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🌎 RADAR GLOBAL: J.P. Morgan e Goldman reportam

Resultados dos bancos, conflitos ESG e Microsoft vai às compras.

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MACRO

Bolsas internacionais amanhecem sem movimentos expressivos (EUA +0,1% e Europa -0,3%) após dados da inflação americana surpreenderem as expectativas com um aumento de +5,4% em junho, o maior dos últimos 13 anos. Apesar da surpresa, o recuo nos juros americanos de 10 anos para 1,415% reflete que os mercados continuam comprados na tese de transitoriedade inflacionária do Federal Reserve. Ainda nos EUA, democratas acordam plano de saúde de US$ 3,5tri (antes US$6tri). O petróleo volta a negociar a US$ 75/barril.

Coronavírus: Países europeus buscam conter um aumento nos casos de COVID-19 causados ​​pela variante delta, que ameaça a recuperação econômica durante o verão. França, Holanda, Grécia e Espanha já reaplicam medidas de restrição social, como, por exemplo, exigência de comprovante de vacinação para acesso a certos estabelecimentos. Do lado oposto, o Reino Unido está suspendendo as restrições.

EMPRESAS

Temporada de resultados do 1T21 nos EUA - Ontem: J.P. Morgan, Goldman Sachs e PepsiCo. Hoje: Wells Fargo, Bank of America, Citigroup, BlackRock e Delta Airlines. Amanhã: TSMC, Morgan Stanley, U.S. Bancorp e BNY Mellon.

J.P. Morgan surpreende em lucros, receitas nem tanto: O banco reportou seus resultados no período pré-mercado, com uma receita de US$ 31,4bi vs. US$ 33,8bi em 2020, que apesar da queda ano contra ano, veio +4,4% acima do consenso; o lucro líquido da companhia foi de US$ 11,5bi vs. US$ 4,30 bi em 2020 e +20,3% acima do esperado, gerando um lucro por ação de US$ 3,78 vs. US$ 3,15 projetados. Parte dessa surpresa nos lucros se deve a liberação de parte da reserva de capital para empréstimos, de US$ 3bi, visto que com a melhora do cenário global, o excesso de liquidez não é mais necessário. Esta adição não é considerada como recorrente, portanto, o lucro líquido ajustado foi de US$ 9,6bi. Em relação a dividendos, a empresa distribuiu US$ 0,9/ação e planeja aumentar o valor para US$ 1/ação no terceiro trimestre. O guidance anual do banco é de ~US$ 52,5bi de lucro líquido em 2021. 

Goldman Sachs supera expectativas: O banco reportou receitas de US$ 15,4 bi vs. US$ 13,3bi em 2020, ultrapassando em +23,8% as projeções dos analistas; o lucro líquido da empresa foi de US$ 5,49bi vs. US$ 0,37bi em 2020, +46% acima das expectativas, resultando em um lucro por ação de US$ 15,02. O forte resultado apresentado pelo Goldman Sachs é  consequência de uma boa performance dos segmentos de investment banking (segundo trimestre com a receita mais alta da história), asset management e wealth management (com recordes trimestrais de receita). O banco também retornou US$ 1,44 bi de capital aos investidores, através de recompras de ações (US$ 1bi) e dividendos (US$ 0,44 bi) totalizando US$1,25 por ação. Para o terceiro trimestre, o banco declarou um aumento de dividendos para US$ 2/ação que serão distribuídos no dia 29 de setembro de 2021. 

Conflito ESG: França vai contra a meta da União Europeia de cessar 100% das vendas de carros com motor de combustão até 2035 e defende a possibilidade de híbridos permanecerem no mercado por mais tempo, bem como uma redução de emissões automotivas em 55% até 2030. Empresas como Renault e Stellantis se reuniram com o presidente Macron para discutir a transição do país para veículos elétricos, bem como subsídios à indústria automotiva.

O desafio elétrico: Na França, estima-se que serão necessários US$ 21 bilhões em investimentos até 2025 para desenvolvimento de baterias, estações de recarga e serviços relacionados, conforme La Plateforme Automobile. Do lado econômico, a eliminação dos motores de combustão pode levar à perda de cerca de 100.000 empregos no setor automotivo até 2035, que atualmente emprega 190.000 trabalhadores no país. Os franceses correm mais risco de disrupção, uma vez que a indústria francesa ainda é menos automatizada que em países como Alemanha, Japão e Estados Unidos.

Microsoft vai às compras: A gigante da tecnologia, Microsoft (MSFT34), confirmou aquisição da RiskIQ, empresa de segurança cibernética que fornece inteligência contra ameaças nos serviços em nuvem da Microsoft e AWS (Amazon Web Services). O anúncio ocorre em meio a um cenário de segurança intensificado, à medida que as organizações mudam para estratégias de trabalho remoto e híbrido. A RiskIQ é apenas uma das recentes aquisições que a Microsoft realizou na área de segurança cibernética, que incluem a CyberX e ReFirm Labs. Estima-se que a Microsoft pagará US$ 500 milhões pela compra. A RiskIQ foi fundada em 2009 e arrecadou um total de US$ 83 milhões em quatro rodadas de financiamento.

Sobre o mercado: Na Era da informação, à medida que mais dispositivos se conectam, a segurança cibernética se torna um tópico cada vez mais relevante. Estimativas do Statista sugerem que o setor deva faturar US$ 248bi até 2023. Cisco, Palo Alto Networks e Fortinet são os principais fornecedores de segurança cibernética em todo o mundo, com uma participação de mercado na indústria de 9,1%, 7,8% e 5,9%, respectivamente. De acordo com a Forrestes, a consolidação do mercado de cibersegurança (via fusões e aquisições) deve ser uma tendência da década, dada a forte demanda corporativa e o crescimento de startups no ramo: globalmente, mais de 1.500 empresas do segmento receberam financiamento desde 2017.

ANÁLISES

Fonte: FactSet

drama das big techs chinesas: Desde janeiro de 2021, as empresas de tecnologia na China, já acumulam uma perda total de quase US$ 1tri em capitalização de mercado. Após a venda generalizada das ações de tecnologia do país, devido a questões regulatórias, o mercado chinês por inteiro negocia a um grande desconto da bolsa americana (P/E 18,4x vs. 30,9x). Por outro lado, o FactSet divulgou um gráfico com o preço/lucro das ações de tecnologia na China vs. Média histórica, mostrando que em relação a sua média, as empresas não estão descontadas e, sugerindo espaço para um possível prolongamento da correção recente, visto que uma expansão de múltiplos no cenário atual parece ser improvável. 

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