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Como a XP Asset enxerga o momento para os fundos de crédito

Dando sequência a série Papo de Fundos, Rafael Culbert e Cynthia Trisuzzi, da área de distribuição de fundos na XP, recebeu Fausto Silva Filho e Eric Vieira, da área de renda fixa e crédito da XP Asset.

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Dando sequência a série Papo de Fundos, Rafael Culbert e Cynthia Trisuzzi, da área de distribuição de fundos na XP, recebeu Fausto Silva Filho e Eric Vieira, da área de renda fixa e crédito da XP Asset.

A série de webinars, organizada juntos aos maiores gestores de crédito privado do Brasil, visa passar uma atualização do panorama do mercado de crédito. Esse foi segundo de uma série de 5 encontros que ocorrerão sempre às quartas ao longo do mês de março de 2023.

Como uma das maiores assets independentes do Brasil, a XP Asset se estabeleceu no mercado e hoje responde por 150 bilhões de reais. A grande semente da XP Asset foi pautada no mundo High Grade, como explica Fausto.

Você também pode assistir a reprise do bate-papo clicando aqui

Panorama no mercado de crédito

Na ótica do especialista, que detém mais de 15 anos de experiência lidando com crédito e é responsável pela estratégia de crédito da XP Asset desde 2009, “o que a gente está vendo agora não tem nada de muito diferente de outros ciclos”.

Fausto entende, contudo, que o caso de Americanas se apresenta, sim, como grande exceção graças à particularidades do caso. Porém, na visão do gestor, o momento, apesar do ciclo econômico não tão trivial, oferece oportunidades.

A da indústria de fundos de crédito começa a se fortalecer em 2018, após a queda de juros se iniciar em 2016 (após um ciclo de alta em 2014, com Selic a 14,25% a.a.). Fausto comenta que, entre 2014 e 2017, a Selic ficou muito alta, o PIB contraiu muito e a inflação também ficou muito alta. Nesse momento, algumas empresas enfrentavam problema de liquidez grande, segundo Fausto, mas conseguiram se reequilibrar e readequar suas estruturas de passivos.

Com as trocas no Banco Central, após o impeachment em 2016, e a conjuntura de fatores que fez com que os juros caíssem, a indústria de fundos de crédito pôde se desenvolver melhor, segundo explica o gestor. O mercado tornou-se atraente para capital de muitos investidores, que Fausto destaca que talvez não tivessem a noção verdadeira de risco.

Isso se dá pela volatilidade percebida ser muito baixa e o histórico de default ser também muito baixa no tipo de papel High Grade.

Já em 2019, houve uma “certa mudança de spreads”, de acordo com Fausto, e em 2020 houve a normalização para o mercado. Com a pandemia, contudo, houve muitos resgates e oscilação de spreads, mas a Selic baixa tornava o momento mais favorecido.

Em 2023, contudo, o mercado torna-se ainda maior com a alta da Selic e a indústria vem atraindo mais recurso que no passado. Até chegarmos ao episódio da Americanas.

Visão da XP Asset sobre o caso Americanas e Light

Para Fausto, trata-se uma “situação inusitada”, citando os elementos que compunham à Americanas como uma empresa centenária, com acionistas reconhecidos e dívidas em todos os grandes bancos, presente em todos os grandes fundos de investimentos.

Contudo, ele entende que o impacto para os fundos foi condizente com o risco presente na política de investimento.

Apesar de reconhecer as perdas significativas, ele entende que os fundos absorveram os impactos negativos.

Para Eric Vieira, a enorme diferença entre Americanas e Light corresponde à fraude contábil que tornou a Americanas insolvente e a expectativa de recuperação do crédito através de recuperação judicial, enquanto a Light não tem um problema de solvência, mas sim de liquidez. No caso da empresa de energia, a renovação de concessão resolveria a questão presente, especialmente considerando que a companhia segue pagando suas dívidas.

Sobre o caso AMER3, Fausto entende que houve muita criação de pânico, em especial em relação à mídia tradicional. E isso se comunica com a relação criada entre a situação presente em Americanas e Light.

De acordo com Fausto, as particularidades da Light não foram condizentes com a reação do público, uma vez que se tratava já de uma empresa com fortes problemas estruturas, com uma concessão que sabidamente vencia em 2026.

“Claro que o juro muito alto e uma economia que não vem crescendo há algum tempo, é uma combinação perfeita para que as empresas encontrem problemas para geração de caixa”, comenta ele, considerando que há momentos econômicos que as empresas trabalham para pagar juros de dívidas.

Ele entende, no entanto, que não há risco sistêmico e não enxerga que haja qualquer problema de crédito.

Sobre o posicionamento da XP Asset, Fausto comenta que algumas empresas estavam já “pagando muito barato”, em sua visão. Mas, como se diz, o fluxo é soberano, então alguns fundos seguiam comprando papéis a qualquer preço, entende ele.

O que dizer para quem pensa em resgatar?

Para quem pensa hoje em resgatar valores presentes em fundos de crédito, Fausto segue destacando que é o momento de olhar o copo meio cheio. Ele comenta que, quando se fala em crédito, se trata de títulos de dívida, que tem preferência de recebimento em relação à outros ativos, como ações.

Ainda assim, ele entende que a cautela se faz necessária pois há uma deterioração do crédito corporativo, em especial considerando as incertezas ainda presentes com o novo governo. Além disso, há o entendimento que a situação será mais difícil para empresas que projetaram seus negócios em taxas de juros mais baixas, de forma que as dívidas dessas empresas podem precisar de renegociações.

No que tange a alocação de crédito via fundos, “a gente tem um modelo de análise bem profundo, que vem se provando ao longo dos anos”, diz Fausto. Então, ele continua otimista que se trata de um bom momento para que investidores passem a olhar para esses ativos.

“Há um fluxo de saída que tem ditado o comportamento”, aponta o gestor, explicando o motivo de que resgates mais comuns hoje.

O que esperar daqui pra frente?

Fausto entende que o escrutínio maior em relação à governança de empresas já está ocorrendo e é positivo em sua visão. Além disso, para os investidores, fica a lição de maior conhecimento em relação a esse mercado.

Eric destaca que a XP Asset tem realizado trocas, buscando ativos que com bons carregos, e que tenham maior possibilidade de fechamento de spread – buscando exageros na reprecificação com o atual cenário. O gestor reforça que não tem sido realizado uso de caixa para aumento de carrego nos fundos.

Confira os próximos webinars sobre o tema

Para dar visibilidade sobre que está acontecendo no mercado de crédito privado, neste mês de março, a cada semana, realizaremos um webinar na qual receberemos um gestor renomado da indústria de fundos de crédito para uma conversa de altíssimo nível. Os próximos são:
• 15/03 às 17h: Western Asset
 22/03 às 17h: Riza Asset
• 29/03 às 17h: Capitânia Investimentos

As transmissões serão abertas ao público, entretanto com capacidade limitada a 1.000 pessoas por transmissão, podendo haver fila de entrada. Inscreva-se em: https://bit.ly/PapodeFundosCP

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