IBOVESPA +1,07% | 162.482 Pontos
CÂMBIO +0,23% | 5,42/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa encerrou o pregão de segunda-feira (15) em alta de 1,1%, aos 162.482 pontos, na contramão dos mercados globais (S&P 500, -0,2%; Nasdaq, -0,5%). No cenário macroeconômico doméstico, o Boletim Focus trouxe novas revisões para baixo nas expectativas de inflação, enquanto o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) veio abaixo do esperado, reforçando a leitura de desaceleração da atividade econômica.
O principal destaque positivo de ontem foi Rede D’Or (RDOR3, +4,7%), após a companhia aprovar a distribuição de dividendos e juros sobre capital próprio que, somados, ultrapassam R$ 8 bilhões. Na ponta negativa, Assaí (ASAI3, -2,6%) recuou depois que a Justiça de São Paulo rejeitou integralmente os pedidos feitos pela companhia para obrigar o Pão de Açúcar (PCAR3) a apresentar garantias financeiras capazes de cobrir contingências tributárias anteriores à separação entre as duas empresas.
Para o pregão desta terça-feira (16), o destaque da agenda será a divulgação do relatório de empregos de novembro nos EUA. No âmbito doméstico, os investidores também acompanham a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a segunda-feira com leve fechamento ao longo da curva, em um pregão de menor liquidez devido à cautela diante da expectativa pela divulgação da ata do Copom. No Brasil, o IBC-Br veio abaixo do esperado, reforçando a percepção de que o Copom pode retomar os cortes de juros em breve. Com isso, o DI jan/26 encerrou em 14,9% (-0,2 bps vs. pregão anterior); DI jan/27 em 13,64% (-0,7 bps); DI jan/29 em 12,98% (-3,2 bps); DI jan/31 em 13,26% (-4,1 bps). Nos Estados Unidos, as Treasuries perderam fôlego em meio à expectativa por um payroll mais fraco e pela divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI), além das discussões sobre a sucessão na presidência do Federal Reserve (Fed). Assim, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,5067% (-1,76 bps vs. pregão anterior); enquanto os de 10 anos em 4,1767% (-0,78 bps).
Mercados globais
Nesta terça-feira, os futuros nos EUA operam em queda (S&P 500: -0,3%; Nasdaq 100: -0,4%), com investidores aguardando a divulgação do relatório de empregos de novembro. Na véspera, os principais índices foram pressionados por novas perdas em ações ligadas à inteligência artificial, refletindo a continuidade da rotação para setores mais defensivos, como saúde e utilities. O payroll desta terça será relevante para o mercado, com expectativa de criação de apenas 50 mil vagas e taxa de desemprego subindo para 4,5%.
Na Europa, as bolsas operam em queda (Stoxx 600: -0,1%), revertendo os ganhos do início da semana. O setor de defesa lidera as perdas, em meio à continuidade das negociações para encerrar a guerra entre Rússia e Ucrânia e declarações de autoridades indicando maior proximidade de um acordo. Investidores também se preparam para uma semana intensa de decisões de política monetária, com reuniões do BCE, Banco da Inglaterra, Riksbank e Norges Bank.
Na China, os mercados fecharam em queda (CSI 300: -1,2%; HSI: -1,5%), acompanhando o movimento negativo nos EUA e refletindo tanto a fraqueza das ações de tecnologia quanto dados mais suaves de atividade na região. Isso reforça o tom de cautela global no início da semana. No restante da Ásia, o Kospi liderou as perdas, caindo -2,2% e voltando abaixo dos 4.000 pontos, enquanto o Nikkei 225 recuou -1,6%.
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a segunda-feira em alta de 0,12%, impulsionado pelo desempenho dos fundos de papel (+0,15%) e de tijolo (+0,09%). A valorização foi favorecida pelo leve fechamento da curva de juros futura, reflexo de sinais de desaceleração da atividade econômica, com o IBC-Br registrando resultados abaixo do esperado e o Boletim Focus revisando para baixo as expectativas de inflação. Com esse movimento, o IFIX acumula alta de 0,82% no mês e 18,42% no ano. Entre as maiores altas do dia, destacaram-se URPR11 (+3,5%), BPML11 (+1,9%) e PMIS11 (+1,6%). Já entre as principais quedas, figuraram BROF11 (-1,5%), JSCR11 (-1,2%) e TVRI11 (-1,0%).
Economia
O IBC-Br – uma proxy mensal do PIB – recuou 0,2% em outubro na comparação com setembro. Na comparação com outubro de 2024, o IBC-Br avançou 0,4%, levando a 2,5% de crescimento acumulado em 12 meses. A atividade doméstica tem desacelerado ao longo do segundo semestre, em linha com a política monetária contracionista. Projetamos crescimento de 2,3% para o PIB de 2025.
Na agenda internacional, destaque para a divulgação da criação de empregos não agrícolas (Nonfarm Payroll) e taxa de desemprego nos Estados Unidos, indicadores acompanhados pelo Fed. Ainda nos EUA, temos as vendas no varejo. No Brasil, o destaque fica para a ata do Copom, documento que traz informações sobre a última decisão do Copom (10/12).
Veja todos os detalhes
Economia
Ata do Copom é o destaque do dia no Brasil
- Os PMIs — sondagens com empresas que medem o ritmo da atividade econômica — da Zona do euro frustraram expectativas de melhora e mostraram perda de fôlego na virada do ano. O índice composto caiu para 51,9 em dezembro (52,8 em novembro; consenso 52,7), sinalizando expansão mais fraca. Serviços recuaram para 52,6 (de 53,6), enquanto a manufatura aprofundou a contração (abaixo de 50 pontos), passando de 49,6 para 49,2. A leitura indica que, apesar da expectativa de aceleração, a atividade segue moderada, com indústria fragilizada e serviços menos vigorosos — cenário que reforça cautela por parte do Banco Central europeu para o início de 2026;
- O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) recuou 0,2% em outubro na comparação com setembro, abaixo das expectativas. Na comparação com outubro de 2024, o IBC-Br avançou 0,4%, levando a 2,5% de crescimento acumulado em 12 meses. A maioria dos setores permaneceu em território negativo, com exceção da Agropecuária. Por fim, mantemos nossa projeção de crescimento de 2,3% para o PIB de 2025. A atividade doméstica tem desacelerado ao longo do segundo semestre, em linha com a política monetária contracionista. Isto posto, o mercado de trabalho robusto – apesar dos sinais iniciais de estabilização do emprego – e medidas fiscais expansionistas sustentam nosso cenário de resiliência da atividade à frente;
- A nova divulgação do Boletim Focus trouxe mais um recuo das projeções de inflação. Para 2025, a mediana das projeções recuou de 4,40% para 4,36%, quinta semana consecutiva de queda. Em 2026, as projeções caíram de 4,16% para 4,10%. Além disso, a taxa Selic para o final de 2026 recuou de 12,25% para 12,13%. Para mais informações, acesso nosso relatório aqui;
- Na agenda internacional, destaque para a divulgação do Nonfarm Payroll e taxa de desemprego nos Estados Unidos, além das vendas no varejo. No Brasil, a ata do Copom deve mover o mercado com informações sobre a última decisão da taxa de juros.
Empresas
Petrobras (PETR4) | Atualização de estimativas
- A Petrobras divulgou recentemente seu novo plano de negócios quinquenal (2026-2030). Aproveitamos a oportunidade para examinar mais detalhadamente o plano e atualizar nosso modelo;
- Nesta nota, discutimos como nossas novas estimativas se comparam ao novo plano – o que se resume a um potencial upside para nossas estimativas (mais conservadoras) a partir de 2028, pelo menos se o plano de negócios permanecer inalterado nos últimos anos;
- Reiteramos nossa recomendação de compra, com base em dividendos atraentes, e mantemos nosso preço-alvo de R$ 37/PETR4 (US$ 13,6/ADR), o que implica um potencial de alta de +17% em relação aos preços atuais das ações;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- IA aumenta sensibilidade de juros globais à dívida pública (Valor Econômico);
- FGCoop terá nova exigência de informação (Valor Econômico);
- Novonor transfere controle da Braskem à IG4 (Valor Econômico);
- Rating da Raízen S.A. rebaixado de ‘BBB’ para ‘BBB-’ por expectativa de atraso na desalavancagem; perspectiva permanece negativa (S&P Global);
- Clique aqui para acessar o clipping.
Estratégia
XP Short Scout: monitor de short selling no Brasil
- O short interest (SI) mediano no Ibovespa permaneceu estável em 6,8%. As posições em aberto aumentaram para R$ 138,7 bilhões (+0,9%);
- A taxa de aluguel de São Martinho (SMTO3) subiu 10,5 p.p. desde 28 de novembro e atingiu 10,6%. O short interest também aumentou para 17,0% e agora encontra-se 2,5 desvios-padrão acima da média de 1 ano;
- O short interest de Hapvida (HAPV3) aumentou 6,4 p.p., para 13,8%, e o total de posições vendidas em aberto agora equivale a 3,3 days to cover. A taxa de aluguel, por sua vez, recuou 7,8 p.p., para 11,3%;
- Outras ações para ficar de olho: BHIA3, BMGB4, BRSR6, CMIG3, CURY3, EGIE3, FRAS3, LREN3, SMTO3, TAEE3, UNIP3, UNIP6;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- Fundo imobiliário compra imóveis das redes St. Marche e Oba Hortifruti; IFIX mantém alta em dezembro (MoneyTimes);
- Nova retomada ao escritório deve movimentar locações (Valor Econômico);
- O mercado de galpões está perdendo o medo de revisar o aluguel (Metro Quadrado);
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
B3 vai adotar novo reporte de sustentabilidade de acordo com as normas IFRS S1 e S2 | Café com ESG, 16/12
- O mercado fechou o pregão de segunda-feira em território positivo, com o IBOV e o ISE avançando 1,07% e 1,12%, respectivamente;
- Do lado das empresas, (i) a B3 anunciou que divulgará de forma antecipada e voluntária suas informações financeiras relacionadas à sustentabilidade conforme as novas normas IFRS S1 e S2 – a bolsa de valores é a quinta empresa de capital aberto brasileira a antecipar essa divulgação, que irá publicar em valores financeiros os riscos e as oportunidades que as mudanças climáticas podem trazer para os negócios; e (ii) o Bradesco e a Neoenergia anunciaram ontem que realizaram as primeiras emissões de debêntures verdes, como parte do Programa Eco Invest, no valor total de R$ 1 bilhão para modernização da infraestrutura elétrica;
- Na política, o Plano Clima 2024-2035, aprovado nesta segunda-feira pelo Comitê Interministerial de Mudança do Clima, finalmente estabelece um roteiro para o Brasil reduzir suas emissões de gases de efeito estufa em pelo menos 41% até 2030 e entre 49% e 58% até 2035, em comparação aos níveis de 2022 – o caminho até sua aprovação foi permeado por tensões estruturais de um Brasil que segue tentando equilibrar sua vocação agrícola com compromissos ambientais cada vez mais urgentes;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.

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