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Crédito Privado: o que está acontecendo com os ativos e os fundos?

Analistas e gestores debatem o cenário de fundos nessa edição do Expert Talks XP; assista

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Depois do emblemático 11 de janeiro da Americanas, o que aconteceu no mercado de crédito? Rodrigo Sgavioli, head de alocação e fundos no Research da XP, recebeu, em 13 de fevereiro, Camilla Dolle, head de renda fixa no Research da XP, Lucas Genoso, head de Originação RF e Corporate Action, e Walter Maciel, CEO da AZ Quest para debater o tema e explicar o que está acontecendo com ativos e fundos de crédito privado, confira:

O fato relevante da Americanas que apontou inconsistências na contabilidade da empresa na ordem de 20 bilhões de reais, em 11 de janeiro, marcou o início de uma fase de calor no mercado. Se de um lado, o evento culminou no pedido de recuperação judicial da empresa, dúvida para os acionistas e a saída do CEO, por outro lado, significou estresse para o mercado de crédito privado.

As dívidas emitidas pela Americanas foram reprecificadas, com ratings passando por revisões, e, quando finalmente investidores e assessores acreditavam estar caminhando para a normalidade, o caso Light trouxe de volta preocupações no crédito. E, depois da Light, outras empresas passaram a preocupar o mercado.

Para Lucas Genoso, o fato de uma companhia da estatura da Americanas entrar com pedido de recuperação judicial traz atenção da mídia e apresenta o assunto para discussão em diversos fóruns. Contudo, em sua visão, os casos AMER3 e Light são distintos. “Tem muita coisa que vai mudar no mercado financeiro após o caso da Americanas”, entende o Genoso.

Ele pondera que o principal ponto do case de AMER3 foi a surpresa, mas entende que o caso de Light é diferente porque a companhia já apresentava problemas estruturais. “O ponto da Light é que ela já vinha com problemas e tudo isso foi colocado no holofote agora”. A grande questão, de acordo com ele, é a queda de ratings e a falta de transparência da Light.

Para Walter Maciel, CEO da AZ Quest, chama a atenção a “forma desastrosa que o Rial conduziu assim que ele assumiu”. Maciel entende que seria o caso de compreender e mapear o problema antes de trazer ao mercado, sem um plano de ação. O CEO aponta que o principal fundo de crédito privado da AZ Quest tinha zero de Lojas Americanas. Em relação à Light, Walter aponta que o fundo tinha a empresa mas em quantidade que não impactaria de forma significante.

Sobre a companhia, o CEO reafirma a questão estrutural apontada por Genoso, já que há perda de energia da empresa de forma corrente em razão de instalações irregulares no Rio de Janeiro. Isso, contudo, é balanceado pela empresa em razão da essencialidade do serviço oferecido.

Em relação ao ambiente macroeconômico, ele entende que o cenário é até contraintuitivo. “Quando ele começa esse governo dessa maneira desastrada, dando essas declarações que eu até acredito que ele não vai cumprir, eu estou construtivo com o cenário, mas ele assusta todo mundo”, diz Maciel.

Essa cautela, que faz com que empresas congelem novos projetos e contratações, traz muito mais caixa para as empresas em 12 meses. Isso fará com que “vai faltar título de crédito no mercado daqui dois, três meses”, aposta o CEO. Ele entende que: “o mercado voltar tudo que caiu e mais um pouquinho porque vai faltar papel”, destaca.

Para Camilla Dolle, os dois casos evidenciam a necessidade de buscar conhecimento no momento de escolher títulos de crédito privado, não se atentar apenas à taxa e duração. Em sua visão, no caso de Americanas, era impossível prever o acontecimento. Os relatórios se baseiam em informações públicas e dependem da transparência para realização de análises, por isso a surpresa para analistas. No caso da Light, os riscos já estavam presentes em relatórios, uma vez que seus motivos já eram públicos há algum tempo, como mencionou Genoso e Walter.

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