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Carteira Energética (Moderado) – Abril 2024

O perfil energético é pensado para o investidor com perfil Moderado que deseja alocar recursos para o longo prazo e sabe que uma boa oportunidade possui seu grau de volatilidade.

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A política de investimentos Energética é recomendada para investidores com perfil Moderado, porém com diferentes objetivos, desde aqueles investidores que (i) sabem que uma boa oportunidade possui seu grau de volatilidade, ou para aqueles que (ii) já possuem compreensão sobre as diversas classes e alternativas de investimentos  e encontram nos ativos de riscos ganhos acima da média, ou para aqueles (iii) que desejam alocar recursos para longo prazo (6 anos).

Acreditar que a volatilidade pode trazer oportunidades exige uma análise dos fundamentos de cada investimento realizado, por esse motivo a alocação Energética não mede esforços para alavancar os riscos, já que abre a mão da liquidez para obter maiores retornos na alocação. A alocação do portfólio também busca diversificação geográfica, trazendo equilíbrio em diferentes setores e dinâmicas de rentabilidade. A alocação busca retornos no longo prazo, já que possui exposição a ativos de alto risco.

Confira carteiras recomendadas para todos os perfis:

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O que vimos do mês anterior

O mês de março foi marcado por reuniões de política monetária ao redor do mundo. O tom comum às decisões foi a cautela, com destaque para a dinâmica da inflação de serviços – que tem se mostrado mais resiliente do que o esperado nas principais economias globais.

Nos EUA, a taxa de juros foi mantida no intervalo entre 5,25% e 5,50%, conforme amplamente esperado. Na revisão de suas projeções econômicas, o Fed (banco central do país) sinalizou cautela, especialmente em relação ao comportamento da inflação no longo prazo – que pode indicar uma taxa de juros mais alta do que o histórico recente nos próximos anos. Por outro lado, a comunicação do presidente da instituição elevou expectativas de que os juros comecem a cair em breve – esperamos o início do ciclo de cortes na reunião de julho.

Também neste mês, o Banco do Japão (BoJ) encerrou uma sequência de oito anos com sua taxa básica de juros em terreno negativo, elevando-a para 0,1% – na contramão da dinâmica global. Após um longo período com deflação, a inflação no país asiático se encontra firmemente acima da 2%.

Nesse cenário de expectativa de corte de juros, março manteve a performance positiva dos mercados de ações globais, ainda que mais moderada em relação a fevereiro. Nos EUA, o Nasdaq subiu 1,8%, enquanto o índice S&P500 teve alta de 3,1%. O MSCI ACWI, índice de ações global, fechou em alta de 2,9%, com destaque positivo para os mercados japonês e europeu, e performance reduzida na América Latina.

No Brasil, o Ibovespa acompanhou a tendência da região, e registrou queda de 0,7% no mês, enquanto o índice de fundos imobiliários, o IFIX, subiu 1,4%. Na renda fixa, os títulos públicos indexados à inflação, representados pelo índice IMA-B, tiveram alta de 0,1%, com destaque para a queda nos títulos de vencimento mais curto. Dentre os títulos prefixados, o índice IRF-M teve alta de 0,5%, porém ainda inferior ao CDI do período, de 0,8%. Após uma maior volatilidade na semana da reunião do Copom, o dólar fechou em leve alta (0,3%) contra o real, a R$ 5,00.

Em sua segunda reunião de 2024, o comitê de política monetária brasileiro anunciou um novo corte de 0,50 pontos percentuais na taxa Selic, que passou a 10,75%, em linha com o esperado. O comunicado da decisão sinalizou que o comitê espera apenas um corte adicional dessa mesma magnitude, na próxima reunião, indicando uma desaceleração futura no ritmo de cortes de juros.

Finalmente, março contou também com os dados do PIB brasileiro de 2023, que registrou crescimento anual de 2,9%. O crescimento foi puxado especialmente pela produção agrícola na primeira metade do ano, além da extração mineral (principalmente petróleo) e do setor de serviços – refletindo os impulsos finais do pós-pandemia. O consumo das famílias também foi destaque, refletindo elevados benefícios fiscais, queda na inflação e um mercado de trabalho aquecido.

Em suma, o mês de março trouxe a lembrança de que o combate à inflação segue no centro das atenções, e o cenário à frente segue permeado de incertezas. A melhor prevenção, como sempre gostamos de lembrar, segue a mesma: diversificação e consistência nos investimentos.

Onde alocar os recursos nesse cenário?

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