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A vez do Prefixado: Perspectivas por Classe de Ativo | Junho 2023

Perspectivas de alocação e comentários por classe de ativo para os investimentos do mês de junho de 2023.

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Em nossas carteiras recomendadas de alocação (“carteiras por perfil“), definimos mensalmente os percentuais sugeridos para investimento por classe de ativo de acordo com cada política de investimentos, sendo que cada política, por sua vez, tem um objetivo de risco (volatilidade) e um horizonte de investimento.

Abaixo as alocações sugeridas por classe de ativo para cada política de investimentos para o mês junho de 2023:

Esses percentuais de alocação por classe de ativo tem um componente estrutural, com base em retornos esperados de longo prazo (3 a 5 anos) e são revisados ao menos a cada 12 meses. Entretanto, uma outra parcela dessa alocação pode ter um componente tático, de curto e médio prazos, olhando para 3 a 6 meses a frente e que são revisados e sugeridos mensalmente com base nas discussões do Comitê de Alocação.

Essas perspectivas de alocação por classe de ativo de curto e médio prazos podem apresentar 3 qualificações possíveis:

  • Positiva – sugere uma sobrealocação para aquela classe de ativo em relação ao percentual definido
  • Neutra – sugere uma alocação em linha para aquela classe de ativo, ou seja, igual ao percentual definido
  • Negativa – sugere uma subalocação para aquela classe de ativo em relação ao percentual definido

Perspectivas de alocação por classe de ativo

Na tabela abaixo estão as perspectivas de alocação por classe de ativo de curto e médio prazos para o mês de junho de 2023:

Comentários gerais por classe de ativo

RENDA FIXA LOCAL

Pós-fixado – CDI deve ter mais dificuldade em bater os demais indexadores nos 12-24 meses a frente. Em 2023 já perde para qualquer outro índice de renda fixa como os IRF-Ms e IMA-Bs, especialmente de março para cá, com a melhora da percepção dos riscos fiscais.

Prefixado – maiores riscos na curva parecem estar se dissipando com inflação, medida pelo IPCA, cedendo com mais ímpeto (impacto positivo nos vencimentos curtos) e aprovação já avançada da nova regra fiscal (impacto positivo nos vencimentos longos). Apesar dos maiores prêmios parecerem estar nos vencimentos mais longos (acima de 2028), vemos algumas incertezas para posições além de 2025 e 2026.

Inflação – com a inflação cedendo e a parcela prefixada do IPCA+ também podendo cair ainda mais no curto prazo, os títulos de vencimentos até 2026 estão ficando menos atrativos. Mesmo também já estando com taxas menores do que há poucos meses atrás, estamos mais construtivos com vencimentos mais longos dos títulos IPCA+, entre 2035 e 2040, com atenção aos riscos (volatilidade) por conta de uma duration mais longa.

Crédito Privado – busca por mais retorno deverá seguir bastante seletiva, seja via emissões bancárias ou privadas, seja via fundos high grade, que estão com carregos bastante atrativos. Os spreads de crédito em CDI+ e IPCA+ parecem estar mais estáveis, em patamares já bastante elevados, podendo apresentar algum fechamento nos meses à frente, ainda mais na perspectiva de cortes juros a partir de agosto ou setembro.

RENDA FIXA GLOBAL

Mercado voltou a precificar juros altos por mais tempo, até mesmo com algum risco de pequena alta mais frente por conta da resistência principalmente da inflação tanto nos EUA quanto na Europa. Somando a isso uma curva de juros americana ainda invertida (vencimentos mais curtos com taxas mais atrativas) e riscos de default pelo governo dos EUA sendo dissipados uma vez que o problema do teto da dívida está sendo encaminhado, preferimos títulos públicos americanos de curto prazo (até 1 ano). No crédito privado, ainda há espaço para aumento nos spreads de crédito, especialmente no high yield e mercados emergentes, por isso sugerimos cautela no tamanho dessas exposições via títulos e/ou via fundos e também apontamos uma preferência por emissores high grade.  

MULTIMERCADOS

Possuem o benefício de ter mais instrumentos para operar nos diferentes mercados e poderem “girar” mais as posições da carteira. Estruturalmente são os veículos que utilizamos para tomar risco de forma diversificada, com baixa correlação com Renda Fixa e Renda Variável. No curto prazo seguem ainda leves na alocação de risco tanto global quanto local, ficando na margem mais otimistas com Brasil. Operando de forma distinta algumas commodities, tem no Ouro uma das posições táticas mais comuns e relevante nos últimos meses.

RENDA VARIÁVEL LOCAL

Valuation ainda barato para a maioria dos setores da bolsa, inflação cadente e expectativas mais tangíveis sobre cortes nas taxas de juros brasileiras no 2º semestre de 2023 vêm se tornando gatilhos para uma visão mais positiva para os ativos de risco brasileiros. Apesar disso, ainda mantemos uma visão neutra para a classe de ativo, sugerindo cautela em excessivos aumentos de exposição em renda variável brasileira por entendermos que os prováveis cortes nos juros serão gradativos e mesmo assim ainda teremos a Selic em patamares elevados (dois dígitos) por bastante tempo (ao menos até final de 2024), o que significa que empresas altamente alavancadas e setores voltados para o consumo, principalmente o discricionário e os mais ligados ao crédito, devem continuar sofrendo “ventos contrários”. De qualquer forma, a queda nos juros poderia beneficiar especialmente setores como Educação, Saúde, Varejo e Transportes. Vale destacar que a grande maioria dos fundos de ações das nossas carteiras possuem maior exposição exatamente a esses papéis que respondem de forma positiva a um afrouxamento da política monetária.

RENDA VARIÁVEL GLOBAL

As bolsas globais seguem desafiando as perspectivas negativas para a maioria das economias dos países desenvolvidos e seguem subindo, nos EUA puxada principalmente por ações das grandes empresas de tecnologia e pela tese de Inteligência Artificial. De qualquer forma a visão segue negativa para a classe, o que indica cautela para alocações com visão de mais curto e médio prazos, principalmente de forma indexada/passiva. Uma seleção mais específica por alguns papéis em determinados setores se mostra mais adequada, priorizando uma maior diversificação geográfica com cautela para exposição em ações norte-americanas dado (i) valuation elevado frente às taxas de juros atuais; (ii) risco de contração de liquidez nos mercados por conta de novas emissões de títulos do tesouro; (iii) economia desacelerando; e (iv) espaço para mais contração de lucros das empresas nos meses a frente. China e Brasil seguem sendo nossas preferências, com visão construtiva também a outros Emergentes que tenham fortes laços comerciais regionais com os chineses, não necessariamente ligados a commodities.

ALTERNATIVOS

Seguimos tendo preferência por alocações em investimentos ilíquidos nessa classe através de fundos de Private Equity, Venture Capital ou até mesmo Crédito Estruturado e Situações Especiais. Nas teses de longo prazo, temáticas ligadas aos setores de infraestrutura e agronegócio são as preferidas. Em investimentos temáticos, através de instrumentos mais líquidos, ainda temos uma visão construtiva para ativos reais, como fundos imobiliários de tijolos, além de commodities, principalmente energéticas e agrícolas, transição energética e tecnologia.

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