Renda fixa para além da reserva de emergência – conheça a Root Capital – IFO

Com a taxa básica de juros em 13,25% ao ano, o investidor mais conservador poderá ter de volta a tranquilidade na alocação de carteira sem a necessidade de correr riscos excessivos para ter retornos atrativos. Por outro lado, entender que existem diferentes fundos de crédito e qual o papel de cada um deles na alocação de longo prazo, é essencial para o sucesso de uma estratégia bem diversificada.  

No Indo a Fundo no Outliers dessa semana, conheça a Root Capital, gestora de crédito recebida no episódio 72° do Outliers que trouxe com mais detalhes a história, estrutura e gestão da Root. Você pode conferir o conteúdo completo abaixo.

Neste relatório iremos focar na estratégia Root Capital High Yield Advisory, e como a Root está estruturada para obter os melhores retornos da evolução do mercado de crédito no Brasil.

Conheça a Root Capital

Se tratando de uma gestora focada exclusivamente em crédito, a Root Capital tem seu registro junto a CVM e Anbima desde 2010, mas do ponto de vista comercial a gestora está sendo conhecida pelo mercado (em especial brasileiro) apenas mais recentemente – seus fundos passaram a ser distribuídos abertamente no Brasil em 2022. O time de gestão das estratégias, porém, permanece reunido há bastante tempo e atualmente já conta com cerca de R$ 1,7 bilhões sob gestão.

Em seu histórico de existência, a Root conta com parcerias estratégicas, além de um DNA muito forte ligado ao mercado de crédito. Ao todo são cerca de 13 profissionais seniores e três estratégias principais ligadas ao mercado de crédito: high grade estruturado, high yield e dissestred credits (créditos inadimplentes).

Um ponto de destaque em relação a atuação da Root no mercado de crédito, é que ao atuar fornecendo recursos para papéis com boa nota de crédito (high grade), baixa nota de crédito (high yield) e em créditos inadimplentes, é possível procurar oportunidades em diversos setores do mercado, até os mais resilientes e desalavancados, até em setores que estão em situações críticas, mas que estão com boas perspectivas.

Em termos de gestão, essa abrangência em navegar por diferentes tipos de crédito fornece a Root flexibilidade para navegar nas diferentes oportunidades que o mercado de crédito brasileiro em seu estágio de expansão pode oferecer.

Em relação ao processo de investimento, incialmente é realizada uma análise macro setorial, que visa entender os fundamentos dos emissores, capacidade de pagamento, aspectos relacionados à governança e quais são os riscos envolvidos na operação. Partindo desta análise é realizado um enquadramento em relação as classes de ativos e mandatos dos fundos onde se inicia uma série de procedimentos voltados às análises (i) quantitativa, (ii) qualitativa, (ii) jurídica e (iv) ESG.

Em linhas gerais, a ampla experiência no mercado de crédito da Root é traduzida em um processo de gestão focado na saúde financeira da empresa, perspectivas de crescimento, análise das garantias oferecidas e verificação de histórico, processos judiciais entre outros. Após o filtro em relação a possíveis investidas, é feita uma revisão de crédito que envolve o time jurídico e análise de riscos, até chegar na definição de preços e condições gerais da negociação, e aprovação no comitê de crédito.

Em relação ao comitê de crédito, este deverá ocorrer para cada oportunidade de investimento, que caso aprovados, deverão se enquadrar nos limites de alocação, estrutura, garantias, precificação entre outros. Além disso, é realizada uma reavaliação trimestral dos ativos investidos, bem como podem ser convocadas reuniões especificas para tratar mudanças de fundamento.

Na plataforma XP você possui acesso à estratégia high yield da Root Capital, e você poderá conferir a seguir como as estratégias de gestão se traduzem em retornos para o portfolio do fundo Root Capital High Yield Advisory.

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Root Capital High Yield Advisory

O fundo Root Capital High Yield Advisory foi lançado em 2009 e se trata de um fundo de renda fixa do tipo high yield, ou seja, busca investir em ativos com baixa nota de crédito, mas que apresentam alto potencial de retorno. A estratégia é exclusiva para investidores qualificados, possui aplicação mínima de R$ 500,00 e o prazo de liquidez do fundo é D+362.

Desde seu início, o fundo acumula um retorno de 19,64% contra o CDI que rendeu 14,46% para o mesmo período. A estratégia busca geração de retorno através de três pilares, (i) operações com garantias robustas, (ii) companhias com fluxo de caixa recorrente, (iii) negócios oportunísticos.

Ainda em relação ao portfólio, como é possível ver no gráfico acima, existe uma diversificação relevante em relação a composição da carteira, onde os investimentos em debêntures (36%) demonstram ter o maior peso, seguido de Letras Financeiras (25%), FIDCs (12%) e CRIs (12%), também é possível ver exposições relevantes CRAs (6%).  

Um ponto de destaque é para o prazo de resgate alongado da estratégia (D+360), que permite ao gestor colocar dentro do portfolio ativos com maiores prazos de liquidez, mas que poderão agregar retornos interessantes. Além disso, em cenários de extrema incerteza, ter flexibilidade para alocar em diferentes tipos de papéis poderá trazer resiliência à estratégia que terá maior capacidade de adaptação.

Para além da reserva de emergência

Contrariando o movimento que foi visto nos últimos dois anos, em especial no ano de 2020, em que investidores traziam risco para sua carteira em busca de rentabilidades mais atrativas, atualmente já é possível ver o aumento da alocação em renda fixa – como uma forma de trazer estabilidade para a carteira em cenários de extrema incerteza como o atual. De volta aos velhos tempos, é um fato que a taxa de juros brasileira em seus dois dígitos devolve a atratividade da Renda Fixa.

Por outro lado, é importante entender que a diversificação deve seguir sendo o pilar principal de alocação, e que dentro das classes, incluindo na Renda Fixa, é possível encontrar diferentes formas de exposição que poderão trazer retornos acima da taxa básica de juros e resultar em uma carteira vencedora.

Neste relatório foi possível encontrar alguns termos e estratégias que fogem dos conhecidos títulos públicos federais, sendo uma das expertises da Root Capital trabalhar diretamente na originação de novos negócios. O que significa que a gestora se torna uma fonte de recursos para empresas que precisam se capitalizar e procuram alternativas ao crédito bancário, seja por uma questão de taxa, personalização ou até mesmo agilidade.

Do ponto de vista de alocação, ter exposição a diferentes classes, setores e estratégias é essencial. Por outro lado, vale destacar um ponto de atenção em relação aos riscos envolvidos nas operações, em especial as garantias dos investimentos realizados, visto que em cenários de incertezas e de aumento de custo de capital, o crescimento das empresas tende a ser comprometido.

Dessa forma, entendemos que os investidores que desejam alocar em ativos de crédito mais sofisticados, poderão encontram nos fundos de investimentos a expertise necessária em termos de processos e pessoas, para mitigar riscos. Além disso, contar com um gestor experiente olhando não apenas para as garantias, mas para setores e cenários oportunísticos poderá ser de grande valia para a alocação de carteira.