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Panorama Mensal de Fundos – Julho de 2020

Confira o relatório mensal da equipe de fundos da XP

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O primeiro semestre de 2020 terminou com um misto de otimismo e incerteza nos mercados acionários globais. A pandemia do novo coronavírus ainda não está controlada e o processo de relaxamento do isolamento social tem se mostrado precoce em alguns lugares, principalmente nos EUA, onde o número de contaminações aumentou em diversos estados. Ainda assim, dados econômicos, como o da geração de empregos, têm surpreendido positivamente e aumentado a chance de vermos uma recuperação em “V” na maior economia do planeta.

No Brasil, apesar da pandemia também não dar trégua e o número de contaminações continuar crescendo, o Ibovespa seguiu o movimento de alta das bolsas globais e teve valorização de 8,76% no mês, acumulando ganhos de quase 50% desde as mínimas em 23 de março.

Segundo o boletim mensal da Anbima, a indústria de fundos registrou entrada líquida de recursos de R$ 36,3 bilhões em junho. Foi um mês positivo para todas as classes de fundos, com destaque para os de renda fixa, que captaram R$ 18 bilhões, voltando a apresentar captação líquida positiva após dez meses, mesmo no mês em que o Comitê de Política Monetária reduziu a taxa básica de juros para 2,25% ao ano. Os fundos multimercados captaram R$ 13,2 bilhões e os fundos de ações outros R$ 823 milhões.

Principais Indicadores

Fundos Multimercados

Em junho, a maior parte dos fundos multimercados completou uma sequência de três altas mensais consecutivas, após as quedas expressivas de março. No acumulado do semestre, quase dois terços (63%) dos fundos ficou no campo positivo, mas apenas 42% com retornos acima do CDI no período – nesse grupo, os destaques positivos seguem entre as estratégias sistemáticas/quantitativas.

O movimento de recuperação tem sido sustentado pela abundância de estímulos monetários e fiscais, injetados por bancos centrais e governos ao redor do mundo, além da divulgação de dados de atividade econômica global melhores do que o esperado pelos investidores. Entre os gestores, as opiniões predominantes são de que o pior da recessão parece ter ficado para trás.

No dia 17 de junho, o Comitê de Política Monetária realizou corte adicional de 0,75 ponto percentual na taxa Selic, que alcançou o menor nível da história, de 2,25% ao ano. Segundo consulta realizada pela equipe de fundos da XP às vésperas da reunião, o movimento já era esperado pela maioria dos gestores de estratégia macro e, quando questionados sobre a expectativa para a taxa Selic ao final do ano, as projeções variaram entre 0% e 2,25% ao ano.

Desde o mês de março, momento mais volátil da crise, os gestores de fundos macro vêm aumentando gradativamente o nível de risco de seus portfólios – à medida que caia o nível de volatilidade dos ativos de risco e a alta imprevisibilidade do cenário macroeconômico, é esperado que os fundos retomem a utilização de risco. Por outro lado, há relevantes fatores de incerteza que ainda permeiam o ambiente global, como as eleições nos EUA e eventuais segundas ondas de contaminação ao redor do globo. Entre os portfólios, as posições predominantes seguem as apostas a favor da queda dos juros no Brasil, tanto nominais (taxas prefixadas) quanto reais (atrelados à inflação).

Fundos de Ações

O mês de junho foi de nova recuperação para o mercado acionário, com otimismo provocado pelo excesso de liquidez provido pelos bancos centrais que ajudou as principais bolsas de valores globais a fecharem mais um mês no campo positivo. Nos EUA, o S&P 500 e o NASDAQ subiram 1,84% e 5,99%, respectivamente. Na Europa, o Eurostoxx, índice com as 50 empresas mais líquidas listadas no continente, teve alta de 6,03%, enquanto no Japão, o Nikkei 225 subiu 1,88%.

No Brasil, o otimismo externo e a aparente melhora no clima político em Brasília ajudaram o Ibovespa a subir 8,76% em junho, a terceira alta mensal consecutiva. Desde o pior momento da bolsa em março, o Ibovespa já tem alta de quase 50% e está novamente próximo dos 100 mil pontos. Quanto às ações que compõem o Ibovespa, os destaques positivos foram empresas e setores bastante afetados desde o início da crise, como o setor aéreo. Continuaram se destacando empresas que se beneficiaram com a atual crise, como as companhias que têm receita advinda do e-commerce.

Um outro ponto que tem ajudado as ações é a queda da taxa Selic, eu obriga investidores a procurarem investimentos mais arrojados. A equipe de Research da XP, comentou em recente relatório que vê um potencial de fluxo de cerca de R$ 1 trilhão para a bolsa brasileira, devido a alguns fatores:

  • pela primeira vez na história, o rendimento dos dividendos (dividend yield) do Ibovespa supera a taxa Selic, que se encontra nas mínimas históricas;
  • alocação dos fundos de investimento (excluindo fundos de pensão) em ações de 11,7% ainda se encontra abaixo do histórico de 13,7%, com os juros muito menores;
  • para os Multimercados e Fundos de Pensão atingirem retornos de CDI +2-3% a.a., a alocação na bolsa deveria ser de pelo menos 25%

Um reflexo dessa migração para a renda variável foi o aumento do número de pessoas físicas investindo na bolsa brasileira. Segundo a B3, o mês de junho terminou com mais de 2,6 milhões de investidores na bolsa, um aumento de 57,6% em relação ao número do fim de 2019.

Os fundos de ações locais tiveram mais um mês positivo. Enquanto as estratégias Long Biased fecharam em linha com o Ibovespa na média, os fundos Long Only superaram o índice por mais de 0,70 ponto percentual. No ano, ambas as classes de fundos de renda variável ainda estão no negativo, mas já reduziram consideravelmente as quedas sofridas em fevereiro e março.

No geral, os gestores de fundos de ações têm preferido ficar investidos em empresas geradoras de caixa, líderes de mercado, previsíveis e com baixo endividamento.

Entre os setores mais presentes nas carteiras dos fundos estão o de Utilities, Varejo (especialmente empresas que possuem boas operações de e-commerce), Mineração, Serviços Financeiros.

Fundos de Crédito

O mercado secundário de crédito mostrou mais um mês de forte recuperação, com as taxas no mercado secundário (spread de crédito) mostrando mais um mês de quedas. Apesar da grave crise econômica pela qual atravessamos, as empresas high grade, aquelas com menor risco de crédito, têm conseguindo honrar seus compromissos e, na visão dos gestores, ainda não geram grandes preocupações. Os poucos casos de estresse que tivemos foram rapidamente solucionados, com negociações bem-sucedidas entre empresas e debenturistas.

Essa melhora no mercado secundário se refletiu em uma valorização forte das debêntures, como podemos verificar pelo comportamento dos índices da de crédito da JGP e da Anbima, que subiram em junho 2,09% e 1,02%, respectivamente, bem acima do CDI no período.

No ano, os papéis de crédito privado atrelados ao CDI já zeraram as perdas segundo o Idex-CDI da JGP.

Os fundos de crédito high grade, como reflexo,continuaram sua recuperação e, na média, já estão positivos na janela dos últimos 12 meses. Os fundos high yield sofreram menos ao longo da crise e continuam no campo positivo no ano, devido, em boa parte, à natureza ilíquida dos ativos em que investem, o que reduz o efeito da marcação a mercado.

Fundos Internacionais

Apesar de temores de uma segunda onda do covid-19, o afrouxamento das políticas de isolamento tanto nos EUA quanto na Europa e a grande injeção de liquidez por parte dos bancos centrais fez com que o otimismo prevalecesse nos mercados e se refletisse na continuidade da recuperação dos ativos de risco em geral.

No mercado de renda fixa internacional, especialmente nos EUA, a recuperação prosseguiu de maneira acentuada. O S&P 500 Investment Grade Corporate Bond, índice de papéis de empresas com baixo risco de crédito, subiu 1,85% em junho, enquanto o S&P U.S. High Yield Corporate Bond, índice de papéis de empresas mais arriscadas, teve alta de 1,25% no mês. No ano, o índice de bonds high grade sobe 5,73%, após ter atingido 8,59% de queda. Já o índice de bonds high yield ainda apresenta queda de 3,72% no ano, mas recuperou boa parte desde o pior momento, quando chegou a uma desvalorização quase 20% no final de março.

No mercado acionário internacional, o mês de junho foi de grande otimismo, principalmente nos países desenvolvidos (vide gráfico na página 5). Mais uma vez, foram destaques as empresas do setor de tecnologia e comércio eletrônico. Essas companhias não deixaram de operar durante a pandemia e algumas viram suas receitas  até mesmo aumentarem pela mudança acelerada em hábitos de consumo. Nesse ambiente, os fundos internacionais das diferentes estratégias presentes na plataforma da XP encerraram o mês com ótimos retornos.

Radar de Mercado

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