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Atenções voltadas à participação do governo brasileiro na Semana do Clima em NY | Café com ESG, 22/09

Brasil leva agenda climática a Nova York; Países lançam ações para avanço dos combustíveis sustentáveis

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• O mercado fechou a semana passada em território positivo, com o Ibovespa subindo 2,5% e o ISE 2,4%, respectivamente. No pregão de sexta-feira, o IBOV avançou 0,25% e o ISE andou de lado (-0,02%).

• Na política, (i) além do discurso do presidente Lula na Assembleia-Geral da ONU, que também deve incluir falas sobre mudanças climáticas e a COP30, o governo brasileiro terá uma ampla agenda ambiental durante a Semana do Clima em Nova York, a partir de hoje – dentre os destaques, vale menção ao relatório do Balanço, que aborda contribuições para acelerar o compromisso global de reduzir o aumento da temperatura média do planeta a 1,5ºC; e (ii) entre a pressão global por minerais críticos e a necessidade de reafirmar a credibilidade da Agência Nacional de Mineração (ANM) após a Operação Rejeito, o diretor-geral da autarquia, Mauro Sousa, defende que o Brasil avance na formulação de uma política ampla de incentivos à cadeia de minerais críticos e estratégicos, que contemple tanto o o desenvolvimento nacional quanto o tecnológico.

• No internacional, um grupo de 34 países divulgou esta semana um conjunto de ações necessárias para quadruplicar a produção e uso de combustíveis sustentáveis até 2035, com base nos níveis de 2024, incluindo etanol, biodiesel e biometano, mas também SAF (aviação), metanol e amônia (navios) – apostando na colaboração e diversificação de matérias-primas, tecnologias e mix de combustíveis, tais iniciativas possuem como foco a redução de custo.

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Brasil

Empresas

EDF anuncia parceria com Ecom e entra no mercado varejista de energia

“A francesa EDF Power Solution e a brasileira Ecom Energia anunciaram uma parceria para atuar de forma conjunta no segmento de comercialização varejista de energia elétrica. O movimento marca a entrada da EDF em um mercado que cresce rapidamente no Brasil com a abertura regulatória para consumidores de alta e média tensão, e amplia a presença da companhia francesa no país. O mercado livre de energia é o ambiente em que os consumidores podem escolher seu fornecedor e negociar contratos de fornecimento por prazo, fonte ou preço. Até recentemente, esse modelo era restrito a grandes consumidores industriais, como mineradoras, siderúrgicas e petroquímicas, entre outros setores eletrointensivos. A mudança começou em janeiro de 2024, quando o setor foi aberto para empresas com faturas acima de R$ 10 mil mensais. Desde então, o número de unidades consumidoras cresceu de 53,7 mil em agosto de 2024 para quase 81 mil em agosto de 2025, um salto de 50,2%, segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Essas unidades representam pequenas indústrias, redes de padarias, farmácias e shoppings, conectados em alta tensão. O Ministério de Minas e Energia (MME) prevê que a abertura total do mercado livre ocorra em 2027, alcançando, no ano seguinte, um universo de 90 milhões de potenciais consumidores no ambiente de contratação livre de energia.”

Fonte: Valor Econômico; 19/09/2025

Governo fará propostas para COP, campanha para fundo florestal e cobrará entrega de NDCs

“Além do discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), que também deve incluir falas sobre mudanças climáticas e a COP30, o governo brasileiro terá uma ampla agenda ambiental durante a Semana do Clima em Nova York, a partir desta segunda-feira (22), a menos de dois meses para a conferência do clima, que acontecerá em Belém (PA), em novembro. O roteiro inclui a apresentação de um relatório elaborado pelo Conselho Ético Global (BEG), uma iniciativa conduzida pela presidência da COP30 e pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que colheu ao longo deste ano sugestões de cientistas, lideranças empresariais, políticas, religiosas e da sociedade sobre a crise climática e será levada à conferência do clima no Brasil. Durante a semana, Lula e o secretário-geral da ONU, António Guterres, que incentivaram a estratégia, vão receber o relatório do Balanço, que contou com a contribuição de representantes de seis continentes, desde junho, após a primeira reunião em Londres. O documento contém contribuições para acelerar o compromisso global de reduzir o aumento da temperatura média do planeta a 1,5ºC e também será entregue a chefes de Estado durante a “Pré-Cop”, em outubro, em Brasília. Também houve encontros em Bogotá (Colômbia), Nova Délhi (Índia), Adis Abeba (Etiópia), Sydney (Austrália) e o último aconteceu na última sexta-feira (19) em Nova York — a líder do grupo norte-americano foi a diretora-executiva do Center for Earth Ethics, Karenna Gore, filha de Al Gore.”

Fonte: Valor Econômico; 20/09/2025

China vê lucro na sustentabilidade, enquanto EUA recuam, afirma presidente da COP30

“A atual posição do governo de Donald Trump de abandonar os compromissos relacionados ao clima tem produzido consequências e marcado ainda mais as diferenças entre os EUA e a China. A avaliação é do embaixador André Corrêa do Lago, presidente da conferência do Clima da ONU, a COP30, que será realizada em novembro, em Belém. Lago está em Nova York, cidade-sede de uma série de eventos sobre clima que começaram nesta semana e se estende pela próxima. Nova York também receberá líderes de todo o mundo na Assembleia Geral das Nações Unidas, que terá sua abertura na terça-feira (23), com o pronunciamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “O governo americano muito claramente está desenvolvendo uma agenda que não é favorável ao combate da mudança do clima”, disse o embaixador a jornalistas nesta sexta-feira (19) na Universidade de Columbia, onde foi um dos participantes do encontro “Brazil Climate Summit”. Ele não tem dúvidas das consequências da posição americana de deixar o Acordo de Paris e de outras medidas que marcaram um recuo do país em relação ao clima. “A gente viu grupos financeiros que estão diminuindo o comprometimento com projetos para energia limpa e combate às mudanças climáticas”, disse ele. Em outra frente, europeus aumentaram seus orçamentos de Defesa diante da posição americana de reduzir seu apoio nessa área – deixando menos recursos do velho continente para clima e outras agendas.”

Fonte: Valor Econômico; 20/09/2025

Brasil está atrasado na política para mineral crítico, diz chefe da ANM

“Entre a pressão global por minerais críticos e a necessidade de reafirmar a credibilidade da Agência Nacional de Mineração (ANM) após a Operação Rejeito, o diretor-geral da autarquia, Mauro Sousa, defende que o Brasil avance na formulação de uma política ampla de incentivos à cadeia de minerais críticos e estratégicos, que contemple tanto o o desenvolvimento nacional quanto o tecnológico. Ele avalia que há atraso nas definições e considera fundamental que o país estabeleça, com clareza, como pretende se posicionar geopoliticamente diante das demais nações. Sousa destaca que a ANM tem participado das discussões e lembra, como exemplo, a criação de uma divisão dedicada aos minerais críticos e estratégicos no âmbito da instituição. Paralelamente às movimentações do Executivo e do Congresso, a agência continua recebendo solicitações e requerimentos de pesquisas minerais. Na visão do diretor-geral, mesmo sendo um órgão de execução de políticas públicas, a ANM não pode abrir mão de seu papel enquanto instituição, dada a relevância de atuar em setor de caráter global. Para ele, o Brasil precisa definir, com rapidez, qual papel pretende exercer no mercado internacional de minerais críticos e estratégicos. A agência defende que a política em elaboração incorpore não apenas aspectos econômicos, mas também ambientais, sociais e humanos, além de considerar incentivos financeiros, condições logísticas e de infraestrutura, bem como a qualificação da mão de obra.”

Fonte: Valor Econômico; 22/09/2025

Anúncio pede a Lula defesa do ambiente

“Uma organização internacional de ativistas em defesa do meio ambiente e dos direitos humanos expôs o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, em um outdoor digital na Times Square, em Nova York, neste fim de semana. O anúncio ironizou a imagem de Lula fora do Brasil como protetor da agenda ambiental pedindo que o “Papai do Clima” não ceda à Petrobras a autorização de explorar petróleo na bacia da Foz do Amazonas e que intensifique ações que protejam florestas, especialmente na região da Amazônia. “Lula, não pegue leve com os destruidores do planeta”, dizia uma das frases colocadas no outdoor na Times Square junto com fotos do presidente brasileiro em meio aos eventos da Semana do Clima de Nova York, evento organizado pela Climate Groupe, que começou neste domingo, 21. O evento tem agenda que coincide com a Assembleia Geral da ONU. “Lula se autodenominou um líder climático, um defensor do meio ambiente, mas agora está deixando os destruidores do clima escreverem o roteiro”, criticou por meio de nota Vicky Wyatt, diretora de campanha do Eko, o grupo de ativistas responsável pelo anúncio. “Ele precisa voltar aos trilhos e proteger a natureza do ataque de grandes corporações que buscam perfurar petróleo e desmatar florestas tropicais preciosas”, prosseguiu a executiva.”

Fonte: Valor Econômico; 22/09/2025

Internacional

Empresas

Mudança Sustentável: Foco Climático: CEO da Exxon quer que lei de sustentabilidade da UE seja descartada

“O foco de hoje é todo sobre o poder do lobby do petróleo, já que a ExxonMobil está intensificando sua luta contra a lei de due diligence de sustentabilidade corporativa da UE, alertando que ela poderá expulsar empresas da Europa. A diretiva, adotada no ano passado, obriga as empresas a abordar questões de direitos humanos e ambientais em suas cadeias de suprimentos, sob pena de multas de pelo menos 5% do faturamento global. Bruxelas propôs flexibilizar as regras após a resistência de empresas e líderes na França e na Alemanha. No entanto, o CEO Darren Woods afirma que isso não é suficiente e defende a revogação da lei. Ele levantou a questão com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e outras autoridades americanas, que sinalizaram a diretiva de due diligence de sustentabilidade corporativa da UE, ou CSDDD, em negociações comerciais com a UE, aumentando as tensões entre Washington e Bruxelas. “Estamos lentamente nos retirando da Europa”, disse Woods, observando que a petrolífera vendeu, encerrou ou abandonou quase 19 operações devido ao que, segundo ele, era burocracia que impedia os negócios. “Esta é mais uma legislação que aceleraria esse incentivo ou justificaria a redução da atividade das empresas na Europa.” A Comissão Europeia não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. Enquanto isso, a Exxon está suspendendo € 100 milhões em investimentos europeus em reciclagem de plásticos, alegando que o projeto de regras da UE sobre conteúdo reciclado discrimina o uso de instalações petroquímicas existentes em comparação com instalações autônomas. Em questão está um projeto de lei para calcular o conteúdo reciclado com base na massa de resíduos que entra no sistema e na massa de saída.”

Fonte: Reuters; 20/09/2025

Países traçam plano para quadruplicar combustíveis sustentáveis até 2035

“Um grupo de 34 países divulgou esta semana um conjunto de ações necessárias para quadruplicar a produção e uso de combustíveis sustentáveis até 2035, com base nos níveis de 2024, incluindo etanol, biodiesel e biometano, mas também SAF (aviação), metanol e amônia (navios). Um dos focos é reduzir custos. Para isso, apostam na colaboração e diversificação de matérias-primas, tecnologias e mix de combustíveis. Na segunda (15), o grupo se reuniu pela primeira vez na Reunião Ministerial sobre Combustíveis Sustentáveis, em Osaka, no Japão, copresidida pelo Brasil e pelo país anfitrião. Sede da COP30 este ano, o Brasil abraçou a bandeira dos biocombustíveis como solução para substituir combustíveis fósseis no setor de transportes, aproveitando sua vocação já consolidada na produção de etanol e biodiesel. Dois setores, em particular, estão despertando a atenção da indústria: aviação e navegação. Muito mais difíceis de eletrificar, eles precisam de combustíveis líquidos de baixo carbono para substituir querosene e bunker derivados de petróleo e cumprir suas metas net zero até 2050. Mas a oferta é escassa. O transporte aéreo emite cerca de 2% dos gases de efeito estufa (GEE) globais e, já a partir de 2027, será obrigado a mitigar ou compensar suas emissões. O SAF é uma das principais estratégias para reduzir as emissões, mas a produção limitada desafia o setor. A expectativa da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, em inglês) é que a oferta do combustível sustentável alcance 2,5 bilhões de litros ou 0,7% do consumo total de combustível das companhias aéreas em 2025.”

Fonte: Eixos; 19/09/2025

Governo federal da Índia pressiona estados a comprarem energia limpa, diz ministro

“O Ministério de Energia Renovável da Índia está em negociações com governos estaduais para aumentar a compra de energia limpa, já que muitas concessionárias estatais têm adiado essas aquisições, segundo o ministro de energia renovável do país. “Estamos tentando convencer os governos estaduais, que estão esperando que os preços da energia caiam ainda mais. Faremos uma segunda rodada de negociações em breve”, disse o ministro federal Pralhad Joshi durante a conferência de energia da Confederação da Indústria Indiana. A Índia possui mais de 44 gigawatts de energia limpa não vendida, segundo dados do governo, devido à baixa demanda das concessionárias estaduais. O país está tentando aumentar a participação de fontes renováveis em sua matriz energética para 43% até 2030, contra cerca de 30% atualmente, como parte de seus compromissos climáticos. Joshi disse que o governo está trabalhando para resolver os gargalos de transmissão que dificultam o transporte de energia limpa das regiões onde é gerada para os centros de consumo. “Estamos investindo em infraestrutura de transmissão e também em armazenamento de energia para garantir que a energia renovável possa ser usada de forma eficiente”, afirmou. A Índia é o terceiro maior emissor de gases de efeito estufa do mundo, atrás apenas da China e dos Estados Unidos, e enfrenta pressão internacional para acelerar sua transição energética.”

Fonte: Reuters; 22/09/2025

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
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