IBOVESPA +0,25% | 145.865 Pontos
CÂMBIO +0,02% | 5,32/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa encerrou a semana passada em alta de 2,5% em reais e 3,1% em dólares, aos 145.865 pontos. A semana foi marcada por decisões relevantes de política monetária ao redor do mundo.
O destaque positivo da semana foi Natura (NATU3, +12,6%), após o anúncio da venda da Avon International, restando apenas a operação da Avon Rússia a ser desinvestida (veja aqui o comentário dos nossos analistas).
Na ponta negativa, a Marfrig (MRFG3, -3,0%) recuou em movimento técnico, enquanto os investidores aguardam a conclusão da fusão com a BRF (BRFS3, +0,6%), cujos papéis passarão a ser negociados sob um único código a partir de 23 de setembro.
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Renda Fixa
No comparativo semanal, os juros futuros encerraram com fechamento ao longo da curva, refletindo o cenário das recentes decisões de política monetária. As taxas de juro real permaneceram estáveis, com os rendimentos das NTN-Bs com vencimento em 2032 terminando em 7,73% a.a. (vs. 7,74% na semana anterior). O DI jan/26 encerrou em 14,89% (-1bp no comparativo semanal); DI jan/27 em 14% (-2,5bps); DI jan/29 em 13,15% (-6,5bps); DI jan/31 em 13,31% (-12,5bps); DI jan/35 em 13,4% (-16,5bps). Nos EUA, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram em 3,58% (+2,3bps vs. semana anterior), enquanto os de dez anos em 4,13% (+6,1bps).
Mercados globais
Nesta segunda-feira, os futuros nos EUA operam em queda (S&P 500: -0,3%; Nasdaq 100: -0,4%) após uma semana forte, em que o S&P 500 (+1,2%) e o Nasdaq (+2,2%) encerraram em novos recordes. O Russell 2000, índice de small caps, também avançou 2,2%, acumulando sete semanas seguidas de alta. O movimento veio após o Fed cortar juros em 25 bps, reforçando a percepção de viés dovish diante da fraqueza no mercado de trabalho. Investidores agora precificam dois cortes adicionais até o fim do ano e aguardam o PCE, índice de inflação preferido do Fed, nos próximos dias.
Na Europa, as bolsas recuam (Stoxx 600: -0,3%), com destaque para o setor automotivo após a Porsche cortar sua projeção de lucro para 2025 e adiar lançamentos de modelos elétricos diante da demanda fraca. Volkswagen também caiu 5,5% como consequência da notícia. O mercado repercute ainda a decisão do governo Trump de elevar a taxa de aplicação para vistos H-1B a US$ 100 mil, medida que pode afetar grandes companhias de tecnologia que dependem desse tipo de mão de obra.
Na China, os mercados fecharam mistos (CSI 300: +0,5%; HSI: -0,8%) após o banco central manter as taxas primárias de empréstimo (LPR) inalteradas pelo quarto mês seguido (um ano em 3,0% e cinco anos em 3,5%). O movimento refletiu cautela em relação ao setor imobiliário, cujo investimento acumulado no ano recuou 12,9%. Por outro lado, no Japão o Nikkei 225 (+1,0%) renovou recorde histórico, apoiado pelo rali de ações de semicondutores.
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) registrou alta de 0,91% na última semana. Entre os principais segmentos, os FIIs de papel que compõem o índice apresentaram desempenho médio de 0,33%, enquanto os fundos de tijolo tiveram performance média de 1,41%. A agenda econômica da semana teve como destaque a reunião do Copom, que manteve a taxa Selic em 15,00% ao ano, com sinalização de política monetária restritiva por mais tempo. Apesar disso, o IFIX avançou, renovando máxima histórica aos 3.566,87 pontos, impulsionado pelo corte de 25 bps nos juros pelo Fed e expectativa de novos cortes.
Entre as maiores valorizações, destacaram-se HGBS11 (2,4%), RECR11 (2,2%) e BRCR11 (2,1%). Já entre as principais quedas, figuraram KNCR11 (-1,5%), KNRI11 (-1,2%) e PMISS11 (-1,1%).
Economia
O Banco Popular da China manteve as taxas básicas de empréstimo de um e cinco anos em 3,0% e 3,5%, respectivamente, pelo quarto mês consecutivo, em linha com as expectativas. A decisão reflete a postura cautelosa da autoridade em adotar estímulos monetários, mesmo diante de sinais de desaceleração doméstica.
Na agenda internacional desta semana, destaque para a inflação ao consumidor de agosto medida pelo PCE e os dados revisados do PIB do 2º trimestre – ambos referentes aos Estados Unidos. Ademais, leituras de PMIs serão divulgadas. Por fim, vários diretores do Fed discursarão ao longo da semana.
No Brasil, o Banco Central divulgará a Ata do Copom e o Relatório de Política Monetária, os principais relatórios de política monetária da autoridade. Ainda durante a semana, teremos a divulgação do IPCA-15 de setembro. Na seara fiscal, a equipe econômica do governo divulga hoje o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias e a Receita Federal deve divulgar a arrecadação tributária federal de agosto. A semana encerra com a publicação dos dados do Balanço de Pagamentos.
Veja todos os detalhes
Economia
China mantém taxa de empréstimo de 1 e 5 anos em 3,0% e 3,5%, respectivamente
- O Banco Popular da China manteve as taxas básicas de empréstimo de um e cinco anos em 3,0% e 3,5%, respectivamente, pelo quarto mês consecutivo, em linha com as expectativas. A decisão reflete a postura cautelosa da autoridade monetária em adotar estímulos, mesmo diante de sinais de desaceleração doméstica, com consumo frágil, indústria em desaceleração e mercado imobiliário em deterioração. Ao mesmo tempo, o cenário inclui valorização das bolsas asiáticas, exportações resilientes e trégua parcial nas tensões comerciais com os Estados Unidos. Para sustentar a meta de crescimento em torno de 5%, o mercado projeta estímulos adicionais à economia no 4º trimestre, incluindo cortes marginais de juros e do compulsório.
- Na agenda internacional desta semana, destaque para a inflação ao consumidor de agosto nos Estados Unidos medida pelo PCE (sexta-feira) – é o indicador de inflação preferido do Fed, banco central. Ainda nos Estados Unidos, conheceremos os dados revisados do PIB do 2º trimestre (quinta-feira). Ademais, leituras de PMIs na Zona do Euro e nos Estados Unidos serão divulgadas na 3ª-feira – o PMI é uma sondagem com gerentes de compras que visa medir o ritmo da atividade econômica. Por fim, vários diretores do Fed discursarão ao longo da semana.
- No Brasil, destaque para a divulgação da Ata do Copom (terça-feira). O documento detalhará o debate por trás da decisão mais firme do Banco Central do Brasil na última reunião de política monetária. A autoridade também publicará o Relatório de Política Monetária (5ª-feira), um dos principais documentos divulgados pelo Banco Central. Ainda durante a semana, teremos a divulgação do IPCA-15 de setembro (quinta-feira). Na seara fiscal, a equipe econômica do governo divulga hoje o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias e a Receita Federal deve divulgar a arrecadação tributária federal de agosto (sem data definida). A semana encerra com a publicação dos dados do Balanço de Pagamentos (sexta-feira).
Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Spreads de crédito seguem colados às mínimas históricas nos EUA (Valor Econômico);
- Emissão de debêntures incentivadas desacelera (Valor Econômico);
- Cosan anuncia ofertas públicas de ações com aporte de até R$ 10 bilhões (Valor Econômico);
- Moody’s Ratings affirms Banco do Brasil’s Ba1 deposit ratings, stable outlook (Moody´s Global);
- Clique aqui para acessar o clipping.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- MXRF11 alcança máxima do ano; IFIX recupera tendência positiva e fecha em novo recorde (Suno);
- IGP-M sobe 0,26 % na 2ª prévia de setembro (Valor Globo);
- Agenda econômica: semana marcada pela inflação nos EUA e prévia do IPCA no Brasil (Melhor Investimento);
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
Atenções voltadas à participação do governo brasileiro na Semana do Clima em NY | Café com ESG, 22/09
- O mercado fechou a semana passada em território positivo, com o Ibovespa subindo 2,5% e o ISE 2,4%, respectivamente. No pregão de sexta-feira, o IBOV avançou 0,25% e o ISE andou de lado (-0,02%);
- Na política, (i) além do discurso do presidente Lula na Assembleia-Geral da ONU, que também deve incluir falas sobre mudanças climáticas e a COP30, o governo brasileiro terá uma ampla agenda ambiental durante a Semana do Clima em Nova York, a partir de hoje – dentre os destaques, vale menção ao relatório do Balanço, que aborda contribuições para acelerar o compromisso global de reduzir o aumento da temperatura média do planeta a 1,5ºC; e (ii) entre a pressão global por minerais críticos e a necessidade de reafirmar a credibilidade da Agência Nacional de Mineração (ANM) após a Operação Rejeito, o diretor-geral da autarquia, Mauro Sousa, defende que o Brasil avance na formulação de uma política ampla de incentivos à cadeia de minerais críticos e estratégicos, que contemple tanto o o desenvolvimento nacional quanto o tecnológico;
- No internacional, um grupo de 34 países divulgou esta semana um conjunto de ações necessárias para quadruplicar a produção e uso de combustíveis sustentáveis até 2035, com base nos níveis de 2024, incluindo etanol, biodiesel e biometano, mas também SAF (aviação), metanol e amônia (navios) – apostando na colaboração e diversificação de matérias-primas, tecnologias e mix de combustíveis, tais iniciativas possuem como foco a redução de custo;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.

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