Panorama da Semana
O IFIX fechou a semana em baixa de -1,6% após alta de 0,8% na semana passada, impacto negativa pelos fundos de agências bancárias. Sobre os índices da XP, o XPFI apresentou performance de -1,9%, XPFT apresentou queda de -2,2% e XPFP -1,0%.
No Brasil, os destaques da semana foram os dados do comércio varejista, que surpreenderam positivamente as expectativas com crescimento de 13,9% no mês de maio. Adicionalmente, o IPCA de junho foi de 0,26%, abaixo das expectativas do mercado. No âmbito político, as notícias se voltaram para a testagem positiva de COVID-19 do presidente Jair Bolsonaro.
No lado dos fundos imobiliários, o destaque foi para o noticiário local sobre a devolução de edifícios de escritórios pelo Banco do Brasil em razão da maior adoção do home office. Apesar da reportagem não comentar sobre a devolução das agências de rua, vimos que ela reviveu a discussão sobre o segmento de agências bancárias com alguns fundos do segmento apresentando queda de 12% no valor de mercado da cota. Em nossa opinião, a combinação de maior concorrência de bancos digitais e crescimento das operações remotas dos maiores bancos comerciais criou a tendência de menor necessidade de agências físicas, impulsionando o fechamento das agências de rua. Por esses motivos, acreditamos que há pouca visibilidade dos fundos do segmento de manterem o mesmo nível de rentabilidade após o vencimento de seus contratos dado que muitos bancos podem não renovar seus contratos e/ou renovarem em termos menos favoráveis, o que pode impactar a distribuição de rendimentos dos fundos do segmento.
Ainda, nessa semana publicamos o relatório sobre as perspectivas dos gestores de fundos imobiliários. Na opinião dos gestores, a maioria acredita que a performance do IFIX para o ano de 2020 fique entre 1% e 10%. Adicionalmente, a maioria dos gestores veem a desaceleração da economia como o maior risco para a indústria de fundos imobiliários para 2020, principalmente em razão da crise do COVID-19. Para mais detalhes, acesse nosso relatório sobre a opinião dos gestores
Radar de Mercado
XPHT11: O fundo anunciou, via fato relevante, a retomada das atividades dos hotéis Ibis São Paulo Barra Funda, Novotel POA Aero, Ibis Budget Blumenau e Ibis Chapecó. Assim, 8 de 14 hotéis retomam seu funcionamento.
HGBS11: O fundo anunciou, via fato relevante, 1) suspensão das atividades do Tivoli Shopping a partir do dia 06 de julho; 2) a retomada das atividades do Floripa Shopping a partir do dia 29 de junho; 3) flexibilização do horário de funcionamento para os shoppings de algumas regiões, bem como funcionamento das praças de alimentação. Para detalhes sobre o fundo, acesse a página do HGBS11
VSHO11: O fundo anunciou, via fato relevante, que o Shopping Valinhos, localizado em Valinhos-SP, permanece com suas atividades suspensas.
BCIA11: O fundo anuncia a terceira emissão de cotas do fundo, visando levantar o montante de R$200 milhões com o preço da cota de R$118,26/cota.
JRDM11: O fundo optou por manter a não distribuição de rendimento mensal aos cotistas, referente à competência de maio até que se tenha maior visibilidade quanto aos impactos no Shopping Jardim Sul.
MALL11: O fundo informou a paralisação das atividades do Boulevard Shopping Feria de Santana, localizado no município de Feira de Santana – BA, em razão do aumento de casos de COVID-19. O decreto da prefeitura perdurará pelo período compreendido entre 07/07 até 13/07. Para detalhes sobre o fundo, acesse a página do MALL11
BRCO11: O fundo comunicou a notificação da Bignardi a intenção de rescindir antecipadamente o contrato de locação, que tem por objeto a locação de 14.251,26 m² do Bresco Itupeva Parque Corporativo. O locatário representa 3,4% da receita mensal de locação do fundo e a entrega do imóvel está prevista para o final de agosto/20.
XPML11: O fundo comunicou a suspensão das atividades do Catarina Fashion Outlet. Atualmente, o fundo possui três empreendimentos com as atividades Suspensas (Bela Vista, Natal Shopping e Catarina Fashion Outlet).
BBPO11, BBRC11 & GTWR11: A administradora comunicou ao mercado que o Banco do Brasil, na qualidade de locatário de imóveis dos Fundos, não manifestou à BV Asset, até o presente momento, intenção de desocupar os imóveis pertencentes aos fundos.
THRA11: O fundo informou, via fato relevante, que concedeu diferimento nos valores de locação, que serão pagos nos próximos meses, com o intuito de auxiliar os locatários neste período de inconstância do mercado. Dessa forma, a receita do fundo referente a competência de junho foi negativamente impactada em 13,08% (R$0,09/cota).
IRDM11: O fundo aprovou a realização da sétima emissão de cotas do fundo na modalidade CVM 476. O fundo visa levantar o montante de R$341 milhões pelo valor unitário de R$96,79/cota (já inclusa a taxa de distribuição).
BTLG11: O fundo celebrou um contrato de compra e venda de ativos, envolvendo a aquisição de três ativos pelo montante de R$338 milhões. De acordo com a gestora, o cap rate da operação é de 8,71% para os próximos 12 meses e o rendimento esperado no primeiro ano é de 11,9% sobre a parcela paga.
THRA11: O fundo informou, via fato relevante, o recebimento de uma notificação da Ceva Logistics, que ocupa a totalidade do quarto andar e parte do terceiro andar para a devolução da área ocupada do terceiro andar, permanecendo somente no quarto andar. Dessa forma, a rescisão parcial da locatária impactará negativamente a receita do fundo em aproximadamente 12,4% em comparação às receitas do mês de junho (queda de R$0,08/cota). No entanto, a locatária deve cumprir aviso prévio de 90 dias além de pagar penalidade por rescisão antecipada.
HLOG11: O fundo comunicou que recebeu notificações de rescisões contratuais dos módulos 05 e 04 do galpão Log 03 e módulo 08 do galpão Log 04, ambos situados no condomínio Citlog Sul de Minas. Os contratos possuem previsão de multa por rescisão antecipada e aviso prévio, de modo que as desocupações estão previstas apenas para o final deste ano. As medidas cabíveis quanto às condições contratuais para as devoluções estão sendo avaliadas. As devoluções totalizam 9.144 m² de ABL e representam 15,74% da receita do fundo.
Carteira Recomendada
Desempenho Semanal
Fonte: XP Investimentos, Economatica e Bloomberg
* Os fundos imobiliários em destaque se encontram restritos por recomendação do Compliance
Últimos Materiais Publicados
Carteira Recomendada de FIIs | Julho de 2020
– Após quedas acentuadas no primeiro trimestre do ano, O IFIX e o XPFI apresentaram fortes performances de 5,6% e 4,7%, respectivamente. Para os próximos meses, acreditamos que o mercado pode continuar volátil a depender das discussões sobre a recuperação econômica e uma nova suspensão de funcionamentos dos shoppings reabertos devido ao aumento no número de casos de COVID-19
– Em razão das incertezas do cenário econômico, mantemos a composição setorial da carteira com baixa exposição ao segmento de shopping centers e alta exposição em ativos mais defensivos. Desse modo, seguimos com 32,5% alocado em Recebíveis, 30% em Logística, 15% em Híbridos, 10% em Shopping Centers, 7,5% em Lajes Corporativas e 5,0% em Fundo de Fundos.
– Quanto às mudanças, retiramos o fundo Kinea Índice de Preços (KNIP11), substituindo-o pelo fundo CSHG Recebíveis Imobiliários (HGCR11).
Quais são as perspectivas dos gestores de Fundos Imobiliários? | Julho de 2020
– No decorrer do 2º trimestre os cotistas dos fundos imobiliários viram o mercado mostrar uma recuperação expressiva. Vale ressaltar os Índices da XP, no qual o XPFI (Índice Geral) apresentou alta de 4,7% em junho, enquanto o XPFT (Índice de Tijolo) apresentou alta de 5,9% e o XPFP (Índice de Papel) apresentou alta de 3,9%.
– Sobre a performance do IFIX, após a queda acentuada no primeiro trimestre deste ano, o IFIX continuou a sua trajetória de alta e apresentou uma performance positiva de 5,6% de junho perante variação de 2,1% em maio. Na opinião dos gestores, em sua maioria acreditam que a performance do IFIX para o ano de 2020 fique entre 1% e 10%.
– A maioria dos gestores veem a desaceleração da economia como o maior risco da indústria de Fundos Imobiliários para 2020, principalmente pelo impacto do Covid-19 na economia brasileira.

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