, os preços ao atacado recuaram pelo 27º mês consecutivo. O índice de preços ao produtor (PPI) declinou 0,1% em dezembro e 2,3% em 2024. Esses resultados alimentam preocupações com deflação na economia chinesa.
No Brasil, a produção industrial recuou 0,6% em novembro comparado a outubro, em linha com as projeções. A produção de bens de consumo duráveis continuou a ser protagonista, apesar do recuo no mês – a categoria avançou cerca de 11% no acumulado do ano, puxada sobretudo pelo aumento na produção de veículos. Acreditamos que a maioria das categorias manufatureiras registrará crescimento no 4º trimestre, em que pese sinais de desaceleração gradual. Na agenda doméstica desta quinta-feira, destaque para a divulgação da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC). Estimamos recuo moderado nas vendas reais do varejo ampliado em novembro, após dois meses de forte crescimento.
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Economia
Ata do Fed reforça necessidade de abordagem cautelosa nas decisões de política monetária; preocupações com deflação persistem na China
- O banco central dos EUA (Fed) divulgou ontem a ata da última reunião de política monetária, realizada em 17-18 de dezembro. Na ocasião, a autoridade reduziu sua taxa de juros de referência em 0,25 p.p., para o intervalo entre 4,25% e 4,50%. O documento destacou a expectativa de que a inflação continue a se mover em direção à meta de 2%, embora tenha observado que (i) as leituras recentes acima do esperado e (ii) os efeitos de potenciais mudanças nas políticas de comércio exterior e imigração sugerem que esse processo pode levar mais tempo do que o inicialmente previsto. Em relação ao mercado de trabalho, os membros do comitê de política monetária reforçaram a visão de desaceleração gradual do emprego e dos salários (apesar da taxa de desocupação permanecer em níveis baixos). Além disso, eles salientaram que a atividade econômica segue em trajetória de crescimento sólido, e que os dados recentes de consumo das famílias vieram mais fortes do que o esperado. O comitê reiterou a necessidade de uma abordagem cautelosa nos próximos trimestres, tendo em vista a elevada incerteza no ambiente econômico. A publicação da ata não afetou os preços de ativos financeiros de modo significativo. Ainda vemos espaço para redução adicional de juros, embora os riscos estejam inclinados para uma política monetária mais conservadora nos EUA. Nosso cenário prevê dois cortes adicionais de 0,25 p.p. no primeiro semestre de 2025, com a taxa terminal em 4,00%. Há riscos crescentes, no entanto, de o Fed optar por deixar os juros estáveis ao longo deste ano;
- Conforme publicado ontem no relatório ADP, o setor privado dos EUA criou 122 mil empregos em dezembro (com ajuste sazonal), abaixo da adição de 146 mil em novembro e inferior à expectativa de mercado de 136 mil. Além disso, os salários subiram 4,6% em relação ao mesmo período de 2023, o menor ritmo desde julho de 2021. Por outro lado, segundo dados divulgados pelo Departamento do Trabalho, houve 201 mil pedidos iniciais de seguro-desemprego na semana passada, abaixo da projeção de mercado de 215 mil e o menor patamar desde fevereiro de 2024. O principal relatório sobre o mercado de trabalho americano (Nonfarm Payroll) será publicado amanhã – a mediana das projeções indica geração líquida de 155 mil ocupações em dezembro, abaixo dos 227 mil registrados em novembro. Hoje, os mercados acionários dos EUA estão fechados em observância ao luto nacional para honrar Jimmy Carter, ex-presidente americano que morreu no último domingo;
- Na China, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) ficou estável entre novembro e dezembro, em linha com as expectativas. Com isso, a inflação encerrou 2024 em apenas 0,1%. O núcleo do CPI – exclui os preços de alimentos e energia – subiu 0,4% na base anual. Além disso, os preços ao atacado recuaram pelo 27º mês consecutivo. O índice de preços ao produtor (PPI) declinou 0,1% em dezembro e 2,3% em 2024. Esses resultados alimentam preocupações com deflação na economia chinesa, que vem enfrentando fraqueza do consumo, crise no setor imobiliário e confiança empresarial deprimida;
- A produção industrial brasileira recuou 0,6% em novembro comparado a outubro, em linha com as expectativas (XP: -0,8%; mercado: -0,7%). 19 entre as 25 atividades manufatureiras contraíram na base mensal. Em relação ao mesmo mês de 2023, entretanto, houve crescimento disseminado (18 entre as 25 atividades exibiram números positivos). A produção de bens de consumo duráveis continuou a ser protagonista, apesar do recuo em novembro – a categoria avançou cerca de 11% no acumulado do ano, puxada principalmente pelo aumento na produção de veículos. Acreditamos que a maioria das categorias da indústria registrará crescimento no 4º trimestre, em que pese sinais de desaceleração gradual. O XP Tracker – estimativa de alta frequência – para o PIB do 4º trimestre aponta para alta de 0,7% ante o 3º trimestre (e de 4,4% ante o 4º trimestre de 2023). Estimamos expansão de 3,6% para o PIB de 2024. Por fim, projetamos elevação de 2,0% para o PIB de 2025, em linha com o cenário de arrefecimento da demanda interna;
- Na agenda doméstica desta quinta-feira, destaque para a divulgação da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC). Estimamos recuo de 0,5% para as vendas reais do varejo ampliado em novembro, após dois meses de forte crescimento. A mediana das projeções de mercado aponta para declínio de 0,3%. A contribuição da Black Friday para o desempenho geral do comércio varejista estará no centro das atenções.
Commodities
Proteínas | Um Mês Mais Fraco em um Ano Forte
- Em dezembro, as exportações de carne bovina do Brasil diminuíram devido aos preços mais altos do gado e da carne, ficando abaixo de nossas expectativas, exceto para o Chile, que teve um desempenho recorde para o mês.
- As exportações de frango e suínos também caíram, 5% e 2% A/A respectivamente, ligeiramente abaixo das expectativas, apesar das taxas de câmbio favoráveis. Para a competitividade do importador, a desvalorização da moeda foi compensada pelo aumento dos preços domésticos, reduzindo as exportações no final do ano.
- Em janeiro, os preços do frango e da carne bovina continuam a subir, enquanto os preços da carne suína seguem a tendência sazonal de queda após as festividades de dezembro.
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Empresas
Varejo XP | Data Expert: Vestuário começando 2025 com aumento de preços
- Como acreditamos que a dinâmica de preços é uma métrica fundamental para o crescimento de receita das varejistas de vestuário de média renda, acompanhamos dois Índices de Preços XP: i) o Índice de Preços de Lojas de Departamento XP, que acompanha as mudanças de preços da Renner, C&A e Riachuelo em oito categorias em comum; e ii) o Índice de Preços de Vestuário XP, que inclui outras varejistas, como Hering, Zara, Mercado Livre e Shein (pela primeira vez), embora com menos categorias uma vez que essas tem menos produtos comparáveis;
- Nossas conclusões foram: i) A Riachuelo liderou o aumento de preços em janeiro, seguida de LREN, enquanto a CEAB manteve os preços estáveis; ii) A Hering e a Shein registraram um aumento de preços de 2% M/M; e iii) Os descontos continuam fortes, com a Zara se destacando com seu saldão anual, que começou em 25 de dezembro;
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Bens de Capital: Um dezembro aquecido para a carteira de pedidos da Embraer
- Este é o nosso Resumo Semanal de Bens de Capital, onde discutimos temas-chave para o setor.
- Nesta semana, destacamos:
- (i) nosso resumo dos anúncios recentes de pedidos da Embraer em dezembro de 2024, discutindo as possíveis implicações à luz das expectativas de consenso para 2025E;
- (ii) PMI de manufatura do Brasil desacelerando -1,9p.p. M/M em dez/24 (porém ainda em território de expansão e acima da média global);
- (iii) o anúncio de Trump de um novo investimento de US$ 20 bilhões em Data Centers nos EUA;
- (iv) a Marcopolo sendo adicionada ao índice Ibovespa com peso de 0,255%, reforçando o aumento dos níveis de liquidez do POMO4 e permitindo novos juros sobre o nome;
- (v) a implementação da primeira fase da lei de emissões do Proconve L8, trazendo regras mais rígidas para emissão de poluentes para veículos leves a partir de 1º de janeiro;
- (vi) o nível de short interest da Tupy em 7,6%; e
- (vii) Randon excl. Frasle sendo negociada a um P/L 2025 de 0,6x, que consideramos excessivamente descontado, apesar das atuais pressões macroeconômicas.
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Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas, Energia (óleo & gás e elétricas) e Saúde.
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- Saldo da poupança chega ao maior patamar desde 2020, mas não traz alívio a financiamento imobiliário (Valor);
- BB Securities atinge US$ 2 bilhões em renda fixa no Reino Unido (Valor);
- Maiores em volume na B3 viram sócios de rival A5X (Valor);
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- Radar Tech XP: Notícias diárias do setor de Telecom e Tecnologia
- Eletromidia leva aeroporto de Salvador; mercado de OOH espera Congonhas (Brazil Journal);
- Amazon planeja investir US$ 11 bi em infraestrutura de nuvem nos EUA (Valor);
- Anthropic negocia aporte e já vale US$ 60 bi (Brazil Journal);
- Anatel divulga Panorama Econômico-Financeiro do Setor de Telecom do 3º Trimestre de 2024 (Gov br).
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- Saúde: XP Daily | Sua dose diária de notícias
- Hypera (HYPE3): Aprovação da Emissão de Debêntures (RI da Companhia);
- Propostas da Consulta Pública da ANS podem representar minirreforma regulatória, afirma federação (CQCS);
- TJMG: Paciente garante direito a tratamento domiciliar de alta complexidade (Valor Econômico);
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Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Fed officials are worried about the inflation impacts from Trump’s policies, minutes show (CNBC);
- Retorno de fundos de crédito piora; captação passa a ser negativa (Valor Econômico);
- Aeris consegue aval de credores para prorrogar pagamento de dívidas por 60 dias (Estadão);
- Moody’s Local Brasil retira o rating da Fortbras (Moody’s Local);
- Clique aqui para acessar o clipping.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- JiveMauá levanta R$ 1,2 bi para novo FII, mesmo com mau momento do setor (Valor Econômico);
- Fundos imobiliários ou imóveis: qual é a opção mais rentável? (Valor Investe);
- KNCR11: lucro cresce 20,96% e gestão detalha movimentações no portfólio (Fiis).
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ESG
BNDES aprova financiamento de R$ 1 bi para Raízen (RAIZ4) construir nova usina de E2G | Café com ESG, 09/01
- O mercado encerrou o pregão de quarta-feira em território negativo, com o IBOV e o ISE caindo 1,3% e 1,5%, respectivamente;
No Brasil, (i) em nota, o BNDES informou que aprovou um financiamento de R$ 1 bilhão para a Raízen construir uma usina de etanol de segunda geração (E2G) em Andradina (SP), com capacidade instalada de produção de até 82 milhões de litros por ano – somado a isso, a empresa já havia informado, em novembro de 2024, o início dos testes e comissionamento de outras duas novas plantas de E2G, ambas em SP, além de já possuir outras duas unidades em operação; e (ii) diante da sinalização de que o presidente Lula deve vetar os “jabutis” presentes no marco legal das eólicas offshore, o relator do texto na Câmara, deputado Zé Vitor (PL-MG), afirmou ao Valor que pretende conduzir uma mobilização pela derrubada dos prováveis vetos do mandatário – aprovada pelo Congresso no fim do ano passado, a matéria está na mesa do presidente e deve ser sancionada até essa sexta-feira;
No internacional, segundo dados da Munich Re, maior grupo de resseguros do mundo, os furacões, incêndios e outros desastres causaram perdas de US$ 320 bilhões em 2024, um terço a mais do que no ano anterior – desse total, cerca de US$ 140 bilhões foram cobertos por seguros, tornando o ano passado o mais caro para o setor desde 2017; - Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.
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