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Relatório Feedback Annual General Meeting (AGM) Pátria – Maio/23

Participamos da Reunião Anual Geral (AGM) do Pátria, entenda mais.

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Na última semana, participamos da Reunião Anual Geral (AGM) do Pátria, realizada em Nova York, que reuniu investidores, empresários e analistas do mercado para discutir as perspectivas globais e as alocações em fundos de investimentos da América Latina, principalmente Brasil. O evento contou com a participação de Tony Blair, ex-primeiro-ministro do Reino Unido, Luciana da Costa, diretora do BNDES, e Roberto Lee, Fundador Avenue, dentre outros palestrantes. De forma geral, as principais mensagens do evento foram: (i) o Brasil e LATAM seguem no protagonismo para receber investimentos externos; (ii) apesar dos últimos acontecimentos de inflação, juros e crédito, no momento atual existem oportunidades para investir em bons ativos; (iii) apesar do momento mais desafiador, as perspectivas para o setor de infraestrutura e imobiliário são positivas; e (iv) o Brasil apresenta vantagens competitivas importantes sob a ótica ESG. No relatório abaixo, aprofundamos em mais detalhes sobre as principais mensagens do encontro. 

Primeiro, um pouco sobre o Pátria Investimentos

O Pátria Investimentos é um dos líderes em gestão de ativos alternativos na América Latina, com mais de 30 anos de experiência em Private Equity, Infraestrutura, Real Estate e Crédito, tendo R$137 bilhões de ativos sob gestão.

Private Equity

De acordo com o Pátria, sua estratégia de Private Equity busca gerar retornos consistentes de primeiro quartil por meio de uma estratégia focada em identificar gargalos no atendimento das necessidades básicas da população da América Latina, alocando profissionais próprios em parceria com empreendedores para criar valor por meio de iniciativas de crescimento orgânico e inorgânico, resultando em empresas que se tornam líderes nacionais e regionais em seus respectivos setores.

O foco da gestora está em 3 principais frentes:

Setores resilientes: atender a demanda perene por necessidades básicas, resolvendo gargalos estruturais ou aproveitando vantagens competitivas naturais do Brasil;

Forte cultura associativa: parcerias com empreendedores motivados a desenvolver modelos de negócios sólidos e que possam se tornar líderes em seus respectivos setores;

Criação de valor operacional ativo: desenvolvimento de seu time para apoiar empreendedores e seus times de gerenciamentos a promover melhorias, consolidação de mercado e mitigação de riscos.

Na visão do Pátria, a América Latina possui várias empresas com oportunidades para Growth e com bons valuations, ou seja, com preços atrativos para entrada de investimentos. O Pátria possui plataforma de Investimentos em 5 países LATAM: Brasil, México, Peru, Colômbia e Chile.

Benefícios da diversificação e o aumento da exposição geográfica:

➢ Baixa correlação com outros países;

➢ Mitigação do risco da moeda (Dolar x Real);

➢ Volatilidade da política monetária;

➢ Escala e Sinergia com um grande upside para as empresas

➢ Vendas dos ativos do portfólio para grandes empresas ou IPOs

Infraestrutura

De acordo com o Pátria seus investimentos de capital em Infraestrutura são realizados em um portfólio diversificado de ativos relacionados à infraestrutura no Brasil e em outros países latino-americanos selecionados.

A estratégia informada pelo Pátria é fazer novas teses, com risco de desenvolvimento para desinvestimento posterior.

Desenvolver -> Operacionalizar -> Desinvestir

Real Estate

Os investimentos em Real Estate são realizados baseado em 4 pilares:

-Histórico Comprovado;

-Base de Ativos Diversificada;

-Provedor de soluções imobiliárias;

-Agronegócios.

Crédito

Soluções de crédito baseadas em:

-Gerenciamento e Monitoramento de crédito;

-Originação proprietária;

-Diferentes tipos de soluções de crédito.

Painel sobre o Panorama Global de Investimentos no Mercado Privado

Robert Lee (Pátria); Michael Hacker (AlpInvest); Marco D’Ippolito (Pátria)

O mercado de Private Equity hoje movimenta aproximadamente U$11 trilhões, com expectativa de atingir U$20 trilhões em 2027. Olhando em perspectiva, nos últimos anos muitos projetos foram financiados mais pelo mercado privado do que o mercado público, ao mesmo tempo em que no cenário atual, embora a baixa liquidez, os palestrantes ressaltaram o ótimo momento para se investir, destacando os bons retornos, as boas empresas com valuations baratos e alavancadas. Contudo, é preciso diversificar em diferentes setores e localização.

Segundo os gestores, o mercado secundário é uma ótima opção para captar oportunidades e diversificação. E ainda conta com a possibilidade de investir em fundos mais maduros (maior previsibilidade de fluxo de caixa e maior diversificação).

Sobre os últimos acontecimentos de inflação, juros e crédito: ótima oportunidade para investir em bons ativos. Por mais que a volatilidade seja um grande desafio. Liquidez é uma commodity muito valiosa nesse momento.

Painel sobre Perspectivas dos Investidores em Alternativos – Momentos e Tendências

Paul Maia (McKinsey); José Teixeira (Pátria)

De acordo com Paul Maia da MacKinsey, os investimentos em Private Equity e em Real Estate têm apresentado melhor performance que seus benchmarks MSCI World e FTSE Nareit All Equity Reits. Como ponto positivo, destaca-se os fundos de Real Estate, que possuem menor volatilidade se comparado aos de Private Equity. Por isso, os investidores estão olhando a classe cada vez mais, principalmente buscando assimetrias de mercado que possam gerar alpha em seus portfólios.

Quando discutido como a volatilidade e os retornos impactaram os LP’s (Limited Partners são os investidores dos Fundos Alternativos) nos últimos dois anos, Paul destacou que a volatilidade não foi tão grande no mercado privado quanto no mercado público. Além disso, o movimento que visto foi um desbalanceamento dos LPs na carteira, ao mesmo tempo em que, frente ao recuo do mercado público, a exposição indireta aos fundos de Private Equity aumentou.

Mesmo com todas as preocupações com o mercado, a captação de 2022 foi a terceira maior em LPs até então. No entanto, os financiamentos para empresas decresceram, dado o cenário de menor oportunidade quando comparado à 2021. Atualmente, o gestor indica que estão fazendo uma diligência maior, mais demorada e com menor flexibilidade, mas, na média, estão alocando cada vez mais.

Muitos investidores institucionais ainda precisam fechar os espaços das alocações target.

Nesse momento de maior volatilidade os melhores gerentes de portfólios estão performando muito bem, onde encontram/aproveitam as maiores oportunidades do mercado.

Sobre os investidores Institucionais: ou estão aumentando o target de alocação para investir no mercado privado ou porque precisam ter maiores retornos, por isso também estão aumentando a alocação em alternativos.

Por fim, Maia destaca que as maiores oportunidades para os LP’s são em: Infraestrutura, Real Estate e em Crédito Privado.

Painel sobre Powersharing: Vantagens para o Brasil

Luciana da Costa (BNDES); Jorge Arbache (CAF); Marcelo Souza (Pátria)

Powersharing é o movimento de trazer empresas para os mercados emergentes devido a parte climática e ESG. Grandes empresas estão saindo de suas plantas na China e voltando para EUA, mas também precisam realizar uma diversificação global com energia verde e plantas ESG.

É uma estratégia empresarial para melhoria operacional e estrutural da empresa.

De acordo com os painelistas, o Brasil tem essa oportunidade com uma agenda cheia de negócios para um crescimento sustentado e sustentável. O BNDES fomentou mais de 70% de energia do País. O poder do Banco é criar ofertas de energia como o Hidrogênio Verde.

Atualmente a matriz energética do Brasil é 90% em energia renovável, sendo que o BNDES foi o grande financiador e incentivador dessa classe. É preciso muitos investimentos tanto público como privado para criar essa plataforma de Powersharing.

Agenda da mudança climática:

  • Brasil tem uma vantagem competitiva no agronegócio (Água, terra etc.);
  • Condição natural de prover soluções de energia verde para o mundo;
  • O gargalo seria a demanda, pois querem fomentar o hidrogênio verde, por exemplo, mas não sabem se hoje possui demanda suficiente para quem está investindo e para a empresa, se terá oferta suficiente que justifique alterar sua base energética.

Painel sobre as Lições aprendidas em Venture Capital e Growth na LATAM

Pedro Andrade Faria (Kamaroopin); Pedro Melzer (Igah); Thomaz Srougi (DR. Consulta); Robert Lee (Avenue)

Nos últimos meses observaram que Venture Capital está sofrendo ajustes, com isso, acreditam que esse movimento é saudável para a Indústria, tendo maior diligência e inovação. Os painelistas estão convictos que entraremos na maior oportunidade de VCs.

Para Lee o momento atual de falta de recurso e liquidez é o normal. Quando teve a abundância de capital o crescimento é muito acelerado. Agora conseguem regularizar as competições e organizações (Crescimento mais organizado).

Painel sobre Atualizações em Infraestrutura & Tendências

Andre Sales (Managing Partner & CEO Infrasestrutura Pátria); Felipe Pinto (Managing Partner Infrastructure Pátria)

Pontos relevantes mencionados em relação ao crescimento do setor LATAM:

Diante dos pontos mencionados, é importante ressaltar que regulações estão forçando a redução de emissões, isso em associação com compromissos de players do mercado privado e de governos que em zerar as emissões de carbono. Como estímulo, cidades que estão adotando as práticas de ESG recebem incentivos.

Ademais, o crescimento do setor na América Latina tem sido impulsionado pelo desenvolvimento de tecnologias que ocasionam em redução de custos de aquisição, resultando no seu protagonismo dos investimentos externos.

Atualmente o Pátria possui U$6 bilhões de AuM (ativos sob gestão) com 27 anos de histórico associado a essa estratégia, gerenciado por um time composto por 80 pessoas. Somente em 2022 o Pátria realizou 5 desinvestimentos totalizando um montante em torno de U$1,6 bilhões.

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