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Temporada de resultados, resiliência da economia americana, novo speaker, big techs e China | 🌎 Top 5 temas globais da semana

1. Temporada de Resultados: Mercado revisa estimativas de crescimento de lucros para +2,7% 2. Dados econômicos revelam economia americana ainda resiliente 3. Mike Johnson é eleito como novo speaker da câmara de representantes dos EUA 4. Big Techs – 2 x 2 (no agregado, 3x3) 5. Estímulos fiscais na China

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1. Temporada de Resultados: Mercado revisa estimativas de crescimento de lucros para +2,7% Após uma semana bastante movimentada chegamos à metade da temporada de resultados do 3º trimestre de 2023

2. Dados econômicos revelam economia americana ainda resiliente PIB americano surpreende e cresce consideravelmente acima do esperado

3. Mike Johnson é eleito como novo speaker da câmara de representantes dos EUA A eleição de Johnson marca o fim de um período caótico e sem precedentes na Câmara, mas também o início de um novo conjunto de desafios para ele e seu partido

4. Big Techs – 2 x 2 (no agregado, 3x3) Quatro das maiores empresas de tecnologia do mundo reportaram nessa semana e, apesar de todas haverem reportado surpresas positivas em receita e lucros, as reações aos resultados foram bastante diferentes.

5. Estímulos fiscais na China FXI sobe após anúncio de US$ 137 bilhões em estímulos

Imagem gerada por inteligência artificial

1. Temporada de Resultados: Mercado revisa estimativas de crescimento de lucros para +2,7%

Após uma semana bastante movimentada chegamos à metade da temporada de resultados do 3º trimestre de 2023, com 49% das empresas (e mais de 60% da capitalização de mercado) do S&P 500 já tendo divulgado seus números.

O setor financeiro segue como o mais avançado, com 80% reportado, seguido dos setores industrial (62%) e imobiliário (53%). Do outro lado, os setores de utilidades públicas (20%), saúde (36%) e tecnologia (37%) são os que menos avançaram.

No geral, os números seguiram a mesma tendência da semana passada com uma alta proporção de surpresas positivas de lucro apesar de um número mais modesto em termos de receita:

  • - Receita: apenas 47% das empresas superaram as estimativas de receita, com uma média agregada de +0,9%.
  • - Lucro: 79% das empresas superaram as expectativas de lucro, com uma média agregada de +7,4%. Esses indicadores subiram em relação à semana passada devido aos número mais fortes das grandes empresas de tecnologia, cujos comentários encontram-se aqui.

2. Dados econômicos revelam economia americana ainda resiliente

Nesta semana, foram divulgados os dados do PIB americano do terceiro trimestre de 2022, que indicaram que a economia americana continua resiliente. A expansão do PIB foi impulsionada por consumo e investimentos crescendo em ritmo forte. O PIB cresceu 4,9% A/A, contra uma expectativa de 4,3%.

Além disso, também foi divulgado o índice de inflação preferido pelo Fed, medido a partir do deflator de despesas de consumo pessoal (PCE). Para setembro, o índice revelou uma inflação de 0,3% em setembro e de 3,7% no acumulado em doze meses (desaceleração em relação a agosto), em linha com as expectativas.

Para mais detalhes, confira o Economia em Destaque: IPCA benigno no Brasil leva a redução das projeções, enquanto o PIB americano vem acima das expectativas

Na próxima semana, o comitê de política monetária do Federal Reserve se reúne. Apesar de dados mais fortes que o esperado, que indicam que a atividade econômica não tem convergido no ritmo esperado para refletir as condições monetárias mais apertadas, os juros e a probabilidade de uma nova alta não variou a ponto de indicar uma mudança de expectativas por parte do mercado para a reunião de 1º de novembro.

Nesta semana, tanto a taxa da treasury de 10 anos quanto a de 30 anos tiveram queda de 6 bps, e fecharam a semana em 4,85% e 5,02%, respectivamente.

3. Mike Johnson é eleito como novo speaker da câmara de representantes dos EUA

A Câmara dos Representantes dos EUA tem vivido momentos de turbulência nas últimas três semanas. No dia 3 de outubro, 8 republicanos votaram para remover o então presidente da Câmara (ou porta-voz, de speaker of the House em inglês), Kevin McCarthy, que ocupava o cargo desde janeiro deste ano e que vinha enfrentando críticas de alguns conservadores por sua gestão das questões do teto da dívida e financiamento do governo. McCarthy foi o porta-voz da Câmara a ser demovido do cargo.

Desde então, os republicanos tiveram dificuldades para encontrar um substituto, visto que três candidatos não conseguiram garantir votos suficientes para obter o cargo de porta-voz. O primeiro foi o deputado Steve Scalise (Republicano da Louisiana), líder da maioria e principal auxiliar de McCarthy, que retirou sua candidatura depois de perder o apoio de alguns conservadores que o acusaram de ser muito moderado. O segundo foi o deputado Jim Jordan (Republicano de Ohio), presidente do Comitê Judiciário e aliado do ex-presidente Donald Trump, que enfrentou oposição de alguns moderados e republicanos do estabishment que o responsabilizaram pela destituição de McCarthy e questionaram sua lealdade ao partido. O terceiro foi o deputado Tom Emmer (Republicano de Minessota), ex-presidente do braço de campanha do Partido Republicano na Câmara, que desistiu da corrida horas depois de ser nomeado candidato e haver recebido críticas de Trump, que o tachou de RINO, acrônimo em inglês para “republicano apenas no nome”.

O quarto e último candidato foi o deputado Mike Johnson (também republicano da Louisiana, como Scalise), que emergiu como o "candidato de união do Partido Republicano" apoiado por Trump, após receber apoio de Scalise, Jordan, Emmer e McCarthy. Johnson, um ex-advogado constitucionalista, foi eleito como Speaker of the House em 25 de outubro, com apoio unânime dos republicanos, tornando-se o 56º porta-voz da Câmara. Johnson é conhecido por suas fortes posições conservadoras e sua aliança com Trump em várias questões, incluindo seus esforços para reverter os resultados das eleições de 2020.

A eleição de Johnson marca o fim de um período caótico e sem precedentes na Câmara, mas também o início de um novo conjunto de desafios para ele e seu partido. Johnson terá que equilibrar as demandas de diversos grupos de seu Partido, incluindo o Freedom Caucus, ao mesmo tempo em que lidará com um Senado controlado pelos democratas e uma administração Biden que tem buscado implementar uma agenda em infraestrutura, gastos sociais, mudanças climáticas e de imigração. Johnson também terá que navegar pelas iminentes datas-limite para evitar um shutdown do governo. Johnson prometeu liderar com "humildade" e "civilidade", e trabalhar além das linhas partidárias quando possível, mas também se manter firme em seus princípios e defender os interesses de seu partido. Ele também expressou sua gratidão a Trump por seu apoio, mas afirmou que não será subserviente a ninguém além de seus eleitores e Deus.

4. Big Techs – 2 x 2 (no agregado, 3x3)

Quatro das maiores empresas de tecnologia do mundo reportaram nessa semana e, apesar de todas haverem reportado surpresas positivas em receita e lucros, as reações aos resultados foram bastante diferentes.

Do lado positivo tivemos Microsoft e Amazon, que se juntam a Netflix no rol das Big Tech que agradaram o mercado. Ambas as empresas foram bem em seus segmentos de computação na nuvem, embora por razões distintas. Enquanto a Microsoft mostrou um crescimento de receita no Intelligent Cloud bem acima do esperado (+19% ante uma expectativa de +15%), a Amazon, apesar de ter decepcionado  levemente no crescimento de receitas do AWS, mostrou margens operacionais no segmento bastante altas (30% ante uma expectativa de 23%) e isso se traduziu em cerca de US$ 1bi de lucros a mais para a companhia.

Por outro lado, Alphabet e Meta Platforms se juntaram à Tesla e viram o mercado reagir negativamente aos seus resultados. A Alphabet (ex Google) decepcionou justamente no segmento de computação na nuvem, que fez Amazon e Microsoft brilharem, ao reportar receitas abaixo do esperado no Google Cloud. Já a Meta Platforms (ex Facebook) decepcionou os investidores ao divulgar um guidance em linha com as expectativas do mercado, apesar do resultado atual mais forte, e sua CFO, Susan Li, mostrou-se mais preocupada com o cenário macroeconômico a frente.

Para completar nosso “álbum”  das Big Tech, teremos Apple no dia 02/11 e Nvidia no dia 21/11, ambas após o fechamento do mercado.

5. Estímulos fiscais na China

Nesta semana, o governo chinês anunciou novos estímulos fiscais para a economia do país, na ordem de RMB 1 trilhão (ou cerca de 137 bilhões de dólares). Os novos estímulos são focados na temática de mudanças climáticas, e abrangem setores considerados competitivos pelo governo, à exceção do problemático setor de construção civil, que voltou a ter notícias negativas.

A incorporadora Country Garden não pagou um bond em dólar, provocando o temido e antecipado default. Apesar disso, os novos estímulos pesaram maios sobre os ânimos do mercado, e o FXI, ETF representativo das maiores companhias chinesas teve alta de 2,6% na semana.  

A economia chinesa deve atingir a meta de crescimento de 5% em 2023, mas seguimos acreditando que o governo local deve continuar dando apenas o estímulo necessário para que se atinja a meta até que a economia global entre em rota de desaceleração de forma generalizada e sejam necessários estímulos fiscais mais contundentes. Neste ano, já vimos o governo chinês promover uma mudança em sua estratégia de estímulos e passando a favorecer a via de gastos ao invés do crédito. Com isto, há especulação de que a China possa ter um aumento da meta de déficit orçamentário para 2024 para além dos 3% do PIB definido para este ano.

Confira a agenda de resultados da próxima semana

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