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Com resultados do setor agropecuário favoráveis, o que esperar dos FIAgros?

Setor agropecuário brasileiro representa 30% do PIB, diante disso gestores continuam otimistas com o desenvolvimento dos FIAgros.

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No dia 31/05, realizamos o evento XP Talks Fundos Listados, que reuniu gestores, assessores e analistas de mercado, além de nomes como José Berenguer, CEO Banco XP, e João Pedro Nascimento, presidente da CVM, para discutir as perspectivas dos fundos listados no Brasil. De forma geral, as principais mensagens do evento foram: (i) grandes oportunidades em fundos de recebíveis com valores patrimoniais descontados (ii) otimismo em relação aos FIIs de tijolos (iii) bom momento para FIAgros e Fi-Infras (iv) inovações regulatórias da CVM diante do desenvolvimento da indústria. 

O setor agropecuário brasileiro é relevante para a economia do país e representa cerca de 30% do PIB. Os Fundos de Investimento Agropecuários (FIAgros) surgem como uma alternativa de crédito para o setor, apresentando potencial de crescimento devido à projeção de aumento da população mundial. Os FIAgros são influenciados pelo volume de exportações, estabilização cambial e preços das commodities, sendo resilientes a ciclos econômicos. Os gestores seguem otimistas com desenvolvimento da classe.

O quinto painel do evento contou com a presença de Bruno Santana (da Kijani), Paulo Prado (da Riza) e Idalício Silva (da AZ Quest) e abordou o escopo dos fundos de investimento nas cadeias produtivas agroindustriais. Esses fundos são caracterizados pela agregação de recursos de diversos investidores para investimento em ativos do agronegócio, que podem ser de natureza imobiliária rural ou relacionados às operações do setor.

No Brasil, o setor agropecuário possui uma grande representatividade e relevância para a economia do país. Nas últimas décadas, passamos de importadores de produtos agrícolas para o terceiro maior exportador e o principal exportador líquido. Além disso, enquanto o agronegócio representava 15% do PIB nos anos 2000, agora representa em torno de 30%. O setor agropecuário brasileiro também se destaca pelo seu avanço técnico e tecnológico. Nesse contexto, os Fundos de Investimento Agropecuários (FIAgros) surgem como uma alternativa viável de crédito para esse setor altamente demandante, que o sistema financeiro convencional não consegue atender — ou seja, o surgimento dos FIAgros proporcionou oportunidade para que investidores participem do agronegócio. Os convidados acreditam que o FIAgro é o instrumento mais adequado atualmente para exposição ao setor e estão otimistas em relação ao futuro da classe

De acordo com os gestores, o setor ainda possui grande potencial de crescimento, especialmente com a projeção da população mundial em 10 bilhões de pessoas, o que aumentará a necessidade de expansão do setor e impulsionará o desempenho dos FIAgros.

Os gestores ressaltaram que esses fundos geralmente apresentam altos spreads e são indexados ao CDI. Além disso, ressaltaram a existência de correlações significativas entre o volume de exportações e a estabilização cambial, pressões inflacionárias e preços das commodities. O desempenho dos FIAgros está mais relacionado às exportações e à qualidade/tamanho das safras do que aos ciclos econômicos, o que confere uma resiliência significativa a esse segmento. No que diz respeito à diversificação, ficou evidente que, diferentemente de outras classes de investimentos, a diversificação geográfica é tão importante quanto a diversificação setorial para os FIAgros. Com a diversificação da carteira nesse escopo, os benefícios para os cotistas são ampliados.

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