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🌎Mundo em 60s: Crise energética global, COVID-19 e forças deflacionárias

O que você precisa saber dos mercados globais nesta semana

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Bolsas: Os principais índices de ações globais encerraram setembro em queda, fazendo o S&P 500 acumular uma queda de -4,8%, a maior perda mensal desde março de 2020, no pico da pandemia. O movimento foi ocasionado principalmente pelo rali nas taxas de juros americanas de 10 anos (as treasuries), refletindo os planos do Fed em reduzir, a partir de dezembro, seu programa de injeção de liquidez (tapering). Além disso, o humor piorou com a secretária do tesouro americano falando em "urgência para evitar um calote da dívida americana". O risco é pequeno, uma vez que um calote dos EUA nunca aconteceu na história, mas os impactos seriam, segundo a própria Yellen, "irreparáveis".

Setores: Entre os principais detratores da semana estão setores de alto crescimento, como tecnologia (-4,2%) e consumo discricionário (-2,6%), uma vez que são mais sensíveis a um cenário de inclinação das curvas de juros. Setores mais cíclicos (de valor) são menos impactados neste caso. As petrolíferas (+4,3%) seguem liderando o desempenho no ano em função de preocupações com uma crise energética na Europa e na China, que poderia aumentar ainda mais a demanda pela commodity.


As 5 histórias da semana

1. Inflação vs. deflação

Para Cathie Wood, gestora da Ark, com mais de US$ 53bi sob gestão, embora estejamos vivendo um período inflacionário em função dos gargalos nas cadeias produtivas, o mundo, no longo-prazo, deverá vivenciar grandes pressões deflacionárias: 1) Custos da inovação estão caindo, com inteligência artificial em queda de -68% a/a; 2) Baterias, veículos elétricos e robôs industriais ficam -28%, -15% e -20% mais baratos, respectivamente, cada vez que suas vendas dobram; 3) Saúde fica mais barata com o custo sequenciamento genético, que caiu de US$ 2,7bi por genoma há 13 anos para ~US$ 500 hoje e 4) Volta à normalidade das cadeias produtivas após o choque do coronavírus.

2. Potencial tratamento contra a COVID-19

A biofarmacêutica Merck & Co. (MRCK34) chegou a subir +12% em Nova Iorque após anunciarem que fases finais de seu estudo sobre o tratamento contra a COVID-19 reveleram uma redução no risco de hospitalização e fatalidade em 50%. O CEO, que "não poderia estar mais animado com os resultados", já sinalizou que planeja buscar autorização do FDA o mais rápido possível.

Na análise de 775 pacientes hospitalizados, o estudo mostrou que a fatalidade caiu de 14,1% entre os recipientes do placebo para 7,3% entre os tratados com a Molnupiravir. Caso seja aprovada nos EUA ou em outras nações, a Merck possui capacidade de fornecimento de 10 milhões de tratamentos ainda em 2021

Entenda a nossa visão construtiva para o setor de biotecnologia em: CONEXÃO GLOBAL: Biotecnologia, a revolução da saúde

3. Crise energética na Europa

Em meio aos esforços para reduzir a sua dependência de fontes poluentes, como o carvão, a Europa enfrenta risco de falta de energia com a chegada do inverno, época em que se aumenta o consumo por conta dos sistemas de aquecimento. De 2020 até hoje, o preço do gás natural europeu subiu mais de 500% e os atuais estoques reduzidos trazem preocupações para a indústria. Segundo o Goldman Sachs, caso haja um inverno mais frio tanto na Europa quanto na Ásia, há risco de haver estoque insuficiente de gás, e, para autoridades americanas de segurança energética, a preocupação é que não haja energia o suficiente para manter casas aquecidas na Europa.

4. ... e na China também

A crise energética também se estende para a China na medida que o país falhou em alcançar suas metas de redução de emissões e consumo e agora tenta compensá-las por meio da redução forçada das atividades industriais, principalmente das produtoras de alumínio. Apesar disso, o desafio energético chinês é parcialmente fundado em decisões do governo, que tenta assegurar a melhoria na qualidade do ar de Pequim para as próximas Olimpíadas de Inverno em 2022.

Por outro lado, oficiais do governo já ordenaram, em reunião emergencial, às indústrias energéticas estatais que assegurem "à todo custo", estoques suficientes de petróleo, gás e carvão para enfrentarem o inverno e que "apagões não serão tolerados".

Estes riscos energéticos adicionam pressão altista nos preços das commodities e também podem estender o período de inflação elevada.

5. Nossa visão sobre as principais regiões do mundo

Publicamos, em nosso relatório recente (link) a nossa visão sobre as principais regiões do mundo, compilando as visões de nossos estrategistas sobre os investimentos globais. Entre os pontos-chave, podemos destacar 1) A manutenção do preço-alvo do S&P 500 em 4.550pts, 2) Os mais de US$ 14,5tri em juros negativos dando suporte ao "buy the dip", 3) Riscos de curto-prazo na China e 4) As expectativas positivas para a Europa.

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