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Panorama Mensal de Fundos – Setembro de 2020

Confira o relatório mensal da equipe de fundos da XP

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Agosto foi um mês de contrastes quando comparamos o mercado local com o mercado externo.

No exterior, as baixas taxas de juros somadas ao excesso de liquidez provido pelos Bancos Centrais, além da retomada econômica em diversos países, manteve o otimismo entre os investidores. As principais bolsas de valores tiveram resultados bastante positivos. O S&P 500, por exemplo, teve alta de 7%, atingindo sua máxima histórica, acima dos 3500 pontos.

Já no mercado local, houve uma correção para os ativos de risco no mês. O dólar subiu 5,15%, o Ibovespa caiu 3,44% e o IMA-B caiu 1,80%, refletindo uma piora na percepção do cenário fiscal local.

Apesar do cenário desafiador, a indústria de fundos locais teve mais um mês positivo em linhas gerais. Os fundos de crédito continuaram sua recuperação e os fundos de ações conseguiram se defender bem e caíram bem menos do que o Ibovespa no geral. O IHFA, Índice de Hedge Funds da Anbima, subiu 0,25% no mês.

Quanto à captação líquida, a indústria teve um mês bastante positivo nas principais classes de fundos. Segundo a Anbima, a entrada líquida de recursos foi de R$ 69,7 bilhões em agosto. O destaque foi para os fundos de Renda Fixa, que tiveram captação líquida positiva pelo terceiro mês consecutivo, que somou R$ 44,5 bilhões no mês.

Principais Indicadores

Fundos Multimercados

Os fundos Multimercados apresentaram uma dispersão elevada de retornos em agosto, num mês turbulento para os ativos de risco locais, que descolaram da continuidade do movimento de recuperação dos mercados internacionais.

Conforme indicado pela tabela de retornos médios por estratégia logo abaixo, os fundos de estratégia Macro e Long Short tiveram performance média levemente positiva no mês, enquanto o destaque positivo ficou por conta dos multimercados internacionais. Os fundos quantitativos/sistemáticos, por sua vez, tiveram retorno médio negativo, interrompendo a sequência de altas mensais observadas durante todo o período da crise.

No dia 5 de agosto, os diretores do Banco Central do Brasil realizaram a quinta reunião do Copom em 2020, e o resultado foi o corte de 25 pontos-base na taxa básica de juros – movimento que já era esperado pela maioria dos gestores de fundos macro. Além disso, segundo pesquisa realizada pela XP às vésperas do Copom, a mediana das projeções para a taxa Selic ao final de 2020 seguiram inalteradas em 2,00%.

Um reflexo disso é o fato de que as posições a favor da queda de juros de vencimentos curtos têm se tornado menos comuns entre os portfólios, com gestores migrando o risco para apostas a favor da queda das taxas de vencimentos intermediários e longos.

Em linhas gerais, a utilização média de risco entre os portfólios seguiu movimento gradativo de alta desde o pior mês da crise, porém os gestores apontam para riscos relevantes que persistem no cenário, sobretudo as eleições nos EUA, que se aproximam, e a situação fiscal do Brasil, que tem se deteriorado.

Fundos de Ações

O mercado acionário local teve um mês de correção, após 4 meses seguidos de fortes altas do Ibovespa. A queda de 3,44% no mês trouxe o Ibovespa de volta ao patamar dos 99 mil pontos. A piora da percepção sobre a situação fiscal do país foi o principal catalizador dessa queda, mesmo com um cenário externo de bastante otimismo.

Nesse ambiente, o mês mostrou a importância da gestão ativa e profissional em ações. O retorno médio dos fundos do mercado, tanto das estratégias Long Only quanto dos Long Biased, foi superior ao retorno do Ibovespa em agosto. E o retorno excedente não ocorre apenas em janelas curtas: quando olhamos os retornos médios dos fundos no ano ou nos últimos 12, 24 e 36 meses, o retorno excedente persiste.

Os gestores acreditam que ainda há espaço para altas, porém estão mais seletivos na escolha dos papéis, com preferência às empresas com perfil de líderes setoriais, que sairão ainda mais fortes do atual momento. As exposições líquidas compradas mantêm-se em patamares elevados, mas alguns carregam posições que funcionam como proteção, como empresas exportadoras que se beneficiem de uma eventual nova desvalorização do real.

Fundos de Crédito

Durante o mês, o mercado de crédito privado high grade (baixo e médio risco) continuou se recuperando das quedas do primeiro trimestre. Agosto foi mais um mês de altas relevantes, o que pode ser observado pelo comportamento do Idex-CDI, índice da JGP composto pelas debêntures mais líquidas do mercado e que teve uma alta de 1,18% no mês, enquanto o CDI subiu apenas 0,16%. O spread ponderado dos papéis do Idex está próximo de CDI+2,5%, bem abaixo dos 5,0% observados no pior momento da crise, mas ainda longe dos níveis do início do ano.

Na média, tanto os fundos de crédito privado high grade quanto os de estratégia high yield (aqueles que investem em empresas de maior risco de crédito) tiveram retornos bastante acima do CDI em agosto.

Os gestores de fundos de crédito high grade e de debêntures incentivadas continuam bastante animados com o atual carrego dos papéis, principalmente devido à situação financeira das empresas investidas.

Em geral, o carrego bruto das carteiras dos fundos de crédito, que nada mais é do que o prêmio pago pelos títulos de crédito acima do CDI, está entre 2% e 3% a.a..

Fundos Internacionais

Os mercados globais mantiveram o otimismo dos meses anteriores e as principais classes de ativos fecharam o mês no terreno positivo. A liquidez abundante provida pelos Bancos Centrais e o início da retomada da atividade econômica em diversos países, por conta do arrefecimento da pandemia, foram os principais catalizadores das altas.

No mercado acionário, os principais destaque foram as bolsas dos Estados Unidos. O S&P 500, índice com as maiores empresas americanas, superou em agosto os 3.500 pontos, sua máxima histórica, mostrando que o mercado espera uma recuperação forte na principal economia do mundo.

No mercado de renda fixa internacional, os títulos de dívida tiveram movimentos distintos. O S&P 500 Investment Grade Corporate Bond, índice de papéis de empresas com baixo risco de crédito, caiu 1,69% no mês, enquanto o S&P U.S. High Yield Corporate Bond, índice de papéis de empresas mais arriscadas, subiu 0,86%. No ano, porém, os papéis de maior qualidade sobem 7,25%, enquanto os high yield acumulam alta mais modesta, de 1,54%. Com o otimismo prevalecendo no cenário global, os fundos internacionais continuaram performando bem. No mês, todas as  classes tiveram retorno médio positivo, com destaque para os fundos não hedgeados, aqueles que possuem o risco da variação cambial, já que o dólar teve alta de 5,15% em agosto.

Radar de Mercado

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