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Carteira Cautelosa (Moderado) – Outubro 2023

O perfil cauteloso é para aquele investidor que reconheceu a necessidade de investir melhor do seu patrimônio, porém não quer adicionar novas preocupações à sua vida, buscando apenas o retorno mínimo que seu patrimônio merece e possivelmente possuindo horizontes de investimento curtos.

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A política de investimentos Cautelosa é recomendada para investidores com perfil Moderado, porém com diferentes objetivos desde aqueles investidores  que (i) começaram a compreender o mundo dos investimentos e deseja avançar nas opções de alocação, ou que (ii) já investem a um tempo porém preferem uma alocação com baixa volatilidade, até os que (iii) vão precisar dos recursos no curto prazo (12 meses). Com uma dinâmica conservadora, a alocação busca segurança e liquidez em seu portfólio, reunindo uma relação de ativos com gestão especializada e papéis de qualidade

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Baixa volatilidade não é sinônimo de concentração na alocação – e o investidor cauteloso já descobriu isso. Sua maior exposição deve ser em ativos pós fixados já que oferecem maior segurança, porém outras classes de ativos não são dispensáveis, pelo contrário, são necessárias. Logo, nossas sugestões de alocações combinam qualidade de gestão e diversificação de portfólio, sem abrir mão da segurança e baixa volatilidade.

Confira carteiras recomendadas para todos os perfis:

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O que vimos do mês anterior

Depois de um mês de agosto negativo para grande parte dos ativos de risco, a cautela seguiu dando o tom no mês de setembro, com boa parte dos mesmos assuntos globais e locais trazendo preocupações aos mercados, além de alguns novos temas que entraram no radar.

Impasse orçamentário nos Estados Unidos e alta de preço do petróleo estão entre eles no cenário global, ambos impactando a já estressada curva de juros americana. Esse estresse nas Treasuries tem causado um ambiente de aversão a risco global, reduzindo a probabilidade de corte de juros no curto prazo nos Estados Unidos e talvez em grande parte dos países desenvolvidos.

Os juros americanos mais altos por mais tempo vêm revertendo nas últimas semanas o processo de enfraquecimento da moeda americana que estava anteriormente em curso e o dólar teve forte alta em setembro, com o DXY subindo 2,5%. Contra o real não foi diferente, e a moeda americana fechou o mês cotada a R$5,03 no mercado à vista, com alta mensal de 1,5%.

As bolsas mundo afora também sentiram os efeitos do cenário acima, o que levou o S&P500 e Nasdaq a terem pior mês de 2023, com variações de -4,9% e -5,1%, respectivamente. O índice CSI 300 da China caiu 2,5% e o Euro Stoxx, da Europa, teve queda de mais de 5%. 

No Brasil, o clima de aversão a risco vindo de fora se somou aos desafios locais. Incertezas quanto ao aumento nos impostos corporativos, no âmbito da reforma tributária, além da percepção de que o governo não deverá atingir suas metas de resultado primário nas contas públicas nos próximos anos, trouxeram mais preocupações.

Esses efeitos foram mais sentidos no câmbio, como mencionamos e nas curvas de juros, que teve suas taxas elevadas, se comparadas às do mês anterior, principalmente nos vencimentos mais longos da curva de juros nominal.

O Ibovespa conseguiu, mesmo com muitos vetores contrários, apresentar leve alta em setembro, subindo 0,7%, em um ano em que o principal índice de ações do Brasil sobe 6,2% em reais e 12,1% em dólar. O IFIX subiu marginalmente, alta de 0,2% no mês passado e 12,3% em 2023.

Setembro nos fez lembrar que otimismo com os mercados sempre é bom quando acompanhado de uma boa dose de cautela, ainda mais enquanto muitas incertezas ainda pairam no ar. 

Onde alocar os recursos nesse cenário?

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