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Receita de carbono, Faria Lima discute clima e Brasil busca emissão de 2° título ESG | Brunch com ESG

Nossa visão sobre as principais notícias da semana na agenda ESG

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Como avaliamos os principais acontecimentos da semana

Pensando em melhor auxiliar os investidores, o Brunch com ESG é um relatório publicado pelo time ESG do Research da XP que busca destacar os principais tópicos da agenda na semana. Considerando que informação é a melhor ferramenta para auxiliar os investidores na tomada de decisão, nosso objetivo é mantê-los atualizados com os acontecimentos mais relevantes no Brasil e no exterior da semana que passou, incluindo: (i) nossa visão sobre as principais notícias ESG; (ii) o desempenho dos principais índices ESG em diferentes países; e (iii) comparação da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial).

#1. Precificação de carbono rende US$104bi em 2023, aumento de 9,5% em relação ao ano anterior

Na mídia. Receita global de carbono bateu recorde de US$104 bilhões em 2023 – Reuters, 21 de maio (link)

Nossa visão. Com um número crescente de países implementando impostos sobre as emissões de carbono, as receitas oriundas da precificação do mesmo atingiram um recorde US$104bi em 2023 (+9,5% A/A). De acordo com um relatório recente do Banco Mundial (link), existem atualmente 75 instrumentos e Sistemas de Comércio de Emissões operacionais globalmente, com mais de 50% das receitas totais de carbono sendo alocada em programas relacionados ao clima e a natureza. Na nossa visão, embora não exista uma única solução para as mudanças climáticas, a precificação do carbono continua sendo uma ferramenta crucial para incentivar a redução das emissões, ao mesmo tempo em que atua no sentido de ajudar os países a cumprirem suas metas climáticas. No entanto, para 2024, o declínio nos preços dos contratos de carbono sugere uma potencial queda de receitas – à título de referência, o principal contrato de carbono da União Europeia está atualmente sendo negociado a ~€73/tonelada, abaixo do seu pico de mais de €100/tonelada em fevereiro/23, com as preocupações sobre integridade (qualidade) contribuindo para o declínio dos preços (conforme descrito na nossa nota com os principais destaques da reunião com o Gold Standard aqui).

#2. Finanças sustentáveis e mudanças climáticas em alta na Faria Lima

Na mídia. Converge Capital Conference põe investimentos climáticos no spotlight – Capital Reset, 22 de maio (link)

Nossa visão. A 2ª edição do evento ‘Converge Capital Conference‘ (acesse aqui a nossa nota com os principais destaques) foi realizada esta semana em SP, reunindo vozes importantes do mercado financeiro para discutir investimentos sustentáveis e de impacto. Na nossa visão, o evento serviu como uma excelente oportunidade para debater o papel do setor financeiro na condução da transição para uma economia de baixo carbono. De forma geral, as conversas reforçaram a necessidade de mais ação (e menos conversa) e ficamos positivamente impactadas pela qualidade e profundidade dos debates. Seja através da realocação de capital para portfólios mais atrelados à sustentabilidade, ou a partir da adoção de uma estratégia de engajamento ativo com empresas, as instituições financeiras estão reconhecendo de forma cresente o papel que podem desempenhar no combate às mudanças climáticas.

#3. Após 1ª emissão de títulos verdes, Brasil se prepara para mais uma

Na mídia. Tesouro prepara segunda emissão de título soberano sustentável, diz Ceron – Valor Econômico, 20 de maio (link)

Nossa visão. Após a emissão inicial do título soberano sustentável em Nov/23 (no valor de US$2 bilhões), o Tesouro Nacional anunciou que uma segunda emissão está a caminho, confirmando nossa expectativa de uma abordagem perene para as finanças sustentáveis (acesse aqui a nota com os destaques da nossa reunião com o Tesouro), o que vemos como positivo para o país.

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6)
O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.


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