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Fundos internacionais com grandes gestoras: por que investir no exterior?

Evento exclusivo, o Global Conference 2025 reuniu especialistas da BlackRock Brasil, BNP Paribas Asset Management, JP Morgan Asset Management Brasil, PIMCO, Morgan Stanley e Franklin Templeton

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Aconteceu nesta segunda-feira (24) o Global Conference 2025, evento exclusivo voltado a alocadores, clientes e parceiros XP que reuniu grandes especialistas dos mercados globais para discutir as principais temáticas e estratégias de investimentos em fundos internacionais.

No encontro, gestores, analistas e líderes de alocação debateram: (i) as vantagens da dolarização do portfólio; (ii) o papel da inteligência artificial (IA) no redesenho da dinâmica macroeconômica global; (iii) os caminhos para investir na renda fixa no exterior; e (iv) o cenário para a renda variável internacional.

Confira a seguir os principais pontos do Global Conference 2025:

IA como um dos grandes fundamentos da renda variável global

Cristiano Castro, diretor de Desenvolvimento de Negócios da BlackRock Brasil, e João Borges, head de Fundo de Fundos da BNP Paribas Asset Management | Mediador: Fernando Ferreira, estrategista-chefe e head do Research da XP

IA foi o principal tópico do painel sobre renda variável global. João Borges, head de Fundo de Fundos da BNP Paribas Asset Management, e Cristiano Castro, diretor de Desenvolvimento de Negócios da BlackRock Brasil, endereçaram o movimento recente de correção das bolsas dos EUA e o papel que as empresas dessa indústria estão exercendo para a economia americana.

Castro defendeu que a IA está transformando a indústria global. Sem ela, investidores se deparariam com a possibilidade de um mercado recessivo nos EUA.

Segundo Castro, diferentemente da Bolha da Internet, estamos vendo dessa vez uma clara demanda por IA, e com valuation e earnings andando juntos.

Por conta disso, Castro enxerga um protagonismo ainda grande dos EUA. Com o início do ciclo de corte de juros sem um cenário recessivo, há espaço para as ações americanas e, naturalmente, a recente correção é um ponto de entrada para quem não está exposto.

Na visão de Borges, as preocupações com a aceleração da indústria de IA continuarão existindo, já que a questão é relativamente nova e está em vias de consolidação. Por outro lado, o especialista reconheceu que o que vemos no mercado atualmente são empresas com fluxo de caixa e balanços mais robustos, preparadas para cenários de aversão.

Sobre as oportunidades, Castro e Borges têm boas perspectivas para a Ásia (ambos citaram a Coreia do Sul como um mercado em potencial), com IA fomentando os debates.

Borges mencionou o desenvolvimento de IA no mercado chinês, onde essa tecnologia parece ter ganhado maior penetração; em paralelo, o protagonismo dos EUA pode esbarrar com uma questão de limitação energética.

Castro contou que sua preferência é mais por mercados emergentes do que desenvolvidos. Ele citou Índia e Arábia Saudita – a primeira pelo tamanho da população endereçável e investimentos pesados em educação e a segunda devido ao movimento de transição para uma matriz energética mais sustentável. Com a China, a BlackRock adota uma postura neutra por enxergar nos investidores certo receio em alocar dinheiro nesse mercado devido a fragmentação geopolítica, restrições em governança e preferência por ETFs a fundos ativos hoje.

Em relação ao ouro, ambos os especialistas associam a forte demanda pelo metal ao crescimento do fator Momentum nos mercados (estratégia que considera que ativos com bom desempenho no passado devem continuar com performance positiva no futuro e vice-versa).

Os caminhos para a renda fixa global

Luis Oliveira, vice-presidente executivo para a América Latina e o Caribe da PIMCO, e Isabella Nunes, diretora comercial do JP Morgan Asset Management Brasil | Mediadora: Clara Sodré, analista de fundos da XP

No painel dedicado à renda fixa internacional, Isabella Nunes, diretora comercial do JP Morgan Asset Management Brasil, e Luis Oliveira, vice-presidente executivo para a América Latina e o Caribe da PIMCO, defenderam a importância da gestão ativa.

Atualmente, o foco é por ativos de qualidade. No segmento de High Yield, apesar de adotar uma postura mais defensiva, o JP Morgan enxerga um mercado ainda bastante atrativo e resiliente, com o US High Yield subindo próximo de 7% no ano.

“O nosso cenário-base é de uma economia que continua crescendo”, disse Nunes. “Com o consumidor gastando e as empresas investindo, é difícil ter uma visão muito negativa para o mercado de High Yield.”

“Obviamente, os spreads estão mais apertados, mas existem fundamentos do porquê o mercado está como está”, completou a especialista.

Para High Yield, Nunes afirmou que os EUA são o mercado onde os investidores realmente podem ver oportunidades, com o horizonte de 3-5 anos sendo o mais interessante para quem busca bom carrego.

Do ponto de vista geográfico, a depreciação do dólar torna o investimento em mercados emergentes atrativo, acrescentou a convidada, com menções a México e África do Sul.

A PIMCO também tem visão construtiva para alguns emergentes, embora a alocação seja pequena, porque, apesar dos níveis elevados de juros para esses mercados, as taxas estão mais altas em outras partes do mundo. Na exposição ao Brasil, entrada maior em fundos soberanos, dada a maior liquidez desse mercado. Oliveira ainda destacou alguns países desenvolvidos, como Austrália e Reino Unido, que estão com um quadro de inflação mais controlada. Segundo o especialista, a apreciação de capital pode adicionar retorno adicional à carteira.

Na outra ponta, Oliveira levantou preocupações com França e Japão do lado fiscal e apostas na inclinação da curva de juros.

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O mundo “pós-juros zero”: o papel da diversificação internacional

Ana Madeira, economista-chefe Brasil no Morgan Stanley, e Daniel Popovich, portfolio manager na Franklin Templeton Investments | Mediador: Artur Wichmann, CIO da XP

No painel que encerrou o evento, os convidados compartilharam suas visões sobre a dinâmica atual no mundo, de juros mais altos e maiores preocupações fiscais, e o papel da diversificação internacional para a carteira do investidor dentro desse cenário.

Ao analisar o perfil do investidor brasileiro, Daniel Popovich, portfolio manager na Franklin Templeton, atribuiu duas grandes razões à baixa diversificação dos portfólios: (i) o mercado brasileiro é bem maior em relação a outras regiões da América Latina; e (ii) existem barreiras regulatórias no mercado doméstico que limitam uma exposição maior a ativos internacionais.

Além disso, o especialista lembrou que a carteira do investidor brasileiro é estruturalmente alocada em renda fixa, limitando a sua exposição ao vasto mercado no exterior.

Ana Madeira, economista-chefe para Brasil no Morgan Stanley, complementou ao lembrar que, apesar do movimento de rotação de capital para fora dos EUA no início de 2025, a alocação dos investidores continua concentrada nos mercados americanos, que devem manter a relevância com a temática de IA em foco.

Segundo Madeira, existe uma visão quase certa de que os EUA se beneficiarão de um cenário de inflação menor e crescimento maior mais à frente, e grande parte disso será impulsionada por IA. A principal questão é saber quais implicações o desenvolvimento tecnológico terá no mercado de trabalho, principalmente no horizonte de curto prazo.

A longo prazo, a visão de Madeira e Popovich é bastante construtiva.

“[A IA] tem um poder transformacional, e a gente vai ver”, afirmou Popovich, que, apesar das discussões dentro do mercado, não enxerga uma bolha acontecendo na indústria. Segundo ele, diferentemente do estouro da Crise PontoCom, os principais investimentos que estão sendo realizados em IA vêm de recursos de empresas com bons resultados operacionais e negócios sólidos.

Endereçando a temática de juros elevados, os especialistas avaliaram que problemas do ponto de vista fiscal explicam por que as taxas estão mais altas pelo mundo.

“Entendo que o mercado está muito menos tolerante do lado fiscal, e isso está fazendo preço”, afirmou Popovich.

Apesar das preocupações, os convidados veem oportunidades para quem quer lucrar com os desbalanços no mundo “pós-juros zero”. Especialmente para a América Latina, com a possibilidade de os gaps fiscais serem endereçados conforme potenciais mudanças políticas começam a ser discutidas, acrescentou Madeira.

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